As acusaçõescriar conta na sportingbetabuso sexual que abalam comunidades ultraortodoxascriar conta na sportingbetIsrael:criar conta na sportingbet
"Todo mundo o respeitava e eu queria estar perto dele", diz Shayli. Um entre 13 irmãos, Shayli muitas vezes ansiava por atenção e ficou lisonjeado por ser escolhido por Meshi Zahav.
Então, um dia, Meshi Zahav deu a ele uma camiseta. "Quando ele colocoucriar conta na sportingbetmim, ele colocou a mão nas minhas calças."
Não existe aulacriar conta na sportingbeteducação sexual nos seminários judaicos yeshivas (ou yeshivot, no plural) e Shayli achou difícil tratar do abuso com outros.
Ele pensoucriar conta na sportingbetse ferir. "Eu não queria mais viver", diz ele.
Então com 20 e poucos anos, Shayli foi à polícia, mas a primeira investigação sobre Meshi Zahav foi rapidamente encerrada. "Sempre que mencionava o nome dele, a porta se fechava", afirma.
Mas isso mudoucriar conta na sportingbet2021, logo depois que foi anunciado que Zahav havia vencido o prestigioso Prêmio Israel, considerado a maior honra cultural do país.
Um jornal publicou acusaçõescriar conta na sportingbetcomo, desde a décadacriar conta na sportingbet1980, Zahav vinha usando seu status e poder para agredir mulheres e crianças.
Meshi Zahav negou e, depois que a polícia abriu uma investigação, ele tentou suicídio e acaboucriar conta na sportingbetcoma.
Mas o caso Meshi Zahav não foi o único escândalo recentecriar conta na sportingbetabuso sexualcriar conta na sportingbetalta repercussão a vir à tona entre os judeus ultraortodoxos, que compõem cercacriar conta na sportingbet12% da populaçãocriar conta na sportingbetIsrael.
'Encantadorcriar conta na sportingbetCrianças'
Romi Schwartz, agora com 40 anos, foi abusada sexualmente quando criança e estuprada anos depois por um autorcriar conta na sportingbetlivros infantis, terapeuta e personalidade da mídia, o rabino Chaim Walder, a quem ela pediu ajuda.
"Ele era como um mentor, um guru. O encantadorcriar conta na sportingbetbebês", diz Romi sobre Walder. Seus livros infantis estavamcriar conta na sportingbetquase todos os lares ultraortodoxos.
Depois quecriar conta na sportingbetfamília arranjou seu casamento, aos 17 anos, Romi ainda sofriacriar conta na sportingbetataquescriar conta na sportingbetpânico por contacriar conta na sportingbetum traumacriar conta na sportingbetinfância.
Seu marido tentou ajudá-la marcando sessõescriar conta na sportingbetterapia com Walder. Romi diz que se sentiu calma no início. "Ele me disse: 'eu vou estar lá para você'."
Mas depoiscriar conta na sportingbetum ano, ele se aproveitoucriar conta na sportingbetsua confiança e do fatocriar conta na sportingbetela levar uma vida reclusa. Ele a agrediu sexualmente emcriar conta na sportingbetlivraria e depois a enganou para levá-la a um hotel, onde a estuprou.
Apesarcriar conta na sportingbetsua educação ultraortodoxa, Romi agora se considera uma judia secular. Ele diz que denunciar tal abuso à polícia seria impensável para muitos na comunidade haredi.
"Você não vai às autoridades do mundo secular, é proibido."
Foi apenas no final do ano passado, após outra investigação jornalística, que um tribunal rabínico especial agiu contra Walder.
O tribunal religioso o considerou culpadocriar conta na sportingbetagredir sexualmente ou estuprar maiscriar conta na sportingbet20 mulheres e meninas ao longocriar conta na sportingbetdécadas.
Ele alegou inocência, mas, quando a polícia iniciou uma investigação, ele atiroucriar conta na sportingbetsi mesmo.
Reações contrárias
Foi a reação defensivacriar conta na sportingbetalguns famosos judeus haredi que provocou uma reação furiosacriar conta na sportingbetoutros na comunidade.
Alguns rabinos e órgãos religiosos reagiram com silêncio ou até com críticas às vítimas.
Eles acusaram aqueles que se manifestaram contra Waldercriar conta na sportingbetcalúnia, até mesmocriar conta na sportingbetassassinato. Um sobreviventecriar conta na sportingbetum abuso cometeu suicídio.
A ativista religiosa Shoshana Keats Jaskoll diz que ela e outros não conseguiam acreditar que Walder ainda estava sendo defendido e que eram suas vítimas que estavam sendo culpadas.
Ele diz quecriar conta na sportingbetreação causou uma "explosão"criar conta na sportingbetraiva e "uma revolução absoluta na comunidade haredi".
Avigayl Heilbronn, que se descreve como uma haredi moderna, é partecriar conta na sportingbetum número crescentecriar conta na sportingbetmulheres que tentam aumentar a conscientizaçãocriar conta na sportingbetuma comunidade que evita a internet.
Ela e outros estão distribuindo panfletoscriar conta na sportingbetlares ultraortodoxoscriar conta na sportingbetIsrael: maiscriar conta na sportingbetum milhãocriar conta na sportingbetpanfletos foram colocados nas caixascriar conta na sportingbetcorreio.
"São instruções para os pais [sobre] como conversar com seus filhos sobre abuso sexual", diz Avigayl. "Não estamos apenas fazendo barulho."
Um novo #MeToo?
Ativistas comparam o que está acontecendo com o movimento #MeToo (eu também).
Eles dizem que teve um efeito cascata semelhante, "com adultos e crianças falando sobre abusos históricos e recentes por figuras poderosas, homens e mulheres".
No entanto, permanecem questões sobre a eficácia com que as autoridades haredim mais conservadoras podem agir contra os abusadores sexuais.
"Ainda há um longo caminho a percorrer", diz Manny Waks, ex-judeu haredi e fundador da Voicsa, uma organização contra o abuso sexual infantilcriar conta na sportingbetcomunidades judaicascriar conta na sportingbettodo o mundo.
"Porque a culturacriar conta na sportingbetcomo a comunidade haredi pensa é muito importante, e não importa o que você diga ou faça, o rabino é tudo."
Ele fala por experiência própria.
Manny cresceucriar conta na sportingbetuma comunidade ultraortodoxa muito unida na Austrália, e ele ecriar conta na sportingbetfamília pagaram um alto preço quando se tornou um dos primeiros a falar publicamente sobrecriar conta na sportingbetexperiênciacriar conta na sportingbetabuso sexual na infância.
"O rabino-chefe do púlpito disse que ninguém tinha permissão para falar", explica ele. "Meus pais foram condenados ao ostracismo, excomungados."
Mas o rabino Aharon Boymel, que se considerava amigocriar conta na sportingbetZahav e Walder, insiste que as coisas estão mudando.
Ele diz que os líderes rabínicos não sabiam do abuso dos dois homens, mas admite que uma culturacriar conta na sportingbetvergonha e sigilo tem sido "um grande problema".
"Antes a gente varria essas coisas para debaixo do tapete. Hoje não existe isso. Se alguém maltrata um menino ou uma menina, imediatamente a gente chama a polícia", diz.
Mas parece que nem tudo é tão claro.
"Hoje eu conheço outra história como acriar conta na sportingbetChaim Walder e Yehuda Meshi Zahav. Grandes nomes, pessoas importantes, eles pararam [o abuso] e foram receber tratamento por causa dessa história", diz ele.
Esses comentários geraram preocupações entre as vítimas, que acreditam que alguns abusadores ainda estão recebendo tratamentocriar conta na sportingbetvezcriar conta na sportingbetserem denunciados diretamente à polícia.
Depoiscriar conta na sportingbetmaiscriar conta na sportingbetum anocriar conta na sportingbetcoma, surgiram notíciascriar conta na sportingbetjunhocriar conta na sportingbetque Yehuda Meshi Zahav, o homem que há muito atormentava Shayli Tevel, havia morrido.
Dias depois, Shayli procurou seu túmulo no vasto e centenário cemitério judeu no Monte das Oliveiras. Ele o encontroucriar conta na sportingbetum canto reservado para aqueles que cometeram suicídio, visto como uma violação das crenças judaicas.
Shayli rezou lá apenas por um curto períodocriar conta na sportingbettempo. Ele saiu choroso, mas aliviado.
"Ficou para trás", diz ele. "É doloroso, mas agora acabou."
"Para todos que passaram por algo assim, não tenham medo, qualquer que tenha sidocriar conta na sportingbetexperiência, que tenha sido a experiênciacriar conta na sportingbetseu filho, fale sobre isso", diz ele. "Isso te cura."
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