Eleições nos EUA: por que escravidão é temafraude apostas desportivasplebiscitosfraude apostas desportivas5 Estados:fraude apostas desportivas

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Os apoiadores da mudança afirmam que esta é uma brecha para a exploração que precisa ser fechada. Já os críticos argumentam que é uma mudança insustentável, que pode gerar consequências indesejadas para o sistemafraude apostas desportivasjustiça criminal.
'Trabalhei por 25 anos e voltei para casa com 124 dólares'
As raízes do sistema moderno têm origem nos séculosfraude apostas desportivasescravidão dos afro-americanos, segundo pesquisadores dos direitos humanos.

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Nos anos que se seguiram à abolição da escravatura, foram aprovadas leis especificamente destinadas a reprimir as comunidades negras e levá-las à prisão, onde os detentos seriam forçados a trabalhar.
Atualmente, existem prisioneiros negros americanos que ainda são forçados a colher algodão e outros produtos nas plantações do sul, onde seus antepassados foram mantidos acorrentados.
"Os Estados Unidos da América nunca tiveram um dia sem escravidão legal", afirma Curtis Ray Davis II, que passou maisfraude apostas desportivas25 anosfraude apostas desportivastrabalhos forçadosfraude apostas desportivasuma prisão da Louisiana por um assassinato que não cometeu, até o seu indulto,fraude apostas desportivas2019.
Davis teve uma sériefraude apostas desportivastrabalhos na conhecida Penitenciária Estadualfraude apostas desportivasLouisiana, apelidadafraude apostas desportivas"Angola", nome do paísfraude apostas desportivasonde foram trazidos muitos dos africanos escravizados na região.
"Trabalhei por 25 anos e vim para casa com 124 dólares [cercafraude apostas desportivasR$ 627]", afirma Davis. Ele nunca recebeu maisfraude apostas desportivasUS$ 0,20 (cercafraude apostas desportivasR$ 1) por horafraude apostas desportivastrabalho, o que, segundo ele, era feito "contra a minha vontade e sob a mirafraude apostas desportivasuma arma".
Cercafraude apostas desportivas75% dos prisioneiros na penitenciária eram negros, segundo o Projeto Inocência, um grupo que trabalha para libertar prisioneiros inocentes que foram condenados. O grupo afirma quefraude apostas desportivas"Angola" a escravidão americana nunca acabou.

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"A escravidão foi abolida, mas, na verdade, foi apenas uma transferênciafraude apostas desportivaspropriedade da escravidão legal e da propriedade privada para a escravidão literalmente sancionada pelo Estado", afirma Savannah Eldrige, da Rede Nacional para a Abolição da Escravatura.
A organização vem trabalhando para ampliar o númerofraude apostas desportivasEstados que proíbem a escravidão sem exceções e vem tentando convencer os legisladores na capital americana, Washington, a aprovar uma lei similar alterando a constituição dos Estados Unidos.
Desde 2018, os Estados do Colorado, Nebraska e Utah aprovaram medidas proibindo todas as formasfraude apostas desportivasescravidão. Eldrige destaca que o movimento reuniu o apoiofraude apostas desportivasdemocratas e republicanos. Só assim foi possível a aprovaçãofraude apostas desportivasUtah e Nebraska, Estados dominados pelos republicanos.
Ela prevê que,fraude apostas desportivas2023, 18 legislativos estaduais votarão leis para proibir a escravidão.
'Consequências indesejadas'
Poucos apresentaram-se contrários aos esforços estaduais para eliminar a linguagem da escravidão. Mas o movimento encontrou resistênciafraude apostas desportivascríticos que afirmam que seria caro demais pagar salários adequados aos prisioneiros, que eles não merecem o mesmo pagamento ou que as mudanças trariam desvantagens aos detentos.
O legislativo da Califórnia rejeitou a retiradafraude apostas desportivasreferências à escravidão das leis estaduaisfraude apostas desportivasvotaçãofraude apostas desportivas2022, quando os democratas, incluindo o governador do Estado, alertaram que pagar aos prisioneiros o salário mínimo estadual,fraude apostas desportivasUS$ 15 (cercafraude apostas desportivasR$ 76) por hora, custaria maisfraude apostas desportivasUS$ 1,5 bilhão (cercafraude apostas desportivasR$ 7,6 bilhões).

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A Associação dos Xerifesfraude apostas desportivasOregon opõe-se à medida no Estado. Eles alegam quefraude apostas desportivasaprovação traria "consequências indesejadas" e a perdafraude apostas desportivastodos os "programasfraude apostas desportivasreforma", que incluem tarefas com baixo pagamento, como trabalhar na biblioteca, na cozinha e na lavanderia.
O grupo afirma que essas tarefas oferecem algo para fazer aos prisioneiros e "servemfraude apostas desportivasincentivo para o bom comportamento", o que é um fator considerado nas audiências para concessãofraude apostas desportivasliberdade condicional.
Para a associação, essa medida traz dois problemas: ela se aplica apenas aos condenados, deixandofraude apostas desportivasfora as pessoas detidas aguardando julgamento, e poderia significar o fimfraude apostas desportivastodos os programas prisionais não autorizados especificamente por sentença judicial.
"Os xerifesfraude apostas desportivasOregon não aceitam nem apoiam a escravidão e/ou a servidão involuntáriafraude apostas desportivasnenhuma forma", afirma a associaçãofraude apostas desportivasum panfleto aos eleitores. Ela acrescenta que a aprovação da medida "resultará na eliminaçãofraude apostas desportivastodos os programasfraude apostas desportivasreforma e aumento dos custosfraude apostas desportivasoperação das cadeias locais".
Grandes empresas, via terceirizados
Os prisioneiros contribuem para a economia e a cadeiafraude apostas desportivasfornecimentofraude apostas desportivasmuitas formas, algumas delas surpreendentes.

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Eles já foram convocados para produzirfraude apostas desportivastudo, desde óculos até placasfraude apostas desportivasautomóveis e bancosfraude apostas desportivasparques. Eles processam carne, leite e queijo e trabalhamfraude apostas desportivascentraisfraude apostas desportivasatendimento telefônicofraude apostas desportivasagências do governo e companhias importantes.
Rastrear as empresas que usaram mãofraude apostas desportivasobra prisional pode ser difícil, já que o trabalho normalmente é terceirizado. Uma empresa contratada vende os produtos e serviços dos prisioneiros para companhias importantes que, às vezes, desconhecemfraude apostas desportivasorigem.
Empresas que já se beneficiaram do trabalho prisional, somente no Estadofraude apostas desportivasUtah, incluem a American Express, Apple, PepsiCo e FedEx, segundo um relatório da União Americana para as Liberdades Civis (ACLU, na siglafraude apostas desportivasinglês), publicadofraude apostas desportivasjunho.
Pelo menos 30 Estados incluem trabalhadores prisionais nos seus planosfraude apostas desportivasoperaçãofraude apostas desportivasemergência contra desastres naturais e outros distúrbios civis. E eles combatem incêndiosfraude apostas desportivaspelo menos 14 Estados, segundo o relatório da ACLU.
Mas as vidas dos prisioneiros provavelmente não irão mudar da noite para o dia nos cinco Estados promotores do plebiscito, se a medida for aprovada.
"Esses plebiscitos são necessários, mas não são suficientes para pôr fim à escravidão", afirma Jennifer Turner, pesquisadorafraude apostas desportivasdireitos humanos na ACLU.
Os tribunais ainda precisarão interpretar quais direitos têm os trabalhadores prisionais e se eles receberão benefícios como auxílio-doença, a que os trabalhadoresfraude apostas desportivasliberdade legalmente têm direito.

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Nos Estados que já eliminaram as exceçõesfraude apostas desportivasescravidão, os resultados foram variados.
No Colorado, um prisioneiro processou o Estado por estar, segundo ele, violando a abolição da escravatura. Mas,fraude apostas desportivasagosto, um tribunal decidiu que os legisladores não pretendiam abolir todo o trabalho prisional e encerrou o caso.
Já uma prisãofraude apostas desportivasNebraska começou a pagar US$ 20 a 30 (cercafraude apostas desportivasR$ 100 a 150) por semana aos detentos depois que a exceção foi eliminada naquele Estado, segundo o jornal americano The New York Times. Espera-se que outros questionamentos legais surjam à medida que os prisioneiros continuem a lutar por seus direitos e proteções.
Davis, que foi preso injustamentefraude apostas desportivasLouisiana, afirma que eliminar a exceção da prisão colocará fim a esse "incentivo" para que seu Estado natal detenha seus cidadãos.
"Acredito que qualquer pessoa com consciência, qualquer pessoa que entenda a legislaçãofraude apostas desportivaspropriedade, entende que seres humanos nunca deveriam ser propriedadefraude apostas desportivasoutras pessoas", declarou ele à BBC News. "E que também não deveriam ser propriedade do Estado da Louisiana."
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