Como astronautas gêmeos ajudam a Nasa a prever riscosblaze oviagens longas pelo espaço:blaze o

Crédito, NASA
Os resultados foram publicados nesta quinta-feira. Durante e depois da permanência espacial, Scott apresentou diversos sintomas relacionados a envelhecimento, perda cognitiva, alterações na expressão gênica, mudanças vasculares, diferenças respostas imunológicas e diminuição da acuidade visual.
Mark, que ficou na Terra, não teve nenhum desses efeitos - descartando, portanto, a possibilidadeblaze oserem um reflexo natural da idade.
Ao infinito e além
Conforme nota da agência espacial, "os mais relevantes obstáculos para uma missão humanablaze olonga duração são cinco conhecidos perigos: radiação, isolamento e confinamento, distância da Terra, campos gravitacionais alterados e ambientes hostis". Os irmãos Kelly foram analisados sob cientificamente sob dez critérios, dentro dos campos da fisiologia humana, saúde comportamental, microbiologia e biologia molecular.
No total, foram 27 mesesblaze oque ambos foram monitorados, já que os estudos começaram antes da missão e prosseguiram depois - justamente para avaliar quais efeitos da vida espacial foram incorporados pelo corpoblaze oScott ou quais foram ajustados com o tempo.

Crédito, NASA
Os resultados, publicados pela revista Science, levantam preocupações sobre como os astronautas devem ser preparados para viagens espaciais - sobretudo nos planos futuros para uma missão com humanos até Marte, por exemplo.
De modo simplificado, dá para afirmar que Scott voltou para a Terra mais velho que seu irmão. Pelo menos com sintomas parecidos com os do envelhecimento: comprometimento cognitivo, perdablaze odensidade óssea e até alterações cardiovasculares - como o espessamento da artéria carótida.
Mas as três mais contundentes conclusões da pesquisa, segundo avaliação da Nasa, foram o desencadeamentoblaze omudanças na expressão gênica - ou seja, como os genes funcionam para ativar ou desativar características; a manutenção das condições do sistema imunológico - o que significa que um astronauta responde bem a uma vacina eventualmente necessáriablaze oviagem espacial; e um desgaste acentuado nos telômeros, proteção das extremidades dos cromossomos - problema ligado ao envelhecimento.
Marcasblaze oenvelhecimento
Em conversa com jornalistas na terça-feira, a pesquisadora Susan Bailey, professora da Universidade Estadual do Colorado, afirmou que "o estudo dos gêmeos é certamente a visão mais abrangente que já tivemos da resposta do corpo humanoblaze oum voo espacial".
"De nossa parte, o maior interesse era a avaliação dos biomarcadoresblaze oenvelhecimento, especificamente os telômeros", disse. "Eles podem servir como um biomarcadorblaze oenvelhecimento acelerado oublaze oalguns dos riscosblaze osaúde associados, como doença cardiovascular ou câncer."

Crédito, UC San Diego
Bailey explicou que, no casoblaze ouma viagem espacial, o estresse resultanteblaze o"exposições ambientais extremas", como radiação espacial e microgravidade, contribuem para "acelerar a perdablaze otelômero".
Ela conta que também foram avaliadas "aberrações cromossômicas". "Coisas como translocações, rearranjos entre cromossomos ou inversões", pontuou, ressaltando que tais ocorrências foram "definitivamente elevadas durante o voo espacial".
Professor da Weill Cornell Medicine, a unidadeblaze opesquisa biomédica da Universidade Cornell, Chris Mason também se deteve sobre os aspectos genéticos. "Observamos uma mudança realmenteblaze ogrande escalablaze omaisblaze o mil genes", disse ele, referindo-se ao irmão que permaneceu por um ano no espaço.
"Houve ativaçãoblaze ofunções que regulam a resposta a danos e reparos no DNA e, mais notavelmente, um fortalecimento do conjuntoblaze ogenes envolvidos no sistema imunológico - o que indicou que a defesa do organismo estavablaze oalerta alto, como uma maneirablaze otentar compreender o novo ambiente."
Mason usou uma analogia para explicar o ocorrido. "Imagine que uma luz acendeblaze oseu DNA quando você liga ou desliga uma função, como uma cozinha cheiablaze oaparelhos. Anteriormente, a cozinha só tinha algumas poucas coisas ligadas. Então, quase todos os eletrodomésticos foram ativados", comentou. "E isso ocorreu na segunda metade da jornada."
O pesquisador ressaltou que embora muitas das funções do organismoblaze oScott tenham retornado à normalidade depois do fim da missão, ainda há desajustes no corpo dele. "Noventa por cento das alterações retornaram à linhablaze obase", explicou. Mas o sistema imunológico não está funcionando corretamente e a reposição das células - naturalmente feita pelo organismo - também não ocorre da maneira esperada. "Como ele é um homem saudável, provavelmente o corpo se adaptou assim depois que ele voltou", afirmou.

Crédito, NASA
A pesquisadora Brinda Rana, da Universidade da Califórnia, enumerou outros problemas identificados no organismo do astronauta. "Esta investigação inédita forneceu pistas sobre como um voo espacialblaze olonga duração altera a regulação das moléculas no corpo e a relação dessas mudanças com as mudanças fisiológicas no corpo causadas pelo voo espacial,blaze oquestões vasculares a problemasblaze ovisão", disse ela.
"Muitos astronautas desenvolvem um problemablaze ovisão que pode ser o resultadoblaze omudançasblaze ofluidos relacionadas à microgravidade. Alterações cardiovasculares semelhantes à aterosclerose também foram observadas."
Rana acredita que essas questões são "grandes obstáculos fisiológicos" que a Nasa precisa resolver "antesblaze oembarcarblaze omissões espaciais mais longas, como a proposta missão a Marte".
A pesquisa indicou ainda que o ambiente com privaçãoblaze ooxigênio influencia no metabolismo, causando um aumentoblaze oinflamações interiores e ainda nos nutrientes do corpo.
Examesblaze ofezes também demonstraram que a jornada espacial interferiu nas proporções das bactérias da flora intestinalblaze oScott. Pesquisadores da Universidade Northwestern coletaram e analisaram duas amostras fecais do astronauta antes da viagem, quatro durante a jornada espacial e três após o fim da missão. A diversidade das bactérias não mudou - mas a proporção delas, sim.
"Não podemos mandar humanos para Marte sem saber como o voo espacial afeta o corpo, incluindo os micróbios que viajam com os humanos", afirmou um dos pesquisadores, Fred Turek.

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