Murobets moneyTrump: 7 gráficos para entender polêmico projeto na fronteira EUA-México que paralisou governo americano:bets money

Governo paralisado

O resultado é uma paralisação no governo que já dura um mês e que é considerada a mais longa da história - ultrapassando o recorde anterior,bets money21 dias,bets money1995-1996, durante a gestão do então presidente Bill Clinton (1993-2001).

Essa paralisação ocorre desde 22bets moneydezembro e, segundo Trump, vai continuar até que os recursos para o muro sejam assegurados.

Trata-sebets moneyuma paralisação parcial porque o Congresso já custeou 75% do governo federal até setembro. Até agora, os recursos que ainda faltam ser aprovados afetam nove departamentos federais (ministérios), incluindo Agricultura, Transporte e Interior.

Devido à forma como o financiamento é distribuído entre as agências, certos serviços são afetados, embora possam tecnicamente estar sob os departamentos que já foram cobertos. Esse é o caso, por exemplo, da FDA, a agênciabets moneyvigilância sanitária americana.

Nesse cenário, o governo não pode se comprometer com nenhuma outra despesa, levando a um congelamento parcial dos serviços e atividades governamentais até que os gastos sejam aprovados.

Como resultado, 25%bets moneytodo o governo federal paroubets moneyfuncionar e 800 mil servidores estão com os vencimentos atrasados.

Democratas dizem que o muro é um desperdíciobets moneydinheiro dos contribuintes e acusam a administração Trumpbets money"inventar uma crise".

A seguir, sete gráficos e mapas mostram a quantas anda o projeto e a situação na fronteira EUA-México.

1. Construção do muro

Antesbets moneyTrump assumir o cargo, havia pouco maisbets money1.000 kmbets moneybarreira ao longo da fronteira sul - sendo cercabets money570 km para impedir a passagembets moneypedestres e o restante formado por cercas antiveículos.

Às vésperas das eleições presidenciaisbets money2016, Trump prometeu construir um muro ao longo dos 3.200 kmbets moneyfronteira com o México.

Ele esclareceu posteriormente que abrangeria apenas metade disso - e que a natureza, graças a "barreiras" como montanhas e rios, ajudaria a cuidar do resto.

Mas, desde que Trump entrou na Casa Branca, nenhuma construção novabets moneyqualquer extensão do muro foi iniciada. Só algumas das barreiras existentes foram substituídas.

O Congresso aprovou até agora US$ 1,7 bilhão (R$ 6,4 bilhões)bets moneyfinanciamento para cercabets money200 kmbets moneybarreiras novas ebets moneysubstituição desde que Trump assumiu o cargo.

Apenas 64 kmbets moneybarreirasbets moneysubstituição foram construídas ou iniciadas. A expectativa é quebets money2019 seja iniciada a construçãobets moneymais 61 km. Isso equivale a uma renovaçãobets moneyaproximadamente 15% das estruturas já existentes.

As primeiras obras que estendem barreira já existentes - o que pode ser chamadobets money"nova barreira" - começarãobets moneyfevereiro no Vale do Rio Grande, no Texas.

São dois projetos que cobrirão um totalbets money22,5 km - uma barreira com 9,6 kmbets moneyextensão e outra com cercabets money12,9 quilômetros.

Apesar do empenhobets moneyTrump para ver o muro ao longo da fronteira, uma pesquisa feita este mês pelo Centrobets moneyPesquisas Pew, com sedebets moneyWashington, indica que a maioria dos americanos - 58% - se opõe a expandi-lo consideravelmente, enquanto 40% o apoiam.

2. Ninguém sabe realmente quanto custaria

Diversas estimativas consideravelmente diferentes para um murobets moneyconcreto foram apresentadas por órgãos oficiais e não-oficiais - variandobets moneyUS$ 12 bilhões (R$ 45 bilhões) a US$ 70 bilhões (R$ 262 bilhões).

O custo inicial anunciado por Trump, entre US$ 8 bilhões (R$ 30 bilhões) e US$ 12 bilhões (R$ 45 bilhões) para um muro cobrindo metade da extensão da fronteira, foi amplamente contestado.

Os 1.046 kmbets moneycercas construídos na gestão do presidente George W. Bush custaram aproximadamente US$ 7 bilhões (R$ 26 bilhões), e certamente não correspondem ao muro que Trump prometeu na campanha, uma barreira "alta, forte e bonita".

No entanto, Trump está pedindo agora US$ 5,7 bilhões (R$ 21,4 bilhões), além dos US$ 1,7 bilhões (R$ 6,4 bilhões) já alocados para barreiras novas ebets moneysubstituição.

O Departamentobets moneySegurança Interna dos Estados Unidos (DHS, na siglabets moneyinglês) havia estimado que um muro que abrangesse metade da fronteira custaria no máximo US$ 25 milhões (R$ 93,8 milhões), mas agora afirma que ainda está analisando opções para determinar o montante.

A Alfândega e Proteçãobets moneyFronteiras (CPB, da siglabets moneyinglês) - principal organizaçãobets moneycontrolebets moneyfronteiras dos Estados Unidos - diz que,bets moneymédia, construir um novo murobets moneyfronteira ou substituir a cerca existente custaria aproximadamente US$ 6,5 milhões (R$ 10,46 milhões) por milha.

3. Trump queria concreto, mas agora está falandobets moneyaço

Trump mudoubets moneyvisãobets moneyrelação à composição do muro.

Sua promessabets moneyconstruir um "grande e belo muro" entre os EUA e o México foi bradada como um gritobets moneyguerra durantebets moneycampanha eleitoral. No início, ele dizia que o fariabets moneyconcreto.

Uma vez eleito, entretanto, Trump começou a falarbets moneyuma barreira feitabets moneyaço, para que os agentesbets moneyfronteira pudessem enxergar através dela.

Ebets moneyoutubrobets money2017, quandobets moneyadministração revelou oito protótiposbets moneymurobets moneyaproximadamente 9 metrosbets moneyaltura - eles eram uma combinaçãobets moneyconcreto e metal.

Em dezembro, Trump disse que não quer mesmo construir um murobets moneyconcreto, mas sim um composto por "lâminasbets moneyaço desenhadas artisticamente".

Pouco antes da paralisação do governo, ele tuitou uma imagem do projetobets moneysua "barreirabets moneylâminasbets moneyaço", que disse ser "totalmente eficaz e, ao mesmo tempo, bonita".

Funcionários da Agênciabets moneyAlfândega e Proteçãobets moneyFronteiras dos EUA disseram que nenhum dos protótipos da administração Trump testadosbets money2017 satisfez os requisitos operacionais.

Eles acrescentaram que tais protótipos, no entanto, teriam fornecido "dados valiosos" para ajudar a selecionar elementosbets moneydesign no futuro.

4. Númerobets moneyapreensões na fronteira sul diminuiu com o tempo

Trump dissebets moneyum pronunciamento nacional no iníciobets moneyjaneiro que o muro é necessário para conter uma "crescente crise humanitária ebets moneysegurançabets moneynossa fronteira sul", envolvendo "milharesbets moneyimigrantes ilegais".

Em debate com a líder democrata da Câmara, Nancy Pelosi, e com o líder da minoria no Senado, Charles Schumer, Trump também disse que essas pessoas estavam "entrando aos montes no país".

No entanto, os números mostram que as tentativasbets moneytravessia ilegalbets moneyfronteira têm registrado um declínio geral desde o ano 2000.

Naquele ano, 1,6 milhãobets moneypessoas foram detidas ao tentar atravessar a fronteira ilegalmente.

Em 2017, o primeiro ano do governo Trump, ele estava no menor patamar desde 1971. Em 2018, entretanto, esse número subiu (ver próximo gráfico).

Todos os congressistasbets moneyregiões que beiram a fronteira sul se opõem a essa barreira, argumentando que ela não melhoraria a segurança.

"Acho que construir essa estruturabets moneyconcretobets moneyum mar a outro é a maneira mais cara e menos eficientebets moneyse fazer a segurança", disse o republicano Will Hurd, que representa um distrito do Texas com uma fronteirabets moneymaisbets money1.200 km com o México.

5. Mas as detenções e pedidosbets moneyasilo voltaram a aumentar entre 2017 e 2018

Entre 2017 e 2018, as detenções - o númerobets moneypessoas presas pelas autoridades - na fronteira entre o México e os EUA aumentarambets moneycercabets money100 mil e os pedidosbets moneyasilo aumentarambets moneycercabets money16 mil - um crescimentobets money43%.

Entre esses grupos havia um número crescentebets moneyfamílias fugindo da violência na América Central e se entregando às autoridades dos EUA na fronteira. Muitos disseram às autoridades que temem voltar aos seus paísesbets moneyorigem.

Alguns culpam a decisãobets moneyreduzir o númerobets moneyrefugiados permitidos nos Estados Unidos no âmbito do Programabets moneyAdmissãobets moneyRefugiados pelo aumentobets moneypedidosbets moneyasilo na fronteira.

Para se candidatar ao statusbets moneyrefugiado nos EUA, estrangeiros devem obter permissão para entrar no país antesbets moneyviajar, mas aqueles que chegam à fronteira podem pedir asilo para evitar serem deportadosbets moneyvolta para uma situaçãobets money"insegurança real".

Tais pedidos são então encaminhados aos agentesbets moneyasilo dos Serviçosbets moneyCidadania e Imigração dos EUA.

E, apesar das alegaçõesbets moneyTrump, é improvável que qualquer nova barreira fronteiriça impeça esses migrantesbets moneyreivindicarem legalmente asilobets moneyuma portabets moneyentrada.

6. A maior parte da imigração ilegal envolve pessoas com vistos expirados, e não as que cruzam a fronteira

Apesarbets moneyTrump ter culpado a suposta porosidade da fronteira sul pela imigração ilegal, a maior fatia dos imigrantes ilegais no país é composta pelos estrangeiros cujos vistosbets moneypermanência nos Estados Unidos expiraram.

Enquanto quase 400 mil pessoas foram presas tentando atravessar ilegalmente a fronteira sul do país no ano passado, maisbets money700 mil que entraram nos EUA legalmente ultrapassaram a data prevista para partidabets money2018,bets moneyacordo com o Departamentobets moneySegurança Interna.

Os canadenses formavam o maior grupo nessa situação, segundo dadosbets money2017 do DHS, seguidos por mexicanos e brasileiros.

Embora o númerobets moneypessoas que permanecem no país além do tempo permitido,bets moneygeral, tenha caído para cercabets money420 milbets moneymaiobets money2018 - ele ainda superava o númerobets moneypessoas presas tentando entrar ilegalmente pela fronteira México-EUA.

7. É improvável que o muro impeça a entradabets moneydrogas nos EUA

Trump afirmou que 90% da heroína encontrada nos Estados Unidos entra pela fronteira sul e que um muro ajudaria a impedir isso.

As apreensõesbets moneyheroínabets moneytodo o país chegaram a 7.979 kgbets money2017, com 39% apreendidos na fronteira EUA-México,bets moneyacordo com a Drug Enforcement Agency (DEA), órgão oficial encarregado da repressão e controlebets moneynarcóticos.

A maioria das apreensões na fronteira ocorreu no corredorbets moneySan Diego - aproximadamente 1.073 kgbets money2017, um aumentobets money59%bets moneyrelação ao ano anterior.

Embora a maior parte da heroína nos EUA seja procedente do México, o DEA diz que a maior parte dela é contrabandeada atravésbets moneyportos legaisbets moneyentrada, escondidabets moneyveículosbets moneypropriedade privada ou caminhõesbets moneytransporte, misturada com outras mercadorias.

Só uma pequena porcentagem das apreensões da droga foi feita entre os pontosbets moneyacesso - onde barreiras existem ou são propostas.

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