A influente ativista antiaborto que retirou apoio a Trump:r4 betnet
Crédito, Lila Rose/YouTube
"Foi doloroso assistir", disse Rose sobre o desempenhor4 betnetTrump.
bol brasileiro e com sede na cidade que Capéc
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Rose,r4 betnet36 anos, sempre teve reservasr4 betnetrelação às intenções antiabortor4 betnetTrump, depoisr4 betnetanos mudandor4 betnetposição (inclusive declarando-se anteriormente pró-escolha) er4 betnetabertura para o que ela chamour4 betnet"concessões preocupantes".
Mas ela, como a maioria dos integrantes do seu movimento, havia sido encorajada pelo primeiro mandator4 betnetTrump e pelos três indicados por ele à Suprema Corte que anularam a decisão histórica Roe x Wade e acabaram com o direito nacional ao aborto.
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Depois, Trump mudour4 betnetrumo, e a desilusão dela com o ex-presidente aumentou. Agora, emr4 betnetterceira disputa pela Casa Branca, Trump parece estar trabalhando para agradar a todos os lados.
Ele deu a entender que assinaria a legislação federal sobre aborto, mas depois voltou atrás. Chamou as restrições estaduais que entraramr4 betnetvigor após a anulaçãor4 betnetRoe x Wader4 betnet"uma coisa linda".
Porém, mais tarde, ele disse que a proibição do aborto no início da gravidez tinha ido longe demais, sugerindo que os candidatos republicanos precisavam ser moderados o suficiente sobre a questão para "ganhar as eleições".
Em agosto, durante a Convenção Nacional Democrata, o ex-presidente publicou uma declaração online dizendo que seu futuro governo seria "ótimo para as mulheres e seus direitos reprodutivos" — linguagem normalmente usada por ativistas pró-escolha.
No fim daquele mês, Rose já estava farta, dizendo a seus maisr4 betnetum milhãor4 betnetseguidores que Trump estava "tornando impossível" votar nele.
Crédito, Getty Images
"Está muito claro que Trump é menos pró-aborto do que Kamala Harris”, ela disse à BBC na semana passada.
"Mas o objetivo do nosso movimento não é simplesmente aceitar qualquer que seja o candidato menos pior e apoiá-lo. Nosso objetivo é ajudar os candidatos que vão lutar pelos nascituros."
A deserçãor4 betnetRose — uma das líderes mais proeminentes do movimento antiaborto — sinaliza um problemar4 betnetpotencial com a nova estratégiar4 betnetTrump.
Ao tentar adotar um tom moderador4 betnetrelação ao aborto, Trump corre o riscor4 betnetalienar alguns integrantes dar4 betnetbase socialmente conservadora. Er4 betnetuma eleição que pode ser decidida por uma margem muito apertada, se estes eleitores ficaremr4 betnetcasar4 betnetnovembro, isso pode custar a Trump a Casa Branca.
"Quando uma estratégia como essa funciona, você pode ser qualquer coisa para todo mundo", afirma Mary Ziegler, historiadora jurídica e especialista no debate sobre o aborto nos EUA.
"E quando ela deixar4 betnetfuncionar, você acaba não sendo nada para ninguém."
A campanha dele não respondeu a um pedidor4 betnetcomentário.
Trumpr4 betnet2016, e novamenter4 betnet2020, manteve o movimento social conservador próximo. Ele abraçou os ativistas contra o aborto e defendeu seu movimento, tornando-se o primeiro presidenter4 betnetexercício a participar da Marcha pela Vida, a maior manifestação anual contra o aborto no país.
De acordo com Ziegler, ele atendeu o movimento social conservadorr4 betnetuma forma que poucos presidentes republicanos conseguiram atender.
"Acho que Trump sempre entendeu,r4 betnetsuas duas primeiras corridas presidenciais, que estaria politicamente inoperante sem o movimento", diz ela. "Por isso, houve muito mais atenção a eles."
Em troca, estes eleitores votaram esmagadoramenter4 betnetTrump. Em 2020, o ex-presidente conquistou 84% dos cristãos evangélicos brancos — alguns dos eleitores mais conservadores do pontor4 betnetvista social do país —, percentual acima dos 77% alcançadosr4 betnet2016.
Mas Trump teria ficado assustado com o mau desempenho do partido nas eleiçõesr4 betnetmeior4 betnetmandator4 betnet2022 — que ele e muitos analistas atribuíram à anulação da decisão Roe x Wade — e ciente do amplo apoio da população ao acesso ao aborto. Então, desta vez, Trump parece ter suavizado o tomr4 betnetrelação à questão.
Quando as eleições primárias republicanas começaram no início do ano, ele começou a criticar as proibições ao aborto a partirr4 betnetseis semanasr4 betnetgestação, prometendo encontrar um padrão nacional que agradasse a todos. "Ambos os lados vão gostarr4 betnetmim", ele disse.
E, mais recentemente, confrontado com mais perguntas sobre o que seu governo fariar4 betnetrelação ao aborto, Trump não conseguiu chegar a uma resposta.
Ele indicou que queria um "padrão" nacional para o aborto, mas desde então recuour4 betnetqualquer compromisso.
Disse que acreditava na autoridade dos Estadosr4 betnetrelação à políticar4 betnetaborto, mas interveior4 betnetvárias batalhas estaduais sobre o procedimento, muitas vezesr4 betnetoposição ao movimento social conservador.
Ele se manifestou contra a proibição do aborto a partirr4 betnetseis semanasr4 betnetgestação na Flórida, dizendo que "é preciso mais do que seis semanas" — e pareceu sinalizar que votaria a favorr4 betnetum referendor4 betnetnovembro que protegeria o aborto no Estado. Um dia depois, após intensa pressãor4 betnetativistas contra o aborto, ele disse que votaria contra.
Esses contorcionismos prejudicaramr4 betnetrelação com os principais aliados contra o aborto.
"É desconcertante para nossos estudantes e para nosso movimento", afirmou Kristan Hawkins, diretora da Students for Life, uma das maiores organizações antiaborto do país.
"E o que eu transmiti pessoalmente à campanha é que essa estratégia não é uma estratégia vencedora."
Um número cada vez maiorr4 betnetvozes dentro do movimento social conservador começou a dizer o mesmo: que ao ficar "em cima do muro" no que diz respeito ao aborto, Trump pode perder eleitores imprescindíveis, semr4 betnetfato atrair nenhum novo.
"A frustração dos pró-vida é que Trump está dizendo coisas que ele acha que podem,r4 betnetúltima análise, atingir eleitores mais moderados, o que francamente não vai funcionar", avalia Matt Staver, fundador e presidente do grupo antiaborto Liberty Counsel, com sede na Flórida.
"E ao fazer isso, está causando consternação entre outros eleitores que, se não fosse por isso, estariam com ele. Não há sentido."
Não há nenhuma indicaçãor4 betnetque Trump esteja enfrentando um êxodor4 betnetlarga escala do movimento social conservador do seu partido, e tanto Staver quanto Hawkins disseram que ainda votariamr4 betnetTrump.
Masr4 betnetuma eleição que pode dependerr4 betnetuma pequena parcelar4 betneteleitores,r4 betnetapenas um punhador4 betnetEstados, alguns especialistas dizem que a hesitaçãor4 betnetTrumpr4 betnetrelação ao aborto ainda pode custar a ele a eleição.
John Feehery, um estrategista republicano, estima que cercar4 betnet80% dos cristãos evangélicos brancos — que correspondem a aproximadamente 14% do eleitorado americano — precisam ir às urnas votarr4 betnetTrump para dar uma vitória a ele.
"Não acho que haja o riscor4 betnetevangélicos brancos votaremr4 betnetHarris, acho que há um risco realr4 betneteles não votarem", avalia Feehery, acrescentando que "10 mil votos" podem ser suficientes para virar o jogo.
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Este risco pode explicar a reticência da maioria dos líderes antiabortor4 betnetfalar publicamente sobre abandonar o candidato republicano.
Na verdade, alguns integrantes do movimento expressaram frustraçãor4 betnetrelação à posiçãor4 betnetRose, dizendo que, embora Trump não seja o candidato ideal, ele ainda é melhor para a causa deles do que qualquer oponente democrata.
Hawkins, da Students for Life, começou a focarr4 betnetmensagem, cada vez mais,r4 betnetHarris, dizendo aos seguidores que o dano que seu governo poderia causar — apenas no númeror4 betnetabortos — ofuscaria qualquer deslizer4 betnetTrump.
"Sei que seremos capazesr4 betnettrabalhar com o governo dele", ela afirma. "Quando você acredita, como os ativistas pró-vida acreditam, que bebês que têm o direitor4 betnetnascer estão morrendo, não sinto que possa moralmente assumir uma posiçãor4 betnetficarr4 betnetfora."
Mas Rose minimiza qualquer críticar4 betnetquer4 betnetposição possa, inadvertidamente, ajudar Harris er4 betnetcampanha abertamente pró-escolha. Para ela, bom o suficiente não é bom o suficiente quando se tratar4 betnetaborto er4 betnetDonald Trump.
"Sei que é doloroso para muitosr4 betnetvocês ouvir isso, pessoas que querem sair e votar alegrementer4 betnetTrump porque Kamala Harris é um desastre... mas temos que dizer a verdade", afirmou ela aos seguidores na manhã seguinte ao debate.
"O aborto é o assassinato intencionalr4 betnetuma criança inocente", ela acrescentou.
"Precisamos nos opor a issor4 betnetalto e bom som."
