Homem que fugiucasas de apostas que dao aposta gratisditadura argentina localiza irmão 40 anos depois:casas de apostas que dao aposta gratis

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O sequestro ocorreu dias depoiscasas de apostas que dao aposta gratisa mãe deles, uma empregada doméstica e ativista política, ter "desaparecido".
Segundo entidadescasas de apostas que dao aposta gratisdireitos humanos, Rosario del Carmen Ramos, que hoje teria 69 anos, continua desaparecida.
"Ainda sonho com ela", disse Ismael, emocionado. "Ainda tenho a esperançacasas de apostas que dao aposta gratisencontrá-la. E sempre tive certezacasas de apostas que dao aposta gratisque encontraria meu irmão."

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Há poucos dias, os dois irmãos se reencontraram. Uma denúncia anônima feita à entidadecasas de apostas que dao aposta gratisdireitos humanos Avós da Praçacasas de apostas que dao aposta gratisMaio, criadacasas de apostas que dao aposta gratis1977 por mulheres que se juntaram para tentar recuperar os filhos dos seus filhos, disse que um vendedor ambulantecasas de apostas que dao aposta gratisSan Miguelcasas de apostas que dao aposta gratisTucumán, capital da provínciacasas de apostas que dao aposta gratisTucumán, teria sido criado por pessoas ligadas à ditadura argentina que comandou o paíscasas de apostas que dao aposta gratis1976 e 1983. E que ele poderia ser filhocasas de apostas que dao aposta gratisdesaparecidos políticos.
Na Argentina, as campanhas para a localização das pessoas sequestradas durante o regime militar são permanentes. A Avós da Praçacasas de apostas que dao aposta gratisMaio pede, atravéscasas de apostas que dao aposta gratisanúncios, que o público denuncie quando souber ou desconfiarcasas de apostas que dao aposta gratiscasos do tipo. Mesmo pessoas com dúvidascasas de apostas que dao aposta gratisrelação à própria identidade são incentivadas a procurar a entidade.
A campanha mais recente, lançadacasas de apostas que dao aposta gratisjulho passado, chamadacasas de apostas que dao aposta gratis"Abraço postergado', foi veiculadacasas de apostas que dao aposta gratisrádios, TVs e cartazes nas ruas do país. O objetivo, comocasas de apostas que dao aposta gratisoutras campanhas anteriores, é ajudar pessoas subtraídascasas de apostas que dao aposta gratissuas famílias na ditadura, e com o nome trocado, a recuperar suas identidades, famílias e histórias biológicas.
Ismael ecasas de apostas que dao aposta gratisfamília tinham deixado há anos amostrascasas de apostas que dao aposta gratissangue no Banco Nacionalcasas de apostas que dao aposta gratisDados Genéticos, que é a base para a identificação das pessoas definidas como "desaparecidas" durante a ditadura militar.
Quando surgiu a denúncia anônima, os dados do vendedor ambulante, que aceitou fazer o examecasas de apostas que dao aposta gratisDNA, foram comparados com os dadoscasas de apostas que dao aposta gratismaiscasas de apostas que dao aposta gratis300 grupos familiares armazenados na instituição, criada por iniciativa das Avós da Praçacasas de apostas que dao aposta gratisMaio.
Os resultados deram positivo com os da famíliacasas de apostas que dao aposta gratisIsmael.
O bebêcasas de apostas que dao aposta gratisquase cinco meses tinha sido recebido, da mãe biológica, o nomecasas de apostas que dao aposta gratisMarcos Eduardo Ramos. Hoje, ele tem 42 anos.
"Quando me ligaram para dizer que meu irmão tinha sido encontrado, chorei muito", disse Ismael. Os dois e o outro irmão, Camilo,casas de apostas que dao aposta gratis46 anos, que não estava com eles no dia do sequestro, se reencontraram na entidade Avós da Praçacasas de apostas que dao aposta gratisMaio,casas de apostas que dao aposta gratisBuenos Aires.

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"Parecia que não chegaríamos nunca a Buenos Airescasas de apostas que dao aposta gratistão nervoso que eu estava", disse Ismael. O voo entre a capitalcasas de apostas que dao aposta gratisTucumán e a capital argentina dura cercacasas de apostas que dao aposta gratisuma hora. "Parecia uma eternidade", afirmou.
Marcos teve o nome trocado por seus "apropriadores", como são chamadas, pelas entidadescasas de apostas que dao aposta gratisdireitos humanos, as famílias que adotaram filhoscasas de apostas que dao aposta gratisdesaparecidos políticos. O nome que a família que o criou lhe deu continua reservado por questões judiciais e porque ele está recebendo ajuda psicológica para se adaptar à nova realidade.
"Todos choramos muito e sem parar quando nos encontramos. Foi muito emocionante. Maravilhoso. Agora, estamos tentando recuperar o tempo perdido", disse Ismael, com a voz embargada e quase inaudível.
Vocês se parecem? "O corpo dele parece com o meu, os gestos e a altura também. Mas o rosto não. Hoje, ele é uma pessoa triste, traumatizada. Espero que a gente fique cada vez mais unido. Já fizemos churrasco para ele aquicasas de apostas que dao aposta gratiscasa. Mas ainda vai demorar para que ele se sintacasas de apostas que dao aposta gratiscasa".
Ismael acha que a história do irmão - e a dele também - teria sido outra se a mãe e eles não tivessem sido sequestrados. Rosario del Carmen já tinha sido levada uma vez pelas autoridades quando estava grávidacasas de apostas que dao aposta gratisMarcos. Mas tinha sido liberada. Daquela segunda vez, no finalcasas de apostas que dao aposta gratis1976, foi diferente. E seu destino continua sendo um mistério. "Se minha mãe e meu irmão não tivessem sido sequestrados, com certeza, meu irmão não seria o homem solitário que é hoje", disse.
Ele contou que os dois têm se falado várias vezes ao dia, ao telefone, desde o reencontro no início deste mêscasas de apostas que dao aposta gratisagosto.

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"É estranho, mas é como se sentíssemos saudade daquilo que não nos deixaram viver", disse Ismael, comovido.
Durante estes maiscasas de apostas que dao aposta gratis40 anos, Ismael e Marcos cresceram na mesma província e algumas vezes moraram a poucas quadras um do outro.
Quando foram sequestrados, recorda Ismael, eles foram levados para uma casa e, ali, separados e levados para lugares diferentes.
A família que se aproprioucasas de apostas que dao aposta gratisIsmael já tinha até dado entrada no cartório da papelada para mudarcasas de apostas que dao aposta gratisidentidade quando ele escapou e foi procurar o tio na rodoviária - como descobriram seus familiares mais tarde.
Ismael trabalha hojecasas de apostas que dao aposta gratisum emprego temporário colhendo limão no interiorcasas de apostas que dao aposta gratisTucumán. Marcos continua morando na capital da província. Ele é o neto 128 a ser localizado e a ter a identidade recuperada pelas Avós da Praçacasas de apostas que dao aposta gratisMaio. Elas estimam que pelo menos outros 300 ainda vivam, sem saber, com a identidade que não lhes corresponde.
O drama dos recém-nascidos e das crianças roubadascasas de apostas que dao aposta gratisseus pais durante a ditadura já inspirou vários livros e filmes, como A História Oficial, que ganhou Oscar para Melhor Filme Estrangeirocasas de apostas que dao aposta gratis1986.
Segundo historiadores e a própria Justiça argentina, houve um esquema sistemático organizado por militares que envolvia a partos ilegaiscasas de apostas que dao aposta gratismulheres detidas, sequestro dos filhos ecasas de apostas que dao aposta gratisposterior troca da identidade, como ocorreu com Marcos.
As primeiras denúncias na Justiça surgiramcasas de apostas que dao aposta gratis1985, logo após o retorno da democracia, no julgamento das juntas militares por crimes durante a ditadura. A partir do final dos anos 1990, foi intensificada a identificação daqueles bebês, com a intervenção da Justiça ecasas de apostas que dao aposta gratisentidadescasas de apostas que dao aposta gratisdireitos humanos.
Vários militares foram presos pelo roubocasas de apostas que dao aposta gratisbebês - entre eles o general Jorge Videla, que comandou a ditadura entre 1976 e 1983 e foi condenado a 50 anoscasas de apostas que dao aposta gratisprisão pelo crime.







