A redesportgalera betgasodutos até a China que a Rússia quer usar para substituir a Europa como seu maior mercado:sportgalera bet

O gasoduto Power of Siberia 1 é operado pela empresa estatal russa Gazprom e leva gás natural da Rússia até a China.

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Legenda da foto, O gasoduto Power of Siberia 1 é operado pela empresa estatal russa Gazprom e leva gás natural da Rússia até a China.
O logoda empresa petrolífera russa Gazprom

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Legenda da foto, A empresa estatal rusa Gazprom busca novos clientes na Ásia para seu gás

Mas estreitar esses laços pode levar anos, especialmente se considerarmos a infraestrutura energética.

O exemplo mais claro dessa relaçãosportgalera betlongo prazo é o gasoduto Power of Siberia 1, que as empresas energéticas estatais Gazprom, da Rússia, e a China National Petroleum Corp. vêm construindo há cercasportgalera betoito anos.

O gasoduto poderá enviar gás da Sibéria, na Rússia, até Xangai, no litoral da China, cobrindo uma distânciasportgalera bet3 mil km. Ele estásportgalera betfase finalsportgalera betconstrução, mas já vem fornecendo combustível a diversos pontos do norte da China no trajeto.

E, embora o gasoduto tenha começado suas operações bombeando apenas uma fração dasportgalera betcapacidade, os dados demonstram que a guerra tem impulsionado seu uso. A Rússia vem enviando mais gás para a China desde fevereiro, quando começou a invasão da Ucrânia.

"O gasoduto pode fornecer até um totalsportgalera bet38 bilhõessportgalera betmetros cúbicos [bcm] por ano. Mas, antes do conflito, a Rússia exportava cercasportgalera bet4 ou 5 bcm. Agora, o fornecimento aumentousportgalera bet63,4% e a ideia é que,sportgalera bet2023, seja utilizada a capacidade total", afirma Pablo Gil, estrategista-chefe da corretorasportgalera betações XTB para Espanha e América Latina.

gasodutos

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Legenda da foto, Antes da guerra, 40% do gás consumido pela UE vinha da Rússia

Já as exportações russassportgalera betpetróleo bruto para a China sofreram aumento considerávelsportgalera bet54,8% ao ano, o que levou a Rússia a superar temporariamente a Arábia Saudita como o maior fornecedorsportgalera betpetróleo para o gigante asiático.

Estaria a Rússia disposta a substituir a Europa pela China como seu principal clientesportgalera betgás? "Este é o plano da Rússia, mas não parece que seja possível a curto prazo", explica Ángel Saz-Carranza, diretor do Centrosportgalera betEconomia Global e Geopolítica da instituição acadêmica Esade, na Espanha.

"Em 2021, a Rússia exportava apenas 3,5% do seu gás para a China e maissportgalera bet40% para a União Europeia. Agora, com o único gasoduto disponível (o Power of Siberia 1), a capacidadesportgalera betexportar gás para a China atravéssportgalera bettubos ésportgalera bet60 mil bcm, mas apenas 35 mil bcm foram contratados pelo gigante asiático", explica Saz-Carranza.

Se compararmos estes números com os quase 150 bcm que formam a capacidade total dos tubos que conectam a Rússia à Europa, fica fácil entender por que substituir os clientes europeus não será uma tarefa fácil.

Vladimir Putin com delegação chinesa

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Legenda da foto, O gás natural é a principal fontesportgalera betreceita da Rússia.

"A Rússia provavelmente ficaria encantada, mas não pode fazer isso, pelo menos para o gás. A capacidade da rede existente entre a Rússia e a China é limitada. Isso significa que o gás que Putin não pode ou não quer vender para a Europa ainda não pode ir para a China", afirma Alicia García Herrero, economista-chefe para a Ásia e a Oceania do bancosportgalera betinvestimento francês Natixis e pesquisadora do centrosportgalera betestudos belga Bruegel.

O fato é que, atualmente, não existe uma forma que permita à Rússia desviar para a China o gás que já não é enviado para a Europa, embora seus campos continuem extraindo milhõessportgalera betmetros cúbicos por dia. Mas o Kremlin já olha para o futuro.

Nova redesportgalera betgasodutos

Moscou avalia a construçãosportgalera betdiversos gasodutos que permitam ampliarsportgalera betpresença no mercado asiático, que não recebeu atenção por anos devido às enormes necessidades da Europa.

"Sabemos que o mercado chinês é o mais dinâmico do mundo e, nos próximos 20 anos, o aumento do consumosportgalera betgás na China representará 40% do aumento do consumo mundialsportgalera betgás", segundo afirmou recentemente o presidente da Gazprom, Alexey Miller.

Um dos projetos mais importantes atualmente é um segundo ramal do gasoduto Power of Siberia, que se chamará Power of Siberia 2. Este novo tubo poderá transportar para a China 50 bcmsportgalera betgás natural por ano.

Mapa do gasoduto Power of Siberia

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Legenda da foto, O gasoduto Power of Siberia 1 transporta gás natural do leste da Sibéria para o norte da China

"O gasoduto Power of Siberia 1 não está conectado ao tubo que envia gás para a Europa, o que significa que não é possível desviar a produção para o outro lado. Mas isso mudará quando for construído o Power of Siberia 2 - ou, pelo menos, este é o plano", afirma García Herrero.

"Afinal, o que a Rússia pretende é ter a capacidadesportgalera betenviar cercasportgalera bet100 mil bcm por ano para a China quando toda essa infraestrutura estiver montada", afirma Gil.

"É uma infraestrutura nova, que exigirá muitos investimentos da Rússia", acrescenta ele. "É um processo que acredito que tenha sido planejado pensandosportgalera bet2027, que é a datasportgalera betque a Europa propôs-se a encerrar toda asportgalera betdependênciasportgalera betconsumosportgalera betenergia fóssil da Rússia. Ou seja, estamos falandosportgalera betum projetosportgalera betcinco anos."

"De alguma forma, a Rússia quer que, quando chegue esse momentosportgalera betque ela poderá não ter um cliente europeu para o seu petróleo e gás, já tenha sido construída a infraestrutura necessária para ter outros clientes que comprem asportgalera betenergia, que é a principal fontesportgalera betreceita do país", conclui Gil.

Construção do "Power of Siberia 2"

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Legenda da foto, O projeto do gasoduto Power of Siberia 2 beneficia a Rússia, a China e a Mongólia

"Se a Rússia quiser transformar seus recursossportgalera betgássportgalera betdinheiro no futuro, ela precisa investirsportgalera betnova infraestrutura e encontrar novos compradores, incluindo a China", explica Norbert Rücker, chefesportgalera betpesquisas econômicas do banco suíço Julius Baer.

As sanções do Ocidente, que começaram quando a Rússia anexou a península da Crimeiasportgalera bet2014, estão forçando o país a procurar novos clientes, como a China e a Índia. Estes países não adotaram as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela Europa.

Melhores preços para a China

Mas estas mesmas sanções estão permitindo que a China compre o gás que a Rússia não pode vender para outros países a preços vantajosos. E, na ânsiasportgalera betampliar suas fontessportgalera betimportaçãosportgalera betenergia, Pequim negou-se a condenar Moscou pela invasão da Ucrânia.

O Natixis acredita que "o embargo ocidental à energia russa poderia ajudar a China a chegar a um acordo a preços inferiores aos do mercado".

Parte do gasoduto Power of Siberia

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Legenda da foto, O gasoduto Power of Siberia fornecerá 38 bilhõessportgalera betmetros cúbicossportgalera betgás por ano

Para o bancosportgalera betinvestimento, que a Rússia claramente precisa do apoio da China, não só para comprar o gás, mas para permitir a importaçãosportgalera betmuitos outros insumos, como os semicondutores necessários para que as indústrias russas (incluindo as militares) continuem operando.

"Existe uma razão por que o Power of Siberia 2 ainda não foi construído", afirma Rücker. "É uma tubulação muito longa e complexa - e, por isso, também muito cara."

Novas alianças

Uma das incógnitas do momento é por que a Rússia se empenha para que o traçado do gasoduto Power of Siberia 2 passe pela Mongólia.

Torneirassportgalera betum gasoduto congelado pelo gelo

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Legenda da foto, O novo gasoduto Power of Siberia 2 permitirá que a Rússia desvie para a China o gás que deixousportgalera betser exportado para a União Europeia

A imprensa chinesa especula que, embora a participaçãosportgalera betum terceiro país aumente os custossportgalera betconstrução esportgalera bettransportesportgalera betenergia do projeto, ela ajudaria a Rússia a reforçar seus laços econômicos com a Mongólia - e, assim, evitar que o vizinho se volte para os Estados Unidos.

"Isso suscitou uma grande polêmica", segundo Pablo Gil. "Em vezsportgalera betfazer passar o gasoduto diretamente da Rússia para a China, irão fazê-lo passar através da Mongólia, que ficará com parte do lucro."

Ele acrescenta que "é verdade que incluir um terceiro jogador aumenta o custo do envio, mas,sportgalera bettroca, eles tentam criar uma unidade na Ásia contra o Ocidente". O que tem sentido se considerarmos que o objetivo dos Estados Unidos era atrair a Mongólia com investimentos.

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