Por que, numa guerra moderna, com mísseis e drones, a Rússia ainda usa código Morse?:virtual football bet365

As bandasvirtual football bet365ondas curtas usadas pelos entusiastasvirtual football bet365rádio amador são igualmente preenchidas com os bipes conhecidos pelos entusiastas como “dits” (.) e “dahs” (-), ou como pontos e traços pelo públicovirtual football bet365geral. Até mesmo os espiões ainda sintonizam as bandasvirtual football bet365ondas curtas para ouvir estações clandestinas que transmitemvirtual football bet365código morse.

Inventado nos anos 1800

Mas por que uma tecnologia criada na primeira metade do século 19 ainda seguevirtual football bet365uso?

Primeiro, o código Morse foi imaginado não por um engenheiro ou mágico tecnológico, mas por um homem que viviavirtual football bet365pintar retratos.

Samuel Morse foi quem projetou o que hoje chamamosvirtual football bet365uma teleimpressora, ou um dispositivo que recebe e imprime textovirtual football bet365papel.

Morse contou com a ajudavirtual football bet365Alfred Vail, um maquinista, com mais conhecimento mecânico que ele, para cuidar dos detalhes. E foi Vail quem criou os pontos e traços para representar o código e apresentou a ideiavirtual football bet365usar som para transmitir informação.

Inicialmente, a ideia eravirtual football bet365que o som servisse apenas para testar uma conexão. Mas rapidamente Morse e Vail perceberam que o conceitovirtual football bet365impressão era impraticável. Adicionando som, no entanto, eles estavam diantevirtual football bet365um conceito mais brilhante e útil do que podiam imaginar.

Uma característica marcante do código Morse é que, na forma sonora, ele compõe um ritmo. E, assim, divide um terreno comum com a música. Na verdade, observou-se que pessoas com talento musical são capazesvirtual football bet365aprender o código Morse mais rapidamente.

Ao estimular o sentido inatovirtual football bet365ritmo humano, o código Morse também ativa nosso sensovirtual football bet365reconhecimentovirtual football bet365padrões. Essa é uma habilidade existentevirtual football bet365nossos cérebros, e que tem grande potencial para decifrar mensagens, mesmo as incompletas.

Um operadorvirtual football bet365código Morse experiente pode preencher os espaçosvirtual football bet365branco causados por interferência, sinal ruim, ruído ou mau funcionamento do equipamento.

Em um sentido neurológico, o Morse habita um nicho muito peculiar, comparado a “ler com os ouvidos”, masvirtual football bet365que transmitir e receber as mensagens se assemelha mais ao atovirtual football bet365falar do que escrever.

O outro aspecto importante do código morse évirtual football bet365simplicidade tecnológica. Qualquer pessoa com habilidades básicas pode construir seu próprio transmissor usando componentes padrão.

O sinal gerado por um transmissor Morse é igualmente minimalista: utiliza uma larguravirtual football bet365banda extremamente estreita,virtual football bet365apenas 100-150 hertz (as comunicaçõesvirtual football bet365voz padrão usam 2.500-3.000 hertz). Isso também significa que os receptores podem usar filtros muito estreitos e, assim, remover grande parte do ruído gerado por várias formasvirtual football bet365interferência.

Por ser tão eficaz, o Morse precisavirtual football bet365um mínimovirtual football bet365energia para percorrer distâncias significativas. Entusiastas do rádio amador demonstraram,virtual football bet3651956, que apenas 78 miliwatts podem ser suficientes para transmitir mensagensvirtual football bet365Massachusetts nos EUA para a Dinamarca. Isso é menosvirtual football bet365um décimo do que uma única lâmpada LED usa. E uma cafeteira padrão consome maisvirtual football bet365mil vezes mais energia.

Essa combinaçãovirtual football bet365simplicidade tecnológica e eficiência foi bastante útil durante a Segunda Guerra Mundial, quando membros da resistência e os comandos Aliados usaram seus transceptores Morse portáteis para manter contato com Londresvirtual football bet365dentro do território ocupado pela Alemanha.

Era bastante arriscado, já que os alemães estavam constantemente ouvindo as ondasvirtual football bet365rádio. E o código Morse, embora ininteligível para o ouvido não treinado, não oferece segurança por si só.

Hoje, mesmo aqueles sem treinamento podem usar software para decifrar o conteúdovirtual football bet365uma mensagemvirtual football bet365código Morse. No entanto, qualquer mensagem pode ser protegida ao ser criptografada antes do envio, conforme proposto por Vailvirtual football bet3651845.

Na verdade, uma das formas mais segurasvirtual football bet365criptografia, o bloco único, não requer nada alémvirtual football bet365caneta e papel. Em essência, um bloco único é uma sequência aleatóriavirtual football bet365caracteres, que tem que ser pelo menos tão longa quanto a mensagem que será criptografada.

O remetente usa seu bloco para criptografar, enquanto o destinatário usa uma cópia do mesmo bloco para decodificar a mensagem (devem existir apenas duas cópias, e ambas devem ser destruídas imediatamente após o uso). Desde que um bloco nunca seja reutilizado, ele permanece,virtual football bet365tese, inquebrável, mesmo com a mais moderna tecnologia (embora seja difícilvirtual football bet365se produzir sequências verdadeiramente aleatóriasvirtual football bet365caracteres).

Embora haja meiosvirtual football bet365comunicação digital mais eficientes atualmente, nada é capazvirtual football bet365rivalizar com a combinação insuperávelvirtual football bet365simplicidade e eficiência que permitiu que o código Morse sobrevivesse por maisvirtual football bet365150 anos.

* Tony Ingesson é professor-assistentevirtual football bet365Ciências Políticas da Universidadevirtual football bet365Lund, no Reino Unido.

Este artigo foi publicado originalmente no sitevirtual football bet365notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão originalvirtual football bet365inglês.