De engenheiros a estatísticos, Unicamp mobiliza batalhãozebet datenbankcientistas contra o coronavírus:zebet datenbank

O caso ilustra o protagonismo que universidades públicas brasileiras vêm assumindo no enfrentamento da pandemiazebet datenbankvárias partes do país e reforça a importânciazebet datenbankinvestir na pesquisa nacional num momentozebet datenbankque nações limitam exportaçõeszebet datenbankitens médicos para priorizar seus cidadãos, segundo acadêmicos entrevistados pela BBC News Brasil.

Menossi diz que, embora uma grande parte dos membros da força-tarefa não tenha experiênciazebet datenbankdoenças entre humanos, todos estão habituados a trabalharzebet datenbanklaboratórios e dominam conhecimentos que podem ser úteis ao avanço das pesquisas.

Ele exemplifica com seu próprio caso: "Na biologia molecular, várias das técnicas que usamos para estudar o genoma das plantas são exatamente as mesmas para descobrir se uma pessoa está contaminada com o vírus ou não", diz.

Segundo ele, ter à mão um grupo tão grandezebet datenbankpesquisadores qualificados e motivados "vai nos ajudar a ter um impacto gigante não sózebet datenbankCampinas, maszebet datenbanktoda a região".

Hospital referência na região

A força-tarefa da Unicamp contra a Covid-19 se dividezebet datenbankdez equipes lideradas por professores da universidade.

Há grupos dedicados à realizaçãozebet datenbankexames, ao desenvolvimentozebet datenbanknovos testes, ao estudozebet datenbanktratamentos médicos, à análisezebet datenbankdados epidemiológicos e à elaboraçãozebet datenbankequipamentos hospitalares, entre outros temas.

Parte do dinheiro para os trabalhos vemzebet datenbankprojetoszebet datenbankpesquisa jázebet datenbankandamento - financiados principalmente pela Fapesp (Fundaçãozebet datenbankAmparo à Pesquisa do Estadozebet datenbankSão Paulo) e pelo Conselho Nacionalzebet datenbankDesenvolvimento Científico (CNPq) -, parte vem da fundaçãozebet datenbankpesquisa da própria Unicamp e parte foi doada por órgãos públicos.

A força-tarefa também negocia doações com empresas privadas.

Entre os participantes do grupo há cientistas que tiveram reconhecimento internacional por descobertas sobre o Zika. A epidemia causada pelo vírus,zebet datenbank2015 e 2016, também motivou a universidade a criar uma força-tarefa. Desta vez, porém, a equipe é bem maior e mais diversa.

Os trabalhos ocorremzebet datenbankparceria com o Hospitalzebet datenbankClínicas (HC) da Unicamp - que, desde a última quarta-feira (1/4), está credenciado para realizar exameszebet datenbankdetecção da Covid-19 sem a necessidadezebet datenbankcontraprovas.

Com capacidade para 403 leitos, o HC da Unicamp é o maior hospital da região metropolitanazebet datenbankCampinas, área que agrega 20 municípios e cercazebet datenbank4 milhõeszebet datenbankhabitantes.

Até a última quarta-feira (1/4), a cidade havia registrado 39 casoszebet datenbankCovid-19 e duas mortes pela doença.

Prioridade é ampliar testagem

É possível, porém, que o vírus já esteja bem mais espalhado pela região, diz à BBC News Brasil o virólogo José Luiz Proença Modena, membro da força-tarefa e coordenador do Laboratóriozebet datenbankEstudoszebet datenbankVírus Emergentes (Leve) da Unicamp.

Modena afirma que uma das prioridades do grupo é acelerar a realizaçãozebet datenbanktesteszebet datenbankdetecção.

Hoje, diz ele, a universidade consegue fazer manualmente cercazebet datenbankcem exames por dia, restritos a profissionaiszebet datenbanksaúde e a pacienteszebet datenbankestado grave.

Como a demanda por exames tem sido bem maior que a oferta, os resultados têm demorado até 20 dias para sair, o que dificulta o trabalho dos médicos.

Modena espera atacar o problema com a chegadazebet datenbankrobôs importados que automatizarão a análise das amostras.

Os equipamentos foram comprados com uma doaçãozebet datenbankR$ 2,6 milhões do Ministério Público do Trabalho (MPT) e multiplicarãozebet datenbankvárias vezes a capacidade diáriazebet datenbanktestagem.

Segundo Modena, o plano é expandir os exames até mesmo para pessoas que não exibam sintomas da Covid-19 - mesma estratégia com que a Coreia do Sul conseguiu isolar infectados e controlar a epidemia no país.

Para atingir essa escala, porém, talvez seja necessário substituir insumos importados usados nos exames - e que hoje têm oferta limitada, pois disputados ferozmente por vários países.

Pesquisadores da força-tarefa já estão testando enzimas produzidas no Brasil que poderiam servir como substitutas. Segundo Marcelo Menossi, o grupo tem obtido resultados promissores com enzimas sintetizadaszebet datenbankPaulínia (SP), mas ainda falta padronizar os exames.

Em outra frente, pesquisadores do Laboratóriozebet datenbankEstudoszebet datenbankVírus Emergentes (Leve) da Unicamp - um dos poucos no Estadozebet datenbankSão Paulo habilitados para manusear o novo coronavíruszebet datenbanksegurança - buscam medicamentos que possam inibir a replicação do patógeno.

Em uma das iniciativas, o grupo busca fármacos pouco tóxicos que possam ser associados à cloroquina, substância que já tem sido usadazebet datenbanktratamentos experimentais contra a covid-19zebet datenbankvários hospitais.

Frente tecnológica

Outra parte da força-tarefa conta com especialistaszebet datenbankengenharia e equipamentos médicos - casozebet datenbankMarisa Beppu, professorazebet datenbankEngenharia Química da Unicamp e coordenadora da frente tecnológica do grupo.

Ela afirma que pesquisadores estãozebet datenbankcontato com indústrias para encontrar formaszebet datenbankampliar a produçãozebet datenbankitens usados por profissionaiszebet datenbanksaúde - como máscaras e outros equipamentoszebet datenbankproteção individual (EPI). O grupo desenvolve protótipos com impressoras 3D.

Também há uma iniciativa do grupo sobre respiradores - equipamentos usados por pacienteszebet datenbankestado grave e que têm se tornado cada vez mais disputados conforme a covid-19 se espalha.

Segundo Beppu, o grupo identificou que mais proveitoso do que fabricar novos respiradores é consertar o grande númerozebet datenbankequipamentos hoje sem usozebet datenbankhospitais da região.

Outra equipe se dedica à análisezebet datenbankdados, cruzando informações dos pacientes para verificar quais têm mais propensão a piorar e devem ser acompanhados com mais cuidado.

De acordo com Beppu,zebet datenbankmomentos como o atual, quando há "demanda por avanços urgenteszebet datenbankfronteiras do conhecimento", instituições com tradiçãozebet datenbankpesquisa podem fazer a diferença para o país.

"Se não tivéssemos pesquisadores buscando soluções locais para os problemas, teríamoszebet datenbankimportar protocolos que não necessariamente se aplicariam à nossa realidade", afirma.

Competindo com as principais universidades

Marcelo Mori, professor do Institutozebet datenbankBiologia e coordenador da frente da força-tarefa voltada à articulação institucional, diz acreditar que a Unicamp estejazebet datenbankcondiçõeszebet datenbankcompetir "em pézebet datenbankigualdade com as principais universidades do mundo" na busca por soluções para a pandemia.

Embora avalie que a covid-19 causará grande estrago e se diga "muito triste" com o cenário gerado pela pandemia, ele afirma que a experiência fará com que a sociedade se prepare melhor para desafios semelhantes no futuro.

"Nunca ficou tão claro o quão importante é nos organizarmos e investirmos maciçamentezebet datenbankpesquisa,zebet datenbankciência,zebet datenbanksaúde pública", afirma.

"Esse tipozebet datenbankiniciativa vai dar grande visibilidade à ciência e mostrar como a universidade é fundamental para os problemas da sociedade - e não sózebet datenbanktemposzebet datenbankcrise", afirma.

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