Apesarsportebetingrelação estreita entre Trump e Bolsonaro, investimentos americanos no Brasil não aumentaram:sportebeting

Crédito, Alan Santos/Presidência da República
É o que mostram os dadossportebetinginvestimentos anunciados dos Estados Unidos no Brasil entre janeiro e agostosportebeting2019,sportebetingrelação ao mesmo período dos três anos anteriores.
Em 2019, o valor foisportebetingUS$ 2,2 bilhões, menor que osportebeting2017, quando o montante correspondeu a US$ 2,9 bilhões e ligeiramente maior do que os US$ 2 bilhões registradossportebeting2016.
Em 2018, os americanos investiram US$ 1,3 bilhão no Brasil, mas economistas ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que esse ano não é relevante como comparativo, já que a disputa eleitoral altamente polarizada e imprevisível afugentou investidores do Brasil.
Os dados são da FDI Markets, o monitorsportebetinginvestimentos internacionais do jornal Financial Times e foram compilados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a pedido da reportagem (veja gráfico).
Já os números da Secretaria Executiva da CâmarasportebetingComércio Exterior (Camex), subordinada ao Ministério da Economia, são ainda mais desanimadores. No primeiro semestresportebeting2019 não se chegou nem à metade do que foi investido pelos EUAsportebeting2018, já um ano atipicamente ruim, que representou menos da metade do fluxosportebetinginvestimentossportebetingrelação a 2017(veja no gráfico).
A BBC News Brasil pediu à B3 (antiga Bovespa) informações sobre o aportesportebetinginvestidores americanossportebetingações no Brasil, mas a Bolsa informou que não divulga o investimento estrangeiro discriminado por país.

Crédito, FDI Markets

Crédito, Camex
Só clima bom não aumenta investimentos
"Sem dúvida há um clima muito bom entre os dois países, uma janelasportebetingoportunidades, mas vai ser muito difícil que os dois países ultrapassem os patamares atuaissportebetinginvestimentos sem que medidas mais robustas sejam tomadas", afirma Diego Bonomo, gerente executivosportebetingcomércio exterior da CNI.
A avaliaçãosportebetingBonomo coincide com asportebetingCássia Carvalho, diretora executiva do ConselhosportebetingNegócios Brasil-Estados Unidos da CâmarasportebetingComércio Americana. "Há um potencialsportebetingcomércio e investimento muito maior do que a realidade e há ambição política dos dois lados para que isso avance. É um momento único e oportuno, mas a gente sente que está sendo devagar, talvez devagar demais. Certamente poderia andar mais rápido", afirmou Carvalho à BBC News Brasil.
Os Estados Unidos já são o país que mais investe diretamente no Brasil. De acordo com dados da Câmara AmericanasportebetingComércio no Brasil (Amcham),sportebeting2015, empresas americanas eram responsáveis por 654 mil empregos no país e por uma fraçãosportebetingUS$ 37,2 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que à época erasportebetingUS$ 1,8 trilhão.
Ainda assim, o Brasil é apenas o 17º destinosportebetingdinheiro americano no mundo. Além das projeçõessportebetingcrescimento ainda magras do país, isso se deve,sportebetingacordo com os especialistas, à ausênciasportebetingtrês mecanismos capazessportebetingdestravar o potencialsportebetingnegócios bilaterais: um acordosportebetinglivre-comércio entre os dois países - que retire as barreiras protecionistas e subsídios aplicados pelos governos, um acordo que evite a bitributaçãosportebetinglucros e dividendos do comérciosportebetingprodutos e serviços e um acordosportebetinginvestimentos, que unifique as regras nos dois países.
"A verdade é que os dois setores privados dos países já estão muito mais avançadossportebetingtermossportebetingnegócios do que os dois governos. Os dois lados privados da história já concordam com os termos para facilitação dos negócios, falta os governos concretizarem isso", afirma Bonomo.
Em condiçãosportebetinganonimato, um executivo do setor petroleiro que assistia à palestrasportebetingTroyjosportebetingWashington D.C. afirmou à BBC News Brasil que "os negócios vão bem apesar dos dois governos, e não por causa deles".
Irritantessportebetingcomércio

Crédito, Alan Santos/Presidência da República
Investidores dos dois lados da linha do Equador têm pressionado os governos para que ao menos anunciem a aberturasportebetingnegociações, tantosportebetingrelação a tributos, quanto ao comércio. Há, no entanto, algumas dificuldades no horizonte.
Embora o governo brasileiro já tenha deixado claro às autoridades americanas a intençãosportebetingfirmar acordos comerciais e tributários, os Estados Unidos têm condicionado as negociações a mudanças na posição brasileirasportebetingrelação aos chamados "irritantes comerciais": etanol e trigo.
No primeiro caso, Bolsonaro já aceitou, durante visita aos EUAsportebetingmarço, aumentar a importaçãosportebetingetanol americano sem impostossportebeting150 milhõessportebetinglitros . O decreto com a alteração foi publicadosportebetingsetembro, e acabou mal recebido por parte dos usineiros brasileiros, especialmente os do Norte e Nordeste, que chegaram a tentar a derrubada da medida no Congresso. Já Trump comemorou a conquista com um tweet:
"O Brasil vai permitir que mais etanol norte-americano entre no país sem tarifas, uma decisão que está sendo comemorada por usinas brasileiras. Essa reação, aparentemente contraintuitiva, vem do tom das negociações entre a nação sul-americana por um tratado comercial. Estamos fazendo grandes progressos por nossos fazendeiros. Uma grande lista adicional será submetida e aprovada dentrosportebetingduas semanas. Será ainda melhor para o etanol e vamos salvar nossas pequenas refinarias", escreveu o presidente americano.
Em contrapartida, há entre os ruralistas brasileiros a expectativasportebetinguma maior abertura comercial ao açúcar brasileiro e a retomada da importaçãosportebetingcarne bovina nacional pelos EUA. Concretamente, no entanto, a gestão Trump não fez nenhum movimento que indique se e quando isso ocorrerá.
No segundo caso, Bolsonaro aceitou criar uma cota isentasportebetingimpostosportebetingexportação extra Mercosulsportebeting750 mil toneladassportebetingtrigo. Hoje, o principal vendedor do grão ao Brasil é a Argentina, parceira comercial do Mercosul. A medida representará um duro golpe à já combalida economia do país.
"Essa cota ainda não está totalmente implementada por conta do delicado timing,sportebetingmeio ao processo eleitoral conturbado dos argentinos. O Brasil está estudando como colocá-lasportebetingvigor", afirmou Abrão Árabe Neto, vice-presidente da Câmara AmericanasportebetingComércio no Brasil e ex-secretáriosportebetingcomércio exterior no governo Temer.
"Mas a gente espera que a discussão bilateral não fique concentrada apenassportebetingquestões específicas. A pauta precisa ser mais ampla", afirma Árabe Neto.
Acordo bilateral ousportebetingbloco?
A Argentina e o Mercosul estão ainda no centrosportebetingoutro entrave para a negociação bilateral entre Brasil e Estados Unidos. Pelas regras do bloco sulamericano, a negociaçãosportebetingtarifassportebetingcomércio com um paíssportebetingfora do grupo só pode ser feita conjuntamente pelos membros da união aduaneira.
Assim, a negociação entre Brasil e Estados Unidos depende da anuência da Argentina ousportebetingsua disposiçãosportebetingabrir mãosportebetingparticiparsportebetingum acordo, o que não tem precedentes na história.
Integrantes do governo brasileiro admitem que havia uma boa oportunidadesportebetingnegociação enquanto Maurício Macri esteve sentado na cadeira presidencial na Casa Rosada. No entanto, o peronista Alberto Fernandez acabasportebetingser eleito e tomará possesportebetingdezembro, mudando consideravelmente as relações políticas esportebetingforça no Mercosul. Bolsonaro já disse que os argentinos "escolheram mal" e adiantou tempos difíceis para o bloco:
"Não digo que sairemos do Mercosul, mas podemos juntar ali com o Paraguai, não sei o que vai acontecer nas eleições do Uruguai, e decidirmos se a Argentina fere alguma cláusula do acordo ou não. Se ferir, podemos afastar a Argentina. Mas a gente espera que nada disso seja necessário. Que a Argentina não queira, na questão comercial, mudar seu rumo", disse o presidente.
Contra o Mercosul conta ainda a indisposição dos Estados Unidossportebetingfazer negociações com blocos. Desde o início do governo Trump, os americanos têm dado preferência a negociações bilaterais, nas quais podem fazer valer seu peso econômico. Os EUA preferiram, por exemplo, fechar um acordo comercial com o Japão a negociar com os demais países do Pacíficosportebetingbloco. E reviram seu principal acordosportebetingbloco, o antigo Nafta, com México e Canadá. O Novo Acordo Estados Unidos - México - Canadá ainda depende da aprovação do Congresso americano para ser implementado.
Prioridadesportebetingquem?

Crédito, Alan Santos/Presidência da República
Se, para o Brasil, a relação com os Estados Unidos é uma prioridade absoluta, para os americanos a urgênciasportebetingfechar acordos com os brasileiros é relativa. Hoje, os negociadores americanos estão dedicados a finalizar o acordo com seus vizinhos,sportebetingfechar o miniacordo com o Japão,sportebetingencontrar soluções para a guerra comercial com a China - que tem provocado instabilidade na economia global - e rever suas posiçõessportebetingrelação ao Reino Unido pós-Brexit e à própria União Europeia.
"O que estamos fazendo é tentar encaixar o Brasilsportebetingprimeiro lugar na fila, logo depoissportebetingtodas essas prioridades. É irreal achar que teremos algum grande avanço nos próximos um ano e meio a dois anos", diz Carvalho.
Ela nota, no entanto, que os dois países poderiam tomar medidassportebetingmenor complexidade que já trariam alterações relevantes ao cenário: finalizar o acordosportebetingfacilitaçãosportebetingentradasportebetingexecutivos brasileiros na imigração americana, simplificar os tributos sobre produtos estrangeiros, reduzir a burocracia para exportadores - hoje, uma empresa americana leva até 36 horas para ser certificada e poder fazer a transação comercial com o Brasil, com a mudança, o trâmite levaria apenas 4 horas.
"Eu sei que essas medidas não são politicamente sexy, mas são mais viáveis no curto prazo", diz Carvalho.
Embora o discurso político sugira grandes mudançassportebetingpatamar entre os dois países muitosportebetingbreve, dentro do governo há o entendimentosportebetingque não se avançarásportebetinguma agendasportebetinglivre comércio antessportebeting2021, quando talvez nem mesmo Trump esteja mais na Casa Branca. O Republicano tentará reeleição no ano que vem, no que deve ser um pleito acirrado. Se vencer um democrata, toda a negociação atual poderá retornar à estaca zero, daí a urgência dos brasileirossportebetingver algo concreto no horizonte.
"Precisamos aproveitar o momento para tentar arrancar resultados concretos. Defendemos que os dois países lancem uma negociação estruturada, ainda que a conclusão desses acordos leve tempo, mas vá trabalhandosportebetingconjunto o que já pode ser decidido", diz Árabe Neto.

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