'Apenas a vidabonus bet fairvocês importa?': o desabafobonus bet fairquem continua isoladobonus bet fairmeio a aglomerações no país:bonus bet fair

Crédito, Andre Coelho/Getty Images
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Finalbonus bet fairTwitter post
Ela diz que era um recado principalmente para amigos que haviam acompanhado o sofrimentobonus bet fairLucianabonus bet fairdezembrobonus bet fair2019, quando seu mesmo filho havia sido internado na UTI infantil com uma infecção respiratória. Autista e asmático grave, ele chegou ao hospital com baixa saturaçãobonus bet fairoxigênio e quase tevebonus bet fairser intubado.
"A gente já passou por essa linha tênuebonus bet fairquase perder o filho por uma doença no pulmão,bonus bet fairver carrinhobonus bet fairparada cardíaca (desfibrilador) ali,bonus bet fairo médico perguntar se a gente tem fé, e foi desesperador. Meu filho tentava respirar e não conseguia. Ficou uma semana comendo por sonda porque não tinha força no pulmão para comer ou mamar", conta Luciana à BBC News Brasil.
"Isso mudou a gente, e não quero que ninguém passe por isso, ainda mais se você pode causar ou pode evitar (a transmissão)."

Crédito, Arquivo pessoal
Por isso, Luciana ebonus bet fairfamília — o filhobonus bet fairtrês anos, que já teve alta do hospital, a filhabonus bet fairdois anos e o marido — se mantêmbonus bet fairuma quarentena rígida desde março, totalmente isolados do resto do mundo. Tanto que Luciana ainda não consegue entender totalmente o que fez o filho adoecer dessa vez.
O marido havia parado há mesesbonus bet fairtrabalhar como motoristabonus bet fairaplicativo, e ela dá aulas onlinebonus bet faircasa. As vistas da mãe dela sãobonus bet fairlonge, no portão; os passeios com as crianças, antes frequentes nos finsbonus bet fairsemana, agora são só dentro do carro.
"A gente tá se virando. Mas é um estresse", conta Luciana à reportagem.
"Quando fiz o tuíte, estava cansada. Porque vi amigos que acompanharam tudo o que a gente passou no ano passado, e que estão agora saindo, indo para a praia, como se nada estivesse acontecendo, como se não fosse importante (manter o isolamento social) pelas outras pessoas. Fiquei tão chateada com isso. Não ficarbonus bet faircasa é muita sacanagem."
Queda nos índicesbonus bet fairisolamento
Luciana ebonus bet fairfamília personificam um grupo cada vez menor, menos visível e mais frustrado diante das cenasbonus bet fairaglomeração pelo país ebonus bet fairuma pandemia que não arrefece: o das pessoas que continuam seguindo à risca a quarentena e o isolamento social, para proteger a si mesmas ou pessoas próximasbonus bet faircontraírem o novo coronavírus.
A pesquisa mais recente do Instituto Datafolha sobre o tema,bonus bet fair19bonus bet fairagosto, apontava que os níveisbonus bet fairisolamento social estavam no patamar mais baixo desde o início da pandemia.
Em abril, mais da metade dos entrevistados dizia que só saíabonus bet faircasa quando era inevitável. Em agosto, a parcela que caiu para 43%.
A fatiabonus bet fairquem está totalmente isolado e não saibonus bet faircasabonus bet fairjeito nenhum caiubonus bet fair21%bonus bet fair17bonus bet fairabril para 8%bonus bet fairagosto.
Embora esse grupo esteja diminuindo,bonus bet fairimportância foi e ainda é fundamental para manter sob controle os níveis da pandemia no Brasil, explica o epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdadebonus bet fairMedicina da Universidadebonus bet fairSão Paulo (USP).
Ele acha que, se não tivesse havido o esforço (mesmo que desigual)bonus bet fairisolamento social nos últimos meses, o já altíssimo númerobonus bet fairmortes no Brasil teria sido exponencialmente maior.
"As pessoasbonus bet fairisolamento tiveram um papel muito importante, para elas mesmas e para as demais", diz Lotufo à BBC News Brasil.
"Basta ver o exemplobonus bet fairManaus (no início da pandemia), onde o vírus teve um avanço incrível, matando tanta gente tão rapidamente,bonus bet faircomparação com São Paulo, onde houve mais disciplina no isolamento social", opina. Apesarbonus bet fairSão Paulo ser o Estado com o maior númerobonus bet fairmortes do país, seu sistemabonus bet fairsaúde não chegou a colapsar, como ocorreu com o amazonense.

Crédito, VALERY HACHE / Getty
Ausênciabonus bet fairperspectivas
No Riobonus bet fairJaneiro, o tuíte escrito por Luciana Viegas levou às lágrimas a estudantebonus bet fairpsicologia Brenda Cavalcante.
"Me doeu na alma o que ela (Luciana) escreveu, que, apesarbonus bet fairtodo o esforço, ela não sabia se o filho estava ou não com covid", conta Brenda à reportagem.
Distantes entre si e sem se conhecer, as duas vivem situação semelhante: tambémbonus bet fairisolamento social rígido ao lado da filhabonus bet fairseis anos, Brenda está há seis meses sem ter contato físico com os pais (que têm pressão alta e, portanto, são do grupobonus bet fairrisco) e há sete meses sem ver a avó,bonus bet fair92 anos. E não vê nenhuma luz no horizonte que indique que isso vá mudarbonus bet fairbreve.
"O mais difícil é não ter perspectiva", diz. "Meus pais são apaixonados pela minha filha, mas só a veem da varanda. O contato físico com eles faz falta demais. E não sei se vou ter a chancebonus bet fairver a minha avó com vida ainda."

Crédito, Arquivo pessoal
E, da mesma forma, Brenda assiste com frustração às cenasbonus bet fairaglomeração no Rio.
"Acabeibonus bet fairver no Twitter que a praia estava lotada ontem (13/9). Eu realmente não sei como vou conseguir voltar a viverbonus bet fairmaneira normal, diantebonus bet fairtanta decepção com o coletivo. Com o governo nem se fala. Mas as pessoas não só fazem (aglomeração), como fazem questãobonus bet fairpostar nas redes sociais. E eu que nem vejo a minha família. Mal vou ao mercado", diz.
"Eu tento não julgar, porque sei que as pessoas estão sem perspectiva, e isso acaba banalizando (as mortes na pandemia): 'morreubonus bet faircovid'. (...) Mas por que a saúde mental deles vale mais do que a minha? A minha filhabonus bet fairseis anos tem medobonus bet fairchegar perto da avó para não deixá-la doente, e quem tem 40 anos não pode se policiar mais e se isolar?"
O que dá para flexibilizar?
É bom ressaltar que não costuma ser fácil decidir,bonus bet fairâmbito individual, o que pode ou não ser flexibilizado na rotina familiar, profissional ebonus bet fairlazer -bonus bet fairum momentobonus bet fairque o número diáriobonus bet faircasos e mortes continua elevado, embora estejabonus bet fairum patamar menor do que há duas semanas.

Crédito, EPA
"Temosbonus bet fairter muito cuidado, porque a Europa, combonus bet fairalta no númerobonus bet faircasos, mostra que a doença volta mesmo", afirma o epidemiologista Lotufo. "Apesar que, aqui no Brasil, já tivemos uma intensidade tamanha da pandemia que talvez (o repique) não seja igual (ao dos europeus)."
Lotufo lembra que atividades ao ar livre, com máscara, distanciamento social adequado e uso constantebonus bet fairálcool gel para higienização oferecem baixo riscobonus bet faircontaminação. Isso porque a livre circulação do ar ajuda a dissipar aerossóis e gotículas potencialmente infecciosas - ao contráriobonus bet fairde ambientes fechados, onde o compartilhamentobonus bet fairar entre as pessoas é muito maior.
Nas praias, embora haja livre circulaçãobonus bet fairar, o problema está na grande quantidadebonus bet fairpessoas próximas umas das outras, como tem sido vistobonus bet fairparte do litoral brasileiro nos últimos finsbonus bet fairsemana e feriados.
A Associação Médica do Texas preparou um guia avaliando diferentes atividades do dia a dia e quais riscos elas oferecem para a disseminação do novo coronavírus.
Ir à praia, por sinal, é considerada uma atividadebonus bet fairrisco moderado pelos autores.

Exaustão da quarentena
No casobonus bet fairLuciana Viegas, o pulmão frágil do filho faz com que qualquer contato com o mundo externo ainda pareça muito assustador, principalmente porque as recentes idas ao hospital ainda estão frescas na memória da família.
Mas isso não quer dizer que o cotidiano com as crianças esteja fácil.
"Eu estou exausta da quarentena, meu marido também. Às vezes precisamos pegar o carro para dar uma espairecida, ou durmo 12h para descansar. A gente tem um motivador, que é a vida do meu filho, e saber que o que eu não quero que aconteça com meu filho, eu também não quero que aconteça com os demais", diz ela.
"Se eu fosse solteira, sem filhos, e dependesse puramente da minha empatia, não sei se seria 'chata' e 'fiscalizadorabonus bet fairquarentena'. Mas é porque as pessoas não passaram por esse terror que eu passei. Meu desabafo (no Twitter) foi justamente para os amigos que me viram noites e noites chorando desesperada. Ao mesmo tempo, fiquei felizbonus bet fairver que várias outras pessoas estão passando pelo mesmo que eu. Que bom que a nossa voz vai ser ouvida, porque as notícias são só sobre as pessoas que estão saindo da quarentena."

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