Nazismo: as mulheres comuns que viraram torturadoras da SSjogar no blazecampojogar no blazeconcentração na Segunda Guerra:jogar no blaze

Ali moravam as guardas mulheres, algumas com os filhos. Das varandas, elas podiam ver uma floresta e um lindo lago. "Foi a época mais bonita da minha vida", disse uma ex-guarda, décadas depois.

Masjogar no blazeseus quartos também teriam visto prisioneiras e as chaminés da câmarajogar no blazegás.

"Muitos visitantes que vêm ao memorial perguntam sobre essas mulheres. Não há tantas perguntas sobre os homens nesse campo", disse Andrea Genest, diretora do museujogar no blazememóriajogar no blazeRavensbrück, enquanto me mostra onde as mulheres moravam. "As pessoas não gostamjogar no blazepensar que as mulheres podem ser tão cruéis."

Muitas das jovens vieramjogar no blazefamílias mais pobres, abandonaram a escola cedo e tiveram poucas oportunidadesjogar no blazecarreira.

Um trabalhojogar no blazeum campojogar no blazeconcentração significava salários mais altos, acomodações confortáveis ​​e independência financeira. "Era mais atraente do que trabalharjogar no blazeuma fábrica", diz Genest.

Muitas foram doutrinadas mais cedo nos gruposjogar no blazejovens nazistas e acreditavam na ideologiajogar no blazeHitler. "Elas sentiram que estavam apoiando a sociedade fazendo algo contra seus inimigos", disse ela.

Inferno e conforto doméstico

Dentrojogar no blazeuma das casas, uma nova exposição mostra fotos das mulheres nas horas vagas. A maioria estava na casa dos 20 anos, com bonitos penteados da moda.

As fotos mostram essas mulheres sorrindo enquanto tomam café com bolojogar no blazecasa. Ou rindo,jogar no blazebraços dados, enquanto caminham na floresta próxima com seus cachorros.

As cenas parecem inocentes — até você perceber a insígnia da SS nas roupas das mulheres e lembrar que aqueles eram os mesmos cães da Alsácia usados ​​para atormentar as pessoas nos camposjogar no blazeconcentração.

Cercajogar no blaze3.500 mulheres trabalharam como guardasjogar no blazecamposjogar no blazeconcentração nazistas, e todas elas começaramjogar no blazeRavensbrück. Muitas trabalharam mais tardejogar no blazecamposjogar no blazeextermínio como Auschwitz-Birkenau ou Bergen-Belsen.

"Elas eram pessoas horríveis", me disse Selma vanjogar no blazePerre,jogar no blaze98 anos, pelo telefonejogar no blazesua casajogar no blazeLondres. Ela era uma ativista da resistência judaica holandesa que foi presajogar no blazeRavensbrück como prisioneira política.

"Elas provavelmente gostaram porque lhes deu poder. Deu-lhes muito poder sobre os prisioneiros. Algumas prisioneiras foram muito maltratadas, espancadas."

Selma trabalhou clandestinamente na Holanda ocupada pelos nazistas e bravamente ajudou famílias judias a escapar. Em setembro, ela publicou um livro no Reino Unido sobre suas experiências, My Name Is Selma (Meu nome é Selma,jogar no blazetradução livre). Neste ano ele será lançadojogar no blazeoutros países, incluindo a Alemanha.

Os pais e a irmã adolescentejogar no blazeSelma foram mortos nos campos e quase todos os anos ela retorna a Ravensbrück para participarjogar no blazeeventos que garantem que os crimes cometidos aqui não sejam esquecidos.

Ravensbrück era o maior campo exclusivamente feminino da Alemanha nazista. Maisjogar no blaze120 mil mulheresjogar no blazetoda a Europa foram presas aqui. Muitas eram lutadoras da resistência ou oponentes políticos. Outras foram considerados "inadequadas" para a sociedade nazista: judias, lésbicas, prostitutas ou mulheres sem-teto.

Pelo menos 30 mil mulheres morreram aqui. Algumas foram intoxicadas por gás ou enforcadas, outras morreramjogar no blazefome, ou devido a doenças ou mesmo trabalharam até a morte.

Elas foram tratados brutalmente por muitas das guardas: espancadas, torturadas ou assassinadas. As prisioneiros deram-lhes apelidos, como "Brygyda sangrenta" ou "revólver Anna".

Após a guerra, durante os julgamentosjogar no blazecrimesjogar no blazeguerra nazistasjogar no blaze1945, Irma Grese foi apelidadajogar no blaze"bela fera" pela imprensa. Jovem, atraente e loira, ela foi considerada culpada por assassinato e condenada à morte por enforcamento.

O clichê da mulher loira e sádicajogar no blazeum uniforme da SS mais tarde se tornou uma figura cult sexualizadajogar no blazefilmes e quadrinhos.

Mas,jogar no blazemilharesjogar no blazemulheres que trabalhavam como guardas da SS, apenas 77 foram levadas a julgamento. E muito poucas foram realmente condenadas.

Elas se retrataram como ajudantes ignorantes, o que foi fácil na patriarcal Alemanha Ocidental do pós-guerra. A maioria nunca falou sobre o passado. Elas se casaram, mudaram seus nomes e desapareceram na sociedade.

Uma mulher, Herta Bothe, que foi presa por atos horrendosjogar no blazeviolência, falou publicamente mais tarde. Ela foi perdoada pelos britânicos, depoisjogar no blazeapenas alguns anos na prisão. Em uma rara entrevista, gravadajogar no blaze1999, pouco antesjogar no blazemorrer, ela não se arrependeu.

"Eu cometi um erro? Não. O erro foi que era um campojogar no blazeconcentração, mas eu tinha que ir para lá, caso contrário eu mesma teria sido colocada nele. Esse foi meu erro."

Essa era uma desculpa que as ex-guardas costumavam dar. Mas não era verdade. Os registros mostram que alguns novos recrutas deixaram Ravensbrück assim que perceberam o que envolvia o trabalho. Elas foram autorizadas a ir e não sofreram consequências negativas.

Pergunto a Selma se ela acha que as guardas eram monstros diabólicos. "Acho que eram mulheres comuns fazendo coisas diabólicas. Acho que é possível com muitas pessoas, mesmo na Inglaterra. Acho que pode acontecerjogar no blazequalquer lugar. Pode acontecer aqui se for permitido."

É uma lição assustadora para hoje, ela acredita.

Desde a guerra, as guardas mulheres da SS foram transformadasjogar no blazeficçãojogar no blazelivros e filmes. O mais famoso foi O Leitor, romance alemão que mais tarde se tornou um filme estrelado por Kate Winslet.

Às vezes, as mulheres são retratadas como vítimas exploradas. Outras vezes, como monstros sádicos.

A verdade é mais apavorante. Não eram monstros extraordinários, mas sim mulheres comuns que fizeram coisas monstruosas.

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