Coronavírus: as tensões diplomáticas que a pandemia provocou ao redor do mundo:135 bet

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A mídia espanhola citou fontes locais que descrevem as situações como "roubo". Depois135 betquase uma semana135 betidas e vindas, o ministério das Relações Exteriores da Espanha conseguiu garantir o embarque.
Mas o episódio é outro exemplo135 betcomo a covid-19 está alimentando tensões diplomáticas135 bettodo o mundo.
Por que tantas tensões estão surgindo?

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As brigas entre Estados Unidos e China também estão no centro das atenções, especialmente com incidentes como a ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump,135 betcongelar fundos para a Organização Mundial da Saúde (OMS) sob o argumento135 betque a instituição é "chinacêntrica".
Mas pontos135 betconflito surgiram135 betoutros lugares. E nem sempre envolvendo a China, que enfrenta acusações135 betsubnotificação dos números135 betinfecções.
"Em teoria, deveríamos ter visto nações se unindo135 betum momento135 betque todos estamos travando a mesma batalha", disse à BBC Sophia Gaston, cientista política do Instituto135 betQuestões Globais da London School of Economics (Escola135 betEconomia135 betLondres).
"Na prática, essa crise obrigou os países a se fecharem, se preocuparem com seus próprios problemas, com mais concorrência do que cooperação".
Um exemplo é uma disputa dentro das nações da União Europeia (UE).

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Quando os casos135 betcovid-19 dispararam na Itália, o país pediu aos vizinhos assistência com equipamentos e suprimentos médicos. Tanto a Alemanha quanto a França, no entanto, proíbem a exportação desses produtos.
"Certamente, este não é um bom sinal135 betsolidariedade europeia", escreveu Maurizio Massari, embaixador da Itália135 betBruxelas, no site Politico.
Os italianos também não ficaram impressionados com outro cabo135 betguerra com Berlim. A Alemanha é um dos países que se opõe a uma proposta135 betuma espécie135 bet"vaquinha" colaborativa entre os países da União Europeia para ajudar os que estão mais afetados pela pandemia.
A diplomacia das máscaras
Os Países Baixos, a Áustria e a Finlândia também se opuseram publicamente ao plano, enquanto Espanha, França, Bélgica, Grécia, Irlanda, Portugal, Eslovênia e Luxemburgo apoiaram a criação dessa espécie135 betfundo coletivo. Isso mostrou ainda mais divisões dentro dos países da UE.
A Itália também é um estudo135 betcaso sobre o que os especialistas descrevem como a "diplomacia das máscaras" da China: depois135 betcontrolar o coronavírus dentro135 betsuas próprias fronteiras, Pequim inundou vários países135 betvários continentes com todo tipo135 betajuda para combater a doença — entre os destinatários, a Rússia.
Roma recebeu doações135 betsuprimentos médicos, kits135 bettestes e até uma força-tarefa135 betmédicos chineses que foram considerados heróis. De fato, a hashtag #grazieCina (obrigada China,135 betitaliano) é uma tendência nas mídias sociais italianas.
Gesu Antonio Baez, diretor executivo da Pax Tecum, empresa135 betconsultoria com sede135 betLondres, especializada135 betquestões diplomáticas e135 betdesenvolvimento internacional, diz que o país está explorando um vácuo deixado pelos Estados Unidos no cenário global — e que foi exacerbado por Donald Trump com seu lema "América135 betPrimeiro Lugar", com o qual conquistou a presidência135 bet2016.
De qualquer forma, a posição135 betWashington está longe135 betser conciliatória: além das brigas com a China, Trump deixou as autoridades alemãs enfurecidas quando tentou garantir direitos exclusivos para uma vacina contra a covid-19 desenvolvida por uma empresa médica alemã.

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Mais recentemente, o presidente ameaçou a Índia135 betretaliação por135 betdecisão135 betproibir a exportação do medicamento antimalária hidroxicloroquina, que está sendo testado como tratamento para a covid-19, mas cuja eficácia ainda não foi comprovada.
"Os EUA não atuaram (como potência diplomática) durante esta crise e a China agora tem uma oportunidade135 betpreencher essa lacuna", explicou Baez.
A "diplomacia das máscaras" não é um processo tranquilo, como o Brasil mostrou.
A percepção135 betque a China não conseguiu lidar com o primeiro surto135 betcovid-19 com rapidez suficiente também levou ao ressentimento internacional,135 betacordo com Sophia Gaston.
Brigas entre o Brasil e a China
Gaston citou relatórios das agências135 betinteligência americanas que acusam a China135 betesconder as infecções e mortes no país. Autoridades britânicas também questionaram os dados oficiais chineses.
"A China tem estado sob escrutínio ao mesmo tempo135 betque iniciou esse enorme exercício135 betrelações públicas. Haverá uma reação enorme quanto mais soubermos sobre seus números", acrescentou Gaston.

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As relações entre o Brasil e a China também sofreram, com vários aliados do presidente Jair Bolsonaro entrando135 betbrigas com a potência asiática através135 betpostagens nas redes sociais,135 betque tentavam emplacar o uso da expressão "vírus chinês".
No incidente mais recente, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, irritou as autoridades chinesas com um tweet135 betque escrevia palavras errado que seus colegas asiáticos consideraram racista.
"Tais declarações são absurdas e desprezíveis e têm forte tom racista", dizia um tweet da Embaixada da China135 betBrasília.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil — compra 80% da soja do país, por exemplo — e as autoridades135 betsaúde brasileiras já estavam lutando para obter ventiladores e suprimentos135 betsaúde da China antes da intervenção do Weintraub.
Alimentando tensões pré-existentes
"Este caso mostra por que a diplomacia é necessária mais do que nunca", diz Gesu. "Os países precisam avaliar a situação e lidar com o medo da forma adequada".
Mas o vírus também está derramando gasolina no fogo135 betdisputas pré-existentes. Entre elas a entre a Colômbia e a Venezuela.
As autoridades colombianas não reconhecem o regime do presidente venezuelano Nicolas Maduro como legítimo, e os dois países vizinhos estão135 betdesacordo após uma forte movimentação135 betmigrantes venezuelanos na fronteira.
A briga mais recente ocorreu135 bet1º135 betabril e foi motivada pela oferta135 betMaduro135 betduas máquinas135 bettestes135 betcovid-19 para o presidente colombiano, Ivan Duque.
Nos dias anteriores, houve relatos da mídia135 betque a única máquina135 betdiagnóstico da Colômbia havia quebrado temporariamente.
A oferta foi recebida135 betsilêncio pelo escritório135 betDuque, para grande aborrecimento135 betautoridades da Venezuela, como a vice-presidente Delcy Rodriguez.

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"O governo135 betIvan Duque rejeitou as duas máquinas doadas pelo presidente Maduro. É mais uma demonstração do desprezo135 betDuque pela vida e saúde do povo colombiano", ela tuitou.
Em uma entrevista135 betrádio transmitida135 bet7135 betabril, Duque disse que as máquinas "não eram compatíveis com o tipo135 bettestes, o tipo135 betreagentes, nem o material usado na Colômbia".
No Oriente Médio, Catar e Egito discordaram sobre o destino135 betcidadãos egípcios presos no Catar.
As autoridades do Catar, que estão lidando com o maior número135 betcasos registrados135 betcovid-19 nos países do Golfo, disseram à rede135 bettelevisão Al Jazeera que as autoridades egípcias se recusaram a aceitar um vôo com trabalhadores migrantes fretado pelo emirado.
O Egito faz parte135 betum grupo135 betnações árabes que, desde 2017, cortaram todos os laços diplomáticos com Doha por alegações135 betque seu regime apoia grupos extremistas.

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Mais razões para discussões do que máscaras e bloqueios
Mas as tensões são causadas por mais do que máscaras ou bloqueios.
Em 18135 betmarço, vazou um relatório da União Europeia acusando os meios135 betcomunicação influenciados pela Rússia135 betespalhar notícias falsas sobre a covid-19 no Ocidente. Um porta-voz do governo russo chamou as acusações135 bet"infundadas".
Se as divisões parecem aumentar, alguns especialistas também identificam situações positivas135 betmeio à pandemia.
Annalisa Prizzon, do instituto135 betpesquisas Overseas Development, diz que a crise está oferecendo oportunidades para uma maior cooperação.
"A crise está mostrando que os países desenvolvidos nem sempre são os 'especialistas'", disse Prizzon.

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"A maneira como a China compartilhou conhecimento com a Itália para mitigar o impacto do surto é, novamente, um exemplo oportuno e visível".
Mas Sophia Gaston ainda acha que mais cooperação é necessária.
"É uma oportunidade perdida, especialmente para os países ocidentais135 bettempos135 betcrescente populismo e nacionalismo", diz. "Este deve ser um momento para demonstrar o poder da cooperação".
"Em vez disso, muitas estratégias estão piorando as relações entre os países", conclui.


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