'Fui agredidorajajudi88 freebetsalarajajudi88 freebetaula': 3 professores contam históriasrajajudi88 freebetviolência, trauma e decepção:rajajudi88 freebet

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Em maio, uma professorarajajudi88 freebet59 anos foi agredida a tapas pela mãerajajudi88 freebetum aluno dentro da E. E. Oscar Pereira,rajajudi88 freebetPorto Alegre (RS). Um mês depois, oito estudantes arremessaram mesas e cadeirasrajajudi88 freebetuma professora da E. E. Mariarajajudi88 freebetLourdes Teixeira,rajajudi88 freebetSão Paulo (SP).
Um caso mais extremo aconteceu no dia 30rajajudi88 freebetabril, quando o professor Júlio César Barrosorajajudi88 freebetSousa,rajajudi88 freebet41 anos, foi morto a tiros por um aluno do Colégio Estadual Céu Azul,rajajudi88 freebetValparaíso (GO), após uma discussão.
'Não tinha condiçõesrajajudi88 freebetcontinuar dando aula. Nem se quisesse'

Crédito, Arquivo pessoal
Com 20 anosrajajudi88 freebetmagistério, Paulo Rafael Procópio,rajajudi88 freebet62 anos, cansourajajudi88 freebetouvir falarrajajudi88 freebetcasosrajajudi88 freebetviolênciarajajudi88 freebetsalarajajudi88 freebetaula. Nunca imaginou, porém, que, um dia, aconteceria com ele.
"Por mais que o tempo passe, a gente não consegue esquecer uma violência dessas", afirma o professorrajajudi88 freebetHistória e Geografia.
No dia 22rajajudi88 freebetfevereirorajajudi88 freebet2019, Paulo estavarajajudi88 freebetsala quando um estudanterajajudi88 freebetoutra turma interrompeu a aula para falar com a prima. O docente sugeriu a ele que esperasse o fim da aula ou o recreio.
Foi o suficiente para o rapaz,rajajudi88 freebet12 anos, reagir com violência e arremessar um caderno na direção do professor. Mas, a agressão não parou por aí. Em seguida, deu um soco. E mais um. E mais outro.
"Se não tivesse me defendido, o estrago teria sido maior", lamenta o professor, que levou seis pontos no rosto e dois no supercílio.
A violência aconteceu na Escola Estadual Otacílio Sant'Anna, na cidaderajajudi88 freebetLins, no interiorrajajudi88 freebetSão Paulo. No mesmo dia, Procópio registrou queixa na polícia e anunciourajajudi88 freebetaposentadoria.
"Não tinha condiçõesrajajudi88 freebetcontinuar dando aula. Nem se quisesse", admite.
A notícia causou comoção no colégio onde Paulo lecionava havia três anos. Muitos alunos pediram para ele reavaliarrajajudi88 freebetdecisão.
"Já estava quase me aposentando mesmo. Aquele episódio apenas encurtou minha carreira", queixa-se.
O caso ganhou repercussão nacional. Até convite para comparecerrajajudi88 freebetBrasília, para uma audiência com o então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, Paulo recebeu. O encontro aconteceu no dia 8rajajudi88 freebetmarço.
"A figura do professor não é valorizadarajajudi88 freebetnosso país. É muito trabalho e pouco reconhecimento", resume.
A culpa, avalia, érajajudi88 freebettodos: governo e sociedade.
"Os pais não sabem educar os filhos. Por essa razão, tinham que ser punidos pelas atitudes deles", acredita.
Paulo se aposentou. E o aluno que o agrediu foi internado, por 45 dias, na unidade Vitória Régia, da Fundação Casa,rajajudi88 freebetLins.
"Na maioria das vezes, o aluno é suspenso por três dias e, depois, volta à salarajajudi88 freebetaula, como se nada tivesse acontecido. Em alguns casos, ele é transferidorajajudi88 freebetescola. Isso não resolve o problema. Apenas transfere o problema para outro professor tentar resolver", dá o alerta.
'O que fizrajajudi88 freebeterrado para ser hostilizado daquela maneira?'

Crédito, Arquivo pessoal
Era para ser uma terça-feira como outra qualquer. Moradorrajajudi88 freebetItaboraí, a 45 km do Riorajajudi88 freebetJaneiro, o professor Thiago dos Santos Conceição,rajajudi88 freebet32 anos, acordou cedo - por volta das quatro da manhã -, pegou um ônibus e, duas horas e meia depois, chegou ao CIEP Municipal Mestre Marçal, no bairro Jardim Campo Mar,rajajudi88 freebetRio das Ostras, na Região dos Lagos.
Naquele dia, 18rajajudi88 freebetsetembrorajajudi88 freebet2018, aplicaria provarajajudi88 freebetLíngua Portuguesa para uma turma do 9º ano. Bem que tentou, mas não conseguiu. Um vídeo na internet mostra seis alunos hostilizando o professor. Um deles amassa a prova antesrajajudi88 freebetentregá-la.
Não satisfeito, rasga um pedaço do papel com os dentes e amassa a avaliação do colega ao lado. O mesmo estudante,rajajudi88 freebet16 anos, arremessa a pochete no quadro negro, a poucos centímetros do professor.
Depoisrajajudi88 freebetouvir ameaças e xingamentos, Thiago pede ajuda na porta, mas ninguém aparece.
"Até hoje, não sei o que levou aqueles alunos a agirem com tamanha brutalidade. O que fizrajajudi88 freebeterrado para ser hostilizado daquela maneira?", pergunta o docente que, naquele mesmo dia, prestou queixa à polícia e pediu demissão da escola.
"Muitos colegas não denunciam as agressões por medorajajudi88 freebetretaliação. Não conhecem o aluno, nem sabem do que ele é capaz", afirma.
Durante duas semanas, Thiago não conseguiu fazer outra coisa a não ser chorar. Chorar e se perguntar: "Onde foi que eu errei?"
Passado um mês e meio, voltou a entrarrajajudi88 freebetsalarajajudi88 freebetaula,rajajudi88 freebetoutra escolarajajudi88 freebetoutro município. Foi acolhido pelos alunos com cartazes: "Força, Thiago!" e "Professor Nota 10".
"Tive medorajajudi88 freebetvoltar a lecionar. Passava um filmerajajudi88 freebetterror pela minha cabeça", explica. Diante da repercussão, um dos agressores gravou um vídeo, pedindo desculpas: "Vacilei, reconheço meu erro".
Na opiniãorajajudi88 freebetThiago, o governo temrajajudi88 freebetparcelarajajudi88 freebetculpa. Não investe na educação como deveria e, segundo ele, transforma o professor no vilão da história.
"Há casosrajajudi88 freebetameaça atérajajudi88 freebetturmasrajajudi88 freebeteducação infantil. Os alunos levam tesoura para intimidar os professores", relata.
Quanto aos ex-alunos, diz ter compaixão deles. E lamenta não ter podido ajudá-los.
"Acredito no poder transformador da educação. Mas, naquele caso, nada pude fazer", se entristece.
'O Brasil só vai valorizar o professor quando não houver mais nenhumrajajudi88 freebetsalarajajudi88 freebetaula'

Crédito, Arquivo pessoal
Em suas aulas do Ensino Médio, a professora Márcia Friggi,rajajudi88 freebet53 anos, costuma sabatinar seus alunos sobre o futuro profissional.
Quando pergunta se alguém quer seguir o magistério, a resposta, invariavelmente, é uma só: gargalhadas. "É como se dissessem: 'Para quê, professora? Para ganhar a miséria que a senhora ganha?'."
O cenário é preocupante, admite. Na avaliação dela, poucos são os pais que se preocupam com o desempenho escolar dos filhos, se eles fazem bagunça ou tiram notas baixas.
"O Brasil só vai valorizar a figura do professor quando não houver mais nenhumrajajudi88 freebetsalarajajudi88 freebetaula". Ela própria, por pouco, não abandonou a profissão.
Em 21rajajudi88 freebetagostorajajudi88 freebet2017, a professorarajajudi88 freebetLíngua Portuguesa e Literatura postourajajudi88 freebetredes sociais uma fotorajajudi88 freebetcom o rosto ensanguentando. A imagem viralizou.
Márcia foi agredida por um alunorajajudi88 freebet15 anos no Centrorajajudi88 freebetEducaçãorajajudi88 freebetJovens e Adultos (CEJA)rajajudi88 freebetIndaial,rajajudi88 freebetSanta Catarina, a 170 kmrajajudi88 freebetFlorianópolis.
Tudo começou quando Márcia pediu a ele que tirasse o livrorajajudi88 freebetcima das pernas e o colocasse sobre a carteira. "Coloco onde quiser", resmungou. Ela insistiu. "Ah, vá se f...", esbravejou o aluno.
Expulsorajajudi88 freebetsala, o rapaz ainda jogou um livro na direção da professora. Na diretoria, tentou argumentar que tudo não passavarajajudi88 freebetmentira. "Mentira? A sala toda viu!", respondeu a docente. Foi quando o estudante desferiu três socos.
"Foi tudo muito rápido. Não tive como me defender", recorda.
Dias depois, o agressor postou um vídeo nas redes sociais.
"Não sou um monstro", disse o adolescente que já tinha sido denunciado por agredir a mãe e ameaçar um conselheiro tutelar.
Márcia levou seis meses para voltar à salarajajudi88 freebetaula. Neste período, teve acompanhamento médico e psicológico. Traumatizada, não conseguia, sequer, ouvir a algazarra das crianças na hora do recreiorajajudi88 freebetum colégio pertorajajudi88 freebetcasa. Fechava a janela.
"Quase dois anos depois, o sentimento que fica érajajudi88 freebetdesamparo. Quem me levou ao hospital foi um colegarajajudi88 freebettrabalho. Ninguém da direção me acompanhou. Eu me senti sozinha. É um absurdo que me dói até hoje!", lamenta.

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