Caso George Floyd: as consequências vividas por quem filma cenasfutebol corinthiansviolência policial:futebol corinthians

Dennis Flores, um homem latino baixofutebol corinthiansóculos, segura um cartaz escrito 'filme a polícia',futebol corinthiansinglês, no meiofutebol corinthiansum parque

Crédito, Dennis Flores

Legenda da foto, Dennis Flores (à esq.) filma abordagens da polícia desde os anos 1990
  • Author, Joshua Nevett
  • Role, Da BBC News

futebol corinthians Quando vídeosfutebol corinthiansabordagens abusivas da polícia geram manchetes, há uma figura importante na história sobre a qual raramente ouvimos falar - a pessoa que filma.

Quando Darnella Frazier,futebol corinthians17 anos, começou a gravar, George Floyd já estava com faltafutebol corinthiansar, implorando repetidamente: "por favor, por favor, por favor".

A câmera estava filmando havia segundos quando Floyd, 46, pronunciou mais três palavras que agora se tornaram um gritofutebol corinthiansguerra para os manifestantes. "Não consigo respirar", disse Floyd.

Ele se esforçou para falar enquanto estava deitado, preso ao chão por três policiais. Um desses policiais, Derek Chauvin, 44 anos, pressionou um joelho contra o pescoçofutebol corinthiansFloyd.

Frazier estava levando seu primofutebol corinthiansnove anos para a Cup Foods, uma loja pertofutebol corinthianssua casafutebol corinthiansMinneapolis, Minnesota, quando viu Floyd sofrendo com a abordagem da polícia. Ela parou, pegou o telefone e apertou o botão.

Ela filmou por 10 minutos e nove segundos, até que os policiais e Floyd deixaram a cena — Chauvinfutebol corinthianspé, Floydfutebol corinthiansuma maca.

Nesse momento, Frazier nunca poderia imaginar a cadeiafutebol corinthianseventos que seu vídeo colocariafutebol corinthiansmovimento. Com o cliquefutebol corinthiansum botão, a adolescente deu origem a uma ondafutebol corinthiansprotestos, não apenas nos EUA, masfutebol corinthianstodo o mundo.

"Ela sentiu que tinha que documentar aquilo", disse à BBC o advogadofutebol corinthiansFrazier, Seth Cobin. "É como se o movimento pelos direitos civis tivesse renascidofutebol corinthiansuma maneira totalmente nova, por causa desse vídeo."

Frazier, uma estudante do ensino médio, não quis dar entrevista. O advogado dela disse que ficou traumatizada. Foi, segundo ele, "a coisa mais terrível que ela já viu".

Desde então, ela tem ido ao terapeuta e "está indo muito bem", disse Cobin.

Derek Chauvin, um ex-policial brancofutebol corinthiansmeia idade e cabelos curtos, no momento da abordagem a George Floyd

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Derek Chauvin será julgado por homicídiofutebol corinthiansGeorge Floyd

Lidar com a resposta ao vídeo dela também não foi fácil. No Facebook, onde ela postou o vídeo, a reação foi uma misturafutebol corinthianschoque, indignação, elogios e críticas.

Em uma postagem no Facebook, compartilhadafutebol corinthians27futebol corinthiansmaio, Frazier respondeu às acusaçõesfutebol corinthiansque filmou o vídeo para obter audiência na internet e não fez o suficiente para impedir a mortefutebol corinthiansFloyd.

"Se não fosse por mim, quatro policiais ainda teriam seus empregos, causando outros problemas. Meu vídeo foi divulgadofutebol corinthianstodo o mundo para que todos vissem e soubessem", escreveu Frazier.

A reação ao vídeofutebol corinthiansFrazier resume o dilema enfrentado pelos espectadores que registram imagensfutebol corinthiansincidentesfutebol corinthiansviolência policial. Outros casos semelhantes mostraram que é uma posição muito difícil.

Antes dos smartphones

Como um "observador da polícia" veteranofutebol corinthiansNova York, Dennis Flores conhece na pele sobre as consequênciasfutebol corinthiansfilmar a atividade policial.

Ele foi preso maisfutebol corinthians70 vezes desde que começou a documentar a força policial da cidade, o Departamentofutebol corinthiansPolíciafutebol corinthiansNova York, no final dos anos 90.

Seu uso do vídeo para expor a brutalidade policial abriu caminho para o crescente movimentofutebol corinthiansresponsabilização policial visto hoje nos EUA.

Capturafutebol corinthiansimagemfutebol corinthiansum vídeo mostrando o espancamentofutebol corinthiansRodney King

Crédito, Free VT

Legenda da foto, O espancamentofutebol corinthiansRodney King foi um dos primeiros episódiosfutebol corinthiansfilmagemfutebol corinthiansabusos da polícia

As raízes do movimento podem ser encontradasfutebol corinthians1991, quando um encanador filmou o que foi descrito como o primeiro vídeo viral do mundofutebol corinthiansbrutalidade policial.

Mostrou o espancamento brutalfutebol corinthiansRodney King, um homem negro desarmado, por vários policiais, depoisfutebol corinthiansuma perseguiçãofutebol corinthiansLos Angeles, Califórnia.

Sem que os policiais vissem, George Holliday filmou a cena da varandafutebol corinthiansseu apartamento emfutebol corinthiansSony Handycam, na época uma câmera sofisticada. Depoisfutebol corinthianscompartilhar a fita com uma emissorafutebol corinthiansTV local, o espancamento se tornou um ultraje nacional e global.

Essa raiva se transformoufutebol corinthianstumultos, um ano depois, quando a justiça aplicou atenunates às penas dos policiais envolvidos no caso.

"A surrafutebol corinthiansRodney King foi o catalisador da documentaçãofutebol corinthiansvídeo", diz Flores à BBC.

A Primeira Emenda da Constituição dos EUA protege o direito dos americanosfutebol corinthiansfilmar a polícia.

Nos primeiros dias da observação policial, não havia smartphones, plataformasfutebol corinthiansmídia social ou provedoresfutebol corinthiansinternet 5G. Era apenas Flores, uma câmera SLRfutebol corinthians35 mm e um gravador. Mas à medida que a tecnologia melhorava, a capacidadefutebol corinthianscontrolar a polícia era democratizada.

"As pessoas comuns podem expor repentinamente o comportamento da polícia. E isso só aumenta com casos como ofutebol corinthiansEric Garner", disse Flores.

A esculturafutebol corinthiansum punho erguido, cheiafutebol corinthianshomenagens,futebol corinthiansuma rua americana

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Um memorial a George Floyd foi erguido no local onde ele foi abordado e morto pela polícia

Garner, um afro-americanofutebol corinthians43 anosfutebol corinthiansidade, morreufutebol corinthians2014 depoisfutebol corinthiansser colocadofutebol corinthiansuma posiçãofutebol corinthiansestrangulamento por um policialfutebol corinthiansNova York. Ele foi detido por supostamente vender cigarros ilegalmente.

Como Floyd, Garner disse repetidamente aos policiais: "Eu não consigo respirar" - palavras que se tornaram um gritofutebol corinthiansguerra para os manifestantes do movimento Black Lives Matter seis anos atrás e depois da mortefutebol corinthiansFloyd.

A mortefutebol corinthiansGarner foi considerada um homicídio, mas,futebol corinthiansmaneira controversa, nenhuma acusação foi feita contra Daniel Pantaleo, o policial que o deteve.

O que aconteceu com Ramsey Orta, a pessoa que filmou a mortefutebol corinthiansGarner, foi igualmente controverso.

Ele alegou ter sofrido uma campanhafutebol corinthiansassédio policial depois que o vídeo se tornou viral.

Orta não tinha a ficha limpa, tendo já sido fichado por ilegalidades.

Ele reconheceu isso, mas,futebol corinthians2019, ele disse "que os policiais estavam me seguindo todos os dias desde que Eric morreu".

Em 2016, Orta fez um acordo com a promotoria e se declarou culpadofutebol corinthianscrimes envolvendo armas e drogas. Ele foi condenado a quatro anosfutebol corinthiansprisão.

As acusações não estavam relacionadas às filmagens da mortefutebol corinthiansGarner. Mas Flores, amigofutebol corinthiansOrta, acredita que seu vídeo o colocou na mira da políciafutebol corinthiansNova York.

Ramsey Orta, um jovemfutebol corinthianscabelo curto,futebol corinthiansuma corte americana

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Ramsey Orta diz que virou alvo da polícia depoisfutebol corinthiansfilmar uma abordagem abusiva

"O casofutebol corinthiansRamsey Orta é um excelente exemplofutebol corinthianscomo você se torna um alvo quando filma a polícia e decide ir a público. Ele foi forçado a sofrer por filmar policiais", disse Flores.

Orta depois disse que se arrependeu por "não ter ficado na dele".

Questãofutebol corinthiansJustiça

Por outro lado, as consequênciasfutebol corinthiansnão compartilhar provasfutebol corinthiansabusofutebol corinthiansforça policial podem pesar na consciência, como Feidin Santana descobriufutebol corinthians2015.

Santana estava caminhando para o trabalhofutebol corinthiansCharleston, na Carolina do Sul, quando deparou com uma cena peculiar: uma briga entre Michael Slager, um policial branco, e Walter Scott, um negro desarmado.

Santana pegou o telefone e começou a filmar. Scott virou as costas para o oficial e fugiu. O policial fez uma pausa, sacou a arma e apontou para as costasfutebol corinthiansScott.

Oito tiros foram dados e Scott caiu no chão.

Feidin Santana, um jovem negrofutebol corinthiansterno, olha diretamente para a câmera

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Feidin Santana cogitou apagar o vídeo que fez para evitar perseguição

Durante três dias, Santana, um barbeiro que emigrou para os EUA da República Dominicana, guardou o vídeo e não o tornou público. Temendo represálias da polícia, Santana chegou a pensarfutebol corinthiansapagar as imagens e deixar Charleston para sempre. No final, um relatório da polícia sobre o incidente o fez mudarfutebol corinthiansideia.

No relatório, Slager disse que temeu porfutebol corinthiansvida depois que Scott pegou seu taser. Mas o vídeo mostrou que o relatofutebol corinthiansSlager era falso.

Como a única pessoa que podia provar isso, Santana se sentiu obrigado a compartilhar o vídeo com a famíliafutebol corinthiansScott.

Depois que o vídeo veio a público, a "vida normal"futebol corinthiansSantana acabou. "Nunca pensei que o vídeo fosse viralizar tão rapidamente. Ameaçasfutebol corinthiansmorte e mensagens racistas eram algo difícil para mim. Então você entende que, para mudar as coisas, precisa enfrentar o medo", diz Santana.

Por fim, foram as imagensfutebol corinthiansSantana que levaram Slager a ser denunciado por assassinato. Por isso, Santana não se arrepende.

"Silêncio é igual a cumplicidade. Escolhi meu lado e continuarei lutando por uma sociedade melhor, sem medofutebol corinthiansqualquer consequência", afirmou.

A tecnologia teve um papel importantefutebol corinthiansmudar a sociedade para melhor. Nas mãos das pessoas comuns, as câmeras foram usadas para responsabilizar a polícia, garantindo justiça onde,futebol corinthiansoutra forma, poderia não haver. Em alguns processos judiciais, a provafutebol corinthiansvídeo pode ser a diferença entre condenação e absolvição.

Os promotores saberão disso quando Chauvin, o oficial acusadofutebol corinthiansassassinar Floyd, for julgado.

Os investigadores extraíram o vídeo do telefone da jovem Frazier para usar como prova, disse seu advogado, Cobin.

No julgamento, Frazier pode ser chamada a testemunhar.

Ela já deu um depoimento à Divisãofutebol corinthiansDireitos Civis do FBI e ao Escritóriofutebol corinthiansApreensão Criminalfutebol corinthiansMinnesota (MBCA). Cobin disse que seu depoimento foi difícilfutebol corinthiansassistir.

"Foi muito emocionante. Ela estava chorando, passou por muitos traumas. Falou sobre como toda vez que fecha os olhos, é isso que ela vê: o rostofutebol corinthiansGeorge Floyd enquanto ele está morrendo. Ela os abre e ele se foi, ela os fecha e o vê novamente", conta o advogado.

Pessoas se reúnem no local onde Floyd foi morto

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A mortefutebol corinthiansGeorge Floyd gerou uma ondafutebol corinthiansprotestos no mundo todo

Frazier não queria ser envolvidafutebol corinthiansum julgamento por assassinato. Ela também não estava querendo atenção postando o vídeo da mortefutebol corinthiansFloyd nas redes sociais.

Cobin comparou Frazier a Rosa Parks, a afro-americana que,futebol corinthians1955, recusou-se a ceder seu assentofutebol corinthiansônibus a um homem branco no Alabama.

"Como Rosa Parks, ela não tinha como objetivo se tornar heroína ou ícone dos direitos civis. Ela estava no lugar certo, na hora certa. Ela não é um Martin Luther King, não é um Malcolm X, que escolheram liderar as pessoas. É uma pessoa comum que fez a coisa certa", disse Cobin.

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