O que pode acelerar ou retardar a recuperação da floresta consumida pelo fogo na Amazônia:códigos de apostas
- Fernanda Paúl
- Da BBC News Mundo

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A fumaça e as chamas cobriram milharescódigos de apostashectarescódigos de apostasfloresta tropical
códigos de apostas Maiscódigos de apostas40 mil espéciescódigos de apostasplantas, 1,3 mil variedadescódigos de apostaspássaros e 426 tipos diferentescódigos de apostasmamíferos vivem na Floresta Amazônica códigos de apostas , a maior floresta tropical do mundo, com 6,7 milhõescódigos de apostasquilômetros quadrados.
Muitos exemplares da fauna e da flora, no entanto, estão ameaçados pelas queimadas que assolam a região há algumas semanas.
Os focoscódigos de apostasincêndio não se limitam apenas à Amazônia brasileira e também se alastram pela Bolívia e Paraguai.
Os dadoscódigos de apostassatélite divulgados pelo Instituto Nacionalcódigos de apostasPesquisas Espaciais (Inpe) indicam que, no decorrer deste ano, houve um aumentocódigos de apostasmaiscódigos de apostas80% nos focoscódigos de apostasincêndio no Brasilcódigos de apostasrelação ao mesmo períodocódigos de apostas2018.
Mas quanto tempo pode levar para recuperar a floresta consumida pelas queimadas na Amazônia? E que fatores podem acelerar ou retardar esse processo? Em alguns dos cenários antevistos por pesquisadores ouvidos pela BBC News Mundo (serviçocódigos de apostasespanhol da BBC), essa recuperação pode demorar séculos, a dependercódigos de apostasfatores diversos.

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O desmatamento e as mudanças climáticas podem afetar a regeneração das áreas afetadas pelo fogo
Yadvinder Malhi, professorcódigos de apostasciências do ecossistema da Universidadecódigos de apostasOxford, no Reino Unido, afirma que "leva entre 20 e 40 anos, se permitirmos que a floresta se regenere".
No entanto,códigos de apostasentrevista à BBC News Mundo, o acadêmico ressalta que há vários aspectos que podem afetar essa recuperação.
Um deles é o quão danificado está o solo queimado. Se sofreu vários incêndios, diz ele, é mais provável que tenha danos permanentes ecódigos de apostasrecuperação será muito mais lenta.
Outro fator está relacionado à proximidade entre a área queimada e uma floresta preservada.
"Ao ladocódigos de apostasuma floresta intacta, os pássaros e animais vão naturalmente para a área danificada e ajudarão na recuperação."
Caso contrário, adverte Malhi, "será muito mais difícil porque as sementes e espécies terão que ser introduzidas".
Mudança climática e desmatamento
A mudança climática é outro fator que pode determinar a rapidez com que os hectares queimados vão se regenerar.
Claire Wordley, pesquisadora do Departamentocódigos de apostasZoologia da Universidadecódigos de apostasCambridge, no Reino Unido, afirma que esse fator é extremamente difícilcódigos de apostasprever e controlar.
"Já foi previsto que, se a temperatura (global) ficar muito alta, a Amazônia não conseguirá produzir chuva suficiente para mantercódigos de apostasfloresta tropical. Então, se (o ambiente) ficar quente demais, (a floresta) pode se tornar uma savana", explicou à BBC News Mundo.
De acordo com a acadêmica, embora seja difícil estimar o tempo necessário para a recuperação da floresta danificada, está claro que não será daqui a dez anos.
"Pode levar centenascódigos de apostasanos", avalia.

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Várias áreas da Amazônia estão sendo afetadas pela pecuária
Por outro lado, o uso da terra para agricultura e o desmatamento também podem ser uma barreira para a recuperação da terra.
Para Phil Martin, pesquisador especializadocódigos de apostasecologia, embora a recuperação das plantas e árvores "possa demorar entre 150 e 200 anos", isso aconteceria sob "perfeitas condições".
"O problema é que hoje há várias áreas que estão sendo afetadas pela agricultura e pecuária. A mudança climática também pode interferir, vemos que agora os incêndios são muito mais frequentes e destrutivos do que antes", analisa.
Mudanças estruturais
Os incêndios modificam drasticamente a estrutura da vegetaçãocódigos de apostasuma determinada região. E isso, porcódigos de apostasvez, afeta as espécies que vivem na área. É o que afirma José María Cardoso da Silva, professor do Departamentocódigos de apostasGeografia e Estudos Regionais da Universidadecódigos de apostasMiami, nos EUA.
Para o acadêmico, a recuperação das espécies pode levar várias décadas ou séculos, sendo ainda mais complicado se os incêndios forem sucessivos.

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Milharescódigos de apostasespécies diferentes vivem na Amazônia
"Se os incêndios se tornarem a regra na paisagem, as florestas nunca se regenerarão àcódigos de apostascondição natural e veremos um novo tipocódigos de apostasvegetação empobrecida, dominada por algumas espéciescódigos de apostasárvores comuns, capazescódigos de apostassobreviver no novo regimecódigos de apostasincêndios", sinaliza à BBC News Mundo.
Silva acrescenta que "os incêndios também podem facilitar a expansãocódigos de apostasespécies invasoras que, com o tempo, podem limitar a regeneração dos ecossistemas naturais".
Os incêndios fazem parte do ecossistema da Amazônia?
Outro fator que deve ser levadocódigos de apostasconta para entender quão difícil vai ser recuperar as áreas afetadas é que os incêndios na Floresta Amazônica não ocorrem naturalmente.
"É preciso que alguém coloque o fogo. Ao contráriocódigos de apostasecossistemas como o Cerrado, a Amazônia não evoluiu com o fogo, e ele não faz parte da dinâmica dela", diz a pesquisadora Erika Berenguer, da Universidadecódigos de apostasOxford, à BBC News Brasil.
"Em várias partes do mundo, o fogo faz parte do ecossistema. Mas na floresta tropical, as árvores não estão preparadas, nunca experimentaram incêndios", acrescenta Malhi.
"Assim, mesmo pequenos focoscódigos de apostasincêndio são capazescódigos de apostasmatar muitas árvores. Isso pode ser muito nocivo."

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As árvores da região amazônica não têm mecanismoscódigos de apostasdefesa contra o fogo
A pesquisadora Claire Wordley compartilha da mesma opinião.
"Há regiões, como Austrália ou algumas partes dos EUA, que estão preparadas para lidar com o fogo, mas a Amazônia não tem essa mesma capacidade. A América do Sul é uma das regiões que se recuperam mais lentamente dos incêndios", afirma.
Estudos que analisam as queimadas na Amazônia mostram que, mesmo três décadas após serem atingidas pelo fogo, as florestas queimadas têm 25%códigos de apostascarbono a menos do que aquelas que não foram alvo das chamas.
"Isso mostra que precisamoscódigos de apostasdécadas ou até mesmocódigos de apostascentenascódigos de apostasanos para que as florestas se recuperaremcódigos de apostasum incêndio", avalia Berenguer.
Ela explica que as árvores da Amazônia não têm mecanismoscódigos de apostasdefesa contra o fogo - as cascas não são grossas, têm apenas poucos milímetros -, o que faz com que a mortalidade das árvores seja muito mais alta.
"Essa faltacódigos de apostasproteção ao fogo na Amazônia significa que a mortalidadecódigos de apostasárvores é muito alta. Se uma áreacódigos de apostasfloresta queima, até 50% das árvores dela morrem", acrescenta.

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