Nós atualizamos nossa Políticabet nacional loginPrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termosbet nacional loginnossa Políticabet nacional loginPrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
'Maconha sintética': quais os efeitos das drogas K no organismo?:bet nacional login
A origem das drogas K
O toxicologista Maurício Yonamine, da Faculdadebet nacional loginCiências Farmacêuticas da Universidadebet nacional loginSão Paulo (USP), explica que os canabinoides sintéticos são um grupobet nacional loginnovas drogas que tem conquistado um espaço importante no mercado ilícito mundial.
leto e eles não deram baixa no boleto, e fica no aplicativo como boleto atrasado,
do meu CPF travado e score ♣ baixo. Quero e peço que eles retiram esse boleto do meu nome
Single-Player | Polled | Median |
Main Story | 6 | 4h 37m |
Main + Extras | 5 | 8h 54m |
Completionist | 1 | 20h |
All PlayStyles | 12 | 7h 27m |
Fim do Matérias recomendadas
"Para ter ideia, até hoje foram identificados maisbet nacional login300 canabinoides sintéticos diferentes por polícias do mundo inteiro", calcula.
Como explicado anteriormente, a ideia inicial dos cientistas era sintetizar, ou reproduzir quimicamentebet nacional loginlaboratório, a fórmula dos principais componentes da Cannabis sativa, a maconha. Um dos principais alvos nessa busca por novos tratamentos era o Tetrahidrocanabinol, conhecido pela sigla THC.
Uma toneladabet nacional logincocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
O objetivo dessas pesquisas científicas era minimizar ou extinguir os efeitos psicotrópicos dessas moléculas, preservando as possíveis aplicações terapêuticas delas.
Os canabinoides sintéticos foram então construídosbet nacional loginlaboratório para imitar uma estrutura química parecida com a do THC — com pequenos ajustes nas cadeiasbet nacional logincarbono, oxigênio, hidrogênio e assim por diante.
Todos esses trabalhos foram fundamentadosbet nacional loginestudos realizados a partir dos anos 1960, que descobriram os sistemas endocanabinoides do nosso corpo.
Em resumo, as células que compõem o sistema nervoso no cérebro, na medula e nos nervos periféricos possuem receptores específicos, onde se encaixam algumas moléculas.
Esse mecanismo se assemelha mais ou menos aobet nacional loginuma porta: os receptores são as fechaduras e as moléculas são as chaves.
O encontro dessas duas coisas — chave e fechadura; moléculas e receptores — representa o gatilho para uma sériebet nacional loginreações que virão na sequência.
"E nós temos três possíveis componentes que interagem com esses receptores das células do sistema nervoso", conta o psiquiatra Dartiu Xavier, professor da Universidade Federalbet nacional loginSão Paulo (Unifesp).
Os primeiros deles são os endocanabinoides, neurotransmissores produzidos pelo próprio organismo, como é o caso da anandamida.
"Os segundos são os fitocanabinoides, provenientes da maconha. E os terceiros são os canabinoides sintéticos, feitosbet nacional loginlaboratório", complementa o médico, que pesquisa dependência química há 40 anos.
E esse encontro entre moléculas e receptores pode ter as mais variadas consequências. No caso dos endocanabinoides, fabricados pelo próprio corpo, esse processo é fundamental para regular o humor e o comportamento emocional, entre várias outras coisas.
Já a Cannabis, segundo Xavier, provoca "modificaçõesbet nacional loginpercepção e nas sensações subjetivasbet nacional loginrelaxamento".
"Os resultados vão depender da pessoa e do subtipobet nacional loginmaconha utilizada, mas alguns dos efeitos são mais ou menos ansiedade, sensaçãobet nacional logintranquilidade, lentificação do pensamento e um certo empobrecimento da resposta aos estímulos ambientais", lista.
"Alguns usuários também podem experimentar dificuldadebet nacional loginconcentração e ideias paranoicas ou persecutórias", complementa.
Já nos canabinoides sintéticos, esses efeitos são muito mais intensos e imprevisíveis. Isso porque eles têm uma potência maior, como você vai entender nos próximos parágrafos.
"Usuários das drogas K podem sentir um grande prazer e relaxamento, mas que depois geralmente é seguido por confusão mental, aumento da ansiedade, taquicardia, faltabet nacional logincoordenação motora, psicose e convulsões", detalha Yonamine.
"Existem casos, inclusive, que o desfecho é fatal", acrescenta o toxicologista.
A grande dificuldade aqui está na diversidadebet nacional logintiposbet nacional logincanabinoides sintéticos: como se tratabet nacional loginum mercado sem regulação alguma e há uma facilidadebet nacional loginmanipular as fórmulas químicasbet nacional loginlaboratórios, a simples modificação da substância pode gerar um entorpecente novo com efeitos graves ou desconhecidos.
Do pulmão à cabeça
Os canabinoides sintéticos são comercializadosbet nacional loginvárias formas. Após o preparo do entorpecentebet nacional loginlaboratório, esse líquido geralmente é pulverizadobet nacional loginqualquer tipobet nacional loginerva seca, como o capim comum, oubet nacional loginpedaçosbet nacional loginpapel.
Alguns produtores acrescentam ervas aromatizadas e incensos no produto final, que é embaladobet nacional loginsachês antesbet nacional loginchegar ao consumidor com os nomes comerciaisbet nacional loginK2, K9, spice...
"Os usuários colocam essa misturabet nacional logincachimbos ou cigarros para conseguir fumar", detalha Yonamine.
Há versões usadas especificamentebet nacional logincigarros eletrônicos.
A droga é tragada pela boca e chega aos pulmões, onde é absorvida e cai na corrente sanguínea. "Daí ela é transportada rapidamente para o cérebro do indivíduo, onde vai causar os efeitos", pontua o toxicologista.
Você já deve ter ouvido falar que as drogas K são "100 vezes mais potentes que a maconha". Mas o que isso significa na prática?
"Os canabinoides sintéticos produzem um fenômeno químico que a gente chamabet nacional loginagonista total do receptor. Falamos aquibet nacional loginmoléculas que ocupam o receptor das célulasbet nacional loginforma maciça e brutal", caracteriza Xavier.
Ou seja: a ligação entre as drogas K e os receptores endocanabinoides das células nervosas é muito mais forte e intensobet nacional logincomparação com o que ocorre com os neurotransmissores naturais do corpo ou com a maconha.
Em termos químicos, os cientistas calculam essa força atravésbet nacional loginum conceito chamadobet nacional login"afinidadebet nacional loginligação". Eles medem o quanto uma molécula "se gruda" a um receptor — quanto mais forte é essa conexão, menor é o número obtido nessa fórmula.
Segundo o Centro Europeubet nacional loginMonitoramentobet nacional loginDrogas e Adição, a afinidadebet nacional loginligação do THC (um dos compostos da maconha) aos receptores das células nervosas ébet nacional login10,2 nM (nanomolares).
Já no HU-210, um dos canabinoides sintéticos que integram o grupo das drogas K, esse número ficabet nacional login0,06 nM.
Isso, na prática, significa que ele se encaixa aos receptores nervososbet nacional loginuma forma 100 vezes mais intensa quando comparado à maconha.
"E essa ligação vai levar àquela sériebet nacional loginefeitos descritos pela mídia,bet nacional loginque a pessoa fica num profundo estado alteradobet nacional loginconsciência e perde a noçãobet nacional loginsi mesma", complementa Xavier.
Segundo o psiquiatra, a diferença entre os efeitos da maconha e das drogas K, guardadas as devidas proporções, é a mesma entre tomar um copobet nacional logincerveja ou meio litrobet nacional loginabsinto. "Mesmo que a substância seja similar, o efeito dela no organismo pode ser diferente e gerar comportamentos completamente disruptivos."
Xavier, que trabalhou alguns anosbet nacional loginserviçosbet nacional loginatendimentobet nacional loginemergência, diz que o uso das drogas K deve levar a um aumento nos casosbet nacional loginadolescentes e adultos jovens vítimasbet nacional logininfarto, por conta das alterações no corpo que causam taquicardia (aceleração das batidas do coração) e outros eventos adversos.
Os ataques cardíacos costumam ocorrer com mais frequência a partir dos 50 anos e estão tradicionalmente relacionados ao estilobet nacional loginvida e às doenças crônicas, como colesterol alto, obesidade, diabetes e hipertensão.
Yonamine, por fim, pontua que todos esses efeitos dos canabinoides sintéticos podem durarbet nacional loginuma a seis horas, a dependerbet nacional logincada formulação.
Como resolver esse problema?
Xavier observa que, ao longo da história, a intensificação do proibicionismobet nacional loginalgumas drogas tem como efeito colateral o surgimentobet nacional loginformas mais perigosasbet nacional loginconsumobet nacional loginentorpecentes.
"No final do século 19, as farmacêuticas desenvolverambet nacional loginlaboratório uma droga que acabaria com o problema do ópio: a morfina", destaca.
"Dez anos depois, a morfina havia se tornado uma questãobet nacional loginsaúde ainda mais grave. Daí os laboratórios criaram uma solução para a dependência da morfina: a heroína, que hoje ainda representa um grande problemabet nacional loginpartes do Hemisfério Norte."
O médico cita outro exemplo: a Lei Seca dos Estados Unidos, que proibiu a vendabet nacional loginbebidas alcoólicas no início do século 20.
"Esse foi o único momento da história da humanidadebet nacional loginque foram registrados casosbet nacional loginpessoas que injetaram álcool na veia", observa ele.
"Isso acontecia porque, se você tem uma compulsão para o usobet nacional loginálcool e havia uma proibição, tentava-se tirar o máximo proveitobet nacional loginqualquer quantidade disponível."
Por fim, o psiquiatra aponta que o grande boom do crack esteve relacionado à proibição da cocaínabet nacional loginanos mais recentes.
"E a história se repete agora com os canabinoides sintéticos: o proibicionismo relacionado à maconha fez surgir uma formabet nacional loginconsumo mais perigosa e com alto riscobet nacional loginletalidade."
Na visãobet nacional loginXavier, o caminho para lidar com o abuso e a dependência química não envolve a proibição. "É preciso trabalhar com os subgruposbet nacional loginmaior vulnerabilidade, como os adolescentes, e pensarbet nacional loginações voltadas para eles", sugere.
"Mas não adianta partir para um discurso mentiroso, no estilo 'maconha pode matar'. Os jovens não vão ouvir."
"A boa comunicação sobre as drogas envolve o respeito à inteligência das pessoas, conversando abertamente com elas e falando sempre a verdade", conclui o pesquisador.
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível