Por que a caça à baleia ainda é permitida:baixar blaze app

Alamy

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Alguns países, como Islândia e Japão, ainda permitem a caça à baleia

Em 1986,baixar blaze appresposta à redução da populaçãobaixar blaze appbaleias e ao crescente repúdio pela prática, a Comissão Internacionalbaixar blaze appBaleias (International Whaling Commission, ou IWC) determinou uma moratória global na caça comercial dos animais.

A Islândia assinou a moratória, mas "com reservas". Isso significa que não é ilegal que a Islândia continue caçando baleias, desde que cumpra determinadas regras.

<link type="page"><caption> Leia também: Satélite europeu disponibiliza imagensbaixar blaze appalta resolução da Terra – encontrebaixar blaze appcasa</caption><url href="http://roberthost1.accountsupport.com/noticias/2015/12/151214_satelite_casa_tg" platform="highweb"/></link>

Siga a BBC Brasil no <link type="page"><caption> Facebook</caption><url href="https://www.facebook.com/bbcbrasil" platform="highweb"/></link> e no <link type="page"><caption> Twitter</caption><url href="https://twitter.com/bbcbrasil" platform="highweb"/></link>

Alamy

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Poucos islandeses comem carnebaixar blaze appbaleia

A Islândia caça duas espécies: a baleia-minke, ou baleia-anã, e a baleia-comum, ou baleia-fin.

Em 2015, pescadores islandeses receberam autorização para caçar 154 baleias-comuns e 229 baleias-anãs, uma cota estabelecida pelo Ministério da Pesca e Agricultura do país.

Um relatório publicadobaixar blaze app30baixar blaze appsetembro pela emissora pública da Islândia diz que eles usaram toda a cota para baleias-comuns neste ano, mas caçaram somente 29 baleias-anãs.

Justificativas

A caça à baleia é muito visível para quem visita o país. Em 2015, fui gravar na Islândia e,baixar blaze appum restaurante, percebi como era grande a ofertabaixar blaze appcarnebaixar blaze appbaleia.

O islandês que acompanhava a equipe da BBC na viagem deu duas justificativas. Primeiro, havia muitas baleias no oceano e elas comiam todos os peixes.

Segundo, islandeses não costumam comer carnebaixar blaze appbaleia: são os turistas que o fazem.

O primeiro argumento é questionável. "Ao contrário do que o senso comum acredita, as baleias não comem peixes no mar perto da Islândia", diz a organização Conservação da Baleia dos Golfinhos, citando um relatóriobaixar blaze app2004.

<link type="page"><caption> Leia também: O mistério da homossexualidadebaixar blaze appanimais</caption><url href="http://roberthost1.accountsupport.com/noticias/2015/02/150211_vert_earth_animais_homossexuais_ml" platform="highweb"/></link>

Alamy

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Baleias-fin, ou baleias-comuns, estão ameaçadas

Na verdade, as duas espéciesbaixar blaze appbaleia caçadas na região têm dietas variadas, que incluem plâncton, frutos do mar e pequenos peixes,baixar blaze appacordo com a agência responsável pelo tema nos EUA, a National Marine Fisheries Service da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica.

Mas o segundo argumento dele é verdadeiro. De acordo com o WDC, apenas 1,7% dos islandeses comem carnebaixar blaze appbaleia. A população da Islândia é pequena, o que significa que essa porcentagem equivale a apenas 5,6 mil pessoas. Por outro lado,baixar blaze app35% a 40% dos turistas que visitam a Islândia comem carnebaixar blaze appbaleia – número que está caindo, segundo o International Fund for Animal Welfare (Fundo Internacional pelo Bem-Estar dos Animais).

Mas essa conta ainda deixa muita carnebaixar blaze appbaleia sobrando. O que acontece é que quase nada da carnebaixar blaze appbaleia pescada na Islândia é consumida no local. Ela é exportada para o Japão, onde a demanda é maior.

O Ministério da Pesca da Islândia diz que a caça à baleia é uma prática "sustentável e legal e que respeita as regras do IWC". Eles dizem que há abundânciabaixar blaze appbaleias-comuns e que a Islândia é uma "defensora da cooperação internacional para garantir o uso sustentávelbaixar blaze apprecursos marinhos vivos".

<link type="page"><caption> Leia também: Os 10 vídeos mais populares no YouTubebaixar blaze app2015</caption><url href="http://roberthost1.accountsupport.com/noticias/2015/12/151213_youtube_2015_tg" platform="highweb"/></link>

Ameaçadas?

Dados sobre populaçõesbaixar blaze appbaleia sugerem que o ministério está correto.

Baleia-anãs são encontradasbaixar blaze apptodos os oceanos. A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na siglabaixar blaze appinglês) lista-as como "pouco preocupantes", o que significa que não estãobaixar blaze appperigo imediatobaixar blaze appextinção.

O órgão estima que haja 100 mil baleias-anãs na natureza, então seria possível continuar com a caça sem ameaçar a espécie.

As baleias-comuns, no entanto, são espécies ameaçadas - e, segundo o IUCN, o principal motivo disso foi a caça comercial à baleia nos séculos 19 e 20.

SPL

Crédito, SPL

Legenda da foto, Populaçãobaixar blaze appbaleias foi reduzida drasticamente no século 19

Mas, mesmo nesse caso, não está claro se a pesca praticada na Islândia é um problema.

Quando o IUCN examina se uma espécie está ameaçada, ele considera o conjunto da população globalbaixar blaze appanimais. Mas, dentrobaixar blaze appcada espécie, há alguns grupos locais que estão sob forte ameaça e outros que estão muito saudáveis e não correm riscos.

A populaçãobaixar blaze appbaleias-comuns do Atlântico Norte é considerada saudável. São as populaçõesbaixar blaze appoutros locais que são consideradas baixas e levaram a espécie a ser classificada como ameaçada.

Sustentabilidade

Por isso, caçar baleias-comuns na Islândia não é uma ameaça, diz Geneviève Desportes, do North Atlantic Marine Mammal Commission. "Não tem consequências, é sustentávelbaixar blaze applongo prazo."

A pesca da baleia é uma tradição antiga na Islândia e traz renda a comunidades pequenas, diz Desportes. "Nossa organização acredita que recursos marinhos podem ser usados se isso for feitobaixar blaze appforma sustentável e responsável."

Mas um estudobaixar blaze app2008 questionou a sustentabilidade das práticas da Islândia. Um grupobaixar blaze apppesquisadores disse que houve "diminuição significativa" no númerobaixar blaze appbaleias-anãs perto da costa desdebaixar blaze appúltima pesquisa.

Mas é difícil ter uma estimativa precisa do númerobaixar blaze appbaleias. "São criaturas que passam 80% do tempo na água, então ter um número preciso leva tempo e é caro", diz Wilson.

Independentemente disso, a Islândia e outros países que praticam caça à baleia dizem que a prática pode ser sustentável, pelo menos para algumas populações.

"A única razão para não permitir isso seria assistência, motivos emocionais ou culturais", diz Wilson.

Japão

Isso pode incluir uma relutânciabaixar blaze appcausar sofrimento às baleias – não se sabe se é possível matar um animal grandebaixar blaze appmar abertobaixar blaze appforma humana – ou a reprovaçãobaixar blaze appmatar-se um animal inteligente como a baleia.

"Na cultura deles, essas questões não existem. Para eles, não há motivo para não pescar baleias", diz ela.

O governo do Japão também tem uma posiçãobaixar blaze appapoio à caça da baleia. O país argumenta que faz isso para pesquisa científica – o que é permitido pelo IWC.

Há algumas semanas, uma navio japonês partiu para a Antártica. Seu objetivo declarado é caçar 333 baleias-anãs para descobrir quantas estão vivendo perto dali.

Mas o programa científicobaixar blaze appcaçabaixar blaze appbaleias japonês foi amplamente criticado sob o argumentobaixar blaze appque quase não produz pesquisa. A maior parte da carnebaixar blaze appbaleia acababaixar blaze apprestaurantes.

Além disso, um relatóriobaixar blaze app2013 concluiu que a indústria sequer é lucrativa e tinha que ser subsidiada pelo governo japonês.

Leia a <link type="page"><caption> versão original desta reportagem (em inglês)</caption><url href="http://www.bbc.com/earth/story/20151203-why-do-some-countries-still-hunt-whales" platform="highweb"/></link> no site <link type="page"><caption> BBC Earth</caption><url href="http://www.bbc.com/earth/world" platform="highweb"/></link>