Qual será o papel do Brasil na eleição da Venezuela?:bet 36t
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Legenda da foto, Maduro disse, durante um comício recente, que haveria "banhobet 36tsangue,bet 36tuma guerra civil fratricida" se ele não vencer as eleições
No entanto, essas sanções foram reimpostasbet 36tmeio ao bloqueio da candidaturabet 36tMaría Corina Machado e outras medidas contra opositores.
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No futebol, um chute a balão é um tiro livre direto a partir da linha bet 36t 12 yard. Ele pode ser concedido bet 36t {k0} jogo por uma falta da equipe defensora dentro da área. Uma disputa bet 36t pênaltis, por outro lado, é uma série bet 36t chutes a balão a partir na marca da penalidade, quando um jogo (geralmente bet 36t {k0} uma partida da taça, ou uma partida bet 36t promoção/relegação) termina sem vencedor.
É importante notar que um chute a balão e uma disputa bet 36t pênaltis são coisas diferentes no futebol. Um ocorre durante o jogo normal, enquanto a outra é uma maneira bet 36t desempatar partidas após o tempo regulamentar.
Agora que você sabe a diferença entre um chute a balão e uma disputa bet 36t pênaltis, vamos falar um pouco mais sobre como cada um deles funciona no futebol.
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Um chute a balão é concedido quando um jogador é considerado por ter cometido uma falta dentro bet 36t sua própria área bet 36t penalidade. Isso pode ser por holding, handball, tripping, etc. A bola é então colocada na linha bet 36t 12 yard, perto do ponto central do gol. A equipe que recebe o chute a bal tem um jogador que se alinha com o goleiro, enquanto a outra equipe tenta defender o gol.
Um chute a balão pode ser uma maneira emocionante bet 36t marcar um gol, mas também pode ser um grande oportunidade desperdiçada se o jogador não conseguir marcar.
Disputa bet 36t pênaltis
Se um jogo terminar empatado após a prorrogação, uma disputa bet 36t pênaltis pode ser realizada para determinar o vencedor. Cada time tem cinco jogadores designados para chutar a bola a partir da marca da penalidade, enquanto o goleiro tenta defender o gol. Se um time marcar mais gols que o outro após cinco jogadores bet 36t cada time terem chutado, eles serão declarados o vencedor. Se as duas equipes ainda estiverem empatadas depois que todos os cinco jogadores terem chutado, a disputa continuará bet 36t {k0} um estilo "morte súbita", bet 36t {k0} que um jogador bet 36t cada time é selecionado para se juntar aos chutadores anteriores. Isso continua até que um time marque um gol mais do que o outro.
Disputas bet 36t pênaltis podem ser uma forma emocionante e nervosamente tensa bet 36t decidores bet 36t partidas, especialmente bet 36t {k0} jogos bet 36t copa onde apenas um time pode avançar.
inalmente a frase latino cr+men significava"charge", ou sechoro bet 36t ngústia). Crime -
Maduro disse, durante um comício recente, que haveria "banhobet 36tsangue,bet 36tuma guerra civil fratricida" se ele não vencer as eleições.
Por isso, o resultado do pleito deste domingo ainda é considerado muito incerto, assim como o que pode ocorrer após a votação e no casobet 36tuma transiçãobet 36tpoder.
Tudo istobet 36tmeio a uma crise econômica que já dura anos e foi agravada pelas sanções americanas. Cercabet 36t7,7 milhõesbet 36tvenezuelanos deixaram o país, segundo dados do Acnur, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados.
Especialistas consultados pela BBC Brasil acreditam que, independentemente do resultado, os próximos meses serãobet 36tagitação política na Venezuela - e que o Brasil certamente terá um papelbet 36tdestaque no que seguirá.
A princípio, a posse do novo presidente está marcada para janeiro, o que abre uma janelabet 36tmaisbet 36tcinco meses entre a divulgação do resultado e a efetivação do vencedor na liderança.
“Esse período longo vai exigirbet 36ttodos os paísesbet 36ttorno, mas especialmente do Brasil como liderança regional, um cuidado muito grande na conduçãobet 36tuma mediação entre as partes”, afirma Carolina Silva Pedroso, professorabet 36tRelações Internacionais da Universidade Federalbet 36tSão Paulo (Unifesp).
O governobet 36tLuiz Inácio Lula da Silva (PT) já exerceu esse papelbet 36tmediadorbet 36toutras ocasiões, inclusive durante as negociações para os Acordosbet 36tBarbados, entre a oposição e o governo Maduro, que permitiram a realização das eleições.
“Muitos acreditam que, sem a intervenção do Brasil,bet 36tespecial a atuação pessoal do presidente Lula, o candidato da oposição Edmundo Gonzalez não estaria concorrendo e a situação seria semelhante àbet 36t2018, quando havia pouco desafio a Maduro”, afirma Phil Gunson, analista sênior da organização Crisis Group, que acompanha a siutuação venezuelana, sobre as negociações para o pacto.
O Brasilbet 36tLula também trabalhou nas conversas entre a Venezuela e a Guiana após a crise pela disputa da regiãobet 36tEssequibo. Uma reunião entre os chanceleres das duas nações aconteceubet 36tBrasíliabet 36tjaneiro deste ano, com a mediação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Para Phil Gunson, agora Brasil e Colômbia terão um papel crucial.
“Na Venezuela, não existem instituições neutras; o Supremo Tribunal e a autoridade eleitoral estão totalmente controlados pelo governo. Portanto, a comunidade internacional tem um papel vital, já que a oposição não tem a quem recorrer internamente para apresentar seu caso”, diz Gunson.
Reconhecimento dos resultados
No momento, há grande ceticismo entre os observadores sobre a possibilidadebet 36tNicolás Maduro reconhecer o resultado da eleiçãobet 36tcasobet 36tuma vitória da oposição.
Ao mesmo tempo, o históricobet 36tdenúnciasbet 36tfraude feitas pela oposição e por organismos internacionais coloca dúvidas sobre a forma como o pleito será conduzido, abrindo as portas para contestações também no cenáriobet 36tuma vitóriabet 36tMaduro.
Em 2018, o presidente venezuelano foi reeleitobet 36tuma eleição contestada tanto internamente quanto internacionalmente. A votação foi amplamente boicotada pela oposição e a Organização dos Estados Americanos (OEA) a descreveu como uma “farsa”.
Segundo o órgão, a eleição aconteceu “com uma falta geralbet 36tliberdades públicas, com candidatos e partidos ilegais, e com autoridades eleitorais desprovidasbet 36ttoda credibilidade, sujeitas ao poder executivo”.
Consequentemente, a vitóriabet 36tMaduro não foi aceita pelos Estados Unidos e vários outros países - inclusive o Brasilbet 36tJair Bolsonaro (PL) - que passaram a reconhecer Juan Guaidó, então presidente da Assembleia Nacional, como líder legítimo do país.
No entanto, Guaidó nunca conseguiu assumir o controle efetivo do governo, e Maduro permaneceu no poder. Em resposta, os Estados Unidos impuseram sanções econômicas contra a Venezuela.
Nestas eleições, a oposição já acusou o governobet 36tagir ilegalmente ao bloquear as candidaturasbet 36tMaría Corina Machado ebet 36tsubstituta, a historiadora Corina Yoris.
Também foram feitas denúncias sobre dificuldadebet 36tacesso ao registro necessário para votar (o voto não é obrigatório na Venezuela) tanto no território venezuelano quanto no exterior.
E para Carolina Silva Pedroso, as fraudes podem acontecer muito mais antes do voto do que no momento da ida à urna ou na contagem.
“Como o voto não é obrigatório, podem acontecer ações para impedir as pessoasbet 36tchegarem ao centrobet 36tvotação”, diz. “Em eleições passadas também foram registrados casosbet 36tcoação ou trocabet 36tvotos por doaçõesbet 36talimentos e cestas básicas.”
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Legenda da foto, María Corina Machado e Edmundo González Urrutia
Tudo isso torna não só o dia da eleição, mas todo o período até a posse, bastante delicados.
Há temoresbet 36tmuitos observadores internacionais e analistas sobre o que pode acontecer com os membros da coalizão perdedora. Se por um lado a oposição poderia sofrer perseguição ainda mais intensa após o pleito, não se sabe ao certo qual seria a abordagembet 36tum governobet 36tEdmundo González Urrutiabet 36trelação a Maduro e seus aliados.
O atual presidente foi acusado,bet 36tmarçobet 36t2020, pelo órgão responsável por investigar crimes relacionados a drogas nos Estados Unidos (DEA, na siglabet 36tinglês)bet 36testar ligado a um grupo que supostamente traficava drogas, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Não existe nenhuma ordembet 36tprisão emitida contra Maduro, mas ele e outros membrosbet 36tseu governo são alvo pessoalmentebet 36tsanções americanas e da União Europeia (UE). A medida europeia, por exemplo, os impedebet 36tviajar.
Nesse contexto, Pedroso vê a presença na Venezuela do ex-chanceler e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim, como central para a avaliação da situação e posicionamento do Brasil.
Amorim estarábet 36tCaracas no domingo e,bet 36tdeclaração para o portal G1, afirmou que seu objetivo é “contribuir para uma eleição correta e limpa. Que quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”.
“A decisãobet 36tenviar Amorim, que é uma figura chave para a política externa brasileira, mostra uma posição assertiva”, avalia a professora da Unifesp.
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Legenda da foto, Celso Amorim estará na Venezuela acompanhando a eleição
E segundo Felicianobet 36tSá Guimarães, professor do Institutobet 36tRelações Internacionais da Universidadebet 36tSão Paulo (USP), as declarações e movimentações recentes do governo Lula parecem indicam que há uma preparação no governo para não legitimar a eleição venezuelana caso haja qualquer indíciobet 36tfraude ou uma vitóriabet 36tMaduro por uma margem muito pequena.
“O custobet 36treconhecer Maduro como vitorioso é muito alto para o governo brasileiro”, diz. “Esse é um tema muito delicado domesticamente, porque a maioria da população brasileira tem uma visão muito negativa da Venezuela e do governo Maduro.”
Ryan Berg, diretor do Programabet 36tAméricas do Centrobet 36tEstudos Estratégicos e Internacionais, think tank com sedebet 36tWashington, D. C., afirma que o posicionamento tomado por Brasil e Colômbia após a divulgação dos resultados pode ser decisivo para o desenrolar da situação.
O especialista afirma que não se surpreenderia se,bet 36tcasobet 36tvitória, Maduro tentasse entrarbet 36tcontato com Brasil e a Colômbia para pedir que mantenham a calma e não interfiram nos assuntos internos da Venezuela.
“Se Maduro conseguir impedir que esses países denunciem a eleição como injusta e não livre, isso será decisivo para ele nos dias seguintes”, diz.
Observação da votação
Tradicional aliado do chavismo ebet 36tNicolás Maduro, o governo Lula endureceu o tombet 36trelação ao processo eleitoral venezuelano nos últimos meses.
Nesta semana, o presidente brasileiro expressou preocupação com a retórica recentebet 36tMaduro, e solicitou respeito pelo processo democrático e pelo resultado das eleições presidenciais no país.
"Fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que, se ele perder as eleições, vai ter um banhobet 36tsangue. Quem perde as eleições toma um banhobet 36tvoto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", disse Lula,bet 36tentrevista a agênciasbet 36tnotícias internacionais no Palácio da Alvorada.
O venezuelano rebateu sugerindo que quem se assusta precisa tomar “chábet 36tcamomila”.
Maduro também atacou o sistema eleitoral brasileiro, dizendo sem provas que os pleitos no Brasil não são auditados. Segundo ele, a Venezuela tem "a melhor auditoria do mundo" e que "nenhum boletimbet 36turna é auditado no Brasil".
Após as declarações, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou que as urnas eletrônicas são auditáveis e seguras e declarou que as falasbet 36tMaduro são falsas. O órgão também cancelou o enviobet 36tdois representantes para acompanhar as eleições venezuelanas.
O convite para acompanhar a realização da votação havia sido feito pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.
O enviobet 36tministros ou servidores do tribunal para acompanhar as eleiçõesbet 36tpaíses estrangeiros é uma medida praxe realizada pelo TSE, que também recebe delegações internacionais durante as eleições municipais e presidenciais.
Segundo analistas, a presença dos representantes brasileiros reforçaria ainda mais o papel importantebet 36tobservação do Brasil e ajudaria a embasar a resposta do governo Lula -bet 36tapoio ou questionamento - aos resultados.
Credibilidade
Mas os especialistas reconhecem que o Brasilbet 36thoje é um dos poucos - se não o único - países capazesbet 36tdialogar bem com os dois lados da política venezuelana.
Carolina Silva Pedroso, da Unifesp, vê o posicionamento recente mais crítico do governo Lulabet 36trelação ao governo Maduro como uma tentativabet 36tconstruir credibilidade com a oposição para negociar e se mostrar disponível para ajudarbet 36tcasobet 36tuma crise.
“As declarações podem estar gerando ruídos agora, mas no cenário pós-eleição podem auxiliar na capacidade brasileirabet 36tdiálogo”, avalia.
Mas Felicianobet 36tSá Guimarães reconhece que o grande ator externo nos próximos meses serão os Estados Unidos.
Apesarbet 36tnão manterem relações boas com o chavismo e serem vistos como “o inimigo” por Maduro e seus aliados, os americanos têm a capacidadebet 36tusar as sanções econômicas como um poderoso instrumento político, diz Guimarães.
“E o governo americano está especialmente preocupadobet 36tnão deixar a situação da Venezuela se transformarbet 36tum problema que pode afetar as próprias eleições nos Estados Unidos, marcadas para novembro.”
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Legenda da foto, Soldado carrega urnabet 36tvotação durante parada militarbet 36tCaracas
Controlebet 36tfronteiras e integração regional
Mas a participação do Brasil pode ir além do papel na observação e reconhecimento dos resultados e mediação.
A crise na Venezuela é vista como uma ameaça à segurança nacional e um obstáculo na consolidação do projetobet 36treintegração da América do Sul, uma das prioridades do governo Lulabet 36tpolítica externa.
Há, segundo o professor da Usp, uma preocupação especial com a possibilidadebet 36tuma nova ondabet 36tfugabet 36tvenezuelanosbet 36tdireção ao território brasileiro,bet 36tcasobet 36tuma crise política e social.
Mas uma instabilidade eleitoral poderia levar,bet 36túltima instância, à voltabet 36tuma tensãobet 36trelação a uma invasão venezuelanabet 36tEssequibo.
“Maduro poderia usar isso como uma cartada final se mais nada funcionar”, diz Felicianobet 36tSá Guimarães.
“Até agora parece pouco provável, mas um país da América do Sul invadindo militarmente outro país da América do Sul seria uma derrota fragorosa e completa da política externa brasileira.”
Para Silva Pedroso, apesar do Brasil defender uma aliança mais profunda entre os países sul-americanos, o Brasil poderia se articular melhor com o governo do colombiano Gustavo Petro para trabalharbet 36tconjunto.
“Petro tem sido muito proativo nesse processo eleitoral e vembet 36tum país que passou efetivamente por um conflito civilbet 36tmuitas décadas, o que traz uma perspectiva interessante.”