Professora tenta suicídio duas vezes após agressões consecutivasphoenix slots paga mesmoalunos :phoenix slots paga mesmo

Crédito, BBC Brasil
- Author, Ricardo Senra
- Role, Da BBC Brasilphoenix slots paga mesmoSão Paulo
phoenix slots paga mesmo "Dou aulaphoenix slots paga mesmoporta aberta por medo do que os alunos possam fazer. Não dá para ficar sozinha com eles", diz Liz*, professoraphoenix slots paga mesmoinglêsphoenix slots paga mesmodois colégios públicos da periferiaphoenix slots paga mesmoSão Paulo.
Em 15 anosphoenix slots paga mesmoaulas tumultuadas e sucessivas agressões (de ameaçasphoenix slots paga mesmomorte a empurrões e tapas na frente da turma), a professora chegou a tentar suicídio duas vezes – primeiro por ingestãophoenix slots paga mesmoálcoolphoenix slots paga mesmocozinha, depois por overdosephoenix slots paga mesmoremédios.
"Me sentia feliz quando comecei a dar aulas. Hoje, só sinto peso, tristeza e dor", diz.
A violência contra professores foi destacada por internautasphoenix slots paga mesmoconsulta nas redes sociais promovida pelo #salasocial, o projeto da BBC Brasil que usa as redes para obter conteúdo original e promover uma maior interação com o público.
Em posts no <link type="page"><caption> Facebook</caption><url href="https://www.facebook.com/bbcbrasil/photos/a.305083412815.158425.303522857815/10152250777072816/?type=1" platform="highweb"/></link> e no <link type="page"><caption> Twitter</caption><url href="https://twitter.com/bbcbrasil/status/496747061640187906" platform="highweb"/></link>, leitores disseram que a educação deveria merecer mais atenção por parte dos candidatos a cargos públicos.
A pedido da BBC Brasil, internautas, entre eles professores, compartilharam, via <link type="page"><caption> Facebook</caption><url href="https://www.facebook.com/bbcbrasil/photos/a.305083412815.158425.303522857815/10152288768662816/?type=1" platform="highweb"/></link>, <link type="page"><caption> diferentes relatos</caption><url href="https://www.facebook.com/bbcbrasil/photos/a.305083412815.158425.303522857815/10152287269777816/?type=1" platform="highweb"/></link> sobre violência cometida contra profissionaisphoenix slots paga mesmoensino. Houve também depoimentos feitos via <link type="page"><caption> Google+</caption><url href="https://plus.google.com/b/102439754730579948294/102439754730579948294/posts/DZzjXHFJvUL" platform="highweb"/></link> e <link type="page"><caption> Twitter</caption><url href="https://twitter.com/bbcbrasil/status/503195029847150592" platform="highweb"/></link>.
Segundo o psiquiatra Lenine da Costa Ribeiro, que há 25 anos faz sessõesphoenix slots paga mesmoterapia coletiva com educadores no Institutophoenix slots paga mesmoAssistência Médica ao Servidor Público Estadual, o trauma após agressões é o principal motivophoenix slots paga mesmolicenças médicas, pânico e depressão entre professores. "Mais do que salários baixos ou faltaphoenix slots paga mesmoestrutura", ressalta.
O problema,phoenix slots paga mesmoacordo com especialistas consultados pela BBC Brasil, seria resultado da desvalorização contínua do professor, do descompasso entre escolas e expectativas dos alunos ephoenix slots paga mesmoepisódiosphoenix slots paga mesmoviolência familiar e nas comunidades.
Lápis afiado
A primeira tentativaphoenix slots paga mesmosuicídio aconteceu assim que Liz descobriu que estava grávida.
"Quando vi que teria um filho, fiquei desesperada. Eu não queria gerar mais um aluno", diz a professora, que bebeu álcoolphoenix slots paga mesmocozinha e foi socorrida pela mãe.
A segunda aconteceuphoenix slots paga mesmoabril do ano passado, após agressões consecutivas envolvendo alunos da primeira sériephoenix slots paga mesmouma escola municipal e do terceiro ano do ensino médiophoenix slots paga mesmoum colégio estadual, ambos na zona sulphoenix slots paga mesmoSão Paulo.
"Começou com um menino com históricophoenix slots paga mesmoviolência familiar. Ele atacava os colegas e batia a própria cabeça na parede. Um dia, para chamar minha atenção, ele apontou um lápis bem apontadinho e rasgou o rostophoenix slots paga mesmouma 'aluna especial' que sentava na minha frente", relata.

Crédito, BBC Brasil
Ela conta que o rosto da aluna, que tem dificuldades motoras e intelectuais, ficou cobertophoenix slots paga mesmosangue.
"Violência gera violência", diz Liz, ao assumir ter agredido, ela mesma, o meninophoenix slots paga mesmo6 anos que machucou a colega com o lápis.
"Empurrei ele com força para fora da sala. Depois fiquei destruída", conta.
Na semana seguinte, diz Liz, um alunophoenix slots paga mesmo16 anos a "atacou" após tentar mexer emphoenix slots paga mesmobolsa.
"Ele disse que a escola era pública e que, portanto, a bolsa também era dele. Eu tentei tirar a bolsa, disse que era minha e então ele pulouphoenix slots paga mesmocimaphoenix slots paga mesmomim na frentephoenix slots paga mesmotodos", relata.
O adolescente foi suspenso por seis dias e voltou à escola. O mesmo não aconteceu com Liz, que pediu licença médica e se afastou por um ano.
"Não me matei. Mas não estou convencida a continuar vivendo", diz.
Quadro negro e giz

Crédito, BBC Brasil
A professoraphoenix slots paga mesmoinglês diz que a gota d'água para buscar ajudaphoenix slots paga mesmoum psiquiatra foi quando percebeu que estava se tornando "muito severa" com a própria filha,phoenix slots paga mesmo6 anos. "Ali eu vi que estava perdendo a vontadephoenix slots paga mesmoviver", diz. "A violência na escola é física, mas também é moral e institucional. Isso acaba com a gente", afirma.
A educadora diz que, nas duas oportunidades, não procurou a polícia por "saber que nada seria feito e que os policiais considerariamphoenix slots paga mesmodemanda pequena perto das outras".
Para a educadora, o modelo atual das escolas estaria ultrapassado, o que tornaria a situação mais difícil. "Na salaphoenix slots paga mesmoaula, eu dou aula para as paredes. E se o aluno vai mal, a culpa é nossa. Essa culpa não é minha, eu trabalho com quadro negro e giz. Enquanto isso os alunos estão com celular, tocando a tela", observa.

Crédito, FACEBOOK
Em tratamento contínuo, ela diz que está, aos poucos, se afastando do ensino na rede pública.
"Dou aulas particulares também. E estes alunos eu vejo crescendo, progredindo", diz.
Abandonar a escola, diz a professora, seria o caminho para resgatarphoenix slots paga mesmoautoestima.
"A alegria do professor é ver o progresso do aluno. É gostoso ver o aluno crescer. A classe toda tirar 10 é o maior prazer do mundo, vê-los entrando na faculdade é a nossa alegria", diz. "Mas não é isso o que acontece".
*A pedido da professora, o nome real foi mantidophoenix slots paga mesmosigilo.








