De office boy a CEO: A trajetóriasorteesportiva com brbrasileiros até o toposorteesportiva com brmultinacionais e o que mudaram ao chegar lá:sorteesportiva com br

"A grande ofertasorteesportiva com bremprego leva o funcionário a ter mais opções. Mas ficar pouco tempo na empresa é ruim para o profissional porque ele pode nunca se consolidarsorteesportiva com brnenhum lugar", diz Souto à BBC Brasil.
De acordo com o consultor, as trajetóriassorteesportiva com brLeptich e Segura contêm ensinamentos que podem ser valiosos não apenas para os subordinados deles, mas para funcionários e gestores Brasil afora.
"O primeiro é ter uma visãosorteesportiva com brfuturosorteesportiva com brbuscasorteesportiva com brascensão profissional. O segundo ponto é permanecer um bom tempo na empresa para construir uma trajetória consistente para ganhar confiança da empresa e do mercado", recomenda.
"Também é necessário ter habilidade política esorteesportiva com brnetworking para fazer boas leiturassorteesportiva com brquem são os influenciadores na empresa e aprender a navegar e como costurar com essas pessoas. É o marketing pessoal, que é diferentesorteesportiva com brser 'puxa-saco'."
Meritocracia: um discurso vazio?
Para o CEO da Osram, que nasceusorteesportiva com bruma famíliasorteesportiva com brclasse média, o discursosorteesportiva com brmeritocracia - que prega que o esforço pessoal basta para o sucesso profissional e é mantrasorteesportiva com brmuitos executivos - é vazio se as empresas não oferecerem políticas e condições que incentivem o funcionário a evoluir. Apenas a cobrança,sorteesportiva com bracordo com seu raciocínio, levará o empregado a buscar outro trabalho no médio prazo.
"As companhias devem ofertar ferramentas para que o funcionário cresça e tenha vontadesorteesportiva com brcontinuar nelas. O escritório do Mercado Livresorteesportiva com brOsasco (Grande São Paulo), por exemplo, tem salãosorteesportiva com brbeleza e academia. Isso é investir no funcionário para que ele se sinta feliz e faça carreira na empresa, e não a use apenas como trampolim", diz Leptich.
Seguindo essa linhasorteesportiva com brpensamento, o executivo criou um ambiente que chamasorteesportiva com br"salasorteesportiva com brdescompressão". Ali há TV, sofá e videogame à disposiçãosorteesportiva com brseus funcionários. O executivo ainda diz ter se aproximado deles, apostandosorteesportiva com brbolões e até participandosorteesportiva com brum gruposorteesportiva com brWhatsApp da equipe.

O comportamento destoaria do estilo dos três presidentes que o antecederam. Segundo ele, os três executivos mantinham uma relaçãosorteesportiva com brafastamento com os funcionários, com "nariz empinado, sem cumprimentar" para demonstrar que ocupavam um posto mais alto.
"Eu acho que o fatosorteesportiva com brvirsorteesportiva com brbaixo me dá uma base completamente diferente. Eu conheço todo mundo. É uma relaçãosorteesportiva com bramizade esorteesportiva com brrespeito mútuo", diz Leptich.
Para facilitar o relacionamento com os funcionários, ele agora mantém a portasorteesportiva com brsua sala aberta e afirma estar sempre à disposição para conversar. "Antes, eu precisava marcar horário para conversar com meus diretores. Achava um absurdo."
Como manter seus funcionários por mais tempo na empresa por mais tempo é o principal desejo do CEO,sorteesportiva com brempresa mantém um formatosorteesportiva com brprevidência privada que premia os subordinados mais longevos: quem completa dez anossorteesportiva com brOsram ganhasorteesportiva com brdobro o valor que depositar. Quem tem maissorteesportiva com br20 anossorteesportiva com brcasa, recebe 200% a mais e quem completa 25 anos, 250% extra e uma festa para cem convidadossorteesportiva com brum bufê.
Sem privilégios entre os cargos
Para o CEO do Banco do Brasil Américas, privilégios dentro da companhia não são saudáveis. Segura afirma tentar criar uma relaçãosorteesportiva com brmais igualdade entre seus funcionários. A história familiar o ajudou a ter essa visão: a irmãsorteesportiva com brSegura é diarista, o irmão, motoristasorteesportiva com brcaminhão.
"Essas são as pessoas com quem eu convivo e esse é o meu mundo. Essa é a minha origem e é por isso que eu conheço todas as faxineiras do banco pelo nome. E é fundamental que todos os funcionários se respeitem porque cada um temsorteesportiva com brhistória. E quem movimenta o banco é o escriturário, a secretária e os caixas", afirmou.
Assim que assumiu a cadeira mais importante da empresa, ele acabou com as salassorteesportiva com brvice-presidente e implantou o mesmo planosorteesportiva com brsaúde para todos os funcionários - desde os faxineiros e seguranças até o dele próprio.
"Hoje, nenhum funcionário tem vaga melhorsorteesportiva com brestacionamento ou coisa do tipo. Ninguém deve ter privilégios, a não ser nossos clientes. Esses sim pagam nossos salários e merecem mais conforto", diz.
A política é parecida com algumas das estratégias adotadas por grandes companhias, como o Facebook, para melhorar o ambientesorteesportiva com brtrabalho. O criador da rede social, Mark Zuckerberg, costuma se sentar no escritório californianosorteesportiva com brmeio a todos os demais funcionários.
Metas curtas e alcançáveis
Leptich lembra que, alémsorteesportiva com brcabelos compridos, tinha dois sonhos quando entrou na Osram aos 16 anos: fazer sucesso comsorteesportiva com brbandasorteesportiva com brheavy metal e se tornar um executivo.
A cabeleira não agradava seu chefe alemão na época, que só passou a respeitá-lo anos depois, quando foi ao cabeleireiro e passou a tesoura. "Agora sim você parece um homemsorteesportiva com brmarketing", afirmou o então CEO.
Leptich logo abandonou seu sonhosorteesportiva com brser um astro do rock e diz que seu segredo foi estabelecer metas curtas e "forçar" promoções para atingirsorteesportiva com brmeta no mundo dos negócios. A estratégia foi apontar deficiências na empresa e sugerir soluções.
"Essa foi a minha estratégia e até hoje valorizo gente que traz problemas junto com soluções. Pode não ser a melhor, mas pelo menos isso mostra que ele está tentando refletir e trazer algo a mais do que simplesmente uma queixa. Mas também é muito importante levar resultados para ganhar credibilidade e implantar suas ações na empresa. Sempre tentei entregar muito mais do que me pediram", afirma.
O executivo revela que já vê algunssorteesportiva com brseus funcionáriossorteesportiva com brcondiçõessorteesportiva com brassumir cargos importantes na empresa nos próximos anos.

Sua dica para os mais jovens é traçar um plano para subir degraus aos poucos. Também é importante, no seu pontosorteesportiva com brvista, observar qual a formação das pessoas que ocupam os cargos que almeja e o que elas fizeram para chegar lá.
O homem das metas a curto prazo, porém, precisousorteesportiva com brtempo para pensar ao ser questionado pela reportagem da BBC Brasil sobre seu próximo objetivo profissional.
"Nos próximos dois ou três anos eu não vislumbro outra função, mas é obvio que ter oportunidades na companhia fora (do país) é um desejo. Mas por enquanto ainda tenho uma sériesorteesportiva com brcoisas a desenvolver por aqui."
Visão sistêmica da empresa
Caçulasorteesportiva com brquatro irmãos e filhosorteesportiva com brlavradores, Antonio Cássio Segura,sorteesportiva com br49 anos, jamais pensou que fosse sair da fazenda onde morava com a família na infância no interiorsorteesportiva com brSão Paulo. Muito menos cruzar o oceano e morar nos Estados Unidos.
Ele tinha nove anos quando foi obrigado a deixar a vida na roça ondesorteesportiva com brfamília trabalhava como lavradorasorteesportiva com brcafé após uma geada devastar a plantação. Seu pai passou a atuar como motorista levando boias-friassorteesportiva com brcaminhão para a zona rural, e seu irmão mais velho virou tratorista. Alémsorteesportiva com brestudar, ainda criança o caçula passou a entregar jornal, leite e pão para ajudar na renda familiar.

Com 14 anos, começou a trabalhar como frentista e dois anos depois virou office boysorteesportiva com brum escritóriosorteesportiva com brcontabilidade, onde começou a traçarsorteesportiva com brcarreira. Aos 17, aceitou o convitesorteesportiva com brum amigo e foi para Rondônia trabalharsorteesportiva com bruma agência do Itaú. Em 1988 entrou no Banco do Brasil, onde continua até hoje.
Na avaliação do consultorsorteesportiva com brcarreiras Rafael Souto, quem faz carreira na mesma empresa tem mais facilidadesorteesportiva com brentender as dificuldades e olhar a corporaçãosorteesportiva com bruma forma mais prática do que quem foi contratado diretamente para cargos mais altos. "Ele passou por tudo, viu como funciona e colocou a mão na massa. É uma característica positiva e que o valoriza dentro da empresa", diz o especialista.
Na experiênciasorteesportiva com brLeptich, nem sempre os mais jovens valorizam a experiênciasorteesportiva com brpassar por vários cargos e entender bem como a empresa funciona no todo.
"Eles fazem o serviço correto na área deles, mas não têm uma visão sistêmica e isso, muitas vezes, gera um retrabalho. É uma situação individualistasorteesportiva com brolhar o seu trabalho sem se preocupar como isso influencia as outras áreas. Ele pensa que está fazendo o melhor, por exemplo, ao fechar uma grande venda sem considerar o impacto dessas iniciativas na áreassorteesportiva com brlogística esorteesportiva com brprodução, o que pode ser desastroso."
O CEO da Osram afirma que o mundo ideal é ter funcionários com conhecimento técnico, mas que conheçam a fundo a empresa, como ele conseguiu após ficar anos no mesmo emprego. Por isso, a empresa adotou um programa para contratar adolescentessorteesportiva com br15 ou 16 anos, dar experiência e ajudar nos estudos para que eles se formem e cresçam internamente.
Paciência: as promoções podem demorar
O presidente do Banco do Brasil Américas afirma que hoje se considera uma pessoa realizada, mas que já se sentiu frustrado e até pensousorteesportiva com brsair da empresa ao ficar quatro anos sem receber uma promoção.
"Eu era promovido a cada dois anos. Chegou uma hora que afunilou e eu fiquei revoltado porque não subia maissorteesportiva com brcargo", conta.

Para Segura, chegar a um cargo tão alto é consequênciasorteesportiva com brum trabalho constante.
"Sempre digosorteesportiva com brmeus discursos o conselho que o personagem do filme 'Carros' recebeusorteesportiva com brum ex-corredor antessorteesportiva com bruma competição importante: 'Ache asorteesportiva com brvelocidadesorteesportiva com brconforto e a mantenha. Ela te fará vencer'. Esse é o meu lema. Não adianta ter afobação, o ideal é ter regularidade."








