Brasilpoker star casinoBolsonaro tem maior proporçãopoker star casinomilitares como ministros do que Venezuela; especialistas veem riscos:poker star casino

Militares brasileirospoker star casinooperação no Rio

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Segundo eles, 'politização' das Forças Armadas 'preocupa e pode minar democracia'

"Não podemos aceitar esses caras chantageando a gente. F*da-se", disse aos ministros da Economia, Paulo Guedes e da Secretariapoker star casinoGoverno, general Luiz Eduardo Ramos.

Bolsonaro encaminhou a amigos um vídeo que convoca a população a ir às ruas para defendê-lo. Lideranças políticas, como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, criticaram o presidente e falaram sobre "crise constitucional".

Augusto Heleno

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Legenda da foto, Ministro-chefe do GSI (Gabinetepoker star casinoSegurança Institucional), general Augusto Heleno, chamou Congressopoker star casino'chantagista'

"As evidências históricas nos mostram que a democracia tem uma sobrevida maior quando há um controle civil das Forças Armadas. Ainda que, por ora não se veja um movimento mais efetivo dos militares no sentidopoker star casinogerar desgaste democrático, trata-sepoker star casinouma mudança na correlaçãopoker star casinoforças que gera preocupação e, se não houver esse controle, certamente representa uma das fontespoker star casinorisco para a democracia", diz à BBC News Brasil Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria Integrada.

"Os regimes políticos são mais instáveis quando não há esse controle. Gerir o monopólio da força não é trivial e não é por um acaso que boa parte dos regimes autoritários do mundo ou regimes com forte instabilidade tem um papel político dos militares bastante efetivo", acrescenta.

Para Christoph Harig, pesquisador da Universidade Helmut Schmidt,poker star casinoHamburgo, na Alemanha, e doutorpoker star casinoEstudospoker star casinoSegurança na Universidade King's College,poker star casinoLondres, onde estudou Brasil, "já é problemático ter vários militares da reserva no governo, mas convidar aqueles da ativa afeta diretamente as Forças Armadas como instituição e evidentemente ridiculariza seu suposto papel 'não partidário' na democracia brasileira".

Jair Bolsonaro

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Segundo jornal Folhapoker star casinoS. Paulo, Bolsonaro encaminhou a amigos um vídeo que convoca população a ir às ruas para defendê-lo

Composição ministerial

Atualmente, os militares controlam oito dos 22 ministérios do governopoker star casinoJair Bolsonaro (36,36%). Com a recente nomeação do general Walter Souza Braga Netto para a Casa Civil, o Palácio do Planalto ficou totalmente 'militarizado', embora Jorgepoker star casinoOliveira Francisco, da Secretaria-Geral da Presidência, não seja egresso das Forças Armadas — ele é major da Polícia Militar do Distrito Federal.

Os militares que estão no governo atual, alémpoker star casinoBraga Netto, são: tenente-coronel da reserva Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), general da reserva Augusto Heleno (Gabinetepoker star casinoSegurança Institucional), general da reserva Fernando Azevedo e Silva (Defesa), general Luiz Eduardo Ramos (Secretariapoker star casinoGoverno), almirante Bento Costa Lima (Minas e Energia), capitão da reserva Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e capitão da reserva Tarcísio Freitas (Infraestrutura). Braga Netto e Ramos ainda estão na ativa, embora o primeiro, pressionado, tenha decidido anteciparpoker star casinoida à reserva, marcada para o meio deste ano.

Já no caso da Venezuela, militares comandam dez dos 34 ministérios (29,4%), a cifra mais baixa dos últimos anos, segundo a ONG venezuelana Control Ciudadano. São eles: coronel Jorge Elieser Márquez (Despacho da Presidência e Continuação da Gestão do Governo), major-general Néstor Reverol (Relações Interiores, Justiça e Paz), general Vladimir Padrino López (Defesa), coronel Wilmar Castro Soteldo (Agricultura Produtiva e Terras), general Ildemaro Moisés Villarroel Arismendi (Habitação e Moradia), major-general Manuel Quevedo (Petróleo), major-general Carlos Leal Tellería (Alimentação), generalpoker star casinodivisão Raúl Alfonso Paredes (Obras Públicas), Almirante Gilberto Pinto Blanco (Desenvolvimentopoker star casinoMineração Ecológica) e major-general Gerardo Izquierdo Torres (Nova Fronteirapoker star casinoPaz).

O númeropoker star casinomilitares como ministros no governopoker star casinoJair Bolsonaro também é superior a três dos cinco presidentes da ditadura militar (Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo) — cada um deles tinha na composiçãopoker star casinoseus ministérios sete nomes das Forças Armadas. Na mesma basepoker star casinocomparação, o governopoker star casinoBolsonaro empata com opoker star casinoCosta e Silva, mas ainda está atráspoker star casinoCastelo Branco, que tinha doze militares como ministros.

Além disso, o Palácio do Planalto conta com cargospoker star casinodestaque ocupados por egressos das Forças Armadas, como o próprio presidente, que é capitão reformado do Exército, o vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva, além do porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, também general da reserva.

No último dia 14poker star casinofevereiro, Bolsonaro também nomeou o almirante Flávio Augusto Viana Rocha para comandar a Secretariapoker star casinoAssuntos Estratégicos (SAE), que ganhou novas funções e agora está subordinada diretamente ao presidente. Oficial-general da ativa da Marinha, Rocha estava à frente do 1º Distrito Naval. A SAE estava ligada anteriormente à Secretaria-Geral da Presidência, uma das quatro pastas com statuspoker star casinoministério que funciona no Palácio do Planalto.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela

Crédito, AFP

Legenda da foto, Dez dos 34 ministérios da Venezuela são controlados por militares

'Neutralidade'

Segundo Cortez, da Tendências Consultoria Integrada, o papel das Forças Armadas deveria ser "apolítico".

"A partir do momentopoker star casinoque os militares passam a exercer um papel mais político, sofrem desgaste e passam a ser percebidos como atores políticos, não só os da reserva como os da ativa. Isso gera um choque entre mundos: um que funciona como base na hierarquia e disciplina e outro com basepoker star casinorelações mais horizontais. Não há uma escala formal no universo da política. São dois modus operandi bastante complicados", diz.

"Quando os militares passam a fazer parte do governo, politiza-se a instituição e essa separação vai se tornando mais difícil, especialmente quando se combinam membros da reserva e da ativa. Essas relações vão se tornando mais delicadas e mais complexas. Boa parte da legitimidade das Forças Armadas é ter esse papel não político", acrescenta.

Christoph Harig, da Universidade Helmut Schmidt, concorda. Ele relembra o caso do general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, que foi ministro-chefe da Secretariapoker star casinoGoverno e deixou o cargopoker star casinojunho do ano passado, seis meses depoispoker star casinoser empossado, após se envolverpoker star casinouma crise com o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, e o escritor Olavopoker star casinoCarvalho, guru ideológicopoker star casinoBolsonaro.

Santos Cruz se tornou, então, crítico do governo.

"Não acho que isso (presençapoker star casinomilitares no governo) enfraqueça diretamente o conceitopoker star casinodemocracia, mas levanta questões sobre responsabilidade e relações civil-militares (especialmente porque alguns são da ativa que foram apenas 'emprestados' ao governo federal). Os militares insistem que a instituição não se envolve na política do governo e que quem integra o governo não representa os militares como instituição."

"Mas essas linhas divisórias estão cada vez mais embaçadas, especialmente se os militares puderem retornar à ativa posteriormente. Eles podem dizer que estão sempre agindo no melhor interesse do país, mas os militares estão cada vez mais sendo identificados como parte do governo Bolsonaro", acrescenta.

"Basta comparar com os EUA, onde o presidente Donald Trump agora critica Kelly (general da reserva John Kelly, ex-chefepoker star casinogabinetepoker star casinoTrump) por se manifestar depoispoker star casinodeixar o governo: se, hipoteticamente, alguém como Braga Netto brigasse com Bolsonaro (como Santos Cruz 'brigou'), ele seria capazpoker star casinoretornar à suposta atividade apartidária como oficial militar?", questiona.

'Diversas fases'

Cortez lembra que a relaçãopoker star casinoBolsonaro com os militares passou por diversas fases.

"Não há dúvidapoker star casinoque parte do processopoker star casinolegitimização da candidaturapoker star casinoBolsonaro passou por esse apoio dos militares", diz.

Mas, uma vez iniciado o mandato, houve atritos. Alémpoker star casinoSantos Cruz, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, também foi alvopoker star casinocríticas.

"Num primeiro momento, houve um ativismo do vice-presidente, general Hamilton Mourão, bastante relevantepoker star casinoequilibrar e olhar com cuidado determinadas ações presidenciais. E isso perdeu fôlego ao longopoker star casino2019", diz Cortez.

"Havia uma expectativa que me parece que não condiz tanto com a realidadepoker star casinoque as Forças Armadas iriam controlar eventuais abusos do presidente Bolsonaro, que imprimiriam um pragmatismo na administração do governo, que também é muito marcada por certa guerra ideológica. Os militares seriam assim um grupo que exerceriam esse poderpoker star casinoveto desses excessos. Essa expectativa não se confirmou", acrescenta.

Para Cortez, mais recentemente, ocorreu "uma segunda etapa desse papel mais ativo dos militarespoker star casinoocuparem pastas mais importantes".

"A ideiapoker star casinose cercarpoker star casinomilitares reforça o mandato Bolsonaro diantepoker star casinoum conjunto bem relevantepoker star casinocríticas do estilo bolsonarista. É um movimento estratégico", diz.

Outro risco da atuação políticapoker star casinomilitares dentro do governo, também apontado por especialistas, é a contaminação da caserna, cuja simpatia ao bolsonarismo é amplamente conhecida. Soldados poderiam sentir-se assim 'avalizados'poker star casinopossíveis reivindicações pelo posicionamento ideológicopoker star casinoseus superiores.

Recentemente, motins ilegaispoker star casinopoliciais militares se espalharam por todo o Brasil.

"Ao trazer as Forças Armadas para o debate político, isso gera desgaste. Preservar o papel institucional passa por esse distanciamento. Toda essa conjuntura vai gerar um dilema para a instituição", conclui Cortez.

Línea.

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