Fatou Ndiaye, a influencer que luta contra abuso online após sofrer racismosite de aposta do carlinhos maiaescolasite de aposta do carlinhos maiaelite no Rio :site de aposta do carlinhos maia

Fatou está ocupada planejando seu estudo universitário nos EUA, fazendo malabarismos para conciliar uma sériesite de aposta do carlinhos maiapalestras sobre racismosite de aposta do carlinhos maiaescolas e empresassite de aposta do carlinhos maiatodo o Brasil por meio da Afrika Academy — consultoriasite de aposta do carlinhos maiadiversidade criada por ela — e gerenciando suas contas no Instagram e no Twitter (ambas com maissite de aposta do carlinhos maia100 mil seguidores).

Mas a ativista ainda é mais lembrada por ter sido vítimasite de aposta do carlinhos maiaracismo no Colégio Franco Brasileiro,site de aposta do carlinhos maiaLaranjeiras, na Zona Sul do Riosite de aposta do carlinhos maiaJaneiro.

Alguns colegassite de aposta do carlinhos maiaturma dela publicaram mensagens racistassite de aposta do carlinhos maiaum grupo da escola no WhatsAppsite de aposta do carlinhos maiamaiosite de aposta do carlinhos maia2020. Embora o teor das mensagens seja inegável, um longo processo judicial ainda estásite de aposta do carlinhos maiaandamento, e os paissite de aposta do carlinhos maiaFatou optaram por transferi-la para outra escola.

O episódio ganhou destaque na imprensa porque Fatou não apenas denunciou o incidente à polícia, como também falou abertamente sobre a questão nas redes sociais como formasite de aposta do carlinhos maiafomentar a discussão sobre as relações raciais no país.

Ela também inspirou outros jovens negros brasileiros a fazerem o mesmo.

"Por meio das redes sociais e das minhas palestras, estousite de aposta do carlinhos maiacontato constante com pessoas que querem participar do debate e começar a questionar as coisas", afirma Fatou à BBC.

Para as pessoas que se preparam para entrar neste debate, ela sugere duas coisassite de aposta do carlinhos maiacara:

"A primeira é ser autêntico e ser responsável sobre o que eles postam online, pois já há muitas notícias falsas por aí".

A segunda coisa, explica Fatou, é se preparar para muita trollagem.

"Um grande problema da internet para mim é que as pessoas não conseguem diferenciar comentários negativos do que é, na verdade, um crimesite de aposta do carlinhos maiaódio. As pessoas se sentem livres para dizer o que querem sem perceber que muitos dos seus pontos são racistas, xenófobos ou caluniosos."

Automoderação

Maissite de aposta do carlinhos maia180 países no mundo comemoraram o Dia Internacional da Internet Segurasite de aposta do carlinhos maia7site de aposta do carlinhos maiafevereiro, e o tema escolhido para 2023 é "Quer falar sobre isso? Abrindo espaço para conversas sobre a vida online".

Embora Fatou acredite que as empresassite de aposta do carlinhos maiarede social precisam intensificar suas práticassite de aposta do carlinhos maiamoderação e conter o discursosite de aposta do carlinhos maiaódio, ela também vê uma necessidade muito mais urgentesite de aposta do carlinhos maiaautocontrole por parte do usuário.

"Você tem o direitosite de aposta do carlinhos maiadiscordarsite de aposta do carlinhos maiaalguém, mas nãosite de aposta do carlinhos maiaatacar alguém. Até que as pessoas entendam isso, não teremos um espaço seguro online."

Dito isso, Fatou enfatiza aos colegas — e potenciais — ativistas que é importante ser calejado. Ela ressalta que críticas e divergências fazem parte do debate e não devem ser levadas para o lado pessoal.

"Você deve estar preparado para ser questionado e lidar com visões opostas. Aliás, acho isso fundamental para o crescimento da pessoa", diz ela.

"Sim, algumas pessoas vão te atacar, mas você não deve ter medo delas."

Isso não significa, no entanto, que essas situações sejam agradáveis — Fatou admite quesite de aposta do carlinhos maiaatividade nas redes sociais é capazsite de aposta do carlinhos maiadesencadear uma retaliação tão forte que muitas vezes ela evita ler os comentáriossite de aposta do carlinhos maiasuas postagens — algo que ela chamasite de aposta do carlinhos maia"mecanismosite de aposta do carlinhos maiadefesa".

“Tenho vários amigos negros que são criadoressite de aposta do carlinhos maiaconteúdo e acabaram fechando suas contas nas redes sociais porque não suportaram o ódio”, lembra.

"Você tem que aprendersite de aposta do carlinhos maiaalguma forma a se proteger um pouco."

'Cada pessoa que parasite de aposta do carlinhos maiapostar é uma derrota para a gente'

Fatou diz que criar uma “redesite de aposta do carlinhos maiaconscientização” para incentivar as pessoas a denunciarem o discursosite de aposta do carlinhos maiaódio é um passo importante para alcançar alguma pazsite de aposta do carlinhos maiaespírito, mas ela insiste que darsite de aposta do carlinhos maiaombros também é uma estratégiasite de aposta do carlinhos maiadefesa.

"Os haters querem conflito e geralmente vêmsite de aposta do carlinhos maiasexismo, racismo e pura ignorânciasite de aposta do carlinhos maiarelação aos temas sobre os quais estão questionando outras pessoas. Crimes devem ser levados a sério, não me interpretem mal, mas reações violentas dizem mais sobre as pessoas que me atacam do que sobre o que eu posto."

A ativista destaca a importânciasite de aposta do carlinhos maiaser resiliente diante do abuso e não deixar que ele te afaste das redes sociais.

"Cada pessoa que parasite de aposta do carlinhos maiapostar por causasite de aposta do carlinhos maiahaters significa uma derrota para causas como a luta contra o racismo. Se a gente pararsite de aposta do carlinhos maiafalar sobre temas delicados, é exatamente isso que os haters querem."

Oportunidades - e ameças - online

Fatou está otimistasite de aposta do carlinhos maiarelação ao potencial das comunidades online para ampliar o ativismo e engajar as pessoas.

Ela destaca que conseguiu mobilizar apoio nas redes sociais após ser vítimasite de aposta do carlinhos maiaracismosite de aposta do carlinhos maia2020, bem antessite de aposta do carlinhos maiaa história chegar às manchetes dos jornais.

“Os espaços virtuais ganham cada vez mais importânciasite de aposta do carlinhos maianossas vidas. Podemos usar isso para conscientizar sobre racismo e direitos humanos, alémsite de aposta do carlinhos maiadivulgar experiências que às vezes não chegam até você necessariamente por meio da imprensa”, ela acredita.

"No meu caso, por exemplo, as pessoas ficaram sabendo como é ser uma jovem negra e filhasite de aposta do carlinhos maiaimigrantes africanos no Brasil."

Mas Fatou também adverte contra deixar o mundo online tomar conta. Ela lembra que a popularidade veio atrelada a muita exposição quando ela tinha apenas 15 anos — e admite que se sentiu oprimida.

“Eu era só uma menina, massite de aposta do carlinhos maiarepente surgiram pessoas me acusandosite de aposta do carlinhos maianegligenciar [um determinado] tema ou pessoa. Eu tinha aulas para assistir”, ela ri.

"Para mim, postar conteúdo deve ser algo que você quer fazer — e não algo que você é obrigado a fazer. Você não deve nada a essas pessoas."