'Donald Trump é o pesadelo da Europa': como vitóriacomo usar pixbetrepublicano afeta o mundo:como usar pixbet

Quando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, passou por Kievcomo usar pixbetfevereirocomo usar pixbet2023,como usar pixbetuma visita surpresa para demonstrar solidariedade a Volodymyr Zelensky, seu homólogo ucraniano, as sirenescomo usar pixbetataque aéreo soaram.

"Senti algo... mais forte do que nunca", lembrou ele mais tarde. "Os Estados Unidos são um farol para o mundo."

Agora, quem assumirá o comando desse autodenominado farol do mundo será Donald Trump, comcomo usar pixbetesperançacomo usar pixbetque o "americanismo, e não o globalismo" é que guie o caminho.

Trump vai voltar à Casa Brancacomo usar pixbetum mundocomo usar pixbetque o valor da influência global dos Estados Unidos está sendo questionado.

Potências regionais seguindo seus próprios caminhos, regimes autocráticos fazendo suas próprias alianças e as guerras devastadorascomo usar pixbetGaza, na Ucrânia ecomo usar pixbetoutros lugares estão levantando perguntas incômodas sobre o valor do papelcomo usar pixbetWashington.

Mas os Estados Unidos seguem um país importante devido ao seu poderio econômico e militar e ao seu papelcomo usar pixbetdestaquecomo usar pixbetmuitas alianças.

Lyse Doucet, correspondente-chefe internacional da BBC News, dias antes da eleição que sagrou o republicano vencedor, conversou com alguns especialistascomo usar pixbetdiferentes áreas para ouvir suas reflexões sobre as consequências globais deste desfecho.

Poderio militar

"Não posso amenizar essas advertências", diz Rose Gottemoeller, ex-secretária-geral adjunta da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). "Donald Trump é o pesadelo da Europa, com os ecoscomo usar pixbetsua ameaçacomo usar pixbetse retirar da Otan nos ouvidoscomo usar pixbettodos."

Os gastoscomo usar pixbetdefesacomo usar pixbetWashington equivalem a dois terços dos orçamentos militares dos outros 31 membros da aliança militar. Além da Otan, os Estados Unidos gastam maiscomo usar pixbetsuas Forças Armadas do que os 10 países seguintes juntos, incluindo China e Rússia.

Trump se gabacomo usar pixbetestar jogando duro para forçar outros países da Otan a cumprir suas metascomo usar pixbetgastos, que écomo usar pixbet2% do Produto Interno Bruto (PIB) — apenas 23 dos países membros atingiram esta metacomo usar pixbet2024. Mas suas declarações erráticas ainda são chocantes.

Mas Gottemoeller não acredita que "a Otan deva ruir". A Europa vai precisar "dar um passo à frente para liderar".

Trump 'pode dar a Israel mais liberdadecomo usar pixbetGaza'

Trump vai ter que governarcomo usar pixbetum mundo que enfrenta o maior riscocomo usar pixbetconfronto entre grandes potências desde a Guerra Fria.

"Os Estados Unidos continuam sendo o ator internacional mais significativocomo usar pixbetquestõescomo usar pixbetpaz e segurança", afirma Comfort Ero, presidente e CEO da ONG International Crisis Group.

"Mas seu podercomo usar pixbetajudar a resolver conflitos está diminuindo", ela adverte.

As guerras estão se tornando cada vez mais difíceiscomo usar pixbetacabar.

"Os conflitos mortais estão se tornando mais intratáveis, com a competição entre grandes potências se acelerando, e potências médiascomo usar pixbetascensão", diz Ero sobre o atual cenário. Guerras como a da Ucrânia atraem várias potências, e conflitos como o do Sudão colocam os participantes regionais com interesses concorrentes uns contra os outros, e alguns investem mais na guerra do que na paz.

Essas ressalvas postas,como usar pixbetacordo com ela, Trump "pode dar a Israel mais liberdadecomo usar pixbetGaza ecomo usar pixbetoutros lugares, e já insinuou que poderia tentar fazer um acordo com Moscoucomo usar pixbetrelação à Ucrânia, passando por cimacomo usar pixbetKiev".

Trump também já declarou que é horacomo usar pixbet"voltar à paz, e pararcomo usar pixbetmatar pessoas". Mas ele teria dito ao líder israelense, Benjamin Netanyahu, para "fazer o que tem que fazer".

O republicano se orgulhacomo usar pixbetser um pacificador. "Vou alcançar a paz no Oriente Médio, ecomo usar pixbetbreve", ele afirmoucomo usar pixbetentrevista à TV Al Arabiya, da Arábia Saudita, na noitecomo usar pixbetdomingo (27/10).

Ele prometeu expandir os Acordoscomo usar pixbetAbrahamcomo usar pixbet2020, se voltasse à Casa Branca. Esses acordos bilaterais normalizaram as relações entre Israel e alguns Estados árabes, mas foram amplamente vistos como tendo marginalizado os palestinos e,como usar pixbetúltima análise, contribuído para a atual crise sem precedentes.

Em relação à Ucrânia, Trump nunca escondecomo usar pixbetadmiração por homens fortes como o presidente russo, Vladimir Putin.

Ele deixou claro que quer acabar com a guerra na Ucrânia e, assim, com o forte apoio militar e financeiro dos Estados Unidos. "Eu vou sair. Temos que sair", ele insistiucomo usar pixbetum comício recente.

Trump x China: 'O maior choque para a economia globalcomo usar pixbetdécadas'

"O maior choque para a economia globalcomo usar pixbetdécadas". Esta é a opiniãocomo usar pixbetRana Mitter, um renomado acadêmico especializadocomo usar pixbetChina, sobre as tarifascomo usar pixbet60% propostas por Trump sobre todos os produtos chineses importados.

A imposiçãocomo usar pixbetcustos elevados à China e a muitos outros parceiros comerciais tem sido uma das ameaças mais persistentescomo usar pixbetTrump emcomo usar pixbetabordagem "Estados Unidoscomo usar pixbetprimeiro lugar". Mas Trump também elogia o que ele considera sercomo usar pixbetforte conexão pessoal com o presidente Xi Jinping. Ele disse ao conselho editorial do Wall Street Journal que não precisaria usar força militar contra um eventual bloqueiocomo usar pixbetPequim a Taiwan, porque o líder chinês "me respeita, e sabe que sou louco".

Mas Mitter, historiador britânico que dá aulacomo usar pixbetrelações internacionais entre Estados Unidos e Ásia na Harvard Kennedy School, diz que, com Trump, o cenário será mais "fluido". Por exemplo,como usar pixbetrelação a Taiwan, Mitter aponta para a ambivalênciacomo usar pixbetTrump sobre se ele sairiacomo usar pixbetdefesacomo usar pixbetuma ilha distante dos Estados Unidos.

Se a a liderança chinesa previa que qualquer cenário seria duro para Pequim, uma minoria significativa vê Trump como um homemcomo usar pixbetnegócios cuja imprevisibilidade pode significar uma grande barganha com a China, "por mais improvável que isso pareça".

Crise climática: 'Um dos maiores golpescomo usar pixbettodos os tempos'

"A eleição nos Estados Unidos é extremamente importante não apenas para seus cidadãos, mas para o mundo todo, devido ao imperativo urgente da crise climática e da natureza", diz Mary Robinson, atual presidente do Elders, um grupocomo usar pixbetlíderes mundiais fundado por Nelson Mandela. Ela é ex-presidente da Irlanda, e já ocupou o cargocomo usar pixbetalta comissária da ONU para os direitos humanos.

"Cada fraçãocomo usar pixbetgrau é importante para evitar os piores impactos das mudanças climáticas e impedir um futurocomo usar pixbetque furacões devastadores, como o Milton, sejam a norma", acrescentou.

O próximo ocupante da Casa Branca, no entanto, ridicularizou os planos e as políticas ambientais para enfrentar essa emergência climática, classificando como "um dos maiores golpescomo usar pixbettodos os tempos".

Muitos esperam que ele saia do acordo climático assinadocomo usar pixbetPariscomo usar pixbet2015, como fezcomo usar pixbetseu primeiro mandato.

Mas Robinson acredita que Trump não pode deter o ímpeto que está ganhando força. "Ele não pode interromper a transição energética dos Estados Unidos, e reverter os bilhõescomo usar pixbetdólarescomo usar pixbetsubsídios verdes... nem pode deter o incansável movimento climático não federal."

Liderança humanitária

"O resultado das eleições nos Estados Unidos tem um significado imenso, dada a influência incomparável que os Estados Unidos exercem, não apenas por meiocomo usar pixbetseu poderio militar e econômico, mas por meiocomo usar pixbetseu potencialcomo usar pixbetliderar com autoridade moral no cenário global", diz Martin Griffiths, um mediadorcomo usar pixbetconflitos veterano que, até recentemente, era subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários e coordenadorcomo usar pixbetajudacomo usar pixbetemergência.

"Um retorno à presidênciacomo usar pixbetTrump, marcada pelo isolacionismo e unilateralismo, oferece pouco alémcomo usar pixbetum aprofundamento da instabilidade e da desesperança global", diz Griffiths.

Os Estados Unidos também são o maior doador individual no que diz respeito ao sistema da ONU. Em 2022, eles forneceram um valor recordecomo usar pixbetUS$ 18,1 bilhões.

Mas no primeiro mandatocomo usar pixbetTrump, ele cortou o financiamentocomo usar pixbetvárias agências da ONU e se retirou da Organização Mundial da Saúde (OMS). Outros doadores se esforçaram para preencher as lacunas — que é o que Trump queria que acontecesse.

Griffiths destaca uma desesperança cada vez maior na comunidade humanitária e fora dela, e lembra que houve critica à "hesitação" do governo Bidencomo usar pixbetrelação à deterioração da situação no Oriente Médio.

Os chefes das agênciascomo usar pixbetajuda humanitária condenaram repetidamente o ataque mortal do Hamascomo usar pixbet7como usar pixbetoutubrocomo usar pixbet2023 contra civis israelenses. Mas também pediram repetidas vezes que os Estados Unidos fizessem muito mais para acabar com o profundo sofrimento dos civiscomo usar pixbetGaza e no Líbano.

Mas Griffiths ainda acredita que os Estados Unidos são uma potência indispensável. "Em uma épocacomo usar pixbetconflitos e incertezas globais, o mundo anseia que os Estados Unidos enfrentem o desafiocomo usar pixbetuma liderança responsável e baseadacomo usar pixbetprincípios... Nós exigimos mais. Nós merecemos mais. E ousamos esperar por mais."

*Com informações da reportagemcomo usar pixbetLyse Doucet, correspondente-chefe internacional da BBC News.