Bolsonaro, ex-ministros militares e aliados são alvo da PFcaixa gov br loteriasinvestigação sobre tentativacaixa gov br loteriasgolpe; o que se sabe até agora:caixa gov br loterias
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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi um dos alvos da operação da PF
A Polícia Federal (PF) fez na quinta-feira (8/2) uma operação para investigar uma organização acusadacaixa gov br loterias"tentativacaixa gov br loteriasgolpecaixa gov br loteriasEstado e abolição do Estado Democráticocaixa gov br loteriasDireito" nos períodos que antecederam e se seguiram às eleições presidenciaiscaixa gov br loterias2022,caixa gov br loteriasuma tentativacaixa gov br loteriasgarantir a "manutenção do então presidente da República (Jair Bolsonaro) no poder".
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo da operação Tempus Veritatis, que foi autorizada pelo ministro Alexandrecaixa gov br loteriasMoraes do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que apura a atuaçãocaixa gov br loteriasmilícias digitais.
De acordo com a decisãocaixa gov br loteriasMoraes, a PF obteve evidênciascaixa gov br loteriasque:
- Bolsonaro teria se envolvido na confecçãocaixa gov br loteriasuma minutacaixa gov br loteriasdecreto com medidas para impedir a possecaixa gov br loteriasLuiz Inácio Lula da Silva (PF) e mantê-lo no poder;
- Militares teriam organizado manifestações contra o resultado das eleições e atuado para garantir que os manifestantes tivessem segurança;
- O grupocaixa gov br loteriastornocaixa gov br loteriasBolsonaro teria monitorado os passoscaixa gov br loteriasMoraes, incluindo acesso àcaixa gov br loteriasagendacaixa gov br loteriasforma antecipada.
Por ordem da Justiça, ex-presidente teve seu passaporte apreendido e não pode fazer contato com outros investigados.
Em um vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (9/2), Paulo Cunha Bueno, advogadocaixa gov br loteriasBolsonaro, negou que qualquer documento apreendido durante a operação da PF (leia mais abaixo) implique o ex-presidentecaixa gov br loteriasenvolvimentocaixa gov br loteriasum "golpecaixa gov br loteriasEstado".
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Em nota obtida pelo jornal Valor, a defesacaixa gov br loteriasBolsonaro afirmou também que a apreensão do passaporte é uma medida "absolutamente desnecessária e afastada dos requisitos legais e fáticos que visam garantir a ordem pública e o regular andamento da investigação, os quais sempre foram respeitados".
"O ex-presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democráticocaixa gov br loteriasDireito ou as instituições que o pavimentam", assegurou a defesa.
Antes, Bolsonaro dissecaixa gov br loteriasentrevista à Folhacaixa gov br loteriasS.Paulo: “Saí do governo há maiscaixa gov br loteriasum ano e sigo sofrendo uma perseguição implacável. Me esqueçam, já tem outro governando o país”.
Em um post na rede social X, Fabio Wajngarten, assessorcaixa gov br loteriasBolsonaro, afirmou que o ex-presidente estava emcaixa gov br loteriascasacaixa gov br loteriasAngra dos Reis, no Riocaixa gov br loteriasJaneiro, no momento da operação, acompanhadocaixa gov br loteriasum ex-assessor.
Pelo menos nove aliados e ex-ministroscaixa gov br loteriasBolsonaro também foram alvo da PF. Três deles já foram presos preventivamente:
- Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionaiscaixa gov br loteriasBolsonaro;
- O coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor especial da Presidência e que era investigado no caso da suposta fraude ao cartãocaixa gov br loteriasvacinação do ex-presidente;
- e o major do Exército Rafael Martinscaixa gov br loteriasOliveira, que atuou no batalhãocaixa gov br loteriasForças Especiais da corporação.
Também há um mandadocaixa gov br loteriasprisão contra o coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto, que está no momento no exterior.
Ainda foram alvocaixa gov br loteriasmandadoscaixa gov br loteriasbusca e apreensão no círculocaixa gov br loteriasaliados mais próximoscaixa gov br loteriasBolsonaro:
- general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinetecaixa gov br loteriasSegurança Institucional (GSI);
- general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e vice na chapacaixa gov br loteriasBolsonarocaixa gov br loterias2022;
- Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiçacaixa gov br loteriasBolsonaro;
- o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesacaixa gov br loteriasBolsonaro;
- e o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha.
Valdemar da Costa Neto foi presocaixa gov br loteriasflagrante durante a operação por posse ilegalcaixa gov br loteriasarmacaixa gov br loteriasfogo. No sábado (10), o ministro Alexandrecaixa gov br loteriasMoraes concedeu liberdade provisória ao presidente do PL, mas com manutenção das medidas cautelares.
A BBC News Brasil procurou a defesacaixa gov br loteriasCosta Neto ecaixa gov br loteriasBraga Netto por meio da assessoria do PL e Helenocaixa gov br loteriasseu celular pessoal, mas não obteve resposta.
A reportagem não conseguiu contato com Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier Santos.
Em nota à imprensa, o advogadocaixa gov br loteriasFilipe Martins, João Vinícius Manssur, afirmou que a petição que levou à prisãocaixa gov br loteriasseu clientecaixa gov br loteriassegredocaixa gov br loteriasjustiça e "que não teve acesso à decisão que fundamentou as medidas e que já solicitou o acesso integral dos autos para estudo e posterior manifestação".
Delaçãocaixa gov br loteriasMauro Cid e minuta do golpe
Crédito, ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Delação do tenente-coronel Mauro Cid ajudou a embasar investigação da PF
A operação foi realizada após tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudantecaixa gov br loteriasordenscaixa gov br loteriasBolsonaro, fechar delação premiada com a PF.
Cid está preso e é investigado por envolvimento na tentativacaixa gov br loteriasgolpe e outras denúncias envolvendo o ex-presidente e integrantescaixa gov br loteriasseu governo.
As informações passadas por Cid ajudaram a embasar a investigação que levou à operação desta quinta-feira.
O ex-ajudantecaixa gov br loteriasordens disse na delação que Bolsonaro teria visto a minutacaixa gov br loteriasum decreto que seria usado para subverter o resultado da eleição presidencialcaixa gov br loterias2022,caixa gov br loteriasque o ex-presidente foi derrotado por Lula.
A minuta teria sido apresentada a Bolsonarocaixa gov br loteriasnovembrocaixa gov br loterias2022 por Filipe Martins, segundo a PF.
A minuta detalhava, segundo a polícia, supostas interferências do Judiciário e decretava a prisãocaixa gov br loteriasautoridades, como os ministros Alexandrecaixa gov br loteriasMoraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O documento também determinaria a convocaçãocaixa gov br loteriasnovas eleições.
Segundo Cid, Bolsonaro teria solicitado a Filipe Martins alterações na minuta e concordado com os termos ajustados, alémcaixa gov br loteriasconvocado uma reunião no dia 7caixa gov br loteriasdezembrocaixa gov br loterias2023 com os comandantes das Forças Armadas para apresentar a eles o documento para que aderissem à iniciativa.
Bolsonaro negou por diversas vezes ter conhecimentocaixa gov br loteriasuma minuta com esse teor.
Crédito, MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Em um vídeo publicado nas redes sociaiscaixa gov br loteriasBolsonaro nesta sexta-feira (9/2), Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente, afirma que tomou conhecimento que durante as buscas da PF na sede do Partido Liberal (PL)caixa gov br loteriasBrasília, teria sido encontrado um documento que consiste com a descrição da minuta citada pela PF.
"A defesa do ex-presidente, portanto, vem a público esclarecer que referido documento não se tratava e não vinculava o ex-presidente,caixa gov br loteriasforma alguma, a um golpecaixa gov br loteriasEstado", diz o advogado.
Segundo Bueno, o arquivo digital da minuta já estava nos autos da investigação faz tempo e foi encontrado originalmente no celularcaixa gov br loteriasMauro Cid. A minuta teria sido enviada pela própria defesa ao celularcaixa gov br loteriasBolsonarocaixa gov br loterias18caixa gov br loteriasoutubrocaixa gov br loterias2023, quando ele já não estava mais na Presidência.
A defesa alega ainda que minuta foi impressa porque Bolsonaro acha ruim ler pelo celular e que essa foi essa a impressão encontrada na sede do PL.
'Virar a mesa antes da eleição'
Além disso,caixa gov br loteriasum computador apreendido na residênciacaixa gov br loteriasCid, por exemplo, havia um vídeocaixa gov br loteriasuma reuniãocaixa gov br loteriasBolsonaro com outros alvos da operação, como Heleno, Torres, Braga Netto e Nogueira, realizadacaixa gov br loterias5caixa gov br loteriasjulhocaixa gov br loterias2022.
Moraes cita a reunião emcaixa gov br loteriasdecisão que autorizou a operação ao dizer que o episódio "nitidamente, revela o arranjocaixa gov br loteriasdinâmica golpista no âmbito da alta cúpula do governo, manifestando-se todos os investigados que dela tomaram parte".
Na ocasião, o presidente reforçou as suspeitas sem provascaixa gov br loteriasque haveria fraude eleitoral, e os presentes "ratificavam a narrativa mentirosa apresentada pelo então Presidente da República",caixa gov br loteriasacordo com a decisãocaixa gov br loteriasMoraes.
Na reunião, Bolsonaro teria instado seus ministros a divulgar "desinformações e notícias fraudulentas quanto à lisura do sistemacaixa gov br loteriasvotação, com uso da estrutura do Estado brasileiro para fins ilícitos e dissociados do interesse público".
O ex-presidente teria afirmado, no entanto, que as pesquisas estavam certas e que provavelmente Lula ganharia a eleição. Heleno teria respondido que, para "virar a mesa", tem que ser "antes da eleição" e que era preciso “agir contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas".
O general também teria, segundo os investigadores, discutido a possibilidadecaixa gov br loteriasagentes da Abin se infiltrarem nas campanhas eleitorais, mas Bolsonaro teria interrompido a conversa para que falassem sobre o assunto “em particular”.
Porcaixa gov br loteriasvez, Nogueira teria afirmado que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seria um “inimigo” com quem o grupo estariacaixa gov br loterias"guerra".
Nogueira, então ministro da Defesa, teria dito que se reunia com os comandantes das Forças Armadas "para ver o que pode ser feito".
"Que ações poderão ser tomadas pra que a gente possa ter transparência, segurança, condiçõescaixa gov br loteriasauditoria e que as eleições se transcorram da forma como a gente sonha! E o senhor, com o que a gente vê no dia a dia, tenhamos o êxitocaixa gov br loteriasreelegê-lo e esse é o desejocaixa gov br loteriastodos nós.”
Lula: 'Não teria acontecido sem Bolsonaro'
O presidente Lula da Silva afirmou na quinta-feira (8/2) que é um "dado concreto" que houve tentativacaixa gov br loteriasgolpe no Brasil.
Ao ser questionado, durante entrevista à Rádio Itatiaia, sobre se teria ocorrido envolvimentocaixa gov br loteriasBolsonaro na suposta tentativacaixa gov br loteriasgolpe, Lula respondeu: "Acho que não teria acontecido sem ele."
Lula defendeu, no entanto, a presunçãocaixa gov br loteriasinocência do ex-presidente.
"O que eu acho e que eu quero é que o seu Bolsonaro tenha a presunçãocaixa gov br loteriasinocência que eu não tive. O que eu quero é que seja investigado e seja apurado. Quem tiver responsabilidade pelos seus erros, que pague seus erros", disse Lula.
"Queremos saber quem é que financiou, quem é que pagou, quem é que financiava aqueles acampamentos, para que a gente nunca mais permita que aconteça o ato que aconteceu no 8caixa gov br loteriasjaneiro."
Porcaixa gov br loteriasvez, o general Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que foi vice-presidentecaixa gov br loteriasBolsonaro e atualmente é senador, disse por meio da rede social X que a operação contra o ex-presidente e aliados uma "devassa persecutória".
"Não podemos nos omitir, nem as Forças Armadas, nem a Justiça Militar, sobre esse fenômenocaixa gov br loteriasdesmando desenfreado que persegue adversários e que pode acarretar instabilidade no País."
Filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) escreveu na mesma rede social que "a política do Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal".
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro fez referência a uma declaração da atual primeira-dama Janja da Silva ao comentar a operação.
Janja havia dito à militância do PT no final do ano passado que "se tudo der certo, logo Bolsonaro vai estar preso".
Em suas redes sociais, Michelle postou: ''Se tudo der certo... Se lembram? Pois bem...''.
