Afegãs lamentam proibiçãoatletico mg betanosalõesatletico mg betanobeleza pelo Talebã: 'Lugares que nos davam esperança':atletico mg betano

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Zarmina (nome fictício, como todos da reportagem),atletico mg betano23 anos, estavaatletico mg betanoum salãoatletico mg betanobeleza tingindo o cabeloatletico mg betanocastanho escuro quando ficou sabendo da ordematletico mg betanofechamento.
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Fim do Matérias recomendadas
"A dona levou um grande susto e começou a chorar. [O salão] É o ganha-pão da família", disse a cliente, mãeatletico mg betanodois filhos.
"Eu não conseguia nem olhar para o espelho enquanto minha sobrancelha estava sendo feita. Todo mundo estava chorando. Houve um silêncio."
Zarmina viveatletico mg betanoCandaar, no sul do Afeganistão, uma cidade conservadora onde mora o líder supremo do Talebã.
Ela diz que lá é comum que os homens proíbam as filhasatletico mg betanousar maquiagem ouatletico mg betanofazer procedimentos estéticos.
"A maioria das mulheres andaatletico mg betanoburca ou hijab [véus] por aqui. Aceitamos isso como parteatletico mg betanonossa cultura."
Zarmina se casou aos 16 anos. Para ela, ir ao salão dava uma rara sensaçãoatletico mg betanoliberdade.
"Eu não tinha permissão para sairatletico mg betanocasa sozinha, mas convenci meu marido e consegui [a permissão para] ir ao salãoatletico mg betanobeleza duas ou três vezes por ano."
Ela costumava ir ao salão com uma vizinha, e além disso desenvolveu uma forte amizade com uma das funcionárias do salão.

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"No passado, as mulheres conseguiam falar sobre formasatletico mg betanoinfluenciar seus maridos. Algumas eram francas sobre suas inseguranças."
Mas a crise econômica gradualmente se intrometeuatletico mg betanosuas vidas depois que o Talebã retomou o poderatletico mg betanoagostoatletico mg betano2021, após a retirada das forças americanas do Afeganistão.
As liberdades das mulheres diminuíram cada vez mais desde então.
"Agora, as mulheres só falam sobre desemprego, discriminação e pobreza", diz Zarmina.
Belas memórias
Madina cobre a cabeça com um véu quando saiatletico mg betanocasa. Apenas seu marido e as mulheresatletico mg betanosua família podem ver seus cabelos coloridos.
A jovematletico mg betano22 anos moraatletico mg betanoCabul e segue atentamente, na internet, as últimas tendênciasatletico mg betanobeleza.
"Toda mulher que conheço adora incrementar seu estilo. Adoro usar maquiagem e ficar antenada no que está na moda."
Ela diz que ir ao salãoatletico mg betanobeleza manteve seu casamento revigorado.
"Meu marido realmente adora ver meu cabeloatletico mg betanocores e cortes diferentes."
"Ele sempre me leva ao salãoatletico mg betanobeleza e fica esperando pacientemente na porta", diz ela, com orgulho.
"Ele elogia minha aparência quando saio, o que me faz sentir bem."
A ambiçãoatletico mg betanoMadina era se tornar advogada, mas o Talebã impediu que as mulheres fossem para a universidade. Ela não está conseguindo encontrar trabalho, pois as mulheres são proibidasatletico mg betanovárias outras funções.

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Na infância, Madina costumava acompanharatletico mg betanomãe ao salão. Ela lembra vividamente como as mulheres compartilhavam abertamente suas históriasatletico mg betanovida umas com as outras.
Hoje, o clima é outro.
"As funcionárias do salão não usam mais saias ou jeans, todas usam hijabs."
"Ninguém sabe quem é apoiador do Talebã e ninguém quer falar sobre política."
Antigamente, os noivos podiam ver a noiva se arrumar. Madina ainda se lembraatletico mg betanoalguns homens tirando fotosatletico mg betanosuas parceiras dentro do salão. Agora, tudo isso está proibido.

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Madina comemora que, ao menos, ela tem lembranças alegresatletico mg betanoseu "grande dia" para guardar.
"Fui ao salãoatletico mg betanobeleza e fiz uma maquiagematletico mg betanonoiva completa antes do meu casamento no ano passado", lembra.
"Quando me olhei no espelho, eu estava tão linda. Isso me transformou. Eu não poderia descrever minha felicidade."
Terapia escondida
Para Somaya,atletico mg betano27 anos, da cidadeatletico mg betanoMazar-i-Sharif, no noroeste, ir ao salãoatletico mg betanobeleza é uma necessidade.
Três anos atrás, o aquecedor no seu quarto explodiu e ela sofreu queimaduras no rosto, perdendo as sobrancelhas e os cílios.
"Eu não suportava olhar para o meu rosto. Eu estava feia", diz ela, com a voz emocionada.
"Eu achava que todo mundo estava olhando para mim e rindoatletico mg betanomim porque minhas sobrancelhas haviam sumido. Eu deixeiatletico mg betanosair por alguns meses. Chorei muito durante esse tempo."
O tratamento médico curou suas feridas, enquanto o salãoatletico mg betanobeleza a ajudou a recuperar a autoestima.

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"Fui ao salãoatletico mg betanobeleza e fiz microblading [uma forma semipermanenteatletico mg betanopreencher as sobrancelhas]. Isso fez minha aparência melhorar muito", conta.
"Quando olhei para minhas sobrancelhas, comecei a chorar. Eram lágrimasatletico mg betanoalegria. O salãoatletico mg betanobeleza me devolveu a vida."
Somaya tem mestradoatletico mg betanopsicologia e trabalha como conselheiraatletico mg betanosaúde mental. Ela viu o númeroatletico mg betanomulheres que procuram seus serviços aumentar desde que o Talebã impôs amplas restrições.
Ela não está sozinhaatletico mg betanousar o salãoatletico mg betanobeleza como uma espécieatletico mg betano"terapia".
"Para nós, os salões são mais do que lugares para se maquiar. Eles nos ajudam a esconder nossas mágoas. Eram lugares que nos davam energia e esperança."
Zarmina concorda. Enquanto voltava para casa naquele diaatletico mg betanojunho, no que seriaatletico mg betanoúltima ida ao salão, ela ficava olhando para trás.
Ela estava plenamente consciente do que estava perdendo -—atletico mg betanopequena chanceatletico mg betanoindependência.
"Eu que pagava no salão, o que me dava força e poder. Hoje eu tenho dinheiro, mas não posso gastá-lo comigo mesma no salãoatletico mg betanobeleza. Isso me faz sentir pobre."








