As mães que entregam seus bebêsjogo de memorização googlecaixas para adoção nos EUA:jogo de memorização google

Elas existemjogo de memorização googletodos os Estados americanos, permitindo que pais e mães abandonem seus bebês anonimamentejogo de memorização googlelocais designados logo após o parto, sem ter que prestar contas à Justiça. Em alguns Estados, as mães podem deixar recém-nascidosjogo de memorização googleuma "caixajogo de memorização googlebebês", uma espéciejogo de memorização googleberço especial com uma portinhola instalado na parede exteriorjogo de memorização googlehospitais ou estaçõesjogo de memorização googleCorpojogo de memorização googleBombeiros, que permite que o bebê seja colocado alijogo de memorização googleforma segura e anonimamente.
Conheça, a seguir, as históriasjogo de memorização googlepessoas cujas vidas foram afetadas pelas leisjogo de memorização googleabrigo seguro.
A mãe
Era uma noite escura e úmidajogo de memorização googleinvernojogo de memorização googleuma das enormes planícies do Estado do Arizona. Dirigindo por uma estrada isolada, Michelle parou repentinamente.
"Estava com muita dor, não consegui voltar para o hospital", lembra ela. Pertojogo de memorização googleum riacho, a 32 quilômetros da cidade, Michelle entroujogo de memorização googletrabalhojogo de memorização googleparto.

Crédito, Getty Images
"Foi assustador. Lembro-mejogo de memorização googleestar rezando. Estava chamando por minha mãe... Queria minha mãe."
Enquanto Michelle dava à luz,jogo de memorização googlefilha mais velha dormia no bancojogo de memorização googletrás. Na penumbra, com o celular desligado, Michelle ficou sentada por 15 minutos, com o recém-nascido enroladojogo de memorização googleum cobertorjogo de memorização googleseu colo.
Ela olhou para a criança, observando seu rosto. Então, ela ligou o veículo e saiujogo de memorização googlealta velocidade.
Michelle não havia contado a ninguém que estava grávida. Ela estava muito assustada. O pai do bebê era um homem imprevisível. Separada e sem ajuda, se sentiu encurralada.
Ela parou no hospital mais próximo, e sabia sobre a leijogo de memorização googleabrigo seguro do Arizona — que ela poderia "entregar" anonimamente seu filho sem temer um processo, desde que o bebê estivesse ileso.
Michelle correu para a recepção, com o bebê nos braços.
"Pedi para falar com algum funcionário. Eles vieram falar comigo e eu disse: 'Acho que abrir mão dela vai ser a melhor opção'. Eu só queria que ela estivesse segura."
Michelle entregou o bebê para as enfermeiras. Ela sabia que a criança agora seria adotada.
O bebê foi levado à enfermaria imediatamente.

O que são caixasjogo de memorização googlebebê?
- Michelle entregou seu bebê para profissionaisjogo de memorização googlesaúde, mas eles também podem ser deixadosjogo de memorização googleuma caixa especialjogo de memorização googleum hospital ou no Corpojogo de memorização googleBombeiros;
- A partir do século 16, na Europa e, mas tarde, também no Brasil, existiam mecanismosjogo de memorização googleformajogo de memorização googleportinholas giratórias embutidasjogo de memorização googleparedes ao ladojogo de memorização googleigrejas e instituiçõesjogo de memorização googlecaridade, chamadosjogo de memorização google"rodas dos expostos", que serviam ao mesmo propósito;
- As caixas para bebês ainda existemjogo de memorização googleoutros lugares, mas os EUA são a única nação a ter uma lei abrangente para bebês abandonados;
- Leisjogo de memorização googleabrigo seguro foram introduzidas nos EUA com o objetivojogo de memorização google"impedir o infanticídio";
- O Texas foi o primeiro a aprovar essas leisjogo de memorização google1999, então todos os outros Estados o seguiram;
- O riscojogo de memorização googlehomicídiojogo de memorização googlecrianças é maior no dia do nascimento. Um relatório recente dos Centrosjogo de memorização googleControlejogo de memorização googleDoenças dos EUA apontou que o númerojogo de memorização googlebebês mortos no dia do nascimento caiu quase 67% depois que as leis foram introduzidas. Mas um nexojogo de memorização googlecausalidade é difíciljogo de memorização googleser estabelecido, pois outros fatores também podem explicar o resultado.

A enfermeira
Foi a mortejogo de memorização googleum recém-nascido que impulsionou Heather Burner a se tornar uma defensora das leisjogo de memorização googlerefúgio seguro. Maisjogo de memorização googleuma década atrás, ela trabalhava como enfermeira pediátrica no pronto-socorrojogo de memorização googleum hospital da cidadejogo de memorização googlePhoenix, no Arizona.
"Uma jovemjogo de memorização google15 anos deu entrada no hospital se queixandojogo de memorização googledor abdominal. Depois que seus sinais vitais foram verificados, ela foi ao banheiro. Ela deu à luz ao bebê sozinha e o colocou na latajogo de memorização googlelixo. Cercajogo de memorização google20 minutos depois, uma funcionária o encontrou. Tentamos salvá-lo, mas não tivemos sucesso."

Apesar das evidências, a adolescente negou que o bebê fosse dela. Suspeita-se que ela tivesse sido vítimajogo de memorização googleabuso sexual por um membro da família.
"Foi muito traumático", diz Heather. Diretora do programa Arizona Safe Haven e diretora executiva da National Safe Haven Alliance (NSHA), Heather calcula que 4.687 bebês foram "entregues" ao serviço no país desde 1999.
A NSHA mantém uma linhajogo de memorização googletelefonejogo de memorização googleajuda e recebejogo de memorização google60 a 100 ligações por mês.
Em junho, enquanto a Suprema Corte decidia sobre o direito ao aborto nos EUA, houve um aumentojogo de memorização google300% nas ligações. Grupos antiaborto há muito argumentam que as leisjogo de memorização googleadoção eliminam a necessidade da permissão para o aborto, uma visão repetida durante as audiências na corte.
Para quem liga para o NSHA, o conselho sobre como deixar um bebêjogo de memorização googleum local seguro é o último recurso.
"Perguntamos o que o impede a famíliajogo de memorização googlecuidar da criança?" diz Heather. "Na maioria das vezes, o bebê não é o problema, e sim a situação da família. Eles são sem-teto? Eles precisamjogo de memorização googlecuidados? Eu já paguei uma contajogo de memorização googleluz para uma mulher, e isso fez com que ela sentisse que poderia lidar com o filho."
Algumas mulheres ligam, mas acabam ficando com o bebê. Outras optam por uma adoção regular, e escolhem a família que ficará com seus filhos. Mas algumas entregam seus bebêsjogo de memorização googleum serviçojogo de memorização googleabrigo seguro.
O bebê
A oestejogo de memorização googlePhoenix, Porter Olson vive comjogo de memorização googlefamília adotiva. Porter é um garotojogo de memorização google11 anos, enérgico e que gostajogo de memorização googleacampar, cozinhar ejogo de memorização googlejardinagem.
Em 2011, os Olsons foram contatados pela agênciajogo de memorização googleadoção na qual estavam inscritos.
"Recebi a ligação e eles disseram que tínhamos um bebê", lembra Michael Olson. Ele mandou uma mensagemjogo de memorização googletexto com três palavras parajogo de memorização googleesposa Nicole — "Melhor diajogo de memorização googletodos".

Nicole estava dando aula. "Liguei para minha diretora e disse: 'Preciso saber sobre a licença-maternidade.' E ela disse: 'Por quê? Você está grávida?' E eu disse: 'Não, mas vou ter um bebê hoje.'"
A mãe biológicajogo de memorização googlePorter o deixoujogo de memorização googleuma caixa para bebêsjogo de memorização googleum hospital. No Arizona, uma família adotiva geralmente é encontrada no mesmo dia. E, como aconteceu com os Olsons, eles talvez não saibam nada sobre o novo filho.
"Nunca me importei com isso, apenas pensei que cresceríamos juntos e resolveríamos essa parte", diz Nicole. Mesmo assim, o casal achou que poderia ser útil para o próprio Porter ter mais informações sobre os pais biológicos.
"Então, um dia, minha mãe iria fazer um testejogo de memorização googleDNA para saber minha origem. Ela disse que iria comemorar qualquer resultado", diz Porter, retomando a história. "E nós fizemos o teste, e o médico disse: 'Parabéns! Vocês podem comemorar tudo!' Tenho ascendência europeia, indígena americana, africana subsaariana e do leste asiático."
Não há nenhum mecanismo legal que permita que Porter encontre mais informações sobre seus pais biológicos.
É por isso que alguns ativistas desaprovam as leisjogo de memorização googleabrigo segura. Algumas acadêmicas feministas também criticaram a legislação por falhasjogo de memorização googlelidar com injustiças socioeconômicas, que acabam por causar o abandono.
E o que acontece se uma mulher tiver dúvidas sobre desistirjogo de memorização googleseu bebê para sempre?
"Alguns Estados têm um período dentro do qual a mãe pode tentar recuperar a criança", diz Kate Loudenslagel, vice-procuradora do condadojogo de memorização googleMaricopa.

"Mas aqui no Arizona, não temos opção para as mães que mudamjogo de memorização googleideia. O abandono da criança é considerado uma renúncia. E se um homem acredita que é paijogo de memorização googleuma criança, ele tem 30 dias para notificar os novos pais e reivindicar a paternidade."
O que aconteceu com Michelle?
"Não conseguia tirar o rosto dela da minha cabeça", diz Michelle sobre o bebê que entregou às enfermeiras naquela noitejogo de memorização googleinverno.
Três dias após o parto, Michelle ligou para a NSHA. Heather Burner resolveu ajudar a jovem.
"Ela teve muita sorte com a família adotiva", diz a diretora-executiva da NSHA. Trinta e três dias depoisjogo de memorização googleabandonar a filha, Michelle recuperou a criança.
Ela diz que ver a filha novamente foi a melhor sensação do mundo. O casal que cuidava do bebê havia concordadojogo de memorização googledevolvê-la. Se eles tivessem recusado, ela teria que entrar na Justiça.
A jovem parecia contentejogo de memorização googleconversar com a BBC, talvez porquejogo de memorização googlehistória acabou bem. Mas e as milharesjogo de memorização googlemulheres que desistiramjogo de memorização googlerecém-nascidos e nunca mais os viram?
Talvez esta fosse a melhor — ou única — opção para elas. Não sabemos essa resposta, porque são poucas as que compartilham publicamente suas histórias.
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