América Latina, a aliada mais inesperadasite de aposta eleicaoDonald Trump:site de aposta eleicao

Esse nívelsite de aposta eleicaocooperação contrasta com a oposição que Trump enfrentasite de aposta eleicaoseu próprio país esite de aposta eleicaooutras partes do mundo, como a Europa, Oriente Médio e Ásia, além das tensões que ele despertou ao assumir o cargo,site de aposta eleicao2017.

Durante a campanha, Trump ganhou votos demonizando imigrantes latinos e prometendo proteger os Estados Unidos do comércio com o México.

Ele chegou a prometer a construçãosite de aposta eleicaoum muro na fronteira entre os dois países, e enviar os custos da obra para o governo vizinho. Agora, no entanto, o presidente fala da América Latina como se fosse um novo grande aliado.

"Temos um relacionamento enorme, agora, com vários países que estão muito felizes com o que está acontecendo. E isso inclui a América do Sul, que nos ajudou tanto, e onde ninguém achou que isso seria possível", disse Trump, na quarta-feira passada.

"O relacionamento com o México é um exemplo, ou El Salvador, Honduras, Guatemala", acrescentou ele durante uma coletivasite de aposta eleicaoimprensasite de aposta eleicaoNova York, no contexto da Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Mas por que isso está ocorrendo?

'Amável e genial'

A relação do governo dos Estados Unidos com a América Latina passou por um períodosite de aposta eleicaodesinteresse e, depois, uma fasesite de aposta eleicaoameaças e punições antessite de aposta eleicaochegar ao estado atual.

Na semana passada, Trump destacousite de aposta eleicaorelação com o governo mexicanosite de aposta eleicaoao menos sete ocasiões, inclusive na Assembleia-Geral da ONU.

Em especial, ele se referiu à renegociação do acordo do Nafta (Tratado Norte-Americanosite de aposta eleicaoLivre Comércio), que envolve Estados Unidos, Canadá e México, e o pacto para os mexicanos mobilizem as tropas da Guarda Nacional para tentar conter o fluxo migratório para o norte.

"Gostariasite de aposta eleicaoagradecer ao presidente López Obrador, do México, pela grande cooperação que estamos recebendo e por ele colocar 27 mil soldadossite de aposta eleicaonossa fronteira sul. O México está nos mostrando grande respeito, e eu os respeitosite de aposta eleicaotroca", disse Trumpsite de aposta eleicaodiscurso.

O acordo, seladosite de aposta eleicaojunhosite de aposta eleicaotrocasite de aposta eleicaoTrump retirarsite de aposta eleicaoameaçasite de aposta eleicaoimpor tarifas ao México, preocupa ativistas que acreditamsite de aposta eleicaoum possível aumentosite de aposta eleicaoabusos contra imigrantes que fogem da violência e da pobreza na América Central.

Mas Trump ficou satisfeito na semana passada ao ouvir seu secretário interinosite de aposta eleicaoSegurança Nacional, Kevin McAleenan, dizer que houve uma reduçãosite de aposta eleicaocercasite de aposta eleicao60% na entradasite de aposta eleicaoimigrantes oriundos do Méxicosite de aposta eleicaocomparação a maio. Em relação a países da América Central, essa queda foisite de aposta eleicao80%.

Recentemente, o líder americano se encontrou com o presidentesite de aposta eleicaoEl Salvador, Nayib Bukele, que, como seus colegas hondurenhos e guatemaltecos, assinou um acordo bilateral com Washington para impedir que novos imigrantes cheguem aos Estados Unidos.

"Uma das razões pelas quais assinamos o acordo é porque queremos mostrar essa amizade ao nosso aliado mais importante, que são os Estados Unidos", disse Bukele, ao lado Trump,site de aposta eleicaoum hotelsite de aposta eleicaoManhattan.

"Estamos ansiosos para trabalhar com o presidente Trump pelos próximos cinco anos", acrescentou ele, no que parecia ser um apoio à candidatura do presidente americano à reeleiçãosite de aposta eleicao2020. "O presidente Trump é muito amável e genial."

Os três acordossite de aposta eleicaopaíses da América Central com Washington vieram depois que Trump anunciousite de aposta eleicaomaio o corte da ajuda econômica a esses países — recursos vitais para eles. Além disso, as remessas que imigrantes que vivem nos Estados Unidos enviam para seus paísessite de aposta eleicaoorigem ajudam a movimentar a economia.

Os pactos também ocorremsite de aposta eleicaocircunstâncias especiais para o presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández, cujo irmão foi julgado por tráficosite de aposta eleicaodrogas nesta semanasite de aposta eleicaoNova York , ou para o guatemalteco Jimmy Morales, cuja imunidade política o protegeusite de aposta eleicaouma investigação por corrupção.

"Temos que considerar por que Jimmy Morales fez esse tiposite de aposta eleicaoacordo", diz Ana Quintana, analista da Heritage Foundation, um centrosite de aposta eleicaopromoçãosite de aposta eleicaopolíticas conservadorassite de aposta eleicaoWashington.

"Acho que potencialmente Morales poderia ser visto como um pouco mais que um aliado dos Estados Unidos para receber proteçãosite de aposta eleicaoTrump", acrescenta Quintana à BBC News Mundo, serviçosite de aposta eleicaoespanhol da BBC.

'I love you'

Os entendimentossite de aposta eleicaoTrump com a América Latina também ocorremsite de aposta eleicaoum momento peculiar para o presidente americano.

Trump enfrenta uma investigaçãosite de aposta eleicaoimpeachment desde a semana passada. O pedido, feito pelo Partido Democrata, quer determinar se ele cometeu um crime ao pedir ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, para investigar o filho do ex-vice-presidente Joe Biden, pré-candidato democrata à Presidênciasite de aposta eleicao2020.

O processo vai tentar determinar se houve algum vínculo entre o pedidosite de aposta eleicaoTrump ao ucraniano e uma decisão do governosite de aposta eleicaopararsite de aposta eleicaoenviar ajuda financeira à Ucrânia. Trump está se preparando para buscarsite de aposta eleicaoreeleição no próximo ano.

Além disso, o país vive uma guerra comercial com a China, grandes discordâncias políticas com a Europa e não conseguiu chegar a resultados concretossite de aposta eleicaosuas negociações para desnuclearizar a Coreia do Norte.

"Quando se trata da América Latina, o governo Trump pode apontar vitórias e sucessos tangíveissite de aposta eleicaoáreas onde os interesses dos Estados Unidos avançaram", diz Quintana.

O próprio Trump comparou a atitude colaborativa do México com a recusa da oposição democratasite de aposta eleicaovotar suas demandassite de aposta eleicaoimigração.

"Usamos o México porque os democratas não consertam nosso sistemasite de aposta eleicaoimigração quebrado", disse elesite de aposta eleicaoWashington, na semana passada.

Mesmo emsite de aposta eleicaotentativa até agora sem êxitosite de aposta eleicaoremover o presidente venezuelano Nicolás Maduro do poder, Trump exibe uma "coalizão" com países latino-americanos que seguiramsite de aposta eleicaodecisãosite de aposta eleicaoreconhecer o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino do país.

Alguns países como o México ou o Uruguai evitaram aderir a essa estratégia, mas permaneceramsite de aposta eleicaominoria na região.

Paralelamente à Assembleia-Geral da ONU, Trump se reuniusite de aposta eleicaoNova York com os presidentes ou representantessite de aposta eleicaoArgentina, Brasil, Colômbia, Chile, Equador e Peru para discutir a crise venezuelana e tentar dar um impulso a Guaidó.

A sintonia também se refletiusite de aposta eleicaooutras áreas.

Em julho, a Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a classificar o Hezbollah como um grupo "terrorista", algo que Washington disse ser uma conquista histórica após anossite de aposta eleicaoesforços diplomáticos.

O Paraguai fez o mesmo no mês seguinte. E o próximo pode ser o Brasil, o gigante sul-americano que na última década, com governossite de aposta eleicaocentro-esquerda, ajudou a reforçar o elo entre os países da América Latina.

O atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, já demonstrou diversas vezessite de aposta eleicaoadmiração por Trump.

Na ONU, na semana passada, Bolsonaro disse que o Brasil e os EUA lançaram uma aliança que inclui coordenação política e militar.

Segundo o jornal O Globo, após a reunião na ONU, Bolsonaro foi mais longe nos elogios ao presidente americano, dizendo que o "amava". Trump teria respondido que era "bom revê-lo".

Por enquanto, não há sinais clarossite de aposta eleicaoque, com tudo isso, Trump possa reduzir a influência da China na região, como ele havia proposto.

Também é incerto o que a América Latina alcançarásite de aposta eleicaotroca ou quanto tempo esse relacionamento especial durará. Na Europa, os críticossite de aposta eleicaoTrump o acusamsite de aposta eleicaoenfraquecer o multilateralismo e, internamente, oponentes o classificam como racista e xenófobo.

Roberta Jacobson, ex-embaixadora dos Estados Unidos no México, dissesite de aposta eleicaouma entrevistasite de aposta eleicaojunho que López Obrador "descobrirá que nem sempre é possível reconciliar e aceitar as demandassite de aposta eleicaoum bandido como Trump".

Mas, por enquanto, o mexicano e a maioria dos governos da região parecem inclinados a evitar confrontos com Trump e explorar possíveis vantagens na relação.

"Estamos procurando os meios mais eficazes", disse o ministro das Relações Exteriores do Equador, José Valencia, cujo governo recompôs o relacionamento com os EUA após o resfriamento das relações ocorrida durante a gestão do ex-presidente Rafael Correa.

"Por enquanto, o caminho que buscamos nas soluções por meiosite de aposta eleicaocontatos entre governos funcionou", acrescenta.

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