Imagens do espaço revelam supercolônia desconhecida com 1,5 milhãobet 036pinguins na Antártida:bet 036

Pinguins nas Ilhas Danger Islands, na Antártida
Legenda da foto, As Ilhas Danger formam um arquipélago compacto na pontabet 036uma península | Foto: M.Polito/LSU

Algoritmo

Colôniabet 036pinguinas na ilha Heroina
Legenda da foto, Imagens feitas por drones foram uma forma eficientebet 036contar os animais | Foto: T.S.McChord/H.Singh/NU/WHOI

Os cientistas usaram um algoritmo para buscarbet 036imagensbet 036satélite possíveis locaisbet 036que haveria atividadebet 036pinguins.

As imagens foram coletadas pelo programa Landsat, uma iniciativa da agência espacial americana, a Nasa, e da agênciabet 036pesquisa geológica dos Estados Unidos (USGS, na siglabet 036inglês), lançada no início dos 1970 ebet 036curso até hoje.

O Landsat não gera imagensbet 036alta resolução. Por isso, quando o sistema criado pelos pesquisadores identificou possíveis colônias, foi necessário confirmar se elasbet 036fato existiam com imagens mais detalhadas.

"O tamanho do que encontramos nos deixou sem fôlego", disse Heather Lynch, da Universidade Stony Brook, dos Estados Unidos.

"Pensamos: 'Uau! Se o que estamos vendo é verdade, essas são as maiores colôniasbet 036pinguins-de-adélia do mundo, e valerá a pena mandar uma expedição para contá-los adequadamente."

Drones

Thomas Sayre-McCord e Philip McDowall
Legenda da foto, Os drones foram usados para identificar os ninhosbet 036pinguins | Foto: C.Youngflesh/SBU

Mas, como diz o nome do arquipélago – danger significa "perigo"bet 036inglês –, estas são ilhas remotas. Mesmo no verão, o oceano que as cerca é repletobet 036gelo espesso, algo que os navios buscam evitar.

No entanto,bet 036dezembrobet 0362015, uma equipe científica conseguiu chegar a elas e começar a contagem. Uma das formas mais eficientesbet 036fazer isso foi usar drones para sobrevoar as aves e os locais onde formam seus ninhos para criar um enorme mosaicobet 036imagens.

"Os drones permitem que você esquadrinhe toda uma ilha, fazendo uma foto por segundo. Depois, você pode juntar tudo para ver o território completobet 036duas e três dimensões", explicou Hanumant Singh, da Univesidade Northeastern, dos Estados Unidos.

Ilhas Danger
Legenda da foto, Essas são águas perigosas - daí vem o nome das ilhas | Foto: T.Hart/Oxford

Uma vez mais, programasbet 036computador foram usados, desta vez para contar os pinguins. A pesquisa revelou que, nas Ilhas Danger, haviam 751.527 paresbet 036pinguins-de-adélia, que habitam a terceira e quarta maiores colônias do mundo desta espécie.

O resultado desse trabalho ébet 036grande importância, porque o recente declínio nas populações desses animais registradobet 036outros locais da península, especialmente no seu lado oeste, não parece ter ocorrido no arquipélago.

Mudanças climáticas

Os cientistas suspeitam que o declínio esteja ligado à redução do gelo no mar, que é um importante habitat para o krill, um pequeno crustáceo que é crucial na dieta dos pinguins.

"No oeste da península da Antártida, as populaçõesbet 036pinguins-de-adélia ebet 036pinguins-de-barbicha (Pygoscelis antarcticus) estão encolhendo rapidamente, enquanto abet 036pinguins-gentoo (Pygoscelis papua) está aumentando", disse Hart.

"É difícil saber as causas. Claramente, as mudanças climáticas e redução do gelo e do krill têm um papel nisso, mas, por haver menos gelo no mar, navios, especialmente os pesqueiros, conseguem chegar até ali, o que pode agravar o problema."

Pinguins saltambet 036iceberg nas Ilhas Danger
Legenda da foto, O gelo é importante para esses animais, porque foram um habitat que atrai seu alimento, o krill | Foto: R.Herman/LSU/SBU

O cientista explica que, no passado, foi feita uma comparação entre a península da Antártida com locais como a Ilha Elefante (mais ao norte). "Finalmente conseguir chegar nas Ilhas Danger e contar os pinguins nos mostrou que as populações mais robustas ficam onde o gelo está intacto", explicou Hart.

Lynch acrescentou ser importante destacar que essas ilhas estãobet 036meio a uma sériebet 036áreasbet 036proteção marinha que estão sendo propostas. "Não sabemos se elas vão fazer parte disso ou não, mas ao menos agora as pessoas saberão o quão importante é essa área", disse a pesquisadora.

Peter Fretwell, da equipe britânicabet 036pesquisa na Antártida, conhece a equipe que realizou esse estudo, mas não fez parte da iniciativa. Ele também recorre a imagensbet 036satélite para contar animais reunidosbet 036grupos.

"Apesarbet 036termos tecnologias avançadas, ainda há cantos remotos do mundo os quais conhecemos muito pouco - normalmente, porque é extremamente difícil chegar até eles", disse Fretwell.

"Satélites modernos são ferramentas fantásticas para explorar e estudar esses locaisbet 036difícil acesso. Tenho certeza que muitas outras descobertas serão feitas usando esses nossos 'olhos no céu'."

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