Covid-19: maisresultados da quina16 mil brasileiros tomaram doses trocadas da vacina contra; quais são os riscos?:resultados da quina

Só que tal orientação não foi obedecidaresultados da quinapelo menos 16 mil ocasiões: esse é o númeroresultados da quinabrasileiros que haviam recebido doses trocadasresultados da quinavacinas contra o coronavírus até o finalresultados da quinaabril.

Na maioria dos casos, a pessoa tomou a primeira dose da AZD1222 e depois recebeu a segunda da CoronaVac.

Essa informação foi divulgada numa reportagem da Folharesultados da quinaS.Paulo e depois confirmada pelo próprio Ministério da Saúde.

Mas o que acontece com quem foi vítima dessa confusão? A troca pode causar algum mal ou exige algum cuidado extra?

Sem diretrizes oficiais

Do pontoresultados da quinavista individual, não há muitos motivos para preocupação: a troca não deve provocar nenhum efeito colateral ou prejuízos à saúde.

O maior risco é uma proteção incompleta: com uma doseresultados da quinacada vacina, é possível que a produçãoresultados da quinaanticorpos não seja satisfatória para barrar a covid-19.

Mas e do pontoresultados da quinavista coletivo? Como essa situação será resolvida?

Até o momento, ainda não existe nenhuma orientação oficial a respeito dessa situação.

A imunologista Cristina Bonorino, que integra o Comitêresultados da quinaEventos Adversos das Vacinas da Secretaria Estadualresultados da quinaSaúde do Rio Grande do Sul, diz que essa questão está sendo discutida atualmente entre os especialistas.

"O que nós sugerimos ao ministério é que seja emitida uma nota técnicaresultados da quinaque os casosresultados da quinapessoas que receberam as doses trocadas sejam notificados como um erro vacinal e elas recebam uma terceira dose dentro do intervalo estabelecido", sugere a especialista, que também faz parte da Sociedade Brasileiraresultados da quinaImunologia.

Vamos pegar o exemploresultados da quinaum indivíduo que recebeu a primeira dose da CoronaVac e, por algum erro, tomou a segunda da AZD1222.

Segundo essa proposta do comitê gaúcho, ele deveria esperar os três meses preconizados para levar uma terceira picada no braço com a AZD1222 e, assim, ter a certezaresultados da quinaque completou o esquema vacinal contra a covid-19.

Já o pediatra e infectologista Renato Kfouri, da Sociedade Brasileiraresultados da quinaImunizações, tem uma posição diferente sobre o assunto: na visão dele, mesmo que a pessoa tenha tomado vacinas trocadas, o processo deve ser encerrado, até porque não se sabe a segurançaresultados da quinatomar três doses na sequência.

"O ideal é que isso não aconteça. Mas, se ocorrer, o esquema está encerrado e não se deve fazer mais nada", acredita o médico.

Após a publicação da reportagem, a assessoriaresultados da quinaimprensa do Ministério da Saúde enviou uma nota para a BBC News Brasilresultados da quinaque detalha algumas informações a respeito do tema:

"O Ministério da Saúde distribui as vacinas contra a covid-19 para os entes federativos, com as respectivas notas técnicas, que têm responsabilidaderesultados da quinaexecutar o Plano Nacionalresultados da quinaImunizações. A pasta acompanha os registrosresultados da quinacasosresultados da quinaintercâmbio vacinal e recomenda aos estados e municípios o monitoramento dessas pessoas e reforça, ainda, a importância da atenção no processoresultados da quinavacinação para evitar que erros ocorram. Além disso, é fundamental que a notificação da primeira dose da vacina seja registrada no cartãoresultados da quinavacinação com os dados relativos ao fabricante do imunizante, para garantir a correta aplicação da segunda dose."

Ações práticas

Se você foi vítima dessa confusão, vale voltar ao postoresultados da quinasaúde e informar os responsáveis para que eles possam notificar o caso nos sistemas do Ministério da Saúde.

"Nessa hora, esperamos que o centro vacinal possa dar alguma orientação para a pessoa", pensa Bonorino, que é professora titular da Universidade Federalresultados da quinaCiência da Saúderesultados da quinaPorto Alegre.

E, para aqueles que ainda vão tomar a segunda dose, vale ter atenção redobrada: leia e leve consigo aquele comprovante da primeira aplicação na horaresultados da quinair ao postoresultados da quinasaúde.

Neste papel, deve estar escrito qual vacina foi usada anteriormente.

Converse com o profissional da saúde que está realizando o atendimento e confira se o produto é do mesmo tipo utilizado na primeira ocasião.

Assim, você evita qualquer dorresultados da quinacabeça futura e garante um bom nívelresultados da quinaproteção contra o coronavírus.

Mas quais são os motivos que não permitem fazer esquemas vacinais com dois tiposresultados da quinaprodutos?

Uma maratona concluídaresultados da quinatempo recorde

Antesresultados da quinaserem aprovadas pelas agências regulatóriasresultados da quinacada país, as vacinas passam por uma bateladaresultados da quinatestes clínicos, que envolvem dezenasresultados da quinamilharesresultados da quinavoluntários.

Esses estudos ajudam a determinar a segurança e a eficácia desses produtos, para que eles possam ser usados com tranquilidaderesultados da quinamilhõesresultados da quinapessoas.

A jornada da bancada dos laboratórios até os postosresultados da quinasaúde costuma levar muitos anos, até décadas.

Em razão da pandemia, os cientistas precisaram acelerar os processos sem perder o rigor da pesquisa — afinal, estamosresultados da quinameio a uma pandemia que mata milharesresultados da quinapessoas todos os dias.

Foi assim que diversos imunizantes foram estudados e chegaram ao públicoresultados da quinatempo recorde, como é o caso daqueles já citados nesta reportagem.

Acontece que essa corrida pelas vacinas exigiu que os protocolos e os esquemasresultados da quinaimunização fossem bem definidos e bastante rígidos.

A partir deles, nós sabemos, por exemplo, que a Cominarty provê uma taxaresultados da quinaeficáciaresultados da quina95% contra a covid-19 sintomática alguns dias após a segunda dose, com um intervaloresultados da quina21 dias entre as duas aplicações.

Os estudos promovidos por Pfizer e BioNTech foram desenhados e estruturados justamente para encontrar essas informações.

Mas o que acontece se aplicarmos só uma dose? E se aumentarmos o intervalo entre as aplicações para três ou quatro meses?

A ciência ainda não tem todas essas respostas e qualquer extrapolação no uso dessa eresultados da quinaoutras vacinas entra no reino das incertezas.

O mesmo racional vale para essa "troca" nas doses: ninguém sabe ao certo os efeitosresultados da quinatomar primeiro a CoronaVac e, depois, a AZD1222 (ou vice-versa).

"Ainda não temos estudos sobre o intercâmbioresultados da quinavacinas contra a covid-19 finalizados e com resultados", admite Kfouri.

Em outras palavras, o conhecimento obtido até agora não permite estabelecer se essa mistura, feitaresultados da quinaforma proposital ou sem querer, garante uma boa taxaresultados da quinaeficácia, capazresultados da quinaproteger contra a covid-19 ou suas formas mais graves.

Cenas dos próximos capítulos

Essa possibilidaderesultados da quinaintercalar os diferentes produtos é algo que começa a ser avaliado agora, por diversos gruposresultados da quinapesquisa.

"Já temos estudos do tipo acontecendo nos Estados Unidos, que avaliam o uso conjunto das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna", conta Bonorino.

Outra iniciativa parecida estáresultados da quinaandamento no Reino Unido: a pesquisa ComCov testa oito esquemas vacinais diferentes, com intervalos maiores ou menores entre as doses.

Os especialistas avaliam, por exemplo, a possibilidaderesultados da quinaaplicar a Cominarty e depois a AZD1222, com uma esperaresultados da quina28 dias ou 12 semanas entre cada dose.

A investigação conta com o investimentoresultados da quina7 milhõesresultados da quinalibras esterlinas do próprio governo britânico e deve ter seus resultados a partirresultados da quinamarçoresultados da quina2022.

"Essa trocaresultados da quinaimunizantes que usam diferentes tecnologias pode até se mostrar interessante", observa Kfouri.

Vale lembrar que a CoronaVac se valeresultados da quinavírus inativados, enquanto a AZD1222 é feita a partirresultados da quinaum vetor viral não-replicante e a Cominarty utiliza o princípio do mRNA.

Cada uma delas ageresultados da quinauma maneira diferente no organismo, com o mesmo objetivo no final: permitir que o sistema imune produza anticorpos capazesresultados da quinabarrar uma infecção pelo coronavírus.

A aplicaçãoresultados da quinadoses com vacinas que se valemresultados da quinadiferentes tecnologias poderia, ao menosresultados da quinatese, trazer uma resposta do sistemaresultados da quinadefesa mais diversa e completa.

Mas,resultados da quinanovo, isso ainda precisa ser comprovado por essa nova levaresultados da quinaestudos que estáresultados da quinaandamento.

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