Bilhetepix do bet365escola gera desabafopix do bet365mãe contra racismo: 'Não quero que minha história se repita com meus filhos':pix do bet365

pix do bet365 Um bilhetepix do bet365que uma profissionalpix do bet365educação pede a uma mãe que apare ou trance o cabelopix do bet365seus filhos, ambos negros, provocou revolta da família e está causando polêmica nas redes sociais.

O bilhete foi enviado na última quinta-feira, 16pix do bet365junho, na agenda dos gêmeos Antônio e Benício,pix do bet3653 anos, filhos da professorapix do bet365canto Débora Figueiredo, moradorapix do bet365Duquepix do bet365Caxias, município da Baixada Fluminense. Os dois estudam no Educandário Eliane Nascimento,pix do bet365Caxias.

"Olá! Mamãe Débora, peço-lhe se possível aparar ou trançar o cabelinho dos meninos, eles são lindos, mais (sic) eu ficaria mais feliz com o cabelo deles mais baixo ou preso. Beijos, Fran", diz o bilhete.

Débora considerou o recado uma expressãopix do bet365preconceito racial e fez um postpix do bet365tompix do bet365desabafo: "Meus filhos Antônio e Benício foram vítimaspix do bet365preconceito por causa do cabelo deles, recebi essa mensagem na agenda escrita pela coordenadora da escola que até então tinha meu respeito, daquipix do bet365diante..." A mensagem se espalhou, compartilhada por amigos, amigospix do bet365amigos e pessoas que ela nem conhece.

Ela foi procurada pela escola e, na segunda-feira, 20pix do bet365junho, esteve no colégio acompanhadapix do bet365seu advogado. A diretora Eliane Nascimento, proprietária do educandário que leva seu nome, disse então que só falaria com a mãe também acompanhadapix do bet365um advogado, e nova reunião ocorreu nesta quarta-feira, 22pix do bet365junho.

À BBC Brasil, Eliane Nascimento defendeu o tom do bilhete e disse que ele,pix do bet365intenção ou expressão, não é mostrapix do bet365qualquer tipopix do bet365preconceito racial da coordenadora, que épix do bet365filha.

Segundo Eliane, há um surtopix do bet365piolhos na escola, e o alerta da coordenadora foi no sentidopix do bet365proteger os gêmeos, por entender que eles, com os cabelos cheios, ficam mais sujeitos a serem contaminados por colegas que têm piolhos.

Segundo ela, o tema "piolho" não apareceu no bilhete porque as crianças às vezes são buscadas por outra pessoa da família, e a coordenadora não quis falar do problema diretamente.

'Sem preconceito'

"De modo algum houve preconceito. Meu marido é negro. Aqui na escola aceitamos pessoaspix do bet365todas as etnias e religiões, sem discriminação", afirmou Eliane. Ela afirmou ainda que a infestaçãopix do bet365piolhos foi um dos temas da reuniãopix do bet365pais realizada no dia 3pix do bet365junho, e que uma circular foi enviada aos pais pedindo ajuda para combater o problema.

Segundo Eliane, o educandário existe há 20 anos e tem cercapix do bet365300 alunos, da educação infantil ao 9º ano.

Débora Figueiredo disse que recebeu a circular com o aviso do surtopix do bet365piolhos, mas que o bilhete não é a mesma coisa, por se tratarpix do bet365um recado específico sobre os cabelos dos gêmeos e sem falarpix do bet365piolhos.

"Eu mesma fui vítimapix do bet365muito preconceito quando criança. Os colegas faziam música, me chamavampix do bet365nomes, eu chorava, brigava, apanhava... Sofri muito. Meus pais sempre me diziam que eu era linda, mas nunca agiram diretamente no colégio. Não quero que a história se repita com meus filhos", afirmou Débora, que está à procurapix do bet365uma nova escola para as crianças.

Na manhãpix do bet365hoje, Débora Nascimento teve uma reunião com a direção da escola, mas não houve desculpas nem entendimento. Débora entende que houve racismo, e a diretora da escola, Eliane Nascimento, reiterou a versãopix do bet365que não houve intençãopix do bet365discriminar as crianças. Débora trancou a matrícula dos filhos e procurará outro colégio para eles.

A direção do Educandário divulgou nota aos pais informando que o bilhete foi mal entendido pela família e que o recado se referia ao surtopix do bet365piolhos.

"A escola não determinou nada, só fez uma sugestão para a mãe, que poderia aceitar ou não, e se ela não aceitasse os filhos continuariam frequentando a escola normalmente. Onde está o racismo?", indaga a nota.

A nota informa ainda que a escola já trabalha há 20 anos na comunidade e nunca viveu problema semelhante, não permitindo racismo contra alunos ou professores.