A tecnologia pode nos salvarroletinha jogarum ataqueroletinha jogartubarão?:roletinha jogar

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Tais dispositivos, diz Huveneers, podem ser benéficos, desde que as pessoas compreendam seu nívelroletinha jogareficácia e o quanto eles realmente reduzem o riscoroletinha jogarataques.
O especialista adverte que alguns desses produtos "podem criar uma falsa sensaçãoroletinha jogarsegurança e levar as pessoas a se colocarroletinha jogarsituaçõesroletinha jogarrisco".
Campo elétrico artificial
Enquanto as mortes por ataquesroletinha jogartubarão na Austrália permanecem constantes, a uma médiaroletinha jogarcercaroletinha jogaruma por ano, o númeroroletinha jogarmordidas dobrou quando pesquisadores compararam o período entre 2000 e 2015 com oroletinha jogar1990 a 2000.
Por essa razão, vem crescendo a pressão pública sobre as autoridades para tomar medidas.

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No Estado da Austrália Ocidental, as 15 mortes registradas desde 2000 levaram o governo estadual a oferecer, no ano passado, um polêmico descontoroletinha jogar200 dólares australianos (R$ 510) para a compraroletinha jogarum repelente elétrico, cujo preço éroletinha jogar750 dólares australianos (R$ 1.912) - o Shark Shield FREEDOM7. Em novembro, as autoridades locais alocaram mais 200 mil dólares australianos (R$ 510 mil) para o programa.
Mas esses dispositivos realmente funcionam?
Huveneers diz apoiar a iniciativa do governo da Austrália Ocidentalroletinha jogarselecionar um dos poucos repelentes testadosroletinha jogarforma independente por cientistas.
Ele e outros pesquisadores da Universidaed da Austrália Ocidental testaram o produto na África do Sul. Ao grudarem os eletrodos a iscasroletinha jogaráguas repletasroletinha jogartubarões brancos, os pesquisadores mostraram que o FREEDOM7 os repeliu 90% do tempo, mas só foi efetivo quando os animais estavam a um metro do dispositivo.
O Shark Shield aproveita o fatoroletinha jogarque os tubarões têm órgãos sensoriais (pequenos poros)roletinha jogartornoroletinha jogarseus focinhos chamados ampolasroletinha jogarLorenzini, o que lhes permite detectar presas por causa dos campos elétricos emitidos por elas, por mais fracos que sejam.
Contudo, um campo elétrico artificial pode ser usado para confundir esses órgãos, causando desconforto nesses animais.
Isso é o que promete o Shark Shield, ao gerar um campo entre dois eletrodos a partirroletinha jogaruma antena. A carga é produzida por um dispositivo usado no tornozelo do nadador.
Trata-seroletinha jogarum dos vários repelentes que funcionam à baseroletinha jogarum campo elétrico. Ainda que haja outros dispositivos disponíveis no mercado, Meyer diz acreditar que os repelentes elétricos são mais eficientes.
"Os tubarões têm um sistema eletrorreceptor altamente sensível, que pode produzir uma reaçãoroletinha jogaresquivamento se estimulado por um campo elétrico criado pelo homem", diz ele.
No entanto, um problema com muitos produtos existentes é que o campo cobre pouco mais do que um diâmetroroletinha jogarum metro. Ou seja, pode não proteger o corpo inteiro do usuário.
Os vários dispositivos
Os repelentes recentemente testados nas Ilhas Netuno incluíam vários dispositivos elétricos não testados, dissuasores magnéticos e uma espécieroletinha jogarceraroletinha jogarprancha destinada a mascarar o cheiro do surfista com produtos naturais como o óleoroletinha jogarcravo e a pimenta caiena.
A ideia por trás dos dissuasores magnéticos - como pulseiras contendo fortes ímas produzidos por uma empresa chamada Sharkbanz - éroletinha jogarque funcionemroletinha jogarmaneira semelhante ao Shark Shield, criando um campo que afetem as ampolasroletinha jogarLorenzini.
Porém, embora faça sentido na teoria, o dispositivo acaba gerando um campo magnético muito fraco na prática, diz Meyer.
"Um tubarão pode, ou não pode, evitar morder o dispositivo usado no pulso, mas o resto do seu corpo certamente não está protegido", afirma.
Outros dispositivos incluem produtos que produzem sonsroletinha jogarbaleias-assassinas (predadoresroletinha jogartubarões), ou roupasroletinha jogarmergulho e pranchasroletinha jogarsurf com camuflagem que imitem os padrõesroletinha jogarpresas venenosas e desagradáveis, como serpentes-marinhas.
Algumas pesquisas indicam que os repelentes sonoros são ineficazes ou que os tubarões rapidamente se acostumam com eles.
"A audiçãoroletinha jogartubarão é idealroletinha jogarfrequências baixas e deficiente ou inexistenteroletinha jogarfrequências mais altas, como a das orcas", diz Meyer.

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Enquanto isso, um estudo na Universidaderoletinha jogarQueensland revelou que as serpentes-marinhas são,roletinha jogarfato, muito comumente encontradas no estômagoroletinha jogartubarões-tigres, apesarroletinha jogarnão serem muito apetitosas.
Huveneers acrescenta ainda que a camuflagem seria irrelevante, pois surfistas e pranchasroletinha jogarsurf aparecem apenas como silhuetas escuras vistas por tubarões do fundo do mar.
Repelentes químicos também foram criados e testados ao longo dos anos. Um dos mais vendidos é um tiporoletinha jogarspray chamado Anti-Shark 100, fabricado pela Shark Tec. Segundo a empresa, o produto imitaria o cheiro "de um tubarãoroletinha jogardecomposição".
Pesquisas mostram que tubarões realmente se afastamroletinha jogarsubstâncias químicas produzidas por outros tubarõesroletinha jogardecomposição, diz Huveneers.
"A razão para que tubarões sejam dissuadidos por esse cheiro é desconhecida, mas faz sentido do pontoroletinha jogarvista evolutivo. Uma área onde um tubarão morreu pode ser um perigo potencial para os outros", explica.
Por outro lado, enquanto muitos produtos químicos são irritantes ou desagradáveis aos tubarões, acabam se dissipando rapidamente na água, acrescenta Huveneers, diminuindoroletinha jogareficácia.
"Para que funcione corretamente, você teria que ver o tubarão se aproximar para depois liberar esse spray na água. O problema é que esses animais preferem ataques furtivos", diz Blake Chapman, pesquisadoraroletinha jogartubarões da Universidaderoletinha jogarQueensland e autora do livro 'Shark Attacks: Myths, Misunderstoodings e Human Fear' ('Ataquesroletinha jogartubarões: Mitos, Confusões e Medo Humano',roletinha jogartradução livre).
"Dessa forma, não acho que isso lhe permitiria ganhar muito tempo", acrescenta.
Totalmente eficaz? Não
Chapman argumenta que nenhum repelente pode ser totalmente eficaz.
"Não colocaria minha vidaroletinha jogarrisco por nenhum desses dispositivos", diz. "Tudo depende das necessidades do tubarão. Posso garantir que nada que descobrimos ou que viermos a descobrir possa deter um tubarão faminto", acrescenta.
Ela também se pergunta por que um tubarão abortaria um ataque, a um metro da presa, se nadouroletinha jogaralta velocidaderoletinha jogardireção à ela.
Huveneers admite ser improvável que os repelentes parem tubarões altamente motivados, mas diz que os testes realizados na África do Sul mostraram que esses animais são altamente suscetíveis e podem abortar ataques a distâncias muito curtas das potenciais presas.
No entanto, ele observa que as pessoas precisam ter a consciênciaroletinha jogarque os repelentes geralmente são apenas eficazesroletinha jogarlocais específicos e para atividades específicas.
Neste sentido, diz o especialista, um dispositivo que tem alguma utilidaderoletinha jogarrepelir ataquesroletinha jogartubarões a surfistas na Cidade do Cabo pode ser completamente ineficazroletinha jogarSydney.

"Acredito que o aperfeiçoamento dos dispositivos à baseroletinha jogarcorrente elétrica é a melhor alternativa para repelir ataquesroletinha jogartubarões, mas diria que nenhum deles é 100% efetivo", ressalva Meyer.
Bom senso
Chapman diz acreditar que, no futuro, as tecnologias atuais podem evoluir para meios mais efetivosroletinha jogarevitar mordidas, mas argumenta que a ferramenta mais efetiva é a conscientização.
"Gastar tempo para entender esses animais e a situaçãoroletinha jogarque as pessoas se encontram vai mitigar a ocorrênciaroletinha jogarmuitas situações indesejáveis, muito mais do que qualquer tecnologia. Fique atento onde você nada", aconselha a especialista.
As pesquisas vêm oferecendo pistas, por exemplo, sobre os padrõesroletinha jogarmovimento dos tubarões. Isso pode revelar que dias e horas do ano oferecem mais riscos para o banhoroletinha jogarmar.
Apesar do aumento nos incidentesroletinha jogartubarões na Austrália Ocidental nos últimos anos, estimativas sugerem que a chanceroletinha jogarser mordido por um tubarão ainda é apenas umaroletinha jogar30 milhões.
Em outras palavras: você tem cercaroletinha jogarcem vezes mais chanceroletinha jogarser atingido por um raio do que ser mordido por um tubarão.
Por outro lado, Chapman diz que, se os repelentesroletinha jogartubarões permitirem que as pessoas se sintam mais confortáveis ao entrar na água, então esses produtos já cumpriramroletinha jogarfinalidade.
"Esses dispositivos podem ou não funcionar, mas, como as chancesroletinha jogarser mordido são muito pequenas, se eles trazem pazroletinha jogarespírito às pessoas, então, podemos dizer que estão fazendo um ótimo trabalho", conclui.
- roletinha jogar Leia a versão original desta reportagem (em inglês roletinha jogar ) no site BBC Future











