'Passei 13 dias sequestrado por uma gangue no Haiti e minha mulher negociou minha libertação':bet365entrar

Crédito, Arquivo pessoal
Hoje, estima-se que gangues armadas já controlem cercabet365entrar80% do território da capital haitiana.
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Fim do Matérias recomendadas
“Sempre houve violência no Haiti, mas agora os grupos estão cada vez mais atrevidos, são cada vez mais ousados”, diz Zambrano,bet365entrarPorto Príncipe,bet365entrarentrevista à BBC Mundo, serviçobet365entrarespanhol da BBC.
“Isso parece uma guerra civil”, acrescenta. “As gangues crescerambet365entrarnúmero e força e estão atingindo níveis nunca vistos antes.”
“Agora eles estão atacando delegacias, bancos, tudo o que encontram no caminho. “Eles atacaram o aeroporto e deixaram marcasbet365entrarbala nos assentos dos aviões.”
Após o ataquebet365entrarmarço, o principal aeroporto do país teve que ser fechado e o governo declarou estadobet365entraremergência na capital, incluindo um toquebet365entrarrecolher noturno. Durante o dia, poucos se arriscam a sairbet365entrarcasa.
“Estamos presos”, diz Zambrano, que mora no Haiti com a mulher, a uruguaia Carolina da Silva, e quatro filhos.
Ambos trabalham na organização cristã Comunidad Vástago, dedicada ao trabalho educativo e religioso.
Por enquanto, eles não têm planosbet365entrardeixar Porto Príncipe, apesar do aumento dos sequestros, extorsões, estupros e assassinatos. Segundo a ONU, maisbet365entrar53 mil pessoas deixaram a cidade entre 8 e 27bet365entrarmarço para fugir da violência.
O casal estábet365entrarprocessobet365entraradoçãobet365entrartrês dos seus quatro filhos e, até que isso seja finalizado, eles querem permanecer no país.
A seguir, leia o relatobet365entrarprimeira pessoabet365entrarZambrano sobre como foi seu períodobet365entrarcativeiro.

Crédito, EPA
"O sequestrador estava muito nervoso"
Uma tarde as crianças chegaram da escola, e minutos depois começou lá fora um tiroteio com armas pesadas, armasbet365entrarguerra. Tivemos que nos refugiar num lugar seguro dentrobet365entrarcasa.
Não só aumentaram os tiroteios, mas também os sequestros. É assim que vivemos aquibet365entrarPorto Príncipe.
No início não demos muita importância, mas no ano passado os sequestros começaram a chegar cada vez mais perto da nossa casa.
À certa altura, soubemos que aconteceu um sequestro a dez quarteirões da nossa casa. Poucos dias depois, ouvimos falarbet365entraroutro, mas desta vez a oito quarteirõesbet365entrardistância. E então, um a apenas seis quarteirõesbet365entrardistância.
Então decidimos sair por algumas semanas porque ouvimos dizer que estavam perguntando sobre nós.
Depois as coisas acalmaram um pouco e voltamos. Continuamos trabalhando com nossa organização cristã até que chegou um momentobet365entrarque minha mulher e eu nos perguntamos 'o que fazemos?', porque a questão do sequestro era uma possibilidade latente.
Fizemos uma espéciebet365entrarplanobet365entraração caso algo acontecesse. Tomamos medidas como, por exemplo, sempre que umbet365entrarnós saíabet365entrarcasa tinha que enviar abet365entrarlocalização por telefonebet365entrartempo real. E isso acabou virando um hábito.
Um dia saíbet365entrarcasa com minha filha do meio, que tinha 7 anos. Naquela época,bet365entrarjunho do ano passado, participávamosbet365entraruma comunidade para ensinar espanhol para crianças e jovens haitianos. Eu era o professor.
Estávamos indo para lábet365entrarcarro, quando a três quadras da casa dois jovensbet365entrarmoto bloquearam meu caminho e me ameaçaram apontando uma arma para mim. Graças a Deus eles permitiram que minha filha fosse embora.
Eles eram jovens, acho que tinham entre 17 e 20 anos. Um deles assumiu o volante do carro e me obrigou a sentar no bancobet365entrartrás. Eles me vendaram os olhos. O sequestrador estava muito nervoso e o carro caiubet365entraruma vala. Ficamos ali por cercabet365entrar15 minutos, enquanto o menino tentava fazer o carro funcionar.
No seu nervosismo, o jovem, sem perceber, deixou a arma ao seu lado, ou seja, deixou-a ao meu alcance. Em maisbet365entraruma ocasião pensei: “bem, posso pegar a arma”. Fiquei dividido, porque senti que não era a formabet365entrarresolver o problema.
No final, decidi não pegar a arma.
O menino finalmente conseguiu tirar o carro da vala e colocá-lobet365entrarmovimento. Depois me levaram para um lugar que ficava na encostabet365entraruma montanha.
"Se tiver que acontecer, vai acontecer"

Crédito, Arquivo pessoal
A primeira coisa que vi quando tiraram a venda foi outro homem sequestrado deitado numa cama.
Eles nos colocarambet365entraruma casa escura e semi-construída. Alguns minutos depois, o líder da gangue chegou e me deu permissão para fazer um telefonema. Eu disse à minha mulher,bet365entraralguns segundos, que estava tudo bem, para não se preocupar e ficarbet365entrarpaz.
Quando os soldados (como os membros da gangue se autodenominam) foram embora, fiquei sozinho com o outro homem sequestrado. Ele me disse que também era cristão e então começamos a orar e cantar juntos no meio da escuridão.
O tempo passou até que os soldados bateram na porta e nos deram uma lamparina.
Eles nos disseram: “pegue esta lâmpada para que você possa orar”. Eles não apenas nos deixaram a luz, mas também sentaram-se com suas armas na nossa frente para ouvir. Naquele momento entendi que, apesar do mal que possa existirbet365entraralguns seres humanos, Deus permite que coisas assim aconteçam.
Fiquei sequestrado por 13 dias. Me davam comida duas vezes ao dia, geralmente arroz com banana, e ao ladobet365entrarcasa tinha um banheiro adaptado.
Durante esse período, tive altos e baixos emocionais, dias mais calmos e dias mais tensos. Eu não sabia o que iria acontecer e às vezes pensavabet365entrarquão perto a morte poderia estar. E eu queria saber se eu estava pronto para isso.
Lembro-me que no sétimo dia, ou talvez no oitavo, pensei que fosse morrer. Então,bet365entraruma oração eu digo a Deus: “se tiver que acontecer, vai acontecer, estou nas suas mãos”.
Eu também tentei não pensar muito na minha família, tentei não pensar muito porque isso te afeta demais. Até os pensamentos tiveram que ser medidos.
Mas é muito diferente enfrentar aqueles momentosbet365entrarque você sabe que Deus está no controle. Naqueles momentos lembrei-me da importância da eternidade, da promessabet365entrarque esta vida é apenas temporária.
"Coisas muito boas aconteceram durante o sequestro"

Crédito, Arquivo pessoal
Foi difícil, mas aconteceram coisas muito legais, como fazer amizade com a outra pessoa que foi sequestrada.
E também foi bom ter conhecido alguns dos soldados que nos mantinhambet365entrarcativeiro. Alguns até me contaram sobre como foram parar lá. Durante essas conversas entendi que havia um propósitobet365entrartudo o que estava acontecendo comigo.
Essa é a beleza, e quero manter a beleza do sequestro.
Conversando com os jovens, percebi que alguns estavam bem inseridos no mundo do crime, mas outros queriam sair.
Tive longas conversas com um dos soldados nas quais ele me contou como tinha sidobet365entrarvida e como havia entrado naquele mundobet365entrargangues.
Aos 17 anos, ele havia tido uma experiência que marcoubet365entrarvida: voltando da escola para casa, ele soube que um grupobet365entrarbandidos estava golpeando seu pai até a morte.
Foi nesse momento que decidiu se vingar e, para atingir esse objetivo, juntou-se à gangue inimiga.
E finalmente ele conseguiu se vingar. Mas com o passar dos anos, as coisas mudaram. Ele disse que estava cansado, que não queria continuar.
Essa foi uma das conversasbet365entrarque mais me lembro. Não sei o que será dele... Espero que ele tenha conseguido tomar decisões importantes parabet365entrarvida.
"Minha mulher negociou minha libertação"

Crédito, Arquivo pessoal
Quando minha mulher descobriu que eu havia sido sequestrado, ela foi à polícia pedir ajuda. O problema é que houve tantos sequestros que a polícia não conseguia lidar, não tinha gente suficiente para negociar.
Então, eles disseram abertamente à minha mulher que não tinham como ajudá-la naquele momento.
Como minha mulher é fluente na língua crioula, ela teve coragembet365entrarse encarregar da negociação.
A princípio pediram US$ 100 mil (R$ 517 mil na cotação atual) pela minha libertação, valor impossívelbet365entrarpagar.
Então ela negociou tão bem, se saiu tão bem, que conseguiu fazer o jogo com os sequestradores e acabou pagando apenas US$ 4 mil (R$ 20,6 mil).
Os policiais ficaram tão impressionados que a parabenizaram. Eles lhe disseram que o resgate mais baixobet365entrarque tinham conhecimento até então era US$ 20 mil (R$ 10 mil).
Nós, como família, somos muito gratos por todas as doações que recebemos.
Um dia antesbet365entrarser solto, tive um ataquebet365entrarasma porque não estava tomando minha medicação. Eu estava deitado no chão e mal conseguia respirar. Fiquei muito mal, mas naquele momento me lembreibet365entrarum salmo e tive a convicçãobet365entrarque eu seria solto.
No dia seguinte, às seis da manhã, o chefe dos sequestradores chegou e me disse: "Sebet365entrarmulher fizer bem as coisas, você vai embora daqui a algumas horas".
Esperei desde as 6 da manhã e por volta das 13h me colocaram no carro com os olhos vendados e me levaram até o local onde me entregaram.











