Como identificar os diferentes tiposjogos mahjong grátisfakes e robôs que atuam nas redes:jogos mahjong grátis

jogos mahjong grátis Se a interferênciajogos mahjong grátiscontas falsasjogos mahjong grátisdiscussões políticas nas redes sociais já representava um perigo para os sistemas democráticos,jogos mahjong grátissofisticação e maior semelhança com pessoas reais têm agravado o problema pelo mundo.

No Brasil, uma investigaçãojogos mahjong grátistrês meses da BBC Brasil, que deu origem à sériejogos mahjong grátisreportagens Democracia Ciborgue, identificou parte do mercadojogos mahjong grátiscompra e vendajogos mahjong grátiscontas falsas que teriam sido usadas para favorecer políticos no Twitter e no Facebook. É impossível estimar seu alcance, masjogos mahjong grátisexistência nas eleições brasileirasjogos mahjong grátis2014 já alerta para um potencial risco na disputa no ano que vem.

Nos Estados Unidos, conteúdo produzido por russos e difundido por meiojogos mahjong grátispessoas que não eram verdadeiras alcançou quase 126 milhõesjogos mahjong grátisamericanos no Facebook durante as eleições do ano passado,jogos mahjong grátisacordo com a plataforma, que teve que submeter dados ao Senado americano.

O perigo cresceu porque a tecnologia e os métodos evoluíram dos robôs, os "bots" - softwares com tarefas online automatizadas -, para os "ciborgues" ou "trolls", contas controladas diretamente por humanos com a ajudajogos mahjong grátisum poucojogos mahjong grátisautomação.

Imaginemos uma linhajogos mahjong grátisquejogos mahjong grátisuma ponta estejam robôs e,jogos mahjong grátisoutra, humanos. Entre as duas pontas, especialistas apontam a existênciajogos mahjong grátisciborgues, "robôs políticos", "fakes clássicos" e "ativistasjogos mahjong grátissérie" antesjogos mahjong grátischegarmos às pessoas reais.

Parte 1, os robôs

"Um robô, ou bot, nada mais é que uma metáfora para um algoritmo que está te ajudando, fazendo um trabalho para você", define Yasodara Córdova, pesquisadora da Digital Kennedy School, da Universidade Harvard, nos EUA, e mentora do projeto Operação Serenatajogos mahjong grátisAmor, que busca identificar indíciosjogos mahjong grátispráticasjogos mahjong grátisgestão fraudulenta envolvendo recursos públicos no Brasil.

Ou seja, robôs estão por todas as partes, espalhados nas redes sociais, o que não significa necessariamente que estejam fazendo coisas ruins: os mais comuns são aqueles que automatizam o compartilhamentojogos mahjong grátisnotíciasjogos mahjong grátisveículosjogos mahjong grátisimprensa e os que ajudam consumidoresjogos mahjong grátisatendimentos virtuais, entre outros.

O projeto Operação Serenatajogos mahjong grátisAmor, por exemplo, tem um robô que analisa pedidosjogos mahjong grátisreembolsojogos mahjong grátisdeputados federais e destaca os que parecem ser suspeitos, por meiojogos mahjong grátis"machine learning" ("aprendizadojogos mahjong grátismáquina", que reconhece padrões e aprende com seus erros para evoluir e refinarjogos mahjong grátisatuação). Via Twitter, pede aos parlamentares que esclareçam o gasto suspeito - há casosjogos mahjong grátiscongressistas que reembolsaram a Câmara por causa do projeto.

Mas também há robôs cujo uso é malicioso, e que estão espalhados sobretudo pelo Twitter.

"O Twitter é um ambiente mais amigável para robôs", explica Marcos Bastos, professor do departamentojogos mahjong grátisSociologia da City, University of London, no Reino Unido.

Bastos, que é brasileiro, e o britânico Dan Mercea, da mesma universidade, descobriram que as discussões sobre o plebiscito do Brexit (que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia) no Twitter tiveram participaçãojogos mahjong grátisao menos 13,5 mil robôs, usados para "bombar" um lado ou outro com postagens automatizadas.

"O Facebook éjogos mahjong grátisfato uma rede social: você aceita pessoas com quem você tem algum tipojogos mahjong grátisconexão: idealmente, só amigos, embora esse não seja sempre o caso. O Twitter não tem essa reciprocidade, então funciona não só como uma rede social, mas como um sistemajogos mahjong grátisdifusãojogos mahjong grátisinformações", afirma.

Ou seja, a natureza mais aberta do Twitter - que, diferentemente do Facebook, não exige o nome verdadeiro do usuário nem proíbe contas automatizadas - facilita a proliferaçãojogos mahjong grátisrobôs emjogos mahjong grátisesfera.

Pesquisadores das universidades do Sul da Califórnia ejogos mahjong grátisIndiana estimam que haja entre 9% a 15%jogos mahjong grátisrobôs no Twitter. A rede tem um totaljogos mahjong grátiscercajogos mahjong grátis330 milhõesjogos mahjong grátisusuários - portanto, ao menos 29 milhões deles são robôs, segundo o levantamento.

O Twitter informa que "a falsa identidade é uma violação"jogos mahjong grátissuas regras. "As contas do Twitter que representem outra pessoajogos mahjong grátismaneira confusa ou enganosa poderão ser permanentemente suspensasjogos mahjong grátisacordo com a Política para Falsa Identidade do Twitter. Se a atividade automatizadajogos mahjong grátisuma conta violar as regras do Twitter ou as regrasjogos mahjong grátisautomação, o Twitter pode tomar medidasjogos mahjong grátisrelação à conta, incluindo a suspensão da conta."

Mas essas criaturas virtuais são mais facilmente identificáveis. Pesquisadores desenvolvem ferramentas para detectar robôs, monitorandojogos mahjong grátisatividade e identificando padrões. Levamjogos mahjong grátisconta a quantidadejogos mahjong grátisvezes que replicam um conteúdo, a proporção entre seguidores e usuários que o perfil segue, a datajogos mahjong grátiscriação da conta, as postagens via plataformas externas ao Twitter e a quantidadejogos mahjong grátismenções a outros usuários, entre outros critérios.

Pouco disso pode ser feito para detectar os exércitosjogos mahjong grátisciborgues, que estãojogos mahjong grátisuma zona cinzenta e são os próximos na escala depois dos robôs. São chamados tambémjogos mahjong grátis"trolls" ou "socketpuppets" (fantoches).

"É muito difícil detectar esses 'bots' híbridos, operados parte por humanos, parte por computadores", afirma Emilianojogos mahjong grátisCristofaro, professor da London's Global University, no Reino Unido, que estuda segurança online. Isso porque perfis operados por algoritmos têm "comportamentos previsíveis" e padrões, enquanto uma pessoa real pode interromper isso, "agindojogos mahjong grátisforma diferentejogos mahjong grátishorários diferentes".

Ciborgues dão origem a perfis mais sofisticados, que tentamjogos mahjong grátisfato imitar perfisjogos mahjong grátispessoas verdadeiras, publicando fotos e frases e interagindo com outros usuários, criando "reputação".

Os perfis falsos encontrados pela investigação da BBC Brasil são ciborgues. Roubaram fotosjogos mahjong grátispessoas verdadeiras, criaram nomes falsos e adicionaram como amigos pessoas reais - o que fez até com que recebessem "parabéns"jogos mahjong grátisseus "aniversários". Depois, entre publicaçõesjogos mahjong grátisuma rotina inventada, publicaram conteúdo elogiando políticos brasileiros e ajudaram a aumentar suas "curtidas".

Para manter o perfil ativo e parecer real, parte das postagens era agendadajogos mahjong grátisplataformas fora do Twitter. À primeira vista, não parecem ser perfis falsos.

"É preciso olhar para o conteúdo que postam, não só parajogos mahjong grátisatividade. E isso custa caro", observa Cristofaro. Porjogos mahjong grátisnatureza mais sofisticada, estão espalhados não só no Twitter, como no Facebook também.

O Facebook informou que suas políticas "não permitem perfis falsos". "Estamos o tempo todo aperfeiçoando nossos sistemas para detectar e remover essas contas e todo o conteúdo relacionado a elas."

A empresa também indicou que pode fazer uma "varredura"jogos mahjong grátisperfis falsos no Brasil semelhante à que fez na França e na Alemanha antes das eleições. "Estamos eliminando contas falsasjogos mahjong grátistodo o mundo e cooperando com autoridades eleitorais sobre temas relacionados à segurança online, e esperamos tomar medidas também no Brasil antes das eleiçõesjogos mahjong grátis2018."

Para o Cristofaro, caso o Facebook começasse a varrer contas falsas levandojogos mahjong grátisconta apenasjogos mahjong grátisatividade, acabaria encontrando "falsos positivos", "e isso seria muito ruim para eles", diz.

Em um relatóriojogos mahjong grátisabriljogos mahjong grátis2017, o Facebook admitiu que havia difusãojogos mahjong grátisinformações na plataforma via "personas falsas online", criadas para "influenciar opiniões políticas".

Na ocasião, a empresa disse que estava tomando medidas para excluir esse tipojogos mahjong grátisconta falsa, sem especificar quantas já identificou e excluiu. Segundo relatório da empresa,jogos mahjong grátissetembro deste ano o Facebook tinha 2,07 bilhõesjogos mahjong grátisusuários ativos no mundo todo - não se sabe quantas dessas contas são falsas.

Alguns passos podem ser tomados para identificar ciborgues. Qualquer um pode fazer uma pesquisa por meio da foto utilizada pelo perfiljogos mahjong grátisquestão. Em ferramentasjogos mahjong grátisbuscas como o Google, é possível pesquisar pela imagem com o objetivojogos mahjong grátisrastrearjogos mahjong grátisorigem e outros sitesjogos mahjong grátisque aparece. Esses perfis utilizam fotos que saíramjogos mahjong grátisnotícias não muito difundidas,jogos mahjong grátispessoas mortas,jogos mahjong grátisbancosjogos mahjong grátisimagens.

Mas pesquisadores começam agora a observar outros padrõesjogos mahjong grátiscomportamento: quando as mensagens não são programadas,jogos mahjong grátispublicação se concentra sójogos mahjong grátishoráriosjogos mahjong grátistrabalho, já que é controlada por pessoas cuja profissão é exatamente essa, administrar um perfil falso durante o dia. Interaçõesjogos mahjong grátismadrugada, portanto, quando pessoas reais muitas vezes participamjogos mahjong grátisdiscussões online, estãojogos mahjong grátisfora (a não ser que empresas comecem a pagar por plantõesjogos mahjong grátismadrugada).

Outra pista: a pobreza vocabular das mensagens publicadas por esses perfis. Um dos entrevistados pela BBC Brasil, funcionáriojogos mahjong grátisuma empresa que supostamente produzia e vendia perfis falsos, explica que às vezes "faltava criatividade" para criar mensagens distintas controlando tantos perfis falsos ao mesmo tempo - cada funcionário controlava entre 20 a 50 perfis com históriasjogos mahjong grátisvida particulares.

Para identificar os maisjogos mahjong grátis100 perfis falsos no Twitter e no Facebook que seriam ligados a uma empresa, com a ajudajogos mahjong grátisespecialistas, a BBC Brasil levoujogos mahjong grátisconsideração elementos como: o usojogos mahjong grátisfotos comprovadamente falsas, modificadas ou roubadas; a publicaçãojogos mahjong grátismensagens a partir da mesma ferramenta externa às redes sociais; o padrãojogos mahjong grátismensagens que simulam rotina, com repetiçãojogos mahjong grátispalavras; a participação ativa nas redes durante debates e "tuitaços"; atividade apenas durante o horário "útil" do dia; as recorrentes mensagensjogos mahjong grátisapoio oujogos mahjong grátisagressão a candidatos específicos e, por fim, vários casosjogos mahjong grátisdatas coincidentesjogos mahjong grátiscriação, ativação e desativação dos perfis.

Mas esse padrãojogos mahjong grátiscomportamento se refere a um grupo específicojogos mahjong grátisperfis falsos e ciborgues, produzidos, supostamente, por uma empresa específica. O problema é que cada empresa tem uma atuação diferente, o que significa que diferentes gruposjogos mahjong grátisperfis falsos têm também comportamentos distintos.

O fenômeno, portanto, ainda está sendo investigado por especialistas à procurajogos mahjong grátisformas para aprimorar a identificação dos ciborgues.

Parte 3, os robôs políticos

Os "robôs políticos" são outra categoria dos robôs online.

São perfisjogos mahjong grátismilitantes que autorizam que suas contas sejam conectadas a páginasjogos mahjong grátiscandidatos oujogos mahjong grátiscampanhas. Por meiojogos mahjong grátisum sistema simplesjogos mahjong grátisautomatização, "suas contas passam a automaticamente curtir postagens", diz Dan Arnaudo, pesquisador da Universidadejogos mahjong grátisWashington, nos EUA, e do Instituto Igarapé, no Rio, especialistajogos mahjong grátispropaganda computacional, governança da internet e direitos digitais.

Yasodara Córdova diz que essa é uma "espéciejogos mahjong grátisciborguização para aumentar a quantidadejogos mahjong grátisvisualizações ou compartilhamentojogos mahjong grátisuma publicação,jogos mahjong grátisque um político usa um exércitojogos mahjong grátispessoas que se habilitam a postar por ele".

Ou seja, são perfisjogos mahjong grátispessoas verdadeiras, que abrem mãojogos mahjong grátissua "autonomia" para dar curtidasjogos mahjong grátisforma automática selecionadas pela campanhajogos mahjong grátisum candidato.

Parte 4, o fake clássico

Um "fake clássico" é aquele que já conhecemos: um perfil falso inventado por uma só pessoa, sem relação com empresas que vendem esse serviço para políticos e sem relação com campanhas que pedem acesso às contasjogos mahjong grátismilitantes.

É aquele perfil usado por uma pessoa para esconder-se atrásjogos mahjong grátisum "fake" pelos mais diversos motivos: simplesmente para não expor a identidade do verdadeiro autor, para publicar comentários negativos ou positivos sobre uma pessoa ou para "bombar" um político voluntariamente.

Se isso for feitojogos mahjong grátisforma transparente, ou seja, se o perfil for satírico ou deixar claro que é um pseudônimo, a atividade é legal. Quando é usado para enganar outros usuários, no entanto, sem deixar claro que o perfil é falso ou assumindo a identidadejogos mahjong grátisoutra pessoa (roubandojogos mahjong grátisfoto ou nome), é ilegal.

Parte 5, os ativistasjogos mahjong grátissérie

Mas nem sempre um número altojogos mahjong grátiscompartilhamentos ou postagens significa que seu autor é um computador.

Há dois anos, Bastos e Mercea identificaram o que chamaramjogos mahjong grátis"ativistasjogos mahjong grátissérie" - pessoas reais altamente prolíficas politicamente no Twitter e com postagens sobre eventos políticosjogos mahjong grátisdiferentes partes do mundo - até 17 delas. Exemplo: um ativistajogos mahjong grátissérie pode tuitarjogos mahjong grátisgrandes quantidades tanto sobre os protestosjogos mahjong grátisjunhojogos mahjong grátis2013 no Brasil quanto sobre o movimento Occupy nos Estados Unidos.

Os pesquisadores entrevistaram 21 ativistasjogos mahjong grátissérie. O resultado: os entrevistados eram emjogos mahjong grátismaior parte pessoas com 30 anos ou entre os 50 e 60,jogos mahjong grátisperíodosjogos mahjong grátisdesemprego, trabalho voluntário ou durante a aposentadoria. Ficavam entre cinco e 12 horas no Twitter dedicando seu tempo a diferentes causas, chegando a tuitar 1,2 mil vezes por dia, indício que levaria pesquisadores a associarem esses perfis à automatização, embora fossem pessoasjogos mahjong grátisverdade.