55 anos do golpe militar: os integrantes da equipe365 bet pixBolsonaro considerados ‘subversivos’ e ‘infiltrados comunistas’ pela ditadura:365 bet pix

Estudantes pedem eleições diretas na década365 bet pix1980, no Rio

Crédito, Instituto Durango Duarte / reprodução

Legenda da foto, Estudantes365 bet pixteatro pedem eleições diretas na década365 bet pix1980, no Rio365 bet pixJaneiro

O SNI foi idealizado pelo general Golbery do Couto e Silva, e era composto por um Agência Central,365 bet pixBrasília, e agências e escritórios espalhados por todo o país e365 bet pixtodos os órgãos do governo. O SNI existiu até 1990, quando foi substituído por uma estrutura menor e sob controle civil. O conjunto todo era chamado365 bet pix"comunidade365 bet pixinformações" do regime.

Artistas365 bet pixpasseata nos anos 1960

Crédito, Instituto Durango Duarte / reprodução

Legenda da foto, Chico Buarque (dir., segurando cartaz) e outros artistas na Passeata dos Cem Mil,365 bet pix1968

Como os integrantes da equipe365 bet pixtransição365 bet pixBolsonaro e do futuro governo aparecem nos arquivos do SNI?

O futuro presidente do Instituto365 bet pixPesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o economista Carlos Doellinger, foi nomeado num documento365 bet pix1985 como "infiltração comunista" no governo365 bet pixJosé Sarney, que havia acabado365 bet pixtomar posse. Já o guru econômico365 bet pixBolsonaro, Paulo Guedes, teve365 bet pixficha levantada quando pediu um passaporte365 bet pixviagem, nos anos 1970 - mas nada pesava contra ele.

O cientista político Antônio Flávio Testa, que fez parte do grupo365 bet pixformuladores das políticas365 bet pixBolsonaro e integra o gabinete365 bet pixtransição, era considerado "subversivo" porque participava do movimento estudantil da Universidade365 bet pixBrasília (UnB), nos anos 1970, e chegou a ser detido por algumas horas, segundo contou à reportagem.

O próximo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, foi vigiado por ser estrangeiro e por participar365 bet pixcongressos365 bet pixfilosofia na década365 bet pix1980. A inteligência da ditadura também mencionou textos dele contra a Teologia da Libertação, uma ala365 bet pixesquerda da Igreja Católica,365 bet pixanálises365 bet pixconjuntura.

O futuro ministro do Gabinete365 bet pixSegurança Institucional, Augusto Heleno - que foi comandante militar na Amazônia e chefe da missão365 bet pixpaz no Haiti, a Minustah - aparece como integrante365 bet pixuma chapa apoiada pelo governo do general João Figueiredo na disputa pelo Clube Militar. Dickson Melges Grael, pai dos velejadores Lars e Torben Grael, fazia parte da chapa adversária.

Reprodução365 bet pixdocumento que menciona o pai365 bet pixLars e Torben Grael, Dickson Melges, como 'indisciplinado'

Crédito, Arquivo Nacional / reprodução

Legenda da foto, O documento que menciona o pai365 bet pixLars e Torben Grael, Dickson Melges, como 'indisciplinado'

As pessoas mencionadas nos documentos foram procuradas pela reportagem, mas só Antônio Flávio Testa quis comentar o assunto.

'Até quem nunca sonhou365 bet pixser comunista era vigiado'

A maioria das pessoas monitoradas pela inteligência do regime militar nunca teve qualquer envolvimento com o comunismo organizado ou com a esquerda,365 bet pixacordo com o historiador especializado365 bet pixhistória política Antônio Barbosa.

Isso porque quando o SNI surgiu,365 bet pix1964, o mundo vivia uma tensão crescente entre os Estados Unidos - capitalista - e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, capitaneada pela Rússia comunista. Ao tomarem o poder no Brasil, os militares justificaram o novo regime como uma forma365 bet pixevitar que o país aderisse ao bloco soviético - e esse discurso se manteve ao longo365 bet pixtodo o período militar, diz Barbosa, que é professor da Universidade365 bet pixBrasília (UnB).

"Depois365 bet pix1961, quando Cuba se declara marxista-leninista, a Guerra Fria atravessou o Oceano Atlântico e veio da Europa para as Américas. Nesse momento ocorre uma série365 bet pixgolpes militares365 bet pixdireita, anticomunistas, na América Latina, inclusive no Brasil", diz ele.

Tanques365 bet pixguerra na rua

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Legenda da foto, Tanques365 bet pixguerra nas ruas do Rio365 bet pixJaneiro,365 bet pixabril365 bet pix1964

"Muito do trabalho dos órgãos365 bet pixsegurança, como o SNI, era o que eles chamavam365 bet pix'luta contra a subversão'. Na verdade, era a luta contra as esquerdas (...), que ia muito além da parcela que fazia a luta armada. O espectro dos inimigos do regime era muito amplo. Entravam aí liberais, democratas365 bet pixforma geral, socialistas, e qualquer um que não rezava pela cartilha do regime", diz ele.

De 251 acervos, só 40 foram encontrados até hoje

Ao longo dos anos, o SNI produziu um acervo gigantesco. Os dossiês principais eram identificados com a sigla ACE - Arquivo Cronológico365 bet pixEntrada - e iam sendo numerados365 bet pixordem direta, conforme eram produzidos. "Só na Agência Central, a numeração (dos ACEs) chegou a cem mil365 bet pix1978. E aí eles zeraram a conta. É por isso que, a partir deste ano, a numeração fica baixa", explica o historiador Pablo Franco, que trabalha com o acervo da ditadura no Arquivo Nacional, onde o material está guardado hoje.

Infelizmente, apenas uma pequena parte desse material se salvou. O restante não foi encontrado até hoje, e o destino desses documentos é incerto.

"O SNI era a 'cabeça' do sistema365 bet pixinformações, mas os outros órgãos que foram criados no regime alimentavam o SNI. Então você tinha o Centro365 bet pixInformações do Exército, o Cenimar (da Marinha) e o Cisa (da Aeronáutica). Eles vigiavam os militares das forças, mas também a sociedade365 bet pixforma geral. Dentro365 bet pixcada órgão público,365 bet pixcada universidade, tinha uma estrutura dessas", conta Pablo.

Foto365 bet pixestudantes da UnB365 bet pixarquivo da ditadura

Crédito, Arquivo Nacional / reprodução

Legenda da foto, Estudantes e professores identificados ao participar365 bet pixmanifestações. Na foto, estudantes da UnB

"A gente sabe por fontes documentais, por exemplo, que dentro do Ministério da Educação tinha uma DSI (Divisão365 bet pixSegurança e Informações). Mas o MEC nunca encontrou os papéis produzidos por essa Divisão. A gente sabe que existiu, mas não se sabe o paradeiro dos documentos", diz ele.

Desde 2008, historiadores do Arquivo Nacional que investigam esse período histórico já identificaram 251 agências e diretorias365 bet pixinteligência, mas apenas 40 dessas tiveram seus documentos recuperados, segundo Pablo.

Vélez Rodríguez e a Teologia da Libertação

Nascido365 bet pixBogotá, na Colômbia, e naturalizado brasileiro, Vélez Rodríguez é filósofo e teólogo365 bet pixformação. Chegou ao cargo365 bet pixministro da Educação do futuro governo depois365 bet pixindicado pelo também filósofo e guru conservador Olavo365 bet pixCarvalho. Em seu blog, Vélez diz que os brasileiros viveram nos últimos anos como "reféns365 bet pixum sistema365 bet pixensino alheio às suas vidas e afinado com a tentativa365 bet piximpor, à sociedade, uma doutrinação365 bet pixíndole cientificista e enquistada na ideologia marxista, travestida365 bet pix'revolução cultural gramsciana'".

Como professor - e estrangeiro - Vélez não escapava do olhar atento da Comunidade365 bet pixInformações do regime.

Num documento365 bet pix1985, a Assessoria365 bet pixSegurança e Informações (ASI) da Universidade Federal365 bet pixJuiz365 bet pixFora (UFJF) pede uma checagem das informações sobre ele na base365 bet pixdados do Serviço Nacional365 bet pixInformações (SNI), antes dele assumir o cargo365 bet pixprofessor. Outro trecho365 bet pixdossiê do mesmo ano registra a presença365 bet pixVélez num seminário365 bet pixfilosofia organizado pela Arquidiocese do Rio365 bet pixJaneiro e pela Sociedade Brasileira365 bet pixFilósofos Católicos,365 bet pixoutubro daquele ano - e visto com desconfiança pelos militares.

Reprodução365 bet pixartigo365 bet pixVélez Rodríguez365 bet pixdossie do SNI

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Legenda da foto, Artigos365 bet pixRicardo Vélez Rodríguez sobre a Teologia da Libertação eram às vezes mencionados pelos militares365 bet pixanálises internas

Além disso, os relatórios do SNI também citam Vélez365 bet pixalguns momentos como autor365 bet pixestudos e artigos críticos à Teologia da Libertação - uma ala365 bet pixesquerda da Igreja Católica, surgida na América Latina, e para a qual os ensinamentos365 bet pixJesus incluem a luta contra injustiças sociais.

Um dos dossiês, da década365 bet pix1980, reproduz um trecho365 bet pixum artigo do futuro ministro, no qual ele afirma que a corrente do teólogo Leonardo Boff representava uma "progressiva penetração da URSS (União Soviética) no nosso continente, através da politização e da radicalização (...)". Em outro artigo, este publicado no jornal O Estado do Paraná e citado pelos militares, Rodríguez diz que a Teologia da Libertação faz uma "releitura tendenciosa" do texto bíblico.

Reprodução365 bet pixartigo365 bet pixVélez Rodríguez365 bet pixdossie do SNI

Crédito, Arquivo Nacional / reprodução

Legenda da foto, Os artigos365 bet pixVélez sobre a Teologia da Libertação eram lidos pelo SNI, e citados em

Augusto Heleno contra o pai365 bet pixLars Grael

Paranaense365 bet pixCuritiba, Augusto Heleno Ribeiro Pereira é o militar mais próximo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Antes mesmo do começo da disputa eleitoral, comandava as reuniões do grupo365 bet pixformuladores do programa365 bet pixgoverno do candidato do PSL. Quase foi candidato a vice-presidente na chapa365 bet pixBolsonaro, no lugar365 bet pixHamilton Mourão - o que só não aconteceu porque o partido365 bet pixHeleno, o PRP, não topou.

Nos papéis da ditadura já digitalizados e acessíveis ao público, Heleno aparece uma única vez. Trata-se365 bet pixum dossiê365 bet pixjaneiro365 bet pix1984 sobre a eleição para a diretoria do Clube Militar, no Rio365 bet pixJaneiro, que aconteceria365 bet pixmaio.

Heleno - que na época era major do Exército - integrava a chapa "governista" na disputa pelo comando do clube. Conforme o dossiê, o grupo dele tinha o apoio do ministro do Exército da época, Walter Pires365 bet pixCarvalho e Albuquerque. A chapa365 bet pixHeleno era encabeçada por um general365 bet pixtrês estrelas chamado Tasso Villar365 bet pixAquino. Heleno era suplente do Conselho Fiscal.

Estudantes identificados365 bet pixfotos feitas pelo aparato365 bet pixinteligência

Crédito, Arquivo Nacional

Legenda da foto, Estudantes identificados365 bet pixfotos feitas pelo aparato365 bet pixinteligência

Do outro lado estava a chapa "Soberania Nacional".

"Dentre os integrantes desta Chapa ('Soberania') encontram-se militares contestadores e indisciplinados, como os coronéis Tarcísio Célio Carvalho Nunes e Dickson Melges Grael, cujos comportamentos inconvenientes são sobejamente conhecidos", diz um trecho do dossiê.

Dickson Melges Grael é pai dos velejadores Lars e Torben Grael. No ano seguinte, 1985, ele publicou um livro revelando informações sobre o atentado do Riocentro - quando dois militares tentaram explodir uma bomba num show365 bet pixmúsica365 bet pixcomemoração ao Dia do Trabalhador, no Rio.

Contando com o apoio do governo do então presidente João Figueiredo, a chapa365 bet pixHeleno ganhou - teve 4.175 votos contra 2,5 mil do grupo365 bet pixoposição.

Futuro presidente do Ipea era visto como"infiltração comunista"

Em novembro deste ano, o economista carioca Carlos Von Doellinger foi indicado pelo guru econômico365 bet pixBolsonaro, Paulo Guedes, para assumir a presidência do Instituto365 bet pixPesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Doellinger já foi pesquisador do Ipea - também deu aulas na Universidade Federal do Rio365 bet pixJaneiro e presidiu o Banco do Estado do Rio, o antigo Banerj. Mas365 bet pixmaio 1985, no primeiro governo civil, ele era visto como uma "infiltração comunista" pelo Cisa (Centro365 bet pixInformações da Aeronáutica).

Carlos Von Doellinger

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Legenda da foto, Carlos Von Doellinger foi incluído numa lista365 bet pix"infiltrados comunistas"365 bet pix1985

Doellinger foi para o governo365 bet pix15365 bet pixmarço365 bet pix1985, quando o maranhense José Sarney tomou posse como o primeiro presidente civil depois do ciclo365 bet pixgenerais no poder no Brasil. No mesmo dia, o Diário Oficial trouxe a nomeação da Esplanada365 bet pixSarney. Francisco Dornelles, hoje governador interino do Rio, foi escolhido ministro da Fazenda. E levou consigo Doellinger, que foi nomeado secretário-geral adjunto do Ministério.

Em maio365 bet pix1985, o Cisa produziu um dossiê batizado365 bet pix"Infiltração comunista nos diversos setores365 bet pixatividade". "(...) os elementos abaixo, nomeados para cargos e funções365 bet pixconfiança365 bet pixórgãos do Poder Executivo, registraram antecedentes negativos neste Centro", dizia o documento.

A lista365 bet pixpessoas com "antecedentes" é extensa e ideologicamente heterogênea. Inclui Cláudio Lembo (que seria governador365 bet pixSP pelo PSDB), Dilson Funaro (veio a ser ministro da Fazenda); Dorothea Werneck (chegou a ministra do Trabalho); Carlos Alberto Menezes Direito (foi ministro do STF); Cláudio Fonteles (ex-Procurador-Geral da República) e até o jornalista365 bet pixeconomia Carlos Alberto Sardenberg.

O documento segue descrevendo outras esferas365 bet pixque teria havido "infiltração comunista", inclusive na reformulação da educação superior.

Embora o governo já fosse civil, o SNI continuou existindo, e sob o comando365 bet pixmilitares. O órgão só foi desmantelado completamente365 bet pix1990.

Carlos Von Doellinger acabou deixando o governo poucos meses depois,365 bet pixagosto365 bet pix1985. Há outros documentos que mencionam o economista - geralmente informes sobre365 bet pixparticipação365 bet pixcongressos da área.

Ex-professor da UnB considerado "subversivo"

Estudantes identificados365 bet pixfotos feitas pelo aparato365 bet pixinteligência

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Legenda da foto, Antônio Flávio Testa (com a letra 'A' sobre si) identificado365 bet pixfoto da ASI-UnB, durante manifestação

Antônio Flávio Testa é cientista político e professor aposentado da Universidade365 bet pixBrasília (UnB), além365 bet pixassessor técnico do Senado Federal. Antes mesmo do começo da campanha oficial, colaborou com o grupo365 bet pixmilitares e especialistas responsáveis por formular propostas para Jair Bolsonaro. Próximo dos generais Augusto Heleno e Oswaldo Ferreira, Testa disse ao jornal O Globo que seu envolvimento com o grupo não envolve identificação ideológica.

"Eu não sou365 bet pixesquerda nem365 bet pixdireita. E não considero Bolsonaro365 bet pixdireita, nem Lula365 bet pixesquerda. São dois programáticos", disse ele ao jornal O Globo,365 bet pixsetembro365 bet pix2018.

Na década365 bet pix1970, porém, Testa era estudante365 bet pixgraduação da UnB - e envolvido com o movimento estudantil da época. Por isso, foi alvo365 bet pixvigilância constante da Assessoria365 bet pixSegurança e Informações (ASI) da UnB, que era o braço do SNI dentro da universidade.

Em 1976, Testa integrava uma das chapas que disputou o comando do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a principal entidade estudantil da universidade. Concorreu como diretor365 bet pixEsportes, na chapa Oficina.

Inquérito sobre Antonio Flavio Testa

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Legenda da foto, Um inquérito contra Testa foi instalado, mas ele disse que não teve365 bet pixresponder realmente ao feito

Para a ASI da UnB, tanto o grupo365 bet pixTesta quanto a chapa adversária, batizada365 bet pixUnidade, eram "subversivas". "Os panfletos distribuídos por ambas as chapas continham incitações à indisciplina (...), além365 bet pixaleivosias ao Governo e à Administração da UnB. (...) Além365 bet pixconter incitações à luta365 bet pixclasses, à discórdia e à desordem". A eleição nunca aconteceu: foi suspensa pela direção da universidade, e os integrantes das duas chapas - inclusive Testa - tiveram inquéritos abertos contra si.

À reportagem da BBC News Brasil, testa disse que não respondeu realmente ao inquérito, e que o episódio não trouxe maiores consequências para ele. "Nada (de consequência). Fiquei detido algumas horas", disse.

O nome365 bet pixAntônio Flávio Testa aparece365 bet pixvários outros documentos produzidos pela ASI-UnB ao longo da década365 bet pix1970. Toda participação numa palestra ou protesto eram devidamente registradas pelo braço do SNI na universidade, às vezes inclusive com fotografias.

Pouco depois da publicação da reportagem, Testa procurou a BBC News Brasil para frisar que nunca foi, "de jeito nenhum", um "subversivo".

"Sou karateca, dava aulas no DCE, daí a fama. Me chamaram para compor a chapa dos estudantes, como diretor365 bet pixEsportes. Apenas isso. nada político, só treinos. Era e sou ainda muito conhecido. Me relaciono com todo mundo", conta ele, sobre o período - ele acrescenta que nunca foi "contra o capitalismo", e que considera o termo "subversivo" obsoleto.

"Eram outros tempos", diz ele. "Se você fosse poeta e escrevesse letras365 bet pixmúsica para festivais estudantis, tinha que passar pelo crivo da censura. Foi um tempo365 bet pixgrande desconfiança".

"Depois (da UnB), passei365 bet pixconcurso para antropólogo da Funai365 bet pixpleno regime militar. Se fosse subversivo, não teria sido aceito. Trabalhei365 bet pixáreas sensíveis, delimitando terras indígenas (...). Nunca tive problemas com militares. Dei aulas365 bet pixkaratê para os Fuzileiros Navais e no RCG (Regimento365 bet pixCavalaria365 bet pixGuardas) do Exército. Tive centenas365 bet pixalunos militares", disse ele à reportagem.

*Este texto foi atualizado às 19h35 do dia 15/12/2018 para incluir mais informações.

**Às 20h30, foi atualizdo novamente para corrigir o nome do Serviço Nacional365 bet pixInformações (SNI), grafado incorretamente como 'Sistema Nacional365 bet pixInformações' na versão anterior do texto.

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