O lugar para onde os aviões vão para 'morrer':joguinhos que pagam

joguinhos que pagam Os gigantes escondem-se entre as cercas vivas e as planícies das Cotswolds, uma cadeiajoguinhos que pagampequenas colinas no centro da Inglaterra. Eles aparecem por trás das árvores inesperadamente, ao ladojoguinhos que pagamestradas que atravessam as áreas rurais.

Mas essas não são criaturas míticas - ou relíquiasjoguinhos que pagamuma época passada. São, na verdade, máquinas criadas para saciar nosso apetite por feriados e nosso desejojoguinhos que pagamvisitar lugares distantes.

Aqui, neste descampado no condadojoguinhos que pagamGloucestershire, os aviões são levados para "morrer".

Cinco jatos jumbo, dois Boeing 777, um punhadojoguinhos que pagamAirbus A320 e 20 outras grandes aeronavesjoguinhos que pagampassageiros se espalham por um antigo aeroporto usado pela Força Aérea Britânica.

Alguns estão aglomeradosjoguinhos que pagamgrupos, enquanto estão dispostos isoladamente, apoiados sobre dormentesjoguinhos que pagammadeira.

Não se trata, contudo,joguinhos que pagamum cemitério: essas máquinas não vão enferrujar à própria sorte.

Elas são, na verdade, a matéria-primajoguinhos que pagamuma indústria que se alimentajoguinhos que pagamaviões descartados.

"Os motores e outros componentes valem mais removidos do que se você tentar vender o avião completo, para colocá-lojoguinhos que pagamoperação novamente", diz Mark Gregory, fundador da Air Salvage Internacional, responsável por desmontar aviões aposentados.

Sua empresa opera há 20 anos no aeroportojoguinhos que pagamCotswolds, um campojoguinhos que pagampouso privado que erajoguinhos que pagampropriedade do Ministério da Defesa britânico até 1993.

O local é o destino da última viagemjoguinhos que pagamcercajoguinhos que pagam50 a 60 aviões todos os anos.

Em terra firme, Gregory ejoguinhos que pagamequipe começam meticulosamente a desmontar a aeronave.

Ferro-velho valioso

"Cercajoguinhos que pagam80% a 90% do valorjoguinhos que pagamuma aeronave estájoguinhos que pagamseus motores", diz Gregory, ex-engenheirojoguinhos que pagamuma companhia aérea que usou o valorjoguinhos que pagamsua rescisão trabalhista para fundarjoguinhos que pagamprópria empresa.

"Depoisjoguinhos que pagamremovê-los, começamos a salvar outras partes valiosas da estrutura", acrescenta.

O processo pode durar cercajoguinhos que pagamoito semanas para um avião como um Boeing 737 ou um Airbus A320, oujoguinhos que pagamdez a 15 semanas para gigantes como o Boeing 747 ou 777.

Antesjoguinhos que pagaminiciar o desmonte, contudo, o avião precisa ser esvaziado. Isso significa remover todo o combustível e outros tiposjoguinhos que pagamfluido para dentrojoguinhos que pagamgrandes tanques localizados na pista do aeroporto.

Feito isso, os motores são içados com o auxíliojoguinhos que pagamum guindaste antesjoguinhos que pagamserem impermeabilizados.

"É como se fossem embalsamados", diz Gregory. "Nós injetamos um conservante para remover todo o óleo e o combustível e, assim, evitar a corrosão dos aviões".

Cada aeronave é, então, embalada como se fosse uma múmia,joguinhos que pagamplástico, enquanto aguarda um novo destino.

A operação é cercadajoguinhos que pagamcuidados. Isso porque cada motorjoguinhos que pagamum Boeing 777 pode custar até R$ 9,5 milhões, diz Gregory.

Os motores têm alta demanda no mercado e são normalmente reutilizadasjoguinhos que pagamnovos aviões ou tem algumasjoguinhos que pagamsuas partes usadas por companhias aérea. Um novo motor para um Boeing 777 pode custar R$ 95,4 milhões.

Outros componentes valiosos da estrutura da aeronave incluem o tremjoguinhos que pagampouso, a Unidade Auxiliarjoguinhos que pagamEnergia (responsável por prover energia para outras funções além da propulsão), alguns dos aviônicos (como é chamada toda a eletrônica a bordo), o sistemajoguinhos que pagamar condicionado e escorregadeiras.

"No final, sobra apenas a fuselagem", diz Gregory. "Podemos vender partes da cabinejoguinhos que pagamcomando para escolasjoguinhos que pagamvoo e instrutores; há até pessoas que querem portas e assentos".

Existe, hoje, um mercadojoguinhos que pagamaltajoguinhos que pagamassentos usadosjoguinhos que pagamaviões, tanto para o treinamentojoguinhos que pagamaeromoças quanto para setsjoguinhos que pagamfilmagem. Os da classe econômica são vendidos por algumas centenasjoguinhos que pagamreais, enquanto os da primeira classe podem chegar a alguns milhares.

Nem um mero cintojoguinhos que pagamsegurança é desperdiçado.

Desafio

A indústria da aviação está enfrentando um desafio cada vez maior sobre como solucionar o problema do envelhecimentojoguinhos que pagamsua frota. Nos Estados Unidos, há grandes cemitériosjoguinhos que pagamaviões no meio do deserto do Arizona, onde as carcaças são abandonadas.

As mudanças nas regulaçõesjoguinhos que pagamruído ejoguinhos que pagamsegurança aérea, alémjoguinhos que pagamuma maior produção por parte dos fabricantesjoguinhos que pagamaviões, fizeram com que a rotatividade aumentasse nos últimos anos, reduzindo a vida útiljoguinhos que pagammuitas dessas aeronaves.

Atualmente, entre 400 e 600 aviões comerciais são desmontados todos os anos no mundo.

Isso gera uma montanhajoguinhos que pagamlixo - cercajoguinhos que pagam30 mil toneladasjoguinhos que pagamalumínio, 1,8 mil toneladasjoguinhos que pagamligas metálicas, 1 mil toneladasjoguinhos que pagamfibrajoguinhos que pagamcarbono e 600 toneladasjoguinhos que pagamoutras partes são removidasjoguinhos que pagamaeronaves antigas.

E só deve piorar. Segundo a Organizaçãojoguinhos que pagamAviação Civil Internacional (ICAO, na siglajoguinhos que pagaminglês), até 18 mil aviões devem ser aposentados nos próximos 13 anos.

No ano passado, a entidade anunciou que atuaria junto com a Aircraft Fleet Recycling Association (Associaçãojoguinhos que pagamReciclagem da Frotajoguinhos que pagamAviões,joguinhos que pagamtradução livre), responsável por monitorar o desmontejoguinhos que pagamaeronaves, para aumentar o volume que possa ser reutilizado ou reciclado.

O objetivo é aproveitar até 95% do avião que deixoujoguinhos que pagamoperar.

"O consumo sustentável e a produção significam não apenas reduzir o uso da fonte primária, mas também o lixo gerado ao longo do ciclojoguinhos que pagamvida da aeronave", diz Fang Liu, secretário-geral da ICAO.

Reaproveitamento

No entanto, Gregory descobriu uma forma inusitadajoguinhos que pagamreaproveitar a maior quantidade possíveljoguinhos que pagammaterialjoguinhos que pagamseus aviões.

"Vendemos carcaças para museus, parquesjoguinhos que pagamdiversão, escolasjoguinhos que pagamtreinamentojoguinhos que pagamcomissáriosjoguinhos que pagambordo e até empresas cinematográficas. "O último filme da saga 'Guerra nas Estrelas' usou algumasjoguinhos que pagamnossas peças".

Pedaços das aeronaves do ferro-velhojoguinhos que pagamGregory também podem ser vistosjoguinhos que pagamfilmes como Guerra Mundial Z e Batman, alémjoguinhos que pagamsériesjoguinhos que pagamTV como Doctor Who e Red Dwarf. A fuselagem e as asasjoguinhos que pagamum Boeing 737 foram cortadas para recriar uma cenajoguinhos que pagam"colisão" na entrada da montanha-russa The Swarm no parquejoguinhos que pagamdiversão Thorpe Park no condadojoguinhos que pagamSurrey, no sudeste da Inglaterra.

Unidades da polícia e brigadasjoguinhos que pagamincêndio também realizam treinamentojoguinhos que pagammeio às carcaças dos aviões.

Caminhar entre essas aeronaves é uma experiência desoladora. Ver esses enormes feitosjoguinhos que pagamengenharia aeronáutica serem despedaçados sem dó nem piedade nos fazem pensar como esses pedaçosjoguinhos que pagammetal, fibrajoguinhos que pagamcarbono e plástico conseguem desafiar a gravidade.

Na pista, com seus trensjoguinhos que pagampousos e motores removidos, parecem ter perdidojoguinhos que pagamprópria alma.

No entorno, técnicos trabalham para separar peça por peça. Alguns usam rebarbadoras angulares para cortar partes da frente da cabine, enquanto outros removem os acessórios do interior do avião.

Duas escavadeiras usam suas garras metálicas para dar desfecho ao que sobrou após o processo, arrancando pedaços da estrutura para que o material possa ser, enfim, separado e reciclado.

Achados e perdidos

Gregory ejoguinhos que pagamequipe também costumam descobrir itens descartados ou perdidos há muito tempo entre os assentos.

Em uma ocasião, eles encontraram uma carteira com US$ 600 (R$ 1,9 mil) debaixo do assento do comandantejoguinhos que pagamuma aeronave da Air New Zealand. O piloto, que perdeu o objeto havia uma década, ficou emocionado quando o recebeujoguinhos que pagamvolta.

Moedas, telefones celulares, canetas e doces pegajosos são outras descobertas frequentes. Carteiras e bagagens perdidas aparecem no compartimentojoguinhos que pagamcarga.

Mas, seis anos atrás, a equipe encontrou algo um pouco mais valioso ao remover os painéis traseirosjoguinhos que pagamum banheirojoguinhos que pagamum antigo Boeing 747.

"Havia pacotes escondidos atrás do painel que pareciam várias fitas cassete embaladasjoguinhos que pagamplástico", diz Gregory. Mais tarde, veio a descoberta: 3 kgjoguinhos que pagamcocaína, ou cercajoguinhos que pagamR$ 1,3 milhão, segundo a polícia.

"Não temos ideiajoguinhos que pagamquem colocou tudo isso lá, mas já estava ali há muito tempo", conta.

"Quem colocou isso lá não voltou para buscar e o avião continuou voando com drogas a bordo", acrescenta.

Para quem perdeu algo durante um voo, pode ser reconfortante pensar que pode obtê-lojoguinhos que pagamvolta, ainda que isso seja improvável.

O próprio Gregory surpreende ao demonstrar nostalgia sobre os aviões que destrói. Em um canto do aeroporto está um velho avião desbotado pelo Sol.

"Esse é meu", diz ele. "Nunca vou desmontá-lo".