Como o 'país da felicidade' virou motivoaposta ganha 7 reaisquedaaposta ganha 7 reaisbraço entre potências:aposta ganha 7 reais

Cercado por dois gigantes asiáticos – a China, ao norte, e a Índia, ao sul –, o Butão ameaça ser objetoaposta ganha 7 reaisum delicado conflito territorial.
Área disputada
No centro da disputa está um platô estratégico, conhecido como Doklam, situado na tríplice fronteira entre Índia, Butão e China.
Tanto o Butão quanto a China reivindicam a área. A Índia apoia o Butão.
Em junhoaposta ganha 7 reais2017, a China começou a construir, ali, uma estradaaposta ganha 7 reaisterra. Tropas indianas interromperam a obra e a situação esquentou.
Para os indianos, a estrada causa um problemaaposta ganha 7 reaissegurança. Ela poderia permitir que os chineses tivessem acesso ao Corredoraposta ganha 7 reaisSiliguri, conhecido como "Pescoçoaposta ganha 7 reaisGalinha", uma faixaaposta ganha 7 reaisterraaposta ganha 7 reaisgrande importância estratégica que liga os Estados indianos do nordeste com o restante do território do país.

Muitos butaneses desconheciam a importância estratégicaaposta ganha 7 reaisDoklam e se surpreenderam com a escalada dos acontecimentos.
"Doklam foi insignificante até se tornar um tema polêmico há alguns meses. A maioria das pessoas nem sequer sabe onde fica", diz Namgay Zam, jornalistaaposta ganha 7 reaisTimfu, capital do Butão.
"Virou assuntoaposta ganha 7 reaisdiscussão só quando explodiu como temaaposta ganha 7 reaisdisputa entre China e Índia", conta.
Muitos chegaram a temer uma guerra. Pequim chegou a denunciar uma "invasão indevidaaposta ganha 7 reaistropas indianas".
Mas após semanasaposta ganha 7 reaisintensas negociações diplomáticas, a tensãoaposta ganha 7 reais73 dias chegou ao fim. As tropas indianas acabaram se retirando.
A influência da Índia
O governo do Butão se recusa a discutir publicamente o confrontoaposta ganha 7 reaisDoklam, mas,aposta ganha 7 reaisagosto, lançou um cuidadoso comunicado se dizendo satisfeito com o resultado das negociações.
Mas o assunto esquentou nas redes sociais. Muitos defendem uma postura mais ativa do Butão no sentidoaposta ganha 7 reaisbuscar resolver com a China questões relativas a suas fronteiras; outros querem que o país se distancie da esferaaposta ganha 7 reaisinfluência indiana.

Crédito, AFP
Depois que o Tibete foi invadido pela China nos anos 50, o Butão se voltou para o sul,aposta ganha 7 reaisdireção à Índia,aposta ganha 7 reaisbuscaaposta ganha 7 reaisuma aliança. Desde então, está sobaposta ganha 7 reaisesferaaposta ganha 7 reaisinfluência.
O "país da felicidade", uma monarquia parlamentarista que era fechada a estrangeiros nos anos 70, passou a receber da Índia ajuda econômica, militar e técnica. Butão é o principal receptoraposta ganha 7 reaisajuda exterioraposta ganha 7 reaisNova Déli, recebendo quase US$ 800 milhões (cercaaposta ganha 7 reaisR$ 2,7 bilhões) para o seu último plano quinquenalaposta ganha 7 reaisdesenvolvimento (2013 - 2018).
Centenasaposta ganha 7 reaissoldados indianos foram deslocados ao Butão com a justificativaaposta ganha 7 reaisque precisam treinar tropas butanesas. O quartel-geral indiano se encontra na cidadeaposta ganha 7 reaisHaa, a cercaaposta ganha 7 reais20 quilômetrosaposta ganha 7 reaisDoklam.
Os países mantêm um laço especial desde 1949, quando firmaram um tratado. Este documento foi revisadoaposta ganha 7 reais2007, dando mais liberdade ao pequeno país emaposta ganha 7 reaispolítica exterior e nas compras militares.
Enquanto alguns butaneses se sentem agradecidos pela ajuda da Índia ao longo das décadas, outros – principalmente os mais jovens – querem que o país defina sozinho o seu próprio rumo.

"À medida que amadurecemos (como democracia), temos que sair da sombra da Índia. A Índia também não deveria pensar no Butão como o que algumas pessoas chamamaposta ganha 7 reaisum 'Estado vassalo'. Deixem que Butão defina o seu próprio destino político", defende Gopilal Acharya, escritor e analista político.
Atitudeaposta ganha 7 reais'irmão mais velho'
Butão e China têm disputas territoriais no norte e no oeste, uma situação que muitos veem com preocupação.
"Realmente, Butão precisa resolver esse problema com a China o quanto antes. Depois, poderemos avançar diplomaticamente. Do contrário, esse problema (como oaposta ganha 7 reaisDoklam) voltará", diz Karma Tenzin, um comentarista político.
"Não podemos nos dar ao luxoaposta ganha 7 reaister duas superpotências brigando na portaaposta ganha 7 reaisuma nação pacífica como Butão."
Várias pessoas entrevistadasaposta ganha 7 reaisTimfu acreditam que a Índia poderia ter agido com mais moderaçãoaposta ganha 7 reais2017, evitando enfrentamentos e contribuindo para um ambienteaposta ganha 7 reaisnegociações entre Butão e a China.

A Índia não consegue conter o aumento da influência chinesa sobre outros países do sul da Ásia como Nepal, Sri Lanka, Maldivas ou Bangladesh. Mas o Butão é único país da região que não tem relações diplomáticas formais com Pequim.
Para muitos butaneses, a posturaaposta ganha 7 reaisNova Déliaposta ganha 7 reaisagir como "irmão mais velho" impede que o país tenha mais vínculos comerciais com a China.
"Nosso futuro é com a Índia. Mas devemos criar um novo tipoaposta ganha 7 reaisrelação entre iguais", diz Acharya.









