Por que rimos, segundo a ciência:dafabet site

Homem e mulher rindo

Crédito, Peopleimages/Getty Images

Examinei documentosdafabet sitepesquisas sobre teorias do humor que forneceram informações significativas sobre três áreas: as características físicas do riso, os centros cerebrais relacionados à produção da risada e os benefícios do riso à saúde. Foram maisdafabet site150 documentos, que forneceram provasdafabet sitecaracterísticas importantes das condições que fazem os humanos rirem.

Organizando todas as teoriasdafabet siteáreas específicas, consegui condensar o processodafabet siterirdafabet sitetrês etapas principais: perplexidade, resolução e talvez uma sinalização clara, que explicarei a seguir.

Isso levanta a possibilidadedafabet siteque o riso possa ter sido preservado pela seleção natural ao longo dos últimos milênios, para ajudar os seres humanos a sobreviver. E poderá também explicar por que somos atraídos por pessoas que nos fazem rir.

A evolução do riso

A teoria da incongruência serve para explicar o riso causado pelo humor, mas não é suficiente.

Neste caso, o riso não se refere a um senso penetrantedafabet sitecoisas que estão foradafabet siteesquadro ou são incompatíveis. É sobre encontrar uma situação específica que subverte nossas expectativasdafabet sitenormalidade.

Observar um tigre passeando pelas ruasdafabet siteuma cidade pode parecer incongruente, mas não é engraçado. Pelo contrário, seria assustador. Mas, se o tigre rolar pela rua como uma bola, ele se torna engraçado.

O anti-herói dos desenhos animados Homer Simpson nos faz rir quando cai do telhado dadafabet sitecasa e rola como uma bola, ou quando ele tenta "estrangular" seu filho Bart, com os olhos espantados e a língua dobrando como se fossedafabet siteborracha.

Estes são exemplos da experiência humana transformadadafabet siteuma versãodafabet sitemundo exagerada,dafabet sitedesenho animado, na qual qualquer coisa - especialmente o ridículo - pode acontecer.

Mas, para ser engraçado, o evento também precisa ser percebido como inofensivo. Nós rimos porque sabemos que Homer ou o tigre nunca irão ferir ninguémdafabet siteverdade, nem se machucam, já que,dafabet siteessência, seus mundos não são reais.

Mulher rindo

Crédito, Henrik Sorensen/Getty Images

Por isso, podemos definir o risodafabet siteum processodafabet sitetrês etapas. Primeiramente, ele exige uma situação que pareça estranha e induza um sensodafabet siteincongruência (pânico ou transgressão). Em segundo lugar, a preocupação ou tensão provocada pela situação incongruente deve ser trabalhada e solucionada (resolução). E, por fim, a efetiva liberação do riso age como uma clara sirene para avisar às pessoas próximas (alívio) que elas estão seguras.

O riso pode ser também um sinal empregado pelas pessoas há milênios para demonstrar aos demais que a reaçãodafabet sitelutar ou fugir é desnecessária e que a ameaça percebida já passou. É por isso que o riso, muitas vezes, é contagioso: ele nos une, faz com que fiquemos mais sociáveis e sinaliza o fim do medo ou da preocupação. O riso reafirma a vida.

Podemos transportar isso diretamente para a cena do filme Tempos Modernos,dafabet site1936, na qual o vagabundo interpretado por Charlie Chaplin aperta parafusosdafabet siteforma obsessivadafabet siteuma fábrica, como se fosse um robô e não uma pessoa.

Ele nos faz rir porque, inconscientemente, queremos mostrar aos demais que o espetáculo perturbadordafabet siteum homem reduzido a um robô é uma peçadafabet siteficção. Ele é um ser humano e não uma máquina. Não existe razão para alarme.

Como o humor pode ser eficaz

De forma similar, a piada do início deste artigo começa com uma cena da vida comum, depois se torna algo um tanto estranho e desconcertante (a mulher comportando-sedafabet siteforma incongruente), mas que, no fim, percebemos que não é algo sério, mas sim engraçado (o duplo sentido da resposta do médico traz alívio): aciona-se o riso.

Como demonstreidafabet siteum estudo anterior sobre o comportamento do choro humano, o riso possui forte importância para a fisiologia do corpo. Da mesma forma que chorar - e morder, respirar ou andar - o riso é um comportamento rítmico que servedafabet sitemecanismo liberador para o corpo.

Os centros cerebrais que regulam o riso são os mesmos que controlam as emoções, o medo e a ansiedade. A liberação do riso rompe o estresse ou a tensãodafabet siteuma situação e enche o corpodafabet sitealívio.

Muitas vezes, o humor é usadodafabet siteambientes hospitalares para ajudar os pacientes nadafabet sitecura, como demonstraram estudosdafabet siteterapia com palhaços. O humor também pode melhorar a pressão sanguínea e as defesas imunológicas, alémdafabet siteajudar a superar a ansiedade e a depressão.

As pesquisas examinadas no meu estudo também demonstraram que o humor é importante na educação e é empregado para enfatizar conceitos e pensamentos. O humor relativo ao material do curso mantém a atenção e produz um ambientedafabet siteaprendizado mais relaxado e produtivo. E, no ambiente educativo, o humor também reduz a ansiedade, promove a participação e aumenta a motivação.

O amor e o riso

A análise dos dados sobre o riso também oferece uma hipótese sobre os motivos pelos quais as pessoas se apaixonam por alguém porque "ele nos faz rir".

Não é apenas questãodafabet siteser engraçado. Pode ser algo mais complexo. Se o risodafabet siteoutra pessoa provocar o nosso, aquela pessoa está indicando que podemos relaxar, que estamos seguros - e isso cria confiança.

Duas mulheres abraçadas rindo

Crédito, Nektarstock/Alamy

Legenda da foto, O riso cria laços e intimidade

Se o nosso riso for causado pelas suas brincadeiras, ele tem o efeitodafabet sitenos fazer superar os medos causados por situações estranhas ou desconhecidas. E, se alguém tiver a capacidadedafabet siteser engraçado e isso nos inspirar a superar nossos medos, somos mais atraídos por essa pessoa. Isso pode explicar por que adoramos as pessoas que nos fazem rir.

É claro que, hojedafabet sitedia, nós não pensamos duas vezes sobre o riso. Nós apenas desfrutamos dele como uma experiência animadora e pela sensaçãodafabet sitebem-estar que ele nos traz.

Mas, do pontodafabet sitevista evolutivo, esse comportamento característico dos seres humanos talvez tenha desempenhado uma função importante,dafabet sitetermos da consciênciadafabet siteriscos e autopreservação. E, mesmo agora, se precisarmos enfrentar um perigo, muitas vezes reagimos com o riso quando esse risco passa, devido à sensaçãodafabet sitealívio absoluto.

* Carlo Valerio Bellieni é professordafabet sitepediatria da Universidadedafabet siteSiena, na Itália.

Este artigo foi publicado originalmente no sitedafabet sitenotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão originaldafabet siteinglês.