Estupro, lavagem cerebral e agressão: os abusosaplicativo betboocrianças revelados na investigação da seita Jesus Army:aplicativo betboo

'Espancado com varas'

Criada no prebistérioaplicativo betboouma pequena capelaaplicativo betbooNorthamptonshire, na Inglaterra,aplicativo betboo1969, a Jesus Army cresceu rapidamente tantoaplicativo betboopatrimônio quantoaplicativo betboonúmeroaplicativo betboomembros. No seu auge, tinha maisaplicativo betboo2.000 integrantes, centenas dos quais viviamaplicativo betboocasas comunitárias no centro da Inglaterra.

Oferecia às pessoas desabrigadas ou vulneráveis ​​e às famílias tementes a Deus a promessaaplicativo betbootransformação por meioaplicativo betbooum modoaplicativo betboovida devoto.

Os moradores eram submetidos a um intenso regimeaplicativo betbootrabalho e culto. Todaaplicativo betboorenda era direcionado a um fundo comum, e tudo era compartilhado - das roupas íntimas às responsabilidades parentais.

As crianças podiam ser disciplinadas por qualquer adulto, enquanto jovens e recém-chegados eram designados a um pastor do sexo masculino que supervisionava seu desenvolvimento espiritual.

Aos 12 ou 13 anosaplicativo betbooidade, as crianças eram frequentemente separadas dos pais. Ex-membros dizem que era um comportamento comum entre os adultos entraraplicativo betbooseus quartos enquanto se despiam ou assistir aos mais jovens tomar banho.

A BBC ouviu relatosaplicativo betbooque criançasaplicativo betbooaté três anos que se comportavam mal podiam ser despidas da cintura para baixo, obrigadas a se curvar e a segurar seus tornozelos enquanto eram espancadas com uma vara.

Estupro, intimidação, lavagem cerebral

Os membros da comunidade viviam sob a autoridade inconteste do criador do movimento, Noel Stanton (1926-2009). Ele pregava diariamente sobre os pecados da carne e amaldiçoava os membros rebeldes como "apóstatas" e dizia que seu destino seria o inferno.

Stanton fundou a Jesus Fellowship Church baseadaaplicativo betbooum grande conjuntoaplicativo betboolojas e outros negócios, alémaplicativo betbooduas fazendas, que geravam milhõesaplicativo betboolibrasaplicativo betboofaturamento anual.

Apósaplicativo betboomorteaplicativo betboo2009, a igreja informou à Políciaaplicativo betbooNorthamptonshire sobre denúnciasaplicativo betboocrimes sexuais contra Stanton e outros membros. Ao todo, 43 pessoas estavam ativas na igreja foram ligadas a um históricoaplicativo betboorelatosaplicativo betbooabusos sexual e físico.

Outras acusações também vieram à tona, como estupros, intimidação, lavagem cerebral, trabalho forçado, servidão financeira e "surras bárbaras"aplicativo betboomeninos por gruposaplicativo betboohomens.

Foi aberta uma ampla investigação sobre o históricoaplicativo betbooabusos cometidos dentro da igreja e evidênciasaplicativo betbooque cinco ex-líderes agiram para encobrir as denúncias.

Um grupoaplicativo betboovítimas insatisfeito com as indenizações propostas pela igreja está agora preparando uma ação legal coletiva envolvendo centenasaplicativo betboopessoas.

Segundo um porta-voz da Jesus Fellowship Church, há um planoaplicativo betbooreparação formal sendo criado "para fornecer dinheiro e aconselhamento" para "aqueles que haviam sofrido maus tratos no passado".

Ele disse que o plano foi estabelecido com os envolvidos para garantir que todos fossem tratadosaplicativo betboomaneira "transparente e imparcial".

A históriaaplicativo betbooRose

"Não me lembroaplicativo betboome sentir segura quando criança, acho que as pessoas imaginavam que Deus protegeria seus filhos", diz Rose*, uma das mulheres que contaram à BBC sobre suas experiências na Jesus Army.

Rose era bebê quandoaplicativo betboofamília se mudou para uma casa comunal da seita nos anos 1980. Ela diz ter sido um lugar assustador para alguém crescer, com "exorcismos barulhentos e aterradores" praticadosaplicativo betbootodas as reuniões. "Lembro-me muito bem, quando criança,aplicativo betbooum homem ao meu lado que gritava e vomitava no chão."

Fervorosas sessõesaplicativo betbooadoração eram realizadas à noite com canções, orações e conversasaplicativo betboolínguas, enquanto, na maioria dos finsaplicativo betboosemana, campanhasaplicativo betboorecrutamentoaplicativo betboovilas e cidades eram realizadas. Os seguidores vestiam uniformesaplicativo betbooestilo militar e dirigiram ônibus coloridos.

Rose explicou que um dos principais ensinamentos era "não há nadaaplicativo betboobomaplicativo betboovocê como pessoa". "Tudoaplicativo betboonós era resultado do pecado, e desenvolvi uma completa aversão a mim mesma por causa dessa mensagem", relata.

Segundo ela, as crianças eram regularmente "disciplinadas" por adultos, incluindo sem-tetos e viciadosaplicativo betboodrogas tirados das ruas. "Este métodoaplicativo betboodisciplinaaplicativo betboopúblico, ser espancado na frenteaplicativo betbootoda uma congregaçãoaplicativo betboopessoas, que era muito humilhante."

Ela diz que, quando tinha 12 anos, um homem mais velho emaplicativo betboocasa comunitária começou a assediá-la e molestá-la "todo fimaplicativo betboosemana". Rosie afirma que ele costumava tocar a perna dela sob a mesaaplicativo betboojantar ou acariciar seus seios enquanto dava dinheiro para ela comprar sorvete.

"Na época, eu não sabia o que estava acontecendo. Não tinha pensado ou falado sobre meu corpo, e ele usou isso para me molestar todo fimaplicativo betboosemana." Rosie afirma que sabia que a situação era "estranha e desconfortável", mas sentia "ele deveria ter uma razão para fazê-lo".

Quando tinha 15 anos, ela diz que outra figura proeminente na igreja a conduziu para trásaplicativo betbooum prédio e a forçou a realizar um ato sexual com ele. "Eu sabia que havia acontecido algo errado e sentia muita vergonha", diz Rose, acrescentando que "as mulheres estavam lá para servir". "Sempre fomos inferiores."

Era comum mulheres serem vistas como seres sedutores que corrompiam membros do sexo masculino, disseram antigos integrantes da seita. Então, quando seu agressor contou à igreja o que havia acontecido, Rose disse que ela foi considerada culpada por isso.

Ela agora espera receber uma indenização da igreja e considera denunciar à polícia seus supostos abusadores.

A históriaaplicativo betbooBen

Ben* nasceu na comunidade nos anos 1980. Quando tinha seis anos, diz que ficou na casa comunitária com um membro do sexo masculino que se despiu e abusou sexualmente dele.

"A mãe do meu pai costumava que eu era muito feliz e sorridente, mas [depoisaplicativo betbooser abusado] não me lembroaplicativo betbooalguém dizer issoaplicativo betboonovo. Minhas memórias posteriores depois são todasaplicativo betbooisolamento. Eu me recolhi e não tinha amigos."

Ele se distanciouaplicativo betboosua família e deixou a igreja quando tinha 17 anos. Recentemente, descobriu que seus irmãos haviam passado por experiências semelhantes, incluindo umaplicativo betbooseus irmãos que ele diz ter sido estuprado durante grande parteaplicativo betboosua adolescência.

"Acredito que pelo menos cincoaplicativo betboonós foram abusados ​​de uma forma ouaplicativo betboooutra. Tenho raiva da igreja por causa do que fizeram com minha família. Se eles escolheram ignorar isso ou deixar a cargoaplicativo betbooDeus, ainda são culpados por terem deixado acontecer. Ainda há pessoas boas na igreja que tem as melhores intenções. Mas tudo foi ofuscado pelo que aconteceu nas casas comunitárias."

Ben tem falado com a polícia sobre a investigação criminal contra seu agressor, mas diz ter havido pouco progresso até agora.

A históriaaplicativo betbooPhilippa

A famíliaaplicativo betbooPhilippa Muller mudou-seaplicativo betbooSurrey para o local onde a Jesus Fellowship Church foi criada, o New Creation Hall,aplicativo betbooNorthamptonshire, quando tinha sete anos.

Seu pai trabalhava no escritórioaplicativo betbooimpostos local e entregava cada centavoaplicativo betbooseus ganhos ao fundo comunitária da igreja. A mãeaplicativo betbooPhilippa, como a maioria das outras mulheres, era uma "serva" e passava seu tempo cozinhando e limpando para garantir que os homens da casa pudessem fazer seu "trabalho piedoso". "Eu cresci com uma impressão muito negativa sobre o que era ser mulher", diz Philippa.

Os jovens eram instados a falaraplicativo betbooseus pecados - reais ou imaginários -, ensinados sobre manifestações demoníacas e a estar presentes durante exorcismos.

Philippa ficou cada vez mais isolada. "Você não podia simplesmente ir tomar um café com alguém, ou ir ao cinema. Tudo era proibido. Não nos permitiram socializar. Não tínhamos TVs. As coisas eram censuradas, pedaços dos jornais eram cortados."

Um dos amigos íntimosaplicativo betbooPhilippa fugiu da igreja depois que ela foi agredida por um ancião do sexo masculino.

Philippa tornou-se uma testemunha chave no processo judicial - no qual o ancião foi condenado - mas diz que ela foi "perseguida" pela comunidade da igreja, que a tratou como traidora e mentirosa. Ela saiu da igreja pouco depois.

Agora, à beira do fechamento da Jesus Army, a seita tem um patrimônio acumulado no valoraplicativo betboo50 milhõesaplicativo betboolibras (R$ 233,2 milhões). Mas deixa um legado angustiante - e um futuro incerto para Philippa e muitas outras vítimas.

*Os nome dos entrevistados foram alterados para preservar a identidade

aplicativo betboo Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube aplicativo betboo ? Inscreva-se no nosso canal!