Eleições americanas: a impactante fotorhino bet sign up offerhomem branco jogando ácidorhino bet sign up offerjovens negras que voltou à tona nos EUA:rhino bet sign up offer

Piscinarhino bet sign up offerhotel na Flóridarhino bet sign up offer1964 - homem branco jogando ácidorhino bet sign up offerjovens negras

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Foto foi tiradarhino bet sign up offer1964rhino bet sign up offerum hotel na cidaderhino bet sign up offerSaint Augustine, na Flórida

rhino bet sign up offer Esta fotografia correu o mundo e foi fundamental para o avanço dos direitos civis nos Estados Unidos rhino bet sign up offer .

Ela mostra o rostorhino bet sign up offerpânicorhino bet sign up offerduas mulheres negrasrhino bet sign up offeruma piscina, enquanto um homem branco joga ácido clorídrico na água.

A foto foi tiradarhino bet sign up offer18rhino bet sign up offerjunhorhino bet sign up offer1964rhino bet sign up offerum hotel na cidaderhino bet sign up offerSaint Augustine, na Flórida.

De imediato, o registro se converteurhino bet sign up offerum dos símbolos da segregação racial que durante décadas impediu os negrosrhino bet sign up offercompartilharem espaços públicos e privados com a população branca na maioria dos Estados americanos do sul.

Nesta terça-feira, maisrhino bet sign up offermeio século depois, um dos candidatos ao governo da Flórida pode se tornar o primeiro governador afro-americano do Estado.

Andrew Gillum

Crédito, AFP

Legenda da foto, Gillum pode se tornar o primeiro governador negro da Flórida

Trata-serhino bet sign up offerAndrew Gillum, prefeito da cidaderhino bet sign up offerTallahassee, que, com uma agendarhino bet sign up offeresquerda, venceurhino bet sign up offeragosto as primárias do Partido Democrata, contrariando todos os prognósticos.

Declarações polêmicas

No dia seguinte àrhino bet sign up offervitória, o velho fantasma do racismo reapareceu na Flórida, como consequência das declaraçõesrhino bet sign up offerRon DeSantis, adversário republicanorhino bet sign up offerGillum.

Em entrevista ao canalrhino bet sign up offertelevisão americano Fox News, DeSantis comentou as propostas do oponente e disse que "a última coisa que temos a fazer é macaquices, tentando adotar uma agenda socialista com enormes aumentos impostos e levando o Estado à falência".

Imediatamente, o Partido Democrata condenou as palavras do republicano, acusando o candidatorhino bet sign up offerapelar ao racismo dos eleitores usando uma expressão discriminatória.

Poucos dias após a polêmica, alguns moradores da Flórida começaram a receber telefonemas com uma mensagem gravadarhino bet sign up offerque um homem com sotaque exagerado se identificava como Gillum e pedia votos, ao somrhino bet sign up offertambores e barulhosrhino bet sign up offerselva, como uivosrhino bet sign up offermacacos, ao fundo.

DeSantis e Trump

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O republicano Ron DeSantis adotou a agendarhino bet sign up offerDonald Trump

Stephen Lawson, porta-voz da campanharhino bet sign up offerDeSantis, afirmou que os telefonemas, feitos por um grupo supremacistas brancosrhino bet sign up offerIdaho, eram "absolutamente terríveis e repugnantes".

Apesar disso, os dois incidentes deixaram claro que a questão racial teria um papelrhino bet sign up offerdestaque na batalha pelo governo da Flórida.

Um passado racista

"Este tem sido historicamente um dos Estados mais racistas nos Estados Unidos", afirma Kenneth Nunn, fundador do Centro para o Estudo das Relações Raciais erhino bet sign up offerRaça da Universidade da Flórida.

"É um dos lugaresrhino bet sign up offerque houve mais linchamentorhino bet sign up offernegros e, ao contráriorhino bet sign up offeroutros Estados do sul, como Geórgia ou Alabama, não houve um movimento significativo a favor dos direitos civis", explica Nunn à BBC News Mundo, serviçorhino bet sign up offerespanhol da BBC.

"A realidade é que havia tanta violência aqui, que era muito difícil se organizar, já que as pessoas estavam sendo mortas."

Segregação

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Por décadas, os negros nos EUA foram obrigados a usar espaços segregados

Desde o fim da Guerra da Secessãorhino bet sign up offer1865, apesar da abolição da escravatura e da aprovaçãorhino bet sign up offeruma Lei dos Direitos Civis que reconhecia a igualdade entre negros e brancos, na Flórida, como na maioria dos Estados do sul do país, os afro-americanos viviam segregados e eram considerados cidadãosrhino bet sign up offersegunda classe.

Essa marginalização era colocadarhino bet sign up offerprática por meio das chamadas Leisrhino bet sign up offerJim Crow, nome que faz referência a um personagemrhino bet sign up offercomédia do início do século 19, que era interpretado por um ator branco com rosto pintadorhino bet sign up offerpreto.

Essas leis variavamrhino bet sign up offerum Estado para outro, erhino bet sign up offervalidade foi respaldada pela Suprema Corte dos EUArhino bet sign up offer1896, sob a doutrina do "separados, mas iguais".

Entre outras coisas, elas proibiam casamentos inter-raciais e obrigavam comércios, instituições públicas, escolas e meiosrhino bet sign up offertransporte a oferecer espaços separados para brancos e negros.

Os afro-americanos eram obrigados a usar banheiros diferentes, inclusive, para "impedir que o homem branco fosse contaminado pela influência do negro".

Saint Augustine

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Legenda da foto, Os gruposrhino bet sign up offersupremacistas brancos na Flórida aterrorizavam a população negra

Quem violava essas leis enfrentava a repressão das autoridades erhino bet sign up offergrupos supremacistas, como a Ku Klux Klan, cujos membros não tinham escrúpulosrhino bet sign up offerusarrhino bet sign up offerextrema violência contra os negros e outras minorias.

Apenas após a Segunda Guerra Mundial que o movimento integracionista - que defendia o fim da segregação racial - começou a ganhar força no contexto da luta pelos direitos civis.

Eles conquistaram uma vitória importanterhino bet sign up offer1954, quando a Suprema Corte declarou inconstitucionais as regras que separavam estudantes negros e brancosrhino bet sign up offerescolas públicas.

O movimentorhino bet sign up offerSanto Agostinho

Na Flórida, o momento da virada aconteceu a partirrhino bet sign up offer1963, com o Movimentorhino bet sign up offerSanto Agostinho.

O nome faz referência à cidaderhino bet sign up offerSaint Augustine, no norte do Estado - a colônia europeia mais antiga do país,rhino bet sign up offerque um gruporhino bet sign up offerativistas afro-americanos, liderados pelo dentista Robert Hayling, realizou protestos durante meses para exigir o fim da segregação.

Saint Augustine

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A mãe do governadorrhino bet sign up offerMassachusetts, que aparece nesta foto com Robert Hayling, também foi presarhino bet sign up offerSaint Augustine

Hayling e seus companheiros foram detidos várias vezes e nunca desistiram, mesmo depoisrhino bet sign up offerserem sequestrados e espancados por membros da Ku Klux Klan.

Na primaverarhino bet sign up offer1964, o Movimentorhino bet sign up offerSanto Agostinho recebeu o apoio crucial da Conferência da Liderança Cristã do Sul, liderada na época por Martin Luther King Jr., que enviou à cidade váriosrhino bet sign up offerseus colaboradores mais próximos para ajudar a organizar manifestaçõesrhino bet sign up offermassa que acabaram ganhando atenção internacional.

Os manifestantes marcharam pelo centrorhino bet sign up offerSaint Augustine,rhino bet sign up offeruma área conhecida na época como "mercadorhino bet sign up offerescravos", enquanto hordasrhino bet sign up offerbrancos os insultavam, atirando pedras e garrafas.

Centenasrhino bet sign up offerativistas foram presos, a pontorhino bet sign up offerfaltar espaço nas delegacias da cidade para abrigá-los.

Aos manifestantes se juntaram freiras, rabinos e muitos cidadãos brancos que defendiam o fim da segregação. Até mesmo a mãe do governadorrhino bet sign up offerMassachusetts foi presa enquanto protestavarhino bet sign up offerum comércio apenas para brancos.

O protesto do hotel

O próprio Martin Luther King Jr. foi até Saint Augustine, onde foi presorhino bet sign up offer11rhino bet sign up offerjunhorhino bet sign up offer1964, após tentar entrar no restaurante do hotel Monson, onde a presençarhino bet sign up offerafro-americanos não era autorizada.

Saint Augustine

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Centenasrhino bet sign up offerativistas foram detidos, chegou a faltar espaço nas delegacias para abrigá-los

Um dos pontos altos dos protestos aconteceu uma semana depois no mesmo hotel, no dia 18rhino bet sign up offerjunho, quando um gruporhino bet sign up offerativistas negros e brancos se jogou na piscina do estabelecimento,rhino bet sign up offermeio a uma forte presençarhino bet sign up offerpoliciais e da imprensa.

Enfurecido, o gerente do hotel, Jimmy Brock, pegou uma garrafarhino bet sign up offerácido clorídrico, usado para limpar azulejos, e começou a jogar nos banhistas para eles saírem da água.

Um policial pulou na piscina para deter os ativistas, que não se feriram, mas acabaram atrás das grades com seus trajesrhino bet sign up offerbanho.

As fotografias e gravações do episódio correram o mundo, e a repercussão foi tão forte que até mesmo o presidente americano Lyndon B. Johnson chegou a dizer: "Nossa política externa e tudo mais vai para o inferno por causa disso."

No dia seguinte, após cercarhino bet sign up offertrês mesesrhino bet sign up offerimpasse devido à faltarhino bet sign up offeracordo entre os legisladores, o Senado dos EUA aprovou a Lei dos Direitos Civis, que decretou o fim da segregação racialrhino bet sign up offerespaços públicos e privadosrhino bet sign up offertodo o país.

"Não tenho certeza se a lei seria aprovada sem o que aconteceurhino bet sign up offerSaint Augustine, foi um marco. Éramos jovens e acreditávamos que havíamos feito algo (importante), e fizemos", disse J.T. Johnson, um dos ativistas que pularam na piscina, à rede americanarhino bet sign up offerrádio NPR.

Martin Luther King

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Legenda da foto, Martin Luther King Jr. foi presorhino bet sign up offer11rhino bet sign up offerjunhorhino bet sign up offer1964rhino bet sign up offerSaint Augustine

A era Trump

Os eventos que ocorreramrhino bet sign up offerSaint Augustine na primaverarhino bet sign up offer1964 foram apenas mais um capítulo da luta entre negros e brancos, que continua até hoje nos Estados Unidos.

Agora, muitos veem a possibilidaderhino bet sign up offerAndrew Gillum se tornar o primeiro governador negro da Flórida como uma formarhino bet sign up offercompensar as décadasrhino bet sign up offerabandono e marginalização que a população afro-americana sofreu no Estado.

"Historicamente, a Flórida, fora Miami, Tampa e outras cidades grandes, esteve atrásrhino bet sign up offeroutros lugares no sul do paísrhino bet sign up offertermosrhino bet sign up offeravanços para a população negra", diz Kenneth Nunn.

"É por isso que a eleiçãorhino bet sign up offerGillum seria algo muito significativo."

Nunn diz não estar surpreso que os adversários do candidato democrata estejam apelando para o racismo dos eleitores, já que emrhino bet sign up offeropinião "basta ver o rumo que o presidente Trump está seguindo".

"É uma tendência nacional. Não quero botar toda a culpa no Trump, mas acho que ele se aproveitou da animosidade racial latente que sempre esteve presente na política americana", diz o professor da Universidade da Flórida.

"Ser racistarhino bet sign up offerpúblico volta a ser socialmente aceitável, porque as pessoas viram o presidente tolerar esse tiporhino bet sign up offeratitude."

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