'Parece que perdi pontosdescargar bet365 última versiónQI', diz neurologista que pesquisa e sofre com covid longa:descargar bet365 última versión

As "disfunções cognitivas" são umas das manifestações da covid longa segundo definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a "pós-covid", outro nome dado a este conjuntodescargar bet365 última versiónconsequências da covid-19 — que podem incluir ainda fadiga e faltadescargar bet365 última versiónar, entre outros.

Aindadescargar bet365 última versiónacordo com a definição da OMS, estes sintomas normalmente aparecemdescargar bet365 última versióntrês meses desde o início da covid-19 e duram pelo menos mais dois meses.

"Os sintomas podem surgirdescargar bet365 última versiónnovo, após a recuperação inicial da fase aguda, ou persistir desde a doença inicial (covid-19). Eles também podem flutuar ou serem recorrentes ao longo do tempo", diz a OMS.

Pesquisadoresdescargar bet365 última versióntodo o mundo têm se dedicado a entender especificamente como e por que a covid-19 pode deixar consequências no sistema nervoso, mesmodescargar bet365 última versiónpessoas plenamente saudáveis antes da doença e que tiveram casos leves.

Estudos, inclusive alguns dos quais Yasuda participou como coautora, têm demonstrado esse impacto neurológico atravésdescargar bet365 última versiónrelatosdescargar bet365 última versiónpacientes, examesdescargar bet365 última versiónimagem, testes cognitivos e autópsias (leia mais abaixo).

Uma nova rotina

Yasuda conta que, quando teve covid-19descargar bet365 última versión2020, a doença foi leve, sem sintomas respiratórios, mas com desidratação e problemas gastrointestinais.

Os incômodos vieram mesmo depois, passando a ter emdescargar bet365 última versiónrotina sonolência diurna, fadiga, dificuldades na memória edescargar bet365 última versiónrealizar o mesmo volumedescargar bet365 última versióntarefas que estava acostumada a fazer anteriormente.

Diante desses novos desafios, a neurologista diz que vem buscando respeitar seus limites e fazer adaptações, como dormirdescargar bet365 última versión1h a 1h30 a mais do que fazia antes da covid-19, já que tem se sentido muito mais cansada.

Quando sabe que precisará fazer uma atividade com demanda intelectual muito alta, como trabalhar com estatísticas, Yasuda se prepara para isso — garantindo que chegará descansada e com bastante tempo para realizar a tarefa.

A médica também diz "acreditar que a atividade física ajuda o cérebro", então, intensificou a rotinadescargar bet365 última versiónexercícios. Atualmente, ela pratica pilates, musculação e natação, alémdescargar bet365 última versióncorrerdescargar bet365 última versiónvezdescargar bet365 última versiónquando.

A natação, que ela pratica desde "sempre", agora é feitadescargar bet365 última versiónuma parte do treino com um snorkel. A médica avisa que esta é uma experimentação que está fazendo individualmente e que ainda carecedescargar bet365 última versiónmais estudos científicos, mas parte da hipótese que a hipóxia (diminuição do oxigênio) pode melhorar a atividade do hipocampo, uma parte do cérebro fundamental para a memória, entre outras funções.

Yasuda também tem trocado informações e ideias com um amigo psiquiatra que está igualmente sofrendo as alterações cognitivas da covid longa, alémdescargar bet365 última versiónimpor a si mesma alguns desafios e metas para o dia.

Por algumas semanas, ela usou o aplicativo Lumosity, que tem jogosdescargar bet365 última versiónmemória e matemática e também um livrodescargar bet365 última versióndesafiosdescargar bet365 última versiónlógica comprado nos Estados Unidos.

Ainda assim a neurologista se sente frustrada comdescargar bet365 última versiónsituação atual. "Antes, eu conseguia resolver várias coisas ao mesmo tempo. Agora, eu tenho que acabar uma tarefa para começar outra", lamenta.

"Tenho perdido muita coisa, projetos que eu queria acabardescargar bet365 última versiónescrever e que não consigo."

O que dizem os estudos

No finaldescargar bet365 última versiónjaneiro, dois neurologistas publicaram na revista científica Science uma revisão do que se sabe sobre os efeitos da covid-19 no sistema nervoso.

Avindra Nath, do Instituto Nacionaldescargar bet365 última versiónDistúrbios Neurológicos e Derrames dos Estados Unidos, e Serena Spudich, da Escoladescargar bet365 última versiónMedicinadescargar bet365 última versiónYale, apontaram como exemplosdescargar bet365 última versiónsintomas da covid longa no cérebro os problemasdescargar bet365 última versiónconcentração, dordescargar bet365 última versióncabeça, distúrbios sensoriais (como perda do olfato e paladar), depressão e "até psicose".

Os autores afirmaram ainda ser "incerto" o quanto estes problemas podem perdurar ao longo dos anos.

O artigo cita alguns estudos que fizeram exames do chamado líquido cefalorraquidiano (LCR) e encontraram evidênciasdescargar bet365 última versiónque o cérebro é afetado pelo novo coronavírus mais por uma resposta exacerbada do corpo, na inflamação e produçãodescargar bet365 última versiónanticorpos, do que pelo ataque direto do vírus ao órgão.

Análisesdescargar bet365 última versiónressonâncias magnéticas também mostraram que algumas pessoas com covid-19 tiveram rompimentosdescargar bet365 última versiónpequenos vasos que irrigam o cérebrodescargar bet365 última versiónsangue, enquanto tomografias mostraram uma redução da atividade metabólicadescargar bet365 última versiónpacientes com covid longa.

Em dezembrodescargar bet365 última versión2021, Clarissa Yasuda e colegas da Unicamp publicaram um artigodescargar bet365 última versiónpré-print (ou seja, ainda sem a revisãodescargar bet365 última versiónoutros cientistas) com a análise da situaçãodescargar bet365 última versión87 pacientes atendidosdescargar bet365 última versiónCampinas (SP) que tiveram covid-19 leve.

Dois meses depois da infecção, os sintomas mais relatados pelos pacientes foram fadiga (43,7% dos entrevistados), dordescargar bet365 última versióncabeça (40%) e dificuldades na memória (33%).

Na avaliação neuropsicológica, feita por meiodescargar bet365 última versiónde testes e questionários, os pesquisadores detectaram sintomasdescargar bet365 última versióndepressãodescargar bet365 última versión18% dos participantes edescargar bet365 última versiónansiedadedescargar bet365 última versión29%.

Analisando ressonâncias magnéticas, os pesquisadores encontraram ainda alterações no cérebro (mais especificamente na chamada anisotropia fracionada, que tem a ver com o deslocamentodescargar bet365 última versiónmoléculasdescargar bet365 última versiónágua nos tratosdescargar bet365 última versiónsubstância branca) associadas a problemasdescargar bet365 última versiónatenção e na flexibilidade cognitiva.

Estes são apenas resultados iniciais das investigaçõesdescargar bet365 última versiónYasuda edescargar bet365 última versiónequipe sobre o impacto da covid longa no sistema nervoso — eles já avaliaram maisdescargar bet365 última versión500 pessoas, têm parcerias com gruposdescargar bet365 última versiónpesquisa da Europa e estimam que seus estudos sobre o assunto se estenderão pelos próximos cinco anos.

A neurologista teve recentemente um projeto aprovado para testar protocolosdescargar bet365 última versiónreabilitação, mas aguarda a confirmaçãodescargar bet365 última versiónum financiamento do governo federal. O recrutamentodescargar bet365 última versiónvoluntários deve começardescargar bet365 última versiónbreve.

A preocupação que Yasuda já tinha sobre o impacto da covid longa na forçadescargar bet365 última versióntrabalho e na demanda por assistência e reabilitação aumentou por causa da ômicron, uma variante altamente transmissível e que vem causando novos recordesdescargar bet365 última versióninfecção na pandemiadescargar bet365 última versióntodo o mundo.

"Espero que esse quadro leve da ômicron não tenha nenhum envolvimento tardiodescargar bet365 última versiónmanifestação neurológica, porque se tiver, o número (de pessoas impactadas) vai ser muito grande."

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