Covid-19: os três passos do método revolucionário para criar vacinaszebet validation compteRNA:zebet validation compte

A resposta está na evolução da tecnologia e da pesquisa científica, segundo Norbert Pardi, imunologista e professor da Universidade da Pensilvânia, nos EUA.
Mas, também, na necessidade provocada pela pandemia.
"O desenvolvimento normalzebet validation compteuma vacina pode levar até 10 anoszebet validation comptecondições normais. Primeiro porque muitas vezes nem as empresas, nem as agências reguladoras priorizam essas vacinas. Em segundo lugar, nem sempre há financiamento suficiente. Testar vacinas é muito caro, especialmente na fase 3", disse à BBC News Brasil. Na fase 3, os pesquisadores tentam avaliar a eficácia da vacina e confirmarzebet validation comptesegurançazebet validation comptetestes que costumam envolver milhareszebet validation comptepessoas.
"Agora, por causa da pandemia, todos querem fazer tudo mais rápido e há financiamento abundante disponível. E esse era o principal entrave. O processo químicozebet validation compteproduçãozebet validation compteuma vacina normalmente não leva muito tempo. 95% do tempo é gasto com a testagem."
O método que utiliza o RNAmzebet validation comptevacinas também não surgiuzebet validation compterepente. Na verdade, começou a ser desenvolvido nos anos 1990, e deu um salto nos últimos 15 anos, com descobertas que o tornaram, pouco a pouco, mais seguro e eficiente.

Crédito, Getty Images
O papel do RNA mensageiro
O RNA mensageiro é uma molécula surge no processozebet validation comptetranscrição, copiando um trecho do DNA — onde ficam nossas informações genéticas.
Ele transporta essa informação para a parte das células onde serão fabricadas as proteínas que compõem o corpo.
Os víruszebet validation compteRNA — como os da gripe comum, o da dengue, Zika, o Sars-cov-2 e outros — usam o mesmo mecanismo para infectar uma célula humana e produzir cópiaszebet validation compteseu próprio código genético.
É desta maneira que eles se replicam no nosso organismo.
A maior parte das vacinas é feita com um vírus atenuado ou com um fragmento dele, que faz com que nosso sistema imunológico produza anticorpos.
Já as vacinas gênicas, como as desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna, buscam fazer o nosso próprio corpo produzir uma proteína do vírus — mas sem colocá-lo dentrozebet validation comptenós.

Por que o método é tão inovador?
Os cientistas criamzebet validation comptelaboratório um RNA mensageiro sintético, que contém uma cópiazebet validation compteparte do código genético viral.
Esse RNAm fará com que nossas células fabriquem uma proteína característica do vírus, e é isso o que vai alertar o nosso sistema imunológico.
"Essa técnica traz algumas vantagens importantes. Primeiro, a segurança. Como ela não utiliza o vírus, não há perigozebet validation compteque ela cause infecçõeszebet validation comptepessoas com a imunidade muito baixa, como pode acontecerzebet validation comptevacinas como a da febre amarela ou a da pólio, por exemplo. Todos podem tomar a vacinazebet validation compteRNAm", diz Norbert Pardi.
"Também é uma técnica mais simples do que as outras, porque o RNA utilizado é completamente sintético. Por isso, não precisamos manter culturas celulares e sistemaszebet validation comptepurificação complexos nos laboratórios", explica.
De acordo com a Pfizer, o uso do RNA feitozebet validation comptelaboratório torna a produção da vacina mais rápidazebet validation compterelação às vacinas convencionais, que usam vírus atenuados, por exemplo.
"Produzir a cepa corretazebet validation compteum vírus pode ser difícil, e produzir vírus suficiente para milhareszebet validation comptedoses pode levar meses", diz um comunicado da empresa.
"Como a produçãozebet validation compteuma vacinazebet validation compteRNAm usa métodos sintéticos, ela pode oferecer uma abordagem mais flexível aos patógenos que estão evoluindo rapidamente, alémzebet validation compteuma resposta mais rápida a surtos grandes ou pandemias", afirma.
A criação da vacina
Mas desenvolver uma vacina a partirzebet validation compteum RNA mensageiro sintético não é tão fácil quanto pode parecer.
Para começar, segundo Pardi, o RNA é uma molécula capazzebet validation comptegerar uma forte reação do sistema imunológico humano, o que pode causar uma inflamação grave e levar à morte.

"Isso ocorre porque há muitos vírus cujo material genético é composto pelo RNA. Para se proteger, os organismos foram desenvolvendo sensoreszebet validation compteRNA. Hoje, eles estão por todo o nosso corpo", afirma o pesquisador.
Esse era o problema que se encontrava inicialmente com as vacinaszebet validation compteRNA que eram testadaszebet validation compteanimais.
"Más, há cercazebet validation compte15 anos, pesquisadores da equipe à qual eu me juntei na Universidade da Pensilvânia descobriram que trocando uma das moléculas que formam o RNAm, a uridina, pela pseudouridina, seria possível resolver isso."
Essa substituição fez com que os sensores não conseguissem identificar o RNAm sintético da vacina como uma ameaça. Dessa forma, ele tinha passagem livre até a célula, o seu objetivo final.
De acordo com Pardi, essa descoberta foi a chave para que as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna fossem possíveis.
Outra inovação crucial foi o desenvolvimentozebet validation compteuma melhor capa lipídica, ou seja,zebet validation comptegordura, que pudesse envolver e proteger o RNA mensageiro, impedindo que ele se degradasse no caminho até as células.
"Quando eu me juntei à equipe,zebet validation compte2011, eles já conseguiam produzir o RNA mensageiro modificado, mas a vacina ainda não funcionava, porque o RNA é instável. Então começamos a testar capas lipídicas feitas por empresas diferentes", relembra o pesquisador.
A Moderna e a Pfizer dizem ter as suas próprias variaçõeszebet validation comptenanopartículas lipídicas, como a tecnologia é chamada, que são patenteadas. As empresas não responderam a pedidos para explicarem a estrutura destas partículas.
Como a vacina age no corpo?
Uma vez absorvido por nossas células, o RNA mensageiro funciona como um manualzebet validation compteinstruções para a produção da proteína do vírus, chamadazebet validation compteS ou Spike.
Em seguida, se desintegra completamente no organismo, já que é feitozebet validation comptecompostos orgânicos.

A célula fabrica milhareszebet validation comptecópias dessa proteína e as libera na corrente sanguínea. Isso alerta as sentinelas do sistema imunológico, as células dentríticas, que localizam essas cópias e as capturam.
Quando o corpo identifica a proteína Spike como invasora, começa a produçãozebet validation compteanticorpos e linfócitos T, que ficam à postos para defendê-lozebet validation compteuma possível infecção pelo Sars-cov-2.
É assim que a vacina nos confere imunidade contra o vírus.
No entanto, ainda não se sabe quanto tempo dura a imunidade gerada pelas vacinaszebet validation compteRNA mensageiro.
Tanto os testes da Moderna quanto os da Pfizer começaramzebet validation compte27zebet validation comptejulho, então os pacientes estão sendo acompanhados há apenas quatro meses.
"A imunidade provavelmente não será permanente, mas ainda não sabemos se durará seis meses, um ano ou mais. O que sabemoszebet validation compteestudos para vacinas contra a Sars-cov-1 e a MERS, por exemplo, é que a imunidade diminui com o tempo", diz Pardi.
Segundo o imunologista, o que os novos estudos precisam mostrar é se a partir da vacinazebet validation compteRNAm o corpo se lembrará como produzir anticorpos contra o vírus no futuro.
"Isso, sim, seria importante. Com memória imunológica, talvez só seja preciso vacinar as pessoas uma vez mais, por exemplo, para garantir uma proteção mais permanente", conclui.


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