Sol negro: o que é o símbolo associado ao nazismo usado por militar ucranianosuperbet lfoto viral da guerra:superbet l

Crédito, Anastasia Vlasova/Getty Images
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Ao anunciar a invasão do território ucraniano, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a operação militar visava, entre outros objetivos, a desnazificação da Ucrânia.
Para especialistas, ao acusar há anos o país vizinhosuperbet lser dominado por organizações nazistas, o líder russo mobiliza uma sériesuperbet lconceitos e eventos históricos na região que ajudariam a justificar para o mundo e especialmente para o povo russo as ações militares contra um povo igualmente eslavo.
Mas pesquisadores apontam que, apesar do avanço da presençasuperbet lneonazistas nos últimos anos na Ucrânia (como ocorresuperbet loutros países), esses grupos não têm podersuperbet ldecisão no governo ucraniano nem no Parlamento do país.
O símbolo acrescentado pelos militares ucranianos das fotos ao seu uniforme é composto por dois círculos concêntricos e raios que partem do círculo menor para o maior. Segundo a Liga Anti-Difamação (entidade que combate o avanço do antissemitismo), este símbolo é usadosuperbet ldiferentes versões por diversas culturas ao redor do mundo, como os nórdicos antigos e os celtas, por isso "não se deve assumir que a maioria das imagenssuperbet ltorno desse símbolo denote racismo ou supremacismo branco".
Mas, segundo a Liga Anti-Difamação, ele é bastante popular entre neonazistas por ser um dos "diversos símbolos europeus apropriados pelos nazistas emsuperbet ltentativasuperbet linventar a idealizada herança ariana". Em geral, a versão mais comum desse símbolo entre neonazistas tem uma suástica, mas esta não aparece no símbolo no uniforme do militar ucraniano presente nas fotos que viralizaram.
Segundo a entidade Freedom House, o sol negro remete a movimentos ligados ao esoterismo e ao ocultismosuperbet lmeados do século 19, e nos anos seguinte foi usada por diversas vertentes, como cultos satanistas ou neopagãos e organizações com traços esotéricos dentro do nazismo.
Esse símbolo, por exemplo, estava presentesuperbet lum dos salões principais do castelosuperbet lWewelsburg, sede da SS (Schutzstaffel ou Esquadrãosuperbet lProteção), a polícia nazista chefiada por Heinrich Himmler. "Mas ele voltou a se popularizarsuperbet l1991, com o livro O Sol Negrosuperbet lTashi Lhunpo,superbet lRussell McCloud (pseudônimo do jornalista alemão Stefan Mogle-Stadel). Desde então, neonazistassuperbet lvários países têm o usado ativamente como símbolosuperbet llições do ocultismo nazista que alega conectar o nazismo a 'saberes antigos secretos'", explica a entidade.
Ainda segundo a Freedom House, na Ucrânia, o sol negro é frequentemente usado como uma marca da idelogiasuperbet lextrema direita, sem significados esotéricos no país.

Crédito, Anastasia Vlasova/Getty Images
Por outro lado, o sol negro é um dos símbolos associados ao nazismo que fazem parte da insígnia do Batalhão Azov, uma milíciasuperbet ldireita formada por diversos indivíduos com passadosuperbet latividadesuperbet lorganizações neonazistas.
O grupo ganhou notoriedade a partirsuperbet l2013, quando o quando o então presidente ucraniano Viktor Yanukovych, que comandava um governo pró-Rússia, cedeu à pressãosuperbet lPutin e se recusou a assinar um pactosuperbet laproximação do país com a União Europeia, algo que a maioria dos ucranianos desejava.
A decisão do presidente fez irromper protestos populares pelo país. Após mesessuperbet ltensão,superbet l2014, Yanukovych fugiu para a Rússia e acabou deposto. A Rússia retaliou a derrubada do aliado tomando a Crimeia e desencadeando uma rebelião no leste ucraniano na regiãosuperbet lDonbas liderada por separatistas apoiados pela Rússia. Nesse período, algumas milícias, como o Batalhão Azov, passaram a atuar para repelir os separatistas russos.
A partir dali, o Azov e outros grupos consideradossuperbet lextrema direita por especialistas, como o Partido Svoboda e Pravyi Sektor (Setorsuperbet lDireita), montaram suas próprias milícias armadas, muitas das quais passaram a integrar forças regulares ucranianas como a Políciasuperbet lPatrulha para Operações Especiais da Ucrânia e a Guarda Nacional da Ucrânia, empregadas contra os separatistas pró-Rússia na regiãosuperbet lDonbas.

Crédito, Anadolu Agency
Em artigo sobre o tema no jornal Folhasuperbet lS.Paulo, dois pesquisadores do Observatório da Extrema Direita, Odilon Caldeira Neto (UFJF) e David Magalhães (PUC-SP/Faap), afirmam que "o abrigo institucionalsuperbet luma sabida organização neonazista reforça a ideiasuperbet lque a extrema direita atua como linha auxiliar do governo ucraniano".
Mas mesmo que o governo que sucedeu osuperbet lYanukovych tenha dado espaço a lideranças da extrema direita ucraniana, "sabe-se que os membros da extrema direita não exerceram podersuperbet ldecisão a pontosuperbet lcaracterizar o governo como neonazista".
Com exceção do Svoboda, partidossuperbet lextrema direita têm dificuldadesuperbet leleger parlamentaressuperbet ldistritos com um único representante, e nenhumsuperbet lseus candidatos presidenciais garantiu maissuperbet l5% dos votossuperbet leleições nacionais.
O outro símbolo associado ao nazismo presente na insígnia do Batalhãosuperbet lAzov é uma espéciesuperbet lvariação espelhada do símbolo Wolfsangel (ganchosuperbet llobo,superbet ltradução livre). Segundo a Liga Anti-Difamação, acreditava-se que esse símbolo (que se assemelha a armadilhas contra lobos) tinha capacidadesuperbet lafastar lobos e historicamente podia ser encontradosuperbet ldiversos lugares da Alemanha, até também ser apropriado pela SS nazista.
No caso ucraniano, o símbolo Wolfsangel invertido é usado pelo Azov e por diversas outras organizaçõessuperbet ldireita na Ucrânia, como o partido Svoboda, que significa Liberdade. Segundo a organização Freedom House, o símbolo é uma mistura das letras "I" e "N" (Ideiasuperbet lNação), mas algumas liderançassuperbet lorganizações que usam esse símbolo, como o Patriota da Ucrânia, negam qualquer relação com o nazismo.
"Na Ucrânia, o símbolo da Ideia da Nação é usado apenas por organizações radicaissuperbet ldireita como um indicadorsuperbet lnacionalismo radical (neonazismo). Era o emblema do Partido Social-Nacional da Ucrânia (atual Partido Svoboda), da organização não governamental Patriota da Ucrânia e da Assembleia Social-Nacional. O Destacamentosuperbet lPropósito Específico Azov (ou Batalhãosuperbet lAzov) o usa como seu emblema, assim como estruturas relacionadas, como o ramo civilsuperbet lAzov", afirma a Freedom House.
Stepan Bandera e as origens das acusaçõessuperbet lnazismo na Ucrânia
É impossível entender as referências feitas por Putin sem voltar algumas décadas na História. Se, por um lado, o modo como o Exército Vermelho, da União Soviética, combateu e derrotou as tropas nazistas alemãs na Segunda Guerra Mundial ainda mobiliza o imaginário dos russos e seu orgulho nacional,superbet loutro lado, a reaçãosuperbet lao menos parte dos seus vizinhos ucranianossuperbet lrelação a Hitler segue sendo motivosuperbet lhostilidade entre russos e ucranianos.
Quando o exército nazista adentrou as áreas ucranianas,superbet l1941, uma parte da população optou por colaborar com os alemães, enquanto boa parte do país foi varrida por sofrimento e destruição. Maissuperbet l5 milhõessuperbet lucranianos morreram combatendo os nazistas, que mataram a maior parte dos 1,5 milhãosuperbet ljudeus ucranianos.
A ocupação alemã durou até 1944, e os ucranianos que se engajaram na cooperação com os alemães nazistas atuaram na administração local, se tornaram parte da polícia nazista ou viraram guardassuperbet lcampossuperbet lconcentração. O governo civil alemão nazista foi batizadosuperbet lReichskommissariat Ukraine, ou RKU, e compreendia o que hoje se divide entre o território da Ucrânia, Belarus e Polônia.

Crédito, Mykola Miakshykov / Ukrinform/Barcroft Media via
Uma das figuras mais proeminentes e controversas desse nacionalismo colaboracionista ucraniano foi Stepan Bandera, que primeiro atuou para facilitar o domínio dos nazistas na região e depois se voltou contra eles, quando percebeu que seu planosuperbet lindependência da Ucrânia não se concluiria. Bandera passou anossuperbet lum camposuperbet lconcentração nazista e acabaria assassinado por um agente da KGBsuperbet l1959.
Por trás da colaboração com os nazistas, estava também o objetivosuperbet lindependênciasuperbet lparte dos ucranianos e a crençasuperbet lque os alemães poderiam ser o caminho para se livrar do líder soviético Joseph Stálin.
Na região ucraniana da Galícia, depoissuperbet l2014, Bandera passou a ser cultuado como uma figura mítica, e o governo ucraniano incluiu-o entre os heróis da pátria. Para os ucranianos da maior parte do país, porém, é pouco mais que um símbolo.
"Bandera é considerado herói nacional porque se considera quesuperbet laliança com os nazistas não se deu por afinidade ideológica, mas para lutar contra Stalin. Não se pode comprar a narrativasuperbet lque a Ucrânia é nazista, como afirma Putin, mas tampouco é possível dizer que o neonazismo no país seja insignificante", afirmou Andrew Traumann, professorsuperbet lRelações Internacionais do Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba) e pesquisador do Gruposuperbet lEstudos e Pesquisasuperbet lOriente Médio (Gepom), à BBC News Brasil.
"Essa referência a nazistas e neonazistas se tornou muito proeminente na mídia russa por voltasuperbet ldezembrosuperbet l2013, porque, na época dos protestos da Praça Maidan, alguns dos manifestantes faziam coisas como hastear uma bandeirasuperbet l(Stepan) Bandera, um nacionalista ucraniano que, temporariamente, durante a Segunda Guerra Mundial, cooperou com os nazistas para tentar buscar a independência ucraniana. Há um segmento da população ucraniana que relembra aquelas tentativassuperbet lalcançar a independência ucraniana sob (Joseph) Stalin, aliando-se a Hitler, não como uma colaboração com o nazi-fascismo, mas como a atuaçãosuperbet lpatriotas ucranianos e heróis nacionais", explicou à BBC News Brasil Brian Taylor, professorsuperbet lCiência Política da Syracuse University e autorsuperbet lThe Code of Putinism (O Código do Putinismo,superbet ltradução livre).
*Com informaçõessuperbet lLuiz Antônio Araújo, colaborador da BBC News Brasilsuperbet lPorto Alegre, e Mariana Sanches, correspondente da BBC News Brasilsuperbet lWashington.

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