Por que líderesnuts pokeresquerda sul-americana estão perdendo popularidade:nuts poker

De acordo com pesquisas recentes, Evo conta com cercanuts poker60%nuts pokerapoio popular

Crédito, AFP

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Paciência

Nesta segunda-feira,nuts pokerentrevistanuts pokerLa Paz, Evo disse que vai esperar o resultado "com paciência" porque ainda falta a apuração, disse, das áreas rurais – as mais carentes e onde mantém maior fidelidade eleitoral.

"Evidentemente não nos querem muito nas cidades. E além disso, a oposição e nas redes sociais apelaram à guerra suja", disse.


No Chile, a presidente Michelle Bachelet,nuts poker64 anos, viunuts pokerpopularidade encolher, pouco depoisnuts pokerretornar ao palácio presidencial La Moneda,nuts pokermarçonuts poker2014

Crédito, AFP

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No Chile, a presidente Michelle Bachelet,nuts poker64 anos, viunuts pokerpopularidade encolher, pouco depoisnuts pokerretornar ao palácio presidencial La Moneda,nuts pokermarçonuts poker2014.

O filho dela, Sebastián Dávalos, e a esposa dele foram acusadosnuts pokersuposto tráficonuts pokerinfluêncianuts pokerum caso que ficou popularmente conhecido como "noragate". Outros escândalos envolveram políticos danuts pokerbase governista e empresários locais.

O índicenuts pokerrejeição à presidente bateunuts pokerdezembro passado o recordenuts poker70%nuts pokersuas duas gestões (2006-2010 e 2014-2018), segundo levantamento da empresanuts pokeropinião Gfk Adimark.

A situação,nuts pokertermosnuts pokerrespaldo popular, não é diferente na Venezuela, onde Nicolás Maduro,nuts poker53 anos, foi derrotado na eleição legislativanuts pokerdezembro passado.

Segundo o instituto Datanálisis,nuts pokerCaracas, a popularidadenuts pokerMaduro giranuts pokertorno dos 25%.

De acordo com analistas ouvidos pela BBC Brasil, é difícil apresentar a quedanuts pokerpopularidade dos líderesnuts pokeresquerda sul-americana como uma tendência ligada à visão política desses líderes.

Segundo o professornuts pokerciências políticas Fernando Mayorga, da Universidade Mayornuts pokerSan Simón,nuts pokerCochabamba, na Bolívia, cada um deles parece enfrentar uma situação particular.

"Deveríamos analisar caso por caso. Evo Morales mantém popularidadenuts pokercercanuts poker60%. Mas o que vemos é uma mudançanuts pokerpreferência eleitoral. Na Argentina, no âmbito presidencial e na Venezuela, legislativo", disse Mayorga, por telefone.

Para ele, a possível derrota do "sim" na Bolívia não pode ser vista como queda da popularidadenuts pokerEvo. Mas ressaltou: "Sem dúvida, pela primeira vez essa campanha colocou a imagemnuts pokerEvonuts pokerquestão", disse Mayorga.

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Cristina e Macri

Já na opinião do analista argentino Roberto Bacman, do centronuts pokerpesquisas e opinião pública CEOP Latam,nuts pokerBuenos Aires, os eleitores parecem sugerir que estão cansadosnuts pokerpartidos ou líderes que estão há muito tempo no poder e querem mudanças.

"Com Evo, a Bolívia teve grandes avanços econômicos e sociais e acho uma questão menor esse episódio da namorada. O que percebo na região é que as pessoas querem alternância no poder", disse Bacman.

Em termosnuts pokerrespaldo popular, situação é complicada também para o venezuelano Nicolás Maduro, que sofre com baixa popularidade

Crédito, Reuters

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Para ele, esta demanda por "alternância e gestão econômica" resultou na derrota do candidato da ex-presidente Cristina Kirchner - e na vitória do presidente argentino Maurício Macri,nuts pokernovembro passado. "Cristina tinha altos índicesnuts pokeraprovação popular, mas os eleitores mostraram que queriam alternância", disse.

Bacman entende que hoje a região sinaliza estar "caminhando para a direita e com um eleitor cada vez mais exigente". Segundo ele, Macri mantém imagem positivanuts pokercercanuts poker60%, mas percebe-se, disse, que as pessoas estão preocupadas com a inflação e o 'tarifaço' (aumentonuts pokerluz e provavelmentenuts pokeroutros serviços). "E acho que muitos já devem estar arrependidos do voto que deram (em Macri)", disse.

Para a professoranuts pokerpolítica latino-americana Alicia Lissidini, da Universidade San Martín,nuts pokerBuenos Aires, a questão da popularidade "transcende a questão da direita e esquerda".

Nanuts pokervisão, o presidencialismo "muito forte" e os "partidos políticos fracos" acabam contribuindo para esta queda na popularidade, seja qual for a linha política do presidentenuts pokerexercício.

Segundo ela, o eleitor não percebe uma mudança na formanuts pokergovernar entre os governosnuts pokerdireita enuts pokeresquerda. E os países da região estão vivendo com "sociedades divididas", disse a especialista. "Estão os pró-Evo e contra-Evo os pró-Nicolas Maduro e contra Nicolás Maduro. Sociedades polarizadas", disse.

O professornuts pokerciências políticas da Universidade Autonomanuts pokerChile, Ricardo Israel, entende que, apesarnuts pokeros países e líderes da região viverem situações diferentes, existe um elemento comumnuts pokertodas elas.

"A palavra é desgaste. Desgastenuts pokerpoder, da economia, do autoritarismo e da pouca credibilidade que alguns deles tiveram ao responsabilizar o inimigo interno ou externa como burguesia, poderes concentrados ou o imperialismo, mas principalmente a questão da corrupção", disse.

O economista e ex-deputado da esquerda Unidade Popular,nuts pokerBuenos Aires, Claudio Lozano, entende quenuts pokerparticular os governosnuts pokeresquerda sofreram com a queda nos preços das commodities que limitam os recursos para medidasnuts pokercunho social. "Mas também acho que os governos definidos como progressistas não aproveitaram a época da bonança para fazer as mudanças sociais e econômicas estruturais que nossos países precisavam", disse.

Segundo analista, Macri mantém imagem positivanuts pokercercanuts poker60% mas já é visto com desconfiança por parte do eleitorado.

Crédito, Reuters

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Pornuts pokervez,nuts pokerCochabamba, na Bolívia, o pesquisador social Roberto Laserna, do Centronuts pokerEstudos da Realidade Econômica e Social (CERES), criticou o que chamounuts poker"populismo".

"Acho que o populismo é o que os caracteriza. Populismo no fatonuts pokerfundamentarnuts pokerpopularidade na expansão do gasto fiscal, dando prioridade a uma relação direta dos governantes com a população, acima das instituições", disse Laserna.

Para ele, no caso da Venezuela, principalmente, onde o petróleo é a principal fonte do país, "os recursos públicos do governo estão agora limitados" e a economia está "asfixiada".

Laserna entende que essa dependência do preçonuts pokerhidrocarbonetos também afetaria a Bolívia e o Equador.

Desaceleração da economia

No entanto, dados oficiais da economia boliviana indicam crescimento médionuts pokercercanuts poker5% nos dez anosnuts pokergestãonuts pokerEvo, aumentonuts pokerreservas no Banco Central, incremento no consumo e queda nos índicesnuts pokerpobreza.

Analistas trabalham porém com perspectivanuts pokerdesaceleração da economia boliviana a partir deste ano. Nanuts pokervisão, a relação entre "populismo" e a economia é "menos visível" no Brasil, na Argentina e no Chile "porque suas economias são mais fortes e diversificadas".

Para o professor chilenonuts pokerciências políticas da Universidadenuts pokerValparaíso, Guillermo Holzmann, além da queda dos preços das commodities que influencia o comportamento das economias da região, "a corrupção" é outro fator a ser destacado nesta quedanuts pokerapoio popular.

"Os países da América do Sul enfrentam com maior intensidade as implicânciasnuts pokerum crescimento econômico não inclusivo, que mostram governos que não solucionaram problemas como a desigualdade e que são respingados pela corrupção e a ineficiência na aplicaçãonuts pokerpolíticas públicas ounuts pokerreformas estruturais", disse Holzmann.

Para ele, os países da região "desfrutaramnuts pokeruma décadanuts pokercrescimento econômico por suas exportaçõesnuts pokerrecursos naturais e tentaram aproveitar os benefícios da globalização", mas, como Lozano, ele destacou a faltanuts poker"medidas mais profunda" para melhorar a vida e perspectivas das pessoas. "E isso gerou frustração entre os cidadãos", afirmou.

"Os governosnuts pokeresquerda demonstraram que a administração do Estado/governo é ineficientenuts pokerrelação às expectativas dos cidadãos, que a proposta ideológica que apresentaram não atende às expectativas e para completar os casosnuts pokercorrupção geraram decepção entre os eleitores", disse.