Como é Rafah, cidade que abriga maior númeroapostas serie arefugiadosapostas serie aGaza e é último alvoapostas serie aIsrael:apostas serie a

O Exércitoapostas serie aIsrael deu início a uma ofensiva contra o Hamasapostas serie aRafah, a cidade mais ao sul da Faixaapostas serie aGaza, onde estão refugiados cercaapostas serie a1,5 milhãoapostas serie apalestinos.

O ataque na cidade palestina, que fica na fronteira com o Egito, começou com o resgateapostas serie adois reféns israelenses -apostas serie aorigem argentina - e deixou dezenasapostas serie apalestinos mortos.

Os reféns foram identificados pelas Forçasapostas serie aDefesaapostas serie aIsrael (FDI) como Fernando Simon Marman,apostas serie a60 anos, e Louis Har,apostas serie a70 anos. Eles tinham sido capturados na incursão do Hamasapostas serie a7apostas serie aoutubroapostas serie aterritório israelense -apostas serie aque foram sequestradas cercaapostas serie a240 pessoas e mortas 1,2 mil.

Moradoresapostas serie aRafah disseram à BBC que helicópteros e barcos participaram da ofensiva militar.

A Autoridade Nacional Palestina, que governa a Cisjordânia, disse que Israel está cometendo "um massacre" na cidade. O Ministério da Saúdeapostas serie aGaza, controlado pelo Hamas, disse que até o momento foram contados 67 mortos entre os palestinos mortos pelo ataque israelenseapostas serie aRafah.

Antes da ofensiva, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tinha ordenado que os militares evacuassem os civisapostas serie aRafah.

Os Estados Unidos alertaram Israel que uma invasãoapostas serie aRafah seria um "desastre", enquanto a União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas (ONU) expressaram preocupação sobre a operação.

Gruposapostas serie aajuda humanitária disseram que não é possível evacuar todas as pessoas da cidade.

Na sexta-feira (9/2), Netanyahu pediu que as autoridades militares eapostas serie asegurançaapostas serie aIsrael apresentassem ao gabinete "um plano combinado para evacuar a população e destruir os batalhões" do Hamas.

"É impossível alcançar o objetivo da guerra sem eliminar o Hamas e deixar quatro batalhões do Hamasapostas serie aRafah. Pelo contrário, é claro que a intensa atividadeapostas serie aRafah exige que os civis evacuem as áreasapostas serie acombate", acrescentou o primeiro-ministro israelenseapostas serie acomunicado.

Segundo Netanyahu, a "vitória total"apostas serie aIsrael sobre o Hamas estava "a poucos mesesapostas serie adistância".

Ele fez os comentários ao rejeitar os últimos termosapostas serie acessar-fogo propostos pelo Hamas.

A BBC foi informadaapostas serie aque os negociadores do Hamas estão deixando o Cairo, a capital do Egito, uma vez que as negociações entre os dois lados foram suspensas.

A maioria das pessoasapostas serie aRafah foi deslocada pelos combates que ocorreramapostas serie aoutras partesapostas serie aGaza. Boa parte delas viveapostas serie atendas.

Rafah é o único pontoapostas serie apassagem entre Gaza e o Egito.

Na sexta-feira (9/2), o principal diplomata da UE, Josep Borrell, compartilhou nas redes sociais: "Os relatosapostas serie auma ofensiva militar israelenseapostas serie aRafah são alarmantes. Ela teria consequências catastróficas, agravando a já terrível situação humanitária e o insuportável custo civil."

No início da semana passada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou sobre um "pesadelo humanitário" na cidade.

"Eles [os palestinos] vivemapostas serie aabrigos improvisados superlotados,apostas serie acondições insalubres, sem água corrente, eletricidade e alimentos adequados", reafirmou Guterres na quinta-feira (8/2).

"Fomos claros ao condenar os atos horríveis do Hamas. Também fomos claros ao condenar as violações do Direito Humanitário Internacionalapostas serie aGaza."

O porta-vozapostas serie aGuterres, Stéphane Dujarric, acrescentou: "Estamos extremamente preocupados com o destino dos civisapostas serie aRafah... Penso que o que está claro é que as pessoas precisam ser protegidas, mas também não queremos ver qualquer deslocamento forçadoapostas serie apessoas."

Entretanto, o chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos, a UNRWA, disse que havia "uma sensaçãoapostas serie aansiedade e pânico crescenteapostas serie aRafah".

"As pessoas não têm a menor ideia para onde ir depoisapostas serie aRafah", disse Philippe Lazzarini a repórteresapostas serie aJerusalém.

"Qualquer operação militarapostas serie agrande escala ali só pode levar a uma camada adicionalapostas serie atragédia sem fim."

Ataques aéreos israelensesapostas serie aGaza na sexta-feira deixaram pelo menos 15 mortos, incluindo oito vítimasapostas serie aRafah, afirmaram a autoridades do Ministério da Saúde administrado pelo Hamas. Israel não confirma a ação ou os números.

Salem El-Rayyes, jornalista autônomo que vive num campo para desalojadosapostas serie aRafah, disse que crianças estão entre os mortos. Segundo disse à agência Reuters, um ataque aéreo atingiu uma casa e os corpos das vítimas "voaram do terceiro andar".

Garda al-Kourd, mãeapostas serie adois filhos que relata ter sido deslocada seis vezes durante a guerra, disse que esperava um ataque israelense, mas tinha a expectativaapostas serie aum acordoapostas serie acessar-fogo.

"Se eles vierem para Rafah, será o nosso fim. É como se estivéssemos à espera da morte. Não temos outro lugar para ir", disse ela à BBC a partir da casaapostas serie aum familiarapostas serie aRafah, onde vive com outras 20 pessoas.

O chefe do Conselho Norueguês para os Refugiados, Jan Egeland, disse à BBC que uma operação israelenseapostas serie aRafah — que chamouapostas serie a"o maior campoapostas serie adeslocados do mundo" — seria uma catástrofe.

"Há pessoasapostas serie asuas frágeis coberturasapostas serie aplástico. Elas estão brigando por comida. Não há água potável. Há doenças epidêmicas e eles [as forças israelenses] querem trazer uma guerra para este lugar", disse Egeland.

Grande parte do norte e do centroapostas serie aGaza foi reduzida a ruínas pelos bombardeios contínuosapostas serie aIsrael desde o início da guerra,apostas serie a7apostas serie aoutubro.

Sem se referir diretamente a Rafah, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse na quinta-feira (8/2) que as açõesapostas serie aIsraelapostas serie aGaza foram "exageradas".

Ele usou o mesmo termo — "exagerado" — no início da semana para se referir à resposta do Hamas a um planoapostas serie atréguaapostas serie aGazaapostas serie atroca da libertaçãoapostas serie areféns.

O porta-voz do Conselhoapostas serie aSegurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse que os militares israelenses têm uma "obrigação especial, ao conduzirem operações lá ouapostas serie aqualquer outro lugar,apostas serie agarantir que estão levandoapostas serie aconsideração a proteçãoapostas serie avidas civis inocentes".

"As operações militares neste momento seriam um desastre para essas pessoas e não é algo que apoiaríamos", afirmou ele.

O porta-voz adjunto do Departamentoapostas serie aEstado dos EUA, Vedant Patel, endossou as falasapostas serie aKirby, dizendo: “Nós [os EUA] não apoiaríamos a realizaçãoapostas serie aalgo como isto sem um planejamento sério e crível”.

Questionado pela BBC sobre para onde os refugiadosapostas serie aRafah deveriam ir no casoapostas serie auma operação, Patel disse que esta é uma das "perguntas legítimas que acreditamos que os israelenses deveriam responder”.

Falando da cidade israelenseapostas serie aTel Aviv, o secretárioapostas serie aEstado dos EUA, Antony Blinken, disse que qualquer "operação militar que Israel empreenda precisa colocar os civisapostas serie aprimeiro lugar... E isso é especialmente verdadeiro no casoapostas serie aRafah".

É raro que os EUA, um aliado-chave e apoiador militarapostas serie aIsrael, falem sobre quaisquer fases futuras da ofensiva militarapostas serie aGaza — mas estes foram avisos claros.

Todo ano, Washington envia cercaapostas serie aUS$ 3,8 bilhões (cercaapostas serie aR$ 18 bilhões)apostas serie aajuda militar a Israel — tornando este o país que recebe a maior fatia desse tipoapostas serie afinanciamento americano.

Maisapostas serie a1,2 mil pessoas foram mortas durante os ataques do Hamas ao sulapostas serie aIsraelapostas serie a7apostas serie aoutubro, segundo autoridades israelenses.

Maisapostas serie a27,9 mil palestinos acabaram mortos e pelo menos 67 mil foram feridos na guerra lançada por Israelapostas serie aresposta,apostas serie aacordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.