Por que Portugal não está conseguindo atrair refugiados?:aposta de cobertura cavalos

(Foto: Câmara Municipalaposta de cobertura cavalosLisboa)

Crédito, Camara Municipalaposta de cobertura cavalosLisboa

Legenda da foto, Alojamento para refugiados construídoaposta de cobertura cavalosLisboa tem sinalizaçãoaposta de cobertura cavalosportuguês, inglês e árabe

A cota inicialmente estipulada para o país,aposta de cobertura cavalos4.574 pessoas, saltou para 10.574 depoisaposta de cobertura cavaloso primeiro-ministro António Costa anunciar na Bélgica, há poucas semanas, que Portugal estava disposto a acolher outros 6 mil refugiados.

Entretanto, só 32 chegaram ao país até agora – outro grupo, com mais 37, é esperado nos próximos dias.

  • <link type="page"><caption> Leia também: Analistas: Recessão será mais longa, mas menos 'dramática' que na era Collor</caption><url href="http://roberthost1.accountsupport.com/noticias/2016/03/160301_pib_1990_ru" platform="highweb"/></link>
(Foto: EPA)

Crédito, EPA

Legenda da foto, Refugiados têm feito longas travessias para tentar chegar a países como a Alemanha

A baixa resposta às iniciativas lusas frustrou as autoridades locais. Em entrevista ao jornal português Diárioaposta de cobertura cavalosNotícias, o diretor-adjunto do Serviçoaposta de cobertura cavalosEstrangeiros e Fronteiras, Luís Gouveia, admitiu que um dos principais entraves à chegadaaposta de cobertura cavalosrefugiados é a recusa dos própriosaposta de cobertura cavalosseguir para Portugal.

Antes dessa declaração, a culpa recaía sobre a burocraciaaposta de cobertura cavalosItália e Grécia, responsáveis por realocar os requerentesaposta de cobertura cavalosrefúgio nos demais países europeus.

“O processoaposta de cobertura cavalosrecolocação está passando por dificuldades. Colocam a responsabilidade nas autoridades italianas e gregas, o queaposta de cobertura cavalosparte é verdade, mas uma das principais razões para isso tem a ver com o fatoaposta de cobertura cavalosos requerentesaposta de cobertura cavalosasilo não quererem ser recolocados”, disse Gouveia.

Como Portugal não tem a projeção internacional das principais potências econômicas europeias, avalia o coordenador da Plataformaaposta de cobertura cavalosApoio aos Refugiados, Rui Marques, acaba ignorado pelos migrantes que chegam ao continente.

“O que acontece é que a maioria desses refugiados não possui quaisquer informações sobre Portugal, então não se sente atraída pelo país. Não somos um país que tenha, por exemplo, a projeção da Alemanha”, afirmou Marques à BBC Brasil.

  • <link type="page"><caption> Leia também: Por que os atores indianos estão na miraaposta de cobertura cavalosHollywood?</caption><url href="http://roberthost1.accountsupport.com/noticias/2016/03/160303_vert_cap_indianos_hollywood_ml" platform="highweb"/></link>
(Foto: Mamede Filho)

Crédito, Mamede Filho

Legenda da foto, Portugal assiste a uma fugaaposta de cobertura cavalosmãoaposta de cobertura cavalosobra jovem

Desistências e 'desaparecimentos'

O representante da Plataformaaposta de cobertura cavalosApoio aos Refugiados, formada por organizações da sociedade civil portuguesa, lembra que os migrantes não podem escolher o paísaposta de cobertura cavalosque serão realocados, uma regra que o governo alemão tem reforçado desde o agravamento da crise. O que não os tem impedido, porém,aposta de cobertura cavalosencontrar meiosaposta de cobertura cavalosevitar os lugaresaposta de cobertura cavalosque não querem viver.

Em novembro, uma família síriaaposta de cobertura cavaloscinco pessoas desistiu na última horaaposta de cobertura cavalosembarcar num avião para Portugal. Em outro exemplo, ocorrido no mês passado, a ministra lusa da Administração Interna, Constança Urbanoaposta de cobertura cavalosSousa, anunciou que a realocaçãoaposta de cobertura cavalos10 refugiados que estavam na Grécia havia sido cancelada porque eles haviam “desaparecido”.

“Isso acontece porque nem sempre os requerentesaposta de cobertura cavalosasilo aceitam as regras que foram impostas pela Europa. O refugiado é registrado pelos centrosaposta de cobertura cavalosrealocação, mas nada o impedeaposta de cobertura cavalosseguir seu próprio caminho depois. Por isso, muitas vezes, um migrante acaba 'desaparecendo' quando o país para o qual deve ser enviado não éaposta de cobertura cavalosseu interesse”, explica à BBC Brasil Beat Schuler, porta-voz da Acnur (agência da ONU para os refugiados)aposta de cobertura cavalosRoma, um dos principais locaisaposta de cobertura cavalosrealocação.

“Muitos desses refugiados já têm familiares e amigosaposta de cobertura cavalospaíses europeus, então é muito difícil convencê-losaposta de cobertura cavalosque eles devem seguir para um lugar onde não conhecem ninguém e não estão familiarizados com a cultura ou com a língua”, diz Schuler.

  • <link type="page"><caption> Leia também: O que leva países a mudar suas bandeiras? Veja 9 motivos</caption><url href="http://roberthost1.accountsupport.com/noticias/2016/03/160302_paises_mudanca_bandeira_rb" platform="highweb"/></link>
(Foto: Câmara Municipalaposta de cobertura cavalosLisboa)

Crédito, Camara Municipalaposta de cobertura cavalosLisboa

Legenda da foto, Lisboa abriu centro temporário para refugiados, mas Portugal só recebeu 32 pessoas até agora

Trabalho e estudo

Uma das principais iniciativas para atrair jovens refugiados é a possibilidadeaposta de cobertura cavalosentrar no ensino universitário. No começoaposta de cobertura cavalosfevereiro, o governo português anunciou um planoaposta de cobertura cavalosdistribuir 2 mil bolsasaposta de cobertura cavalosestudos a requerentesaposta de cobertura cavalosrefúgio, com direito a alojamento e aulasaposta de cobertura cavalosportuguês e inglês. A medida abrange ainda as escolas politécnicas.

Para quem pretende trabalhar, Portugal promete emprego no setor agrícolaaposta de cobertura cavalosregiões onde geralmente há baixa densidade populacional. Segundo o ministro-adjunto português, Eduardo Cabrita, cercaaposta de cobertura cavalos100 municípios do país já manifestaram interesseaposta de cobertura cavalosreceber refugiados e ajudar a integrá-los ao mercado local.

“Existe uma escassezaposta de cobertura cavalosmãoaposta de cobertura cavalosobra na agriculturaaposta de cobertura cavalosdiversos pontosaposta de cobertura cavalosPortugal, que só será compensada com a chegadaaposta de cobertura cavalosimigrantes dispostos a trabalhar”, aponta o economista português Horácio Piriquito.

Além disso, o país enviou representantes para os centrosaposta de cobertura cavalosrelocação, um esforço a mais na tentativaaposta de cobertura cavalosconvencê-los a ir para Portugal.

“Esses representantes explicam aos refugiados o que Portugal pode oferecer, como cursosaposta de cobertura cavaloslínguas, alojamento e oportunidadesaposta de cobertura cavalostrabalho. É uma iniciativa interessante, que pode ter resultados positivos”, avalia o porta-voz da Acnuraposta de cobertura cavalosRoma.

  • <link type="page"><caption> Leia também: Seu telefone espiona tudo o que você fala?</caption><url href="http://roberthost1.accountsupport.com/noticias/2016/03/160303_telefone_espionagem_lgb" platform="highweb"/></link>
(Foto: Câmara Municipalaposta de cobertura cavalosLisboa)

Crédito, Camara Municipalaposta de cobertura cavalosLisboa

Legenda da foto, Centro para refugiadosaposta de cobertura cavalosLisboa tem salaaposta de cobertura cavalosorações para diferentes religiões

Esforço para a integração

Nos últimos meses, foi adotadaaposta de cobertura cavalosPortugal uma sérieaposta de cobertura cavalosmedidas para ajudar na integração dos requerentesaposta de cobertura cavalosrefúgio que chegarem ao país.

A Plataformaaposta de cobertura cavalosApoio aos Refugiados, por exemplo, ministrou cursos para as pessoas que vão se relacionar diretamente com os migrantes. Neles, foram abordados temas como alimentação, ética, traumas, vestuário e o diálogo entre religiões.

Já a Câmara Municipalaposta de cobertura cavalosLisboa criou um fundo com cercaaposta de cobertura cavalos2 milhõesaposta de cobertura cavaloseuros (R$ 8,5 milhões) para apoiar os refugiados que permanecerão na capital lusa. Essa verba é direcionada à alimentação, educação e cuidadosaposta de cobertura cavalossaúde dos migrantes, além da construçãoaposta de cobertura cavalosalojamentos como o recém-inaugurado Centroaposta de cobertura cavalosAcolhimento Temporárioaposta de cobertura cavalosRefugiados, que tem capacidade para abrigar 24 adultos e duas criançasaposta de cobertura cavaloscolo.

“A resposta que Portugal tem dado à questão dos refugiados é muito positiva. Nós fomos alémaposta de cobertura cavalostudo o que nos foi solicitado”, afirma o coordenador Plataformaaposta de cobertura cavalosApoio aos Refugiados.

“Estamos com tudo preparado desde outubro do ano passado. Já criamos até mesmo os mecanismos para integrá-los ao serviço públicoaposta de cobertura cavalossaúde e às escolas, para que possam aprender português”, explica Rui Marques, antesaposta de cobertura cavalosarrematar: “A única coisa que falta agora é a chegada dos refugiados”.