Depressão: 'Descobri que minha mãe se matou se jogandocasas de apostas que pagam por cadastrouma ponte comigo nos braços':casas de apostas que pagam por cadastro

Crédito, Bertha Loaiza

Cresci acreditando que minha mãe tinha morridocasas de apostas que pagam por cadastroum acidentecasas de apostas que pagam por cadastrocarro e eu havia sobrevivido a este mesmo acidente. Era o que minha família me dizia e eu nunca achei necessário investigar.
Quando eu me consultava com o médico para tratar minhas sequelas – porque como consequência do impacto eu andava torto e perdi a visãocasas de apostas que pagam por cadastroum olho – ele sempre me perguntava onde estava minha mãe.
Eu era filha única e meu pai havia se separado da minha mãe antescasas de apostas que pagam por cadastroela morrer. Ele era jovem e achou que eu teria melhores oportunidades crescendo com a famíliacasas de apostas que pagam por cadastrominha mãe, que era mexicana. E assim foi.

Crédito, Bertha Loaiza
Cresci com meus avós e meus tios maternos e foi uma vida normal. Tinha amigos na escola, tive festascasas de apostas que pagam por cadastroaniversário, fazia atividades depois da escola. Tudo era normal.
Quando eu tinha 17 anos, limpando a casa junto com minha avó, encontrei um fitacasas de apostas que pagam por cadastroVHS sem nome ou etiqueta.
Coloquei na TV e vi que era uma reportagem gravadacasas de apostas que pagam por cadastroum canalcasas de apostas que pagam por cadastronotícias localcasas de apostas que pagam por cadastroSan Diego, na Califórnia. E ali estava eu, andando – me esforçando para andar – na pré-escola.
O reporter dizia que uma única pessoa que havia sobrevivido a uma queda na pontecasas de apostas que pagam por cadastroCoronado e estava hoje recuperada, andando melhor.

Crédito, Getty Images
E o vídeo continua me mostrando. No início, não entendi o motivo. Achei que era um erro, que a reportagem tinha se misturado com algum vídeo da festacasas de apostas que pagam por cadastroHalloween da minha escola.
Não pude acreditar que essa era minha história.
Depois fui descobrir que havia várias famílias na praia e ouviram pessoas gritando. As pessoas nos barcos diziam que caiu uma mulher e um bebê. Logo viram que a mulher estava sendo tirada da água, mas eu não.
Um barqueiro tinha me pegadocasas de apostas que pagam por cadastrouma jaqueta.
Uma ambulância nos levou a um hospital. Minha mãe morreu, eu sobrevivi.
Solidão e confusão
É incrível o quão sozinha a gente pode se sentir apesarcasas de apostas que pagam por cadastroestar rodeadacasas de apostas que pagam por cadastrouma família que ama e apoia.
Foi isso que senti quando descobri a verdade, alémcasas de apostas que pagam por cadastrouma enorme confusão. Se antes eu já achava que não conhecia bem minha mãe, agora sentia que a conhecia menos ainda.
Depoiscasas de apostas que pagam por cadastroalguns dias contei à minha família, com muita dificuldade, o que eu havia encontrado.

Crédito, Bertha Loaiza
Todos na família me disseram que não sabiam como me contar. Eu disse que não tinha problema, que eu não estava brava, mas que estava muito confusa.
Eles se ofereceram para tirar qualquer dúvida, insistiram que minha mãe me amava muito e que eu não deveria me sentir culpada por ter sido parte disso.
Me disseram que algum dia eu entenderia. E,casas de apostas que pagam por cadastrofato, hoje eu entendi.
Acredito que minha família não me contou antes para me proteger, para que eu não tivesse que carregar essa tristeza, parar evitar que eu tivesse pesadelos.
E a verdade é que eu não tenho nenhum ressentimentocasas de apostas que pagam por cadastrorelação a eles. Acho que tudo acontece quando tem que acontecer.
Se aos 17 anos tive esse choque, agora, 20 anos depois, quando conto a história ainda fico muito emocionada, imagino que quando pequena não teria conseguido aguentar saber a verdade.
A faltacasas de apostas que pagam por cadastroconhecimento sobre a depressão
Me explicaram que minha mãe estava muito doente.
Ela passava por uma forte depressão e havia anos lutava contra a doença. Me disseram que a mente é complicada e minha mãe sofriacasas de apostas que pagam por cadastromuitos problemas mentais.
Ela ia a um psiquiatra, mas na época não se sabia tanto quanto se sabe hoje.

Crédito, Arquivo Pessoal
Eu passei por várias fases. No começo, sentia necessidadecasas de apostas que pagam por cadastrogritar ao mundo que eu sabia da história, que estava tudo bem, e resolver as questões que estavam pendentes. Mas não foi isso que aconteceu.
Fui a gruposcasas de apostas que pagam por cadastroapoio e eventos comunitários, e escutei como outras pessoas haviam perdido parentes na mesma ponte. Contei como eu havia perdido minha mãe.
Até então, eu não sabia quanta atenção os jornais haviam dado ao casocasas de apostas que pagam por cadastrominha mãe. Mas no grupo eu vi gente que me reconhecia e se lembrava da minha história.
Foi quando comecei a criar paredes aos meu redor, para me proteger.
Pensei: "Não me escondo porque vão fazer perguntas que não sei responder. É para evitar fazer minha família passar por tanta dor e perguntascasas de apostas que pagam por cadastroestranhos".
Deixeicasas de apostas que pagam por cadastroparticipar desse tipocasas de apostas que pagam por cadastroreunião durante meses. Eu sabia que tinha sido um suicídio, mas estava incomodada porque não se falava dele abertamente, não se aceitava.
Por um tempo, achei que era melhor voltar à explicação do acidentecasas de apostas que pagam por cadastrocarro, porque eu não entendia a depressão.
Eu tinha muita coisa para processar e entender.
Acredito que nunca se acabacasas de apostas que pagam por cadastroprocessar. Por mais que eu fale disso, no final, tenhocasas de apostas que pagam por cadastrochegarcasas de apostas que pagam por cadastrocasa e não tenho minha mãe comigo. Essa é minha realidade.
Falar alto
Apesarcasas de apostas que pagam por cadastrotudo, cheguei a um ponto onde encontrei um momentocasas de apostas que pagam por cadastroclaridade. Vi que havia pessoas que iam aos grupos para desabafar, e entendi que eu não era a única que passava por isso.
Quanto mais eu ia aprendendo sobre problemas mentais, mais à vontade eu me sentia para falar publicamente e contar minha história. Acredito que temoscasas de apostas que pagam por cadastrocontinuar falando desse assunto, ecasas de apostas que pagam por cadastrovoz alta.
Hoje, estou casada e tenho dois filhos. Trabalhandocasas de apostas que pagam por cadastrouma companhiacasas de apostas que pagam por cadastroseguroscasas de apostas que pagam por cadastrosaúdecasas de apostas que pagam por cadastroSan Diego, eu via cada vez mais e-mails sobre o que a empresa faziacasas de apostas que pagam por cadastrorelação à saúde mental.
Eu senti que era quase meu dever dizer que esta era a minha história e que eu queria ajudar.

Crédito, Bertha Loaiza
Me deixaram participarcasas de apostas que pagam por cadastroum projeto na internet para informar sobre a depressão e como ajudar as pessoas que sofrem da doença. Localmente, participocasas de apostas que pagam por cadastroorganizações que ajudam quem perdeu pessoas amadascasas de apostas que pagam por cadastrosuicídio. Também compartilho minha história quando surgem oportunidades.
Para mim, é uma lembrançacasas de apostas que pagam por cadastroque existe esse problema, mascasas de apostas que pagam por cadastroque também é possível fazer prevenção, há coisas que se pode fazer.
Sempre lembro as pessoas da mesma coisa: doenças mentais não são culpacasas de apostas que pagam por cadastroninguém.
A saúde mental é tão importante quanto a física. É preciso aprender quais são os sintomas, e se alguém não se sente bem, é preciso falar com alguémcasas de apostas que pagam por cadastroconfiança, com o médico.
E, acimacasas de apostas que pagam por cadastrotudo, não se dar por vencido. Não é fácil, mas é possível superar.

Sobre a depressão
casas de apostas que pagam por cadastro Quais os sintomas?
"Todo mundo tem momentoscasas de apostas que pagam por cadastrotristeza, mas eles são passageiros. A depressão é um condição da qual, sem medicamento ou tratamento, não é possível sair", diz o psiquiatra americano Luis Sandoval.
Entre os sintomas visíveis, a pessoa pode ter uma melancolia constante, sensibilidade, vontadecasas de apostas que pagam por cadastrochorar, irritabilidade, sensaçãocasas de apostas que pagam por cadastroculpa e mudançacasas de apostas que pagam por cadastroapetite. Também é possível ter sintomas diferentes, como uma sensaçãocasas de apostas que pagam por cadastrovazio, cansaço, dificuldade para levantar da cama, problemascasas de apostas que pagam por cadastroconcentração, dificuldade para dormir.
"Mas, acimacasas de apostas que pagam por cadastrotudo, há uma perdacasas de apostas que pagam por cadastrohabilidadecasas de apostas que pagam por cadastrosentir prazer com a vida, tristeza, uma sensaçãocasas de apostas que pagam por cadastroestar distantecasas de apostas que pagam por cadastrotudo", diz Sandoval. "Há um momentocasas de apostas que pagam por cadastroque a pessoa se sente morta por dentro e a vida parece não ter mais sentido."
casas de apostas que pagam por cadastro Como ajudar uma pessoa com a doença?
Ainda que a solução geralmente passe por receber algum tipocasas de apostas que pagam por cadastroterapia médica ou medicação, há coisas que se pode fazer para ajudar uma pessoa com depressão.
"O principal é evitar dizer 'sei como você se sente' ou 'você tem que ser mais forte', como se um problemacasas de apostas que pagam por cadastrosaúde mental fosse resultadocasas de apostas que pagam por cadastrofraqueza da mente", diz Sandoval.
"Mas é bom perguntar como a pessoa se sente, o que você pode fazer para ajudar e, principalmente, escutar sem julgar", diz o médico.
"E ainda que tenhamos medocasas de apostas que pagam por cadastrofalar sobre suicídio, falar sobre o assunto realmente ajuda, porque a pessoa vai ver que pode compartilhar seus sentimentos com alguém, e deixarcasas de apostas que pagam por cadastropensar que seus sentimentos são tão estranhos ao ver que a outra pessoa não se alarma."
"Se a pessoa tem impulsos suicidas e não pode falar com ninguém, isso reforça a ideiacasas de apostas que pagam por cadastrosolidão,casas de apostas que pagam por cadastroquecasas de apostas que pagam por cadastrovida não vale a pena e que não fará falta a ninguém. É preciso ter esse tipocasas de apostas que pagam por cadastroconversa para demonstrar que a pessoa é importante, que vale muito para o mundo e que não vale a pena tirar a própria vida", diz o médico.

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