Nova Rota da Seda: o que Brasil ganha ou perde se aderir a plano trilionário chinês:sportingbet api

Crédito, Divulgação/Palácio do Planalto/Ricardo Stuckert
O Brasil, no entanto, ainda não teria decidido se fará alguma menção ao projeto no comunicado conjunto que deverá ser divulgado ao final da visita, na sexta-feira (14/4).
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Lula deve chegar à China na noite desta quarta-feira (12/4). Na quinta-feira (13/4), deverá participar da posse da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como nova presidente do New Development Bank (NDB), também conhecido como “Banco dos BRICS”.
Na sexta-feira, está previsto o encontro entre Lula e o presidente chinês, Xi Jinping.
A Nova Rota da Seda completa dez anossportingbet api2023, e a adesão do Brasil ao instrumento seria um ganho político considerável para Pequim.
Uma decisão, segundo essas fontes, ainda aguarda a chegada a Xangai da comitiva brasileira. Uma adesão formal ao projeto neste momento, porém, estaria descartada.
As discussõessportingbet apitorno da iniciativa chinesa, no entanto, evidenciam uma divisão pública entre uma ala liderada por diplomatas do Ministério das Relações Exteriores (MRE), incluindo o seu chefe, embaixador Mauro Vieira, e um grupo mais próximo ao presidente Lula, que inclui seu assessor especial para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim.
O Itamaraty vem afirmando que o Brasil não precisaria aderir ao projeto porque o Brasil já é alvosportingbet apiparte significativa dos investimentos internacionais chineses.
Porsportingbet apivez, Celso Amorim e ministros como o da Agricultura, Carlos Fávaro, defendem que o Brasil pode aderir ao projeto chinês como formasportingbet apialavancar projetossportingbet apiinfraestrutura no país.
O que é a Nova Rota da Seda?

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O One Belt, One Road é um projeto trilionário lançadosportingbet api2013 pelo governo chinês que inicialmente previa uma sériesportingbet apiprojetossportingbet apiinfraestrutura como rodovias, ferrovias e portos, alémsportingbet apiobras no setor energético, como oleodutos e gasodutos ligando a Ásia à Europa.
Há diferentes estimativas sobre quanto dinheiro já foi investido desde seu lançamento. Os valores vãosportingbet apiUS$ 890 bilhões (R$ 4,46 trilhões) a US$ 1 trilhão (R$ 5 trilhões).
O projeto ficou conhecido como Nova Rota da Sedasportingbet apialusão à antiga rota da seda, nome dado ao fluxosportingbet apicomércio que funcionava no primeiro milênio e que conectava a Ásia com a Europa Central.
Desde que foi lançado, o projeto chinês foi expandido para outras regiões do mundo, como África, Oceania e América Latina.
De acordo com o centrosportingbet apiestudos americano Council on Foreign Relations (CFR), especializadosportingbet apirelações internacionais, 147 países já aderiram ou manifestaram interessesportingbet apiaderir ao plano desde seu lançamento. Eles representam dois terços da população mundial e 40% do Produto Interno Bruto (PIB) global.
Na América Latina, pelo menos 20 países já fazem parte da iniciativa, entre eles a Argentina, que,sportingbet apiabrilsportingbet api2022, assinou um memorandosportingbet apientendimento com o governo chinês prevendo a adesão.

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Analistas internacionais avaliam que o projeto é um dos braços do projetosportingbet apiexpansão do poder econômico e político da China.
Atualmente, a China é a segunda maior economia do mundo e, até a pandemiasportingbet apicovid-19, havia estimativas que indicavam que poderia superar os Estados Unidos até 2028.
Em uma aparente reação ao projeto chinês, líderes do G7 (grupo formado por Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Japão, Itália e Alemanha) divulgaram,sportingbet api2022, um planosportingbet apifinanciamento a projetossportingbet apiinfraestrutura avaliadosportingbet apiUS$ 600 bilhões (R$ 3 trilhões).
O projeto, no entanto, é alvosportingbet apioutras controvérsias. Especialistas alertam, por exemplo, para o riscosportingbet apisuperendividamentosportingbet apipaíses que contraem esses financiamentos.
Em 2018, o governo do Sri Lanka transferiu o controlesportingbet apium porto à China após não conseguir honrar suas dívidas com o país.
A China, por outro lado, rebate as críticas afirmando que elas seriam uma tentativasportingbet apimancharsportingbet apiimagem no cenário internacional.
Outra crítica frequente é que os empréstimos possibilitados pelo programa dependem da intermediaçãosportingbet apiempresas chinesas para serem liberados e que, com frequência, a China envia aos países a mãosportingbet apiobra qualificada para as obras infraestrutura e contrata localmente apenas funcionários com salários menores.
O que o Brasil tem a ganhar?
Especialistas nas relações sino-brasileiras afirmam que uma adesão ao programa teria pouco efeito prático e não resultariasportingbet apiuma "enxurrada"sportingbet apiinvestimentos diretos no Brasil no curto prazo.
Eles dizem que um aceno brasileiro à iniciativa teria, portanto, um resultado mais político do que econômico.
Karin Vazquez, especialistasportingbet apicooperação internacional e professora da Universidade Fudan, na China, avalia que uma adesão formal do Brasil poderia dar acesso a um fundosportingbet apiUS$ 40 bilhões (R$ 200 bilhões)sportingbet apiinvestimentos chineses.
No entanto, segundo Vazquez, a desaceleração da economia chinesa vem fazendo com que as condições para esses financiamentos sejam menos atrativas do que no passado.
"Tampouco vejo como uma adesão favoreceria a participação do Brasilsportingbet apiprojetossportingbet apiintegração regional financiados pela China. O Brasil já é consideradosportingbet apialgumas dessas iniciativas, como a ferrovia bioceânica, cujos entraves à execução costumam estar mais relacionados a questões internas dos países e menos ao financiamento desses projetos", diz a professora à BBC News Brasil.

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Pablo Ibanez, professorsportingbet apiGeopolítica da Universidade Federal Rural do Riosportingbet apiJaneiro e pesquisador visitante da Universidade Fudan, aponta que a entrada do Brasil no projeto teria um caráter mais simbólico. Mesmo assim, ele defende a adesão.
"Não vejo grandes desvantagens. A China não exige grandes contrapartidas quando financia os projetos. Acho que o Brasil deveria entrar, porque é grande parceiro da China", diz Ibanez.
Marcos Caramuru, ex-embaixador do Brasil na China, pondera que, apesarsportingbet apisimbólica, a adesão poderia beneficiar investimentos pleiteados por Estados brasileiros.
"A adesão não faz muita diferença prática, mas passa uma mensagem aos agentes econômicos chineses que pode ajudar quando eles forem avaliar investimentossportingbet apientes subnacionais como os governos estaduais", explicou.
O que o Brasil pode perder?
Analistas ouvidos pela BBC News Brasil também avaliam que as desvantagenssportingbet apiuma eventual adesão do Brasil seriam pequenas e não necessariamente relacionadas à parceriasportingbet apisi.
"Os problemas que vejo são relacionados às dificuldadessportingbet apise implantar projetossportingbet apiinfraestrutura, como o impacto ambiental e como isso afeta as populações indígenas ou tradicionais”, diz Ibanez.
Os especialistas ouvidos também minimizam o riscosportingbet apiuma eventual retaliação americana ao Brasil caso o país se associesportingbet apialguma forma ao projeto chinês.
Vazquez ressalta, no entanto, que a sinalização do Brasilsportingbet apirelação ao assunto precisa ser bem calibrada.
“Alguns atores acreditam que aderir ao projeto daria maior espaço para o Brasil barganhar com Estados Unidos e China e não ser encapsulado como membrosportingbet apinenhum dos dois ‘bandos’”, afirma a professora.
Mas ela diz que o argumento é questionável na medidasportingbet apique dar um “sinal”sportingbet apique o Brasil está alinhado com a China sem sinalizar na mesma direção e intensidade para a Aliança para a Prosperidade Econômica nas Américas, projeto lançado pelo governosportingbet apiJoe Bidensportingbet api2022, pode ser entendido como favorecer um dos dois lados.
“No mínimo, teria que se ter clareza do que o Brasil quer e pode ganhar com cada uma dessas iniciativas, o que, a meu ver, não existe”, diz a professora.
Os Estados Unidos vivem um dos períodos mais tensossportingbet apisuas relações com a China e têm sinalizado preocupação com o aprofundamento das relações entre China e Brasil.
Washington vê como um ativo o fatosportingbet apiBrasília não ter, até agora, se comprometido a integrar o One Belt, One Road.
"Para os Estados Unidos, preocupa ver o Brasil crescentemente endividado com a China, se envolvendosportingbet apium número crescentesportingbet apinegócios, especialmentesportingbet apiáreas sensíveis, como tecnologias, serviços públicos, energia, área mineral, que tragam riscos para a cooperação Estados Unidos-Brasil”, afirma Ryan Berg, diretor do programasportingbet apiAméricas do Center for Strategic and International Studies,sportingbet apiWashington.
“Se Lula, como dizem os rumores, ceder ao projeto emsportingbet apiviagem à China, isso também será algo grande para os Estados Unidos e visto com reservas, porque forneceria uma nova via para a influência e empréstimos chineses no país."
Questão expõe racha no governo

Crédito, Reuters
Em meio a esse cenário, duas alas do governo Lula vêm divergindo publicamente sobre o Brasil ingressar ou não na iniciativa chinesa.
Em entrevista a correspondentessportingbet apiagências internacionais no Brasil na semana passada, Mauro Vieira sinalizou que o Brasil não precisaria aderir ao plano chinês neste momento.
“Temos uma parceria estratégica que vai muito além do One Belt, One Road. Não é uma coisa que estejamos apressados nemsportingbet apium lado e nemsportingbet apioutro. É uma coisa que faz partesportingbet apicontatos e conversas, mas não é uma decisão premente”, disse Vieira ao ser perguntado sobre o assunto pela BBC News Brasil.
Por outro lado, Celso Amorim dissesportingbet apientrevista ao jornal Valor Econômico que o Brasil não teria motivos para ficarsportingbet apifora da iniciativa.
“Não tem razão para o Brasil não entrar. Não tenho preconceito e não vejo nenhum dano político”, afirmou o assessor especialsportingbet apiLula.
Outro que também defende a entrada do Brasil ao mecanismo é o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Questionado pela BBC News Brasil, ele argumentou que a adesão do país ao projeto chinês poderia trazer investimentos considerados importantes para a logística do agronegócio brasileiro e para a integração nacional.
“Eu defendo (a entrada do Brasil) porque um dos principais gargalos da competitividade do agro brasileiro é a infraestrutura logística. Frete caro é sinônimosportingbet apiperdasportingbet apicompetitividade para produtossportingbet apiexportação”, afirmou o ministro.
Para Pablo Ibanez, a diferençasportingbet apivisões entre o comando do Itamaraty e integrantes do entorno do presidente é resultado da visãosportingbet apimembros do PT como Lula e da ala liderada por Celso Amorim por uma preferênciasportingbet apifomentar relações com países fora do eixo Estados Unidos-Europa.
“De um lado você tem o PT, Lula e Celso Amorim que são conhecidos por valorizarem o crescimento das relações do chamado sul global. Já o Itamaraty tem uma ala mais pragmática que acredita que isso (a adesão) pode trazer represálias dos Estados Unidos.”











