A cronologia da crise do diesel, do controlepixbet gpreçospixbet gDilma à greve dos caminhoneiros:pixbet g

Caminhoneiros bloqueando rodovia

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Caminhoneiros ameaçavam com greve geral desde a semana passada. A paralisação acabou deflagrada nesta segunda com impactospixbet gvários Estados
Dilma Rousseff

Crédito, Quique Garcia / European Photopress Agency

Legenda da foto, O governo é acusado pelo Ministério Público Federalpixbet gter usado a Petrobras, durante a gestão Dilma, como instrumento para controlar a inflação

2008 a 2014 - 'Interferência política' e preço abaixo do mercado

O governo Dilma era acusadopixbet gusar a Petrobras como instrumentopixbet gpolítica macroeconômica para controlar a inflação.

A práticapixbet gcontrolar e atrasar o repasse dos preços internacionais aos combustíveis no mercado interno permitia ao governo, na prática, influenciar os índicespixbet ginflação por meio da gasolina e do diesel - praticamente obrigando a Petrobras a vender os produtos a preços abaixo do mercado, o que teria causado grandes prejuízos à empresa.

Agindo assim, o governo evitava que a elevação do preço dos combustíveis se disseminasse pela economia afetando os outros produtos que dependem diretamentepixbet gtransporte rodoviário epixbet ginsumos derivados do petróleo, capitalizando o impacto na inflação geral.

Pedro Parente

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Pedro Parente, presidente da Petrobras, tomou possepixbet g2016 afirmando que a políticapixbet gpreços da companhia não teria mais influência do governo

Junhopixbet g2016 - Declaraçãopixbet g'independência'

Em 2016, Pedro Parente, novo presidente da Petrobras, foi empossado por Michel Temer afirmando que a políticapixbet gpreços passaria a ser guiada pelos interesses da empresa, sem influência do governo.

Em outubro do mesmo ano, o valor dos combustíveis começou a acompanhar a tendência do mercado internacional tomando por base não somente o preço do petróleo bruto, como também custos como fretepixbet gnavios, custos internospixbet gtransporte e taxas portuárias, alémpixbet guma margem para remunerar riscos inerentes à operação, como a volatilidade da taxapixbet gcâmbio e dos preços, taxas portuárias, lucro e tributos.

Com a nova política, as revisõespixbet gpreços passaram a ser feitas pelo menos uma vez por mês, podendo haver manutenção, redução ou aumento nos valores praticados nas refinarias e possível impacto nas bombas, para o consumidor.

"Para permitir maior flexibilidade na gestão comercialpixbet gderivados e estimular aumentospixbet gvendas", a Petrobras também afirmou na época que avaliaria conceder descontos pontuais para o diesel e a gasolinapixbet gmercados específicos, mas que "em hipótese alguma" esses descontos levariam o preço para um patamar abaixo dos custos.

A estatal ressaltou ainda que não praticaria preços abaixo da paridade internacional, sinalizando o fim do combustível amplamente subsidiado, política adotada por governos anteriores.

Junhopixbet g2017 - Frequência maiorpixbet gajustes

Depoispixbet gavaliar que não estava conseguindo acompanhar a volatilidade crescente da taxapixbet gcâmbio e das cotaçõespixbet gpetróleo e derivados, a Petrobras anuncia que haveria uma frequência maior nos ajustespixbet gpreços.

Posto

Crédito, PA

Legenda da foto, Gasolina e diesel sofreram cinco reajustes consecutivos entre os dias 15 e 19pixbet gmaio

A partirpixbet g03pixbet gjulhopixbet g2017, a empresa passou a realizar ajustes nos preços "a qualquer momento, inclusive diariamente".

"A revisão da política aprovada permitirá maior aderência dos preços praticados do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilitará à companhia competirpixbet gmaneira mais ágil e eficiente", disse a Petrobras, na época.

O preço do petróleo, depoispixbet gdois anospixbet grecordes mínimos, começava, justamentepixbet gjunhopixbet g2017, a subir no mercado internacional.

Em dezembro, pela primeira vez desde a implementação dessa nova política, o litropixbet ggasolina ultrapassava a barreira dos R$ 4 nos postos.

Maiopixbet g2018 - Greve

O mês marca a chegadapixbet gprotestos dos caminhoneiros, insatisfeitos com os constantes reajustes e o aumento do preço dos combustíveis, que, segundo representantes da categoria, tornou inviável o transportepixbet gmercadorias no país.

No dia 16pixbet gmaio, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) apresentou um ofício ao governo federal pedindo o congelamento do preço do óleo diesel e a aberturapixbet gnegociações, mas foi ignorada. No dia 18 (última sexta-feira), a organização lançou um comunicadopixbet gque mencionava a possibilidadepixbet gparalisação a partirpixbet gsegunda-feira, o quepixbet gfato ocorreu.

Na terça, pouco depoispixbet ga Petrobras anunciar redução nos preços do diesel nas refinarias, motivada por uma leve queda do dólar, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, declarou que não havia espaço para cortar impostos, diante da dificuldadepixbet gequilibrar as contas públicas.

Na quarta-feira, pressionado pelos efeitos da greve, Pedro Parente, anunciou que a estatal fará uma reduçãopixbet g10% no preço do óleo diesel - e que manterá este preço durante as próximas duas semanas. A paralisação, no entanto, continuou.