Por que se deslumbrar com o mundo pode ajudar memória e nos deixar mais generosos:free bet kto

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Como a maioriafree bet ktonós somente ficamos admirados esporadicamente, ainda não conhecemos seus benefícios. Quando estamos tristes, podemos ser mais propensos a buscar alíviofree bet ktouma comédia, por exemplo - procurando sentimentosfree bet ktodiversão que são bem menos poderosos.
Mas gerar o deslumbramento pode trazer uma grande mudança mental. Por isso, ele pode ser uma ferramenta essencial para melhorar nossa saúde e bem-estar. E existem muitas formasfree bet ktocultivar essa emoção na nossa vida diária.
Pequenos terremotos
Michelle Shiota, professorafree bet ktoPsicologia Social da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, foi uma das pioneiras na descoberta dos benefícios do deslumbramento. O seu interesse específico reside nas formasfree bet ktoque ele pode remover nossos "filtros mentais" para incentivar maior flexibilidadefree bet ktopensamento.

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Vamos considerar a memória. Se alguém nos contar uma história, normalmente nos lembramos do que achamos que devemos ter escutado e não dos detalhes específicos do evento. Isso pode indicar que perdemos elementos incomuns ou inesperados que acrescentam a clareza e especificidade necessária para entendermos o que aconteceu. Podemos até formar falsas memóriasfree bet ktoeventos inexistentes, mas que achamos que poderiam ter acontecido nesse tipofree bet ktosituação.
Alguns anos atrás, Shiota decidiu estudar se evocar uma sensaçãofree bet ktodeslumbramento poderia evitar isso. Ela pediu aos participantes,free bet ktoprimeiro lugar, que assistissem a um dentre três vídeos: um filme científico que inspira deslumbramento, levando os espectadoresfree bet ktouma viagem do espaço sideral até partículas subatômicas; um filme animador sobre um patinador artístico que ganhou uma medalhafree bet ktoouro olímpica; ou um filme neutro sobre a construçãofree bet ktouma paredefree bet ktoblocosfree bet ktoconcreto.
Em seguida, os participantes ouviram uma históriafree bet ktocinco minutos descrevendo um casal que saía para um jantar romântico e responderam perguntas sobre o que eles haviam ouvido. Algumas dessas perguntas referiam-se a eventos tipicamente esperadosfree bet ktoqualquer refeição ("o garçom serviu o vinho?"), enquanto outras se referiam a informações incomuns, como se o garçom estava usando óculos.
Confirmando a hipótese formulada por Shiota, os participantes que haviam assistido ao filme científico lembravam-se com mais precisão dos detalhes que haviam ouvido que aqueles que haviam assistido ao filme neutro ou animador.
Qual seria o motivo? Shiota indica que o cérebro está constantemente formando previsões do que aconteceráfree bet ktoseguida. Ele usa suas experiências para formar estímulos mentais que orientam nossa percepção, atenção e comportamento.
Experiências que inspiram o deslumbramento - comfree bet ktosensaçãofree bet ktograndiosidade, assombro e perplexidade - podem confundir essas expectativas, criando um "pequeno terremoto" na mente que faz com que o cérebro redetermine suas premissas e preste mais atenção ao que realmente está àfree bet ktofrente.
"A mente reprograma seu 'códigofree bet ktoprevisão' para simplesmente olharfree bet ktovolta e coletar informações", afirma ela. Alémfree bet ktoampliar nossa memória para detalhes, isso pode melhorar o pensamento crítico, segundo Shiota, pois as pessoas prestam mais atenção às nuances específicasfree bet ktoum argumento,free bet ktovezfree bet ktoconfiar nas suas intuições para se convencerem ou não.
Essa capacidadefree bet ktoabandonar as premissas e observar o mundo e seus problemasfree bet ktouma perspectiva nova poderá também explicar por que essa emoção contribui para maior criatividade. Existe um estudofree bet ktoAlice Chirico e seus colegas da Universidade Católica do Sagrado Coraçãofree bet ktoMilão, na Itália, publicadofree bet kto2018.
Os participantes que caminharam por uma florestafree bet ktorealidade virtual tiveram notas mais altasfree bet ktotestesfree bet ktopensamento original que aqueles que observaram um vídeo mais comumfree bet ktogalinhas passeando na grama. Os participantes inspirados pelo deslumbramento foram mais inovadores quando perguntados sobre como melhorar um brinquedo infantil, por exemplo.
Efeito Attenborough
Os efeitos mais transformadores do deslumbramento podem referir-se à forma como nos observamos.
Quando ficamos maravilhados com algo realmente incrível e grandioso, "nós nos percebemos como menores e mais insignificantes com relação ao resto do mundo", afirma Shiota. Uma consequência é o maior altruísmo.
"Quando estou menos concentradafree bet ktomim mesma, nos meus próprios objetivos e necessidades e nos pensamentos que passam pela minha cabeça, tenho mais capacidadefree bet ktoobservar você e [perceber] o que você pode estar vivendo", afirma ela.
Para medir esses efeitos, uma equipe liderada por Paul Piff, da Universidade da Califórniafree bet ktoIrvine, nos Estados Unidos, pediu a um terço dos participantes que assistisse a um clipefree bet ktocinco minutos da série Planet Earth, da BBC, compostafree bet ktoimagens grandiosas e arrebatadorasfree bet ktopaisagens, montanhas, planícies, florestas e cânions. Os demais assistiram a um clipefree bet ktocinco minutosfree bet ktovídeos engraçados com animais ou a um vídeo neutro do tipo "faça você mesmo".
Em seguida, os participantes avaliaram o quanto eles concordavam com quatro afirmações, como "sinto a presençafree bet ktoalgo maior que eu" e "sinto-me pequeno e insignificante". Por fim, eles participaramfree bet ktoum experimento conhecido como o "jogo do ditador", no qual recebem um recurso - neste caso, 10 cuponsfree bet ktoum sorteiofree bet ktoum vale-comprasfree bet ktoUS$ 100 - que eles poderiam ou não dividir com um parceiro, se desejassem.
As sensaçõesfree bet ktodeslumbramento produziram mudança significativa da generosidade dos participantes, aumentando o númerofree bet ktocupons compartilhados com os parceiros. As análises estatísticas que se seguiram permitiram aos pesquisadores demonstrar que isso foi causado pelas mudanças da sensaçãofree bet ktosi próprios. Quanto menores se sentiam os participantes, maior afree bet ktogenerosidade.
Para reproduzir a descobertafree bet ktoum ambiente mais natural, um dos pesquisadores levou os estudantes para uma caminhada por um bosquefree bet ktoeucaliptos da Tasmânia - que crescem até maisfree bet kto60 metros. Enquanto os estudantes contemplavam o esplendor das árvores, os pesquisadores "acidentalmente" deixaram cair as canetas que estavam carregando e observaram se os participantes se ofereciam para pegá-las.
Eles perceberam com total segurança que os participantes eram mais prestativos durante essa caminhada inspiradora do deslumbramento que os estudantes que haviam passado o tempo contemplando um edifício alto, mas não tão majestoso.
Colocandofree bet ktoperspectiva
Alémfree bet ktotudo isso, os benefícios para a nossa saúde mental são enormes. Eles são causados, como o aumento da generosidade, pela redução do sentidofree bet ktosi próprio, que parece reduzir o pensamento ruminante.
Isso é potencialmente muito importante, pois a ruminação é um fatorfree bet ktorisco conhecido para a depressão, a ansiedade e transtornosfree bet ktoestresse pós-traumático. "Você muitas vezes está tão concentrado na situação que não pensafree bet ktomais nada", afirma Ethan Kross, cujo livro Chatter: The voice in our head, why it matters and how to harness it ("Falatório: A voz nafree bet ktocabeça, por que ela é importante e como dominá-la",free bet ktotradução livre) explora os efeitos dessas conversas negativas consigo mesmo.

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O deslumbramento nos força a ampliar nossa perspectiva, segundo ele,free bet ktoforma a interromper o ciclofree bet ktopensamento ruminante. "Quando você está na presençafree bet ktoalgo vasto e indescritível, você se sente melhor e seu falatório negativo também diminui", afirma ele.
Para comprovar seu pontofree bet ktovista, Kross indica um experimento extraordinário realizado por pesquisadores da Universidade da Califórniafree bet ktoBerkeley, nos Estados Unidos. Os participantes eram militares veteranos e jovensfree bet ktocomunidades desfavorecidas, muitos dos quais sofriam estresse sério na vida (alguns até com sintomas persistentesfree bet ktoestresse pós-traumático).
Todos eles haviam se inscrito anteriormentefree bet ktouma viagem para praticar raftingfree bet ktoáguas claras no Rio Verde,free bet ktoUtah, nos Estados Unidos, patrocinado por uma organização filantrópica. Antes e depois da viagem, eles foram questionados sobre seu bem-estar psicológico geral, incluindo seus sentimentosfree bet ktoestresse efree bet ktocapacidadefree bet ktolidar com os desafios da vida. E, após cada diafree bet ktorafting, pediu-se aos participantes que preenchessem um questionário, avaliando suas sensaçõesfree bet ktodeslumbramento, diversão, contentamento, gratidão, alegria e orgulho.
Como se poderia esperar, a viagem,free bet ktoforma geral, foi muito agradável para a maioria dos participantes. Mas foi a sensaçãofree bet ktodeslumbramento que indicou as melhorias mais importantes do seu estresse e bem-estarfree bet ktogeral.
Estas foram circunstâncias claramente excepcionais, mas os pesquisadores observaram efeitos muito similaresfree bet ktoum segundo estudo que examinou o contato diário dos estudantes com a natureza. Novamente, eles concluíram que as experiênciasfree bet ktodeslumbramento apresentam impacto muito maior sobre o bem-estar dos estudantes a longo prazo,free bet ktocomparação com as sensaçõesfree bet ktocontentamento, diversão, gratidão, alegria e orgulho.
Isso é bom ou ruim?
Antes que fiquemos deslumbrados com essa pesquisa, Shiota alerta que os cientistas ainda precisam examinar se essa potente emoção tem algum efeito negativo. Ela suspeita, por exemplo, que o deslumbramento pode explicar o apelo exercido por muitas teorias da conspiração - com suas explicações intricadas e misteriosas do funcionamento do mundo. Mas,free bet ktoforma geral, os benefícios do deslumbramento precisam ser considerados sempre que sentirmos que nosso pensamento ficou presofree bet ktouma rotina improdutiva ou prejudicial.
"A capacidade [que temos]free bet ktosairfree bet ktonós mesmos é uma técnica muito valiosa", afirma Kross. Ele acredita que andar no jardim público do seu bairro e pensarfree bet ktoviagens espaciais traz os sentimentos necessáriosfree bet ktoassombro, respeito e reverência, mas indica que cada umfree bet ktonós terá suas preferências pessoais. "Tente identificar quais são os seus próprios gatilhos", sugere ele.
Para Michelle Shiota, as possibilidades são tão infinitas quanto o universo. "As estrelas no céu noturno nos relembram do universo além da nossa experiência. O som do oceano nos relembra suas imensas profundezas; o pôr do sol brilhante nos relembra como é vasta e espessa a atmosferafree bet ktovolta do nosso planeta", afirma ela. Isso sem mencionar as sublimes experiências oferecidas pela música, cinema ou arte.
"Tudo é questãofree bet ktoexperimentar e prestar atenção no extraordinário à nossa volta,free bet ktovez daquilo que, para nós, é rotina", conclui ela.
David Robson é escritorfree bet ktociências residentefree bet ktoLondres. O seu último livro, O efeito da expectativa: como o seu pensamento pode transformar afree bet ktovida (em tradução livre do inglês) foi publicado no Reino Unidofree bet kto6free bet ktojaneirofree bet kto2022 e, nos EUA, será publicadofree bet kto15free bet ktofevereirofree bet kto2022. Sua conta no Twitter é @d_a_robson.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife.

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